quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Meu Pedido de Natal...


Queridos amigos, bom dia.

 

Minha mensagem de natal este ano vai ser mais um pedido do que uma mensagem; porque quero humildemente solicitar a todos que avaliemos em nossas mentes e corações o real significado desta época de Paz e Renovação.

 

Pousemos um pouco nossas mentes atarefadas em reflexão e acompanhemos os passos daquele que veio em missão especial nos ensinar o caminho para o Pai.

 

Lembremos do perdão que Jesus nos doou, mesmo estando pregado na cruz e sangrando até a morte, com sua mãe em lágrimas aos seus pés e a turba gritando "salva-te!" em vozes repletas de ironia;

 

Lembremos da expressão de compreensão em seus olhos quando do povo que o aclamava há poucos dias, e aos quais ele havia curado feridas, doenças e almas, se ouvia em altos brados o nome "Barrabás – queremos Barrabás";

 

Lembremos de sua coragem quando sendo aprisionado por soldados em um jardim repleto de oliveiras, enfrenta a situação de cabeça erguida e coração tranqüilo e segue, pacífico e pacificador, ensinando ainda que aquele que usa de violência recebe-a de volta, pois tal é a lei;

 

Lembremos do Mestre dividindo o pão com seus semelhantes, ensinando as últimas lições ou  lavando seus pés em exemplos sublimes de fraternidade, humildade e amorosa servidão, deixando para nós a trilha de pegadas a seguir na areia de nossas vidas;

 

Lembremos da expressão em seus olhos quando, de cabeça baixa, entristecido com as ilusões do mundo, adentrava montado sobre uma jumenta na cidade de Jerusalém, aclamado por um povo escravizado que desejava um rei de lutas e exércitos, sem compreender o presente que trazia aquele mestre da paz;

 

Lembremos do amor que doava em palavras, curas e milagres espetaculares que ficaram para sempre marcados na história de todas as épocas e que chegam até nos hoje como cânticos de esperança no porvir;

 

Lembremos da sabedoria de suas palavras quando num sermão, em um monte qualquer, falou a todos que os seguiam e explicou, como ninguém, o caminho para a felicidade e o amor ao próximo;

 

Lembremos da inteligência deste homem quando, aos 12 anos, surpreendeu os sábios que passaram toda sua vida estudando as escrituras e não tinham ainda a capacidade de explicá-las com autoridade, pois Ele as vivenciava e dividia, ali, com os que não temos ainda, a sua experiência de amor;

 

Porém lembremos, especialmente nesta época, daquela mulher que acompanhou todos estes passos e conheceu todos os sentimentos de amor e de dor que uma mãe pode sentir. Lembremos da dedicação, resignação, sabedoria e força daquela que acompanhava o homem que, enquanto  todos aclamavam como "filho de Deus", era para ela "seu filho".

 

Lembremos, finalmente, da emoção que esta mulher sentiu durante os momentos em que, acolhido no seu colo de mãe, ela olhava para o bebê que buscava seu seio e pensava: Nasceu meu filho. Nasceu  Jesus!

 

E assim, seguindo estes exemplos de amor e dedicação, deixemos os sentimentos menos equilibrados de lado e permitamos que Ele nasça em nossos corações a partir de hoje e para sempre, nos preenchendo com seu amor e força para que possamos ter a inspiração para realizar um amanhã melhor.

 

Depende de nós; de cada um de nós.

 

Um natal imenso de felicidade e um Ano Novo repleto de realizações.

 

Paz com todos.



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   João Batista Sobrinho
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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

UNIVERSALIDADES

504. Podemos sempre saber o nome do nosso Espírito protetor ou anjo de guarda?
– Como quereis saber nomes que não existem para vós? Acreditais que haverá entre os Espíritos somente aqueles que conhecestes?
 
504a. Como, então, invocá-lo se não o conhecemos?
Dai-lhe o nome que quiserdes, de um Espírito Superior pelo qual tendes simpatia ou veneração; vosso Espírito protetor atenderá ao chamado; todos os bons Espíritos são irmãos e se assistem entre si.
 
