quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Lei do Progresso

Tem o homem o poder de paralisar a marcha do progresso?
"Não, mas tem, às vezes, o de embaraçá-la."

Que se deve pensar dos que tentam deter a marcha do progresso e fazer que a Humanidade retrograde?
"Pobres seres, que Deus castigará! Serão levados de roldão pela torrente que procuram deter."
 
Sendo o progresso uma condição da natureza humana, não está no poder do homem opor-se-lhe. É uma  força viva, cuja ação pode ser retardada, porém não anulada, por leis humanas más. Quando estas se tornam incompatíveis com ele, despedaça-as juntamente com os que se esforcem por mantê-las. Assim será, até que o homem tenha posto suas leis em concordância com a justiça divina, que quer que todos participem do bem e não a vigência de leis feitas pelo forte em detrimento do fraco.

O Livro dos Espíritos
Item 781
Paris, 1857



A insurreição democrática árabe
Publicado em 01/02/2011 pelo(a) Wiki Repórter Johan, Fortaleza - CE

Em todo Oriente Médio os povos se mobilizam reinvindicando democracias frente a ditaduras apoiadas pelos EUA. Todo o cinturão de países que rodeiam Israel que foram cooptados pelo império americano por meio de ditaduras corruptas, caem como cartelos de cartas. O governo americano está completamente desnorteado que por mais vacilante em público e cooperando em privado com a ditadura egípcia, sabe que as manifestações não tem mais volta, a queda ocorrerá cedo ou tarde.
 
Por enquanto, esperam levar as manifestações a exaustão, mas com isso apenas preservam a envidência o exemplo da mobilização democrática, das reinvindicações, da luta contra os regimes ditatoriais.
 
O exército já declarou que não usará da força contra as manifestações, o que é uma mensagem decisiva contra a ditadura. O uso da força, as sabotagens e todo o tipo de artifício já foi usado aexaustão no início das manifestações. Para a ditadura egípcia só lhe resta um banho de sangue, algo que o exército já se negou a realizar. Ainda que um banho de sangue só faria a revolução alcançar uma radicalidade maior e ainda empurrar a UE e EUA a apoiar incondicionalmente a queda do regime sanguinário.
 
Se a queda do ditador da Tunísia foi a principal esperança que incendiou as insurreções democráticas nas ditaduras árabes pró-americanas, é a permanência e crescimento das manifestações egípcias que agora embalam os acontecimentos. Quando mais demorar, mais se radicalizará as reinvidicações, que passará de uma mera queda de um ditador e um regime democrático, a uma revolução não apenas política, mas social. Israel ao apoiar publicamente o ditador já selou seu destino com a nova democracia egípcia, da mesma forma os EUA em suas vacilações.
 
Mas quando cair Mubarak, todos sabem que pelo menos os povos do Iemen, Jordania, Mauritania, Argélia não mais desistirão, da mesma forma as ditaduras que qualquer reação é inútil. Já na Arábia Saudita, não apenas uma ditadura, mas uma teocracia absolutista, as chances de mudança são mais difíceis. Seu totalitarlismo obscurantista com certeza controla a mão de ferro seu povo, mas será que o absolutismo saudita resistirá a uma revolução árabe de tamanha prporção? E depois que todos esses países tiverem derrubados seus monarcas e ditadores? E como ficarão os EUA no Iraque e Afeganistão com regimes anti-americanos os rodeando? E como ficará Israel? Só restará duas opções a Israel, paz ou morte. Os tempos de arrogância terminaram.

Fonte: BrasilWiki

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