Allan Kardec

 
"Há muita ajuda à vossa volta, tendes apenas de a pedir e ela virá ter convosco. Usem nomes se desejarem tais como o vosso Anjo ou Mestre favorito, porque podeis estar certos que ele receberá o vosso pedido. Permitam que a resposta se manifeste e não insistam para que isso aconteça de uma maneira especial. Podeis não saber, necessariamente, o que é melhor para vós. (...) Os vossos Guias fazem pequenos milagres para vos manter onde necessitais estar para ter as experiências que escolhestes. Por exemplo, podeis sentir que escolheram o vosso companheiro por acaso, bem Queridos, um passo tão importante na vossa vida foi completamente organizado."
 
 

 
 

domingo, 20 de dezembro de 2009

MUITO ALÉM DA FÉ

Especial
Por que ler a Bíblia é essencial para entender o mundo em que vivemos
18 de dezembro de 2009

"No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão chamado José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria. Entrando onde ela estava, disse-lhe: 'Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!'. Ela ficou intrigada com essa palavra e pôs-se a pensar qual seria o significado da saudação. O Anjo, porém, acrescentou: 'Não temas, Maria! Encontraste graça junto de Deus. Eis que conceberás no teu seio e darás à luz um filho, e tu o chamarás com o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado o Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará na casa de Jacó para sempre, e o seu reinado não terá fim'. (...) Disse então Maria: 'Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!'. E o Anjo a deixou."
 
Extraída do Evangelho de São Lucas, a passagem acima é uma das mais belas e conhecidas daquele que é, por sua vez, o livro mais lido e célebre de todos os tempos - a Bíblia. Só nessa pequena passagem, tem-se uma síntese de uma questão que está no centro da Bíblia. Como, afinal, esse livro escrito no decorrer de mais de 1.000 anos deve ser lido? Como uma transcrição direta da palavra de Deus, segundo creem tantos? Como um livro histórico, tão somente? Ou, conforme querem outros, como uma ferramenta que grupos diversos podem manejar na busca por poder e supremacia? Seria possível imaginar que, passadas dezenas de séculos do advento desse livro, tais questões não mais teriam lugar no mundo moderno. Sucede exatamente o contrário. A religião nunca deixou de ser força motriz dos rumos da história do homem, tampouco fonte de tensão. E, na última década em especial, ela ressurgiu com efeito redobrado no centro do cenário político global. De onde ler a Bíblia - e entender como ler a Bíblia - não é nem de longe um conhecimento periférico na vida do século XXI.
 
Muitos estudiosos se dedicam a mostrar como a forma, o estilo e a escolha de palavras são decisivos no que a Bíblia diz. E mais essencial ainda é o contexto em que ela diz o que diz. O judaísmo e seu descendente (e dissidente), o cristianismo, são fundamentalmente religiões narrativas - muito mais do que qualquer outra das grandes religiões, monoteístas ou não. Vem daí muito da força e da influência sem paralelo da Bíblia sobre o pensamento de uma parcela grande da humanidade, aquela abrangida no que se costuma chamar de civilização judaico-cristã: sem que se faça aqui nenhum julgamento, de natureza alguma, sobre o papel de cada uma das religiões na história dos homens, é um fato da ciência sociopolítica que o judaísmo e o cristianismo tiveram um impacto ilimitado nos rumos dessa história.
 
Porque contam, entre todas as fés, com o mais extenso, detalhado, profundo e variegado plano jamais disposto para os seguidores de uma divindade, do surgimento do mundo ao seu fim, ou sua transmutação total no reino de Deus: a Bíblia, um conjunto vasto não apenas de ensinamentos, ditames e reflexões, mas de histórias arraigadas em nossa cultura. Para ateus e agnósticos, essa é uma razão para ler a Bíblia: para descobrir por que mesmo quem não crê compartilha a mesma herança que os que creem. É como se a Bíblia e a tradição que ela carrega fossem, enfim, o DNA da civilização ocidental: crer ou não crer corresponde àquela porcentagem infinitesimal de diferenças genéticas que nos separam - todo o resto, ou 99% dos genes, são comuns a todos nós.
 
Fonte: Veja

TUDO IGUAL EM COMPENHAGUE

"Ramon, Não sou um cara muito POLITICO de estar opinando estas pautas, mas em uma reportagem em que foi mencionada que este encontro não chegaria a um ponto em comum, fiquei indignado, achei um absurdo. Me senti tão lesado, pois como é que tantos países gastam uma fortuna para se encontra e não chegam a nenhuma conclusão?? (...) Se este negocio de aquecimento global é realmente verdade... e que há medidas necessárias para que haja uma correção atmosférica, vamos fazer esta (...) Se este encontro não levar a nada vai ser pior do que as pizzas políticas Brasileiras, pois já que estes porras (politicos) não fossem para este encontro e direcionassem o dinheiro gasto pelo menos para diminuir a fome em países subdesenvolvidos, pelo menos conseguiriamos resolver problemas ddo agora... Opinião própria: O aquecimento global é uma ferramenta para abafar a crise economica mundial e ta dando certo... Daqui a um pouco vão criar bichinho, ursinho e outras lembrancinhas para verder e agente gardar de lembrança. É realmente um circo. Atc Matheus Sobral"

 
"Grande Ramon, Não sou muito de política, como o amigo pacheco, mas acredito que a improdutividade do encontro vem de um sentimento antigo e muito conhecido de todos nós: o egoísmo. Na minha visão, para que pudesse tentar se resolver este problema ecológico,  os países que mais contribuem para apoluição deveriam, entre outras medidas, baixar o seu nível de consumismo, diminuir sua "qualidade" de vida, criar desemprego fechando alguns pontos de maior preuízo, investir no reaproveitamento de áreas destinadas a condomínios de luxo e lazer, enfim, mudar drasticamente o seu modo de vida luxuoso e sedentário para um modo mais "ecologicamente correto". Esta decisão não agrada às pessoas as quais elas afetam, por este motivo desagradam também aos seus líderes(que desejam continuar líderes), e por este motivo ninguém está disposto a fazer o sacrifício que deve para tentar restaurar um pouco do equilíbrio de nossa tão sofrida Terra; ninguém quer mexer no seu modo confortável e consumista te vida, entende o meu ponto de vista? Por este motivo o Obama tem se mostrado cada vez menos aquela esperança que se achava que ele era e, também por isso, qualquer encontro que se faça nunca vai dar certo: ainda somos egoístas demais para pensarmos nos outros e no futuro. Paz contigo. João."

 
Fala, garoto!
 
De fato, somos tão insensíveis que precisamos do sofrimento e da dor para despertar (lentamente) nossa sensibilidade. As riquezas do mundo são concentradas por poucos e os prejuízos repartidos entre muitos, justamente entre os que não participam da divisão das riquezas.
 
Algumas certezas me conformtam em meio a toda essa indiferença:
 
1. O homem não tem o poder de destruir a Terra. Ele pode destruir a maior parte das formas de vida na Terra, inclusive a sua própria, mas não pode destruir completamente a vida, pois as mais resistentes sobreviveriam, muito menos o planeta todo, que após a extinção da raça humana daria um suspiro aliviado, se recuperaria e retomaria seu curso, como aconteceu cinco vezes na história natural.
 
2. Estamos grudados num grão de poeira flutuante no universo, de tão bonzinhos que somos, e por mais desatinos que cometamos jamais causaremos qualquer incômodo na ordem geral. Em escala universal, os prejuízos são desprezíveis, ficando restritos à nossa própria espécie e a algumas outras mais próximas e dependentes de nosso comportamento. Ou seja, somo micróbios universais capazes de destruir pouco além de a si próprios.
 
Com os avanços dos estudos sobre Marte, surgiu inclusive a hipótese de sermos uma espécie resultante de uma migração biológica de formas de vida que já existiram naquele planeta, que ainda contém água, já teve rios, lagos, atmosfera e talvez até vegetação. Alguns vão um pouco além e falam da extinção de uma civilização marciana predatória e suicida, que exauriu os recursos naturais do plantela, causando sua desertificação completa, deixando-o como o conhecemos hoje. Algumas edificações geométricas encontradas na superfície, impossíveis de serem produzidas pela natureza, reforçam essa tese. A má fama do planeta na cultura universal (o Deus da Guerra, o Pequeno Maligno, invasões marcianas, etc.) também. Então, é até possível que a Terra seja uma segunda chance que a gente não esteja aproveitando muito bem... Seja qual for o fim dessa história, um dia saberemos.
 
Ainda bem que o Universo é bem grande e nosso alcance bem pequeno. Por isso estamos internados aqui: não temos maturidade suficiente para usufruir de mais do que isso. Mas teremos tantas chances em quantos planetas precisarmos para amadurecer. Como respondeu Chico, perguntado o que aconteceria se destruíssemos a vida na Terra numa guerra nuclear: "Deus arruma outro lugar pra gente morar".
 
Aquele abraço!
 
Ramon de Andrade
raesa@ig.com.br
Palmares-PE

sábado, 19 de dezembro de 2009

DEPRESSÃO NATALINA

Exclusivo VEJA.com | Saúde

'Deprê' de fim de ano? Saiba como combater

18 de dezembro de 2009
Por Natalia Cuminale
 
John Lennon iniciou uma canção famosa da sua fase pós-Beatles com o seguinte verso: "Então é Natal / E o que você tem feito?" (Merry Christmans - War Is Over). É uma pergunta desconcertante para uma época do ano que pretende reunir e pacificar, e nos coloca diante de reflexões existenciais sobre vitórias e fracassos pessoais. Segundo especialistas ouvidos por VEJA.com, o período de Festas tem, de fato, esse poder. Em outras palavras: ao invés de encerrar uma noite de celebração abraçada a parentes e amigos queridos, muita gente termina agarrada à tristeza e auto-comiseração.

"É uma época de cobranças, em que fazemos balanços do que foi conquistado. E isso pode trazer sentimentos de fracasso, baixa autoestima e desesperança", explica Acioly Lacerda, psiquiatra da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Ele acrescenta que constatações clínicas revelam aumento de casos de depressão e tristeza nessa fase do ano. "As Festas podem funcionar como um gatilho para quem tem pré-disposição à depressão", completa o psiquiatra Ricardo Moreno, da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
 
Pular sete ondinhas na praia ou comer lentilha podem não resolver toda a questão. Mas os especialistas acreditam que há maneiras de combater a eventual "deprê de fim de ano".
 
Em primeiro lugar, é aconselhável evitar o rigor excessivo consigo mesmo, além de relativizar os acontecimentos recentes. "Ao invés de fazer uma lista das coisas ruins que ocorreram no ano, enumere as boas", diz Moreno. O segundo passo é lembrar o quanto se é querido pelas pessoas mais próximas - as que realmente importam. Isso ajuda a elevar a autoestima.
 
Um terceira dica do psiquiatra: as Festas são um momento propício para tentar resolver conflitos com familiares e amigos. "É uma ocasião em que as pessoas estão abertas para ouvir, perdoar e restabelecer vínculos afetivos", diz Moreno. "Esse sentimento gregário é inconsciente, mas é o verdadeiro espírito de Natal."
 
Os especialistas advertem também que é preciso tomar cuidados ao se olhar para o futuro, para o Ano Novo que chega. Isso vale especialmente para aquelas pessoas que planejam uma "revolução" a cada Réveillon. "Essa data não deve ser encarada como um marco para uma vida nova, pois isso gera um clima de euforia e ansiedade", aconselha Lacerda.
 
Nesse sentido, é de grande ajuda não estabelecer metas inatingíveis e prazos para a mudança - o que pode criar ambientes favoráveis à depressão. Ou seja, risque da lista de metas a ideia de perder vinte quilos, comprar a casa dos sonhos ou ser promovido a presidente da empresa se não há chances de isso acontecer. "Ter metas é bom, desde que elas sejam alcançáveis. É preciso adequar os desejos às possibilidades", afirma a psicanalista Dorli Kamkhagi, especialista em estudos do envelhecimento.
 
Por fim, pode-se voltar à canção de Lennon. Logo após o trecho citado na abertura desta reportagem, ele emendou: "Outro ano se encerrou/ E um novo acaba de começar." Ou seja: a despeito de nossos eventuais fracassos passados, uma nova etapa, uma nova oportunidade se abre à nossa frente.
 
Fonte: Veja

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Doutor Salomão


Uma mulher chega apavorada  no consultório de seu ginecologista e diz:

- Doutor, o senhor terá  que me ajudar num problema muito sério. Este meu bebê ainda não  completou um ano e já estou grávida novamente. Não quero filhos em  tão curto espaço de tempo, mas num espaço grande entre um e outro...

O médico então perguntou:
-Muito bem.. O que a senhora quer que eu  faça?

A mulher respondeu:
-Desejo interromper esta gravidez e conto com a sua ajuda.

O médico  então pensou um pouco e depois de algum tempo em silêncio disse para  a mulher: -Acho que tenho um método melhor para solucionar o problema.  E é menos perigoso para a senhora.

A mulher sorriu, acreditando que o  médico aceitaria seu pedido. Ele então completou:

Veja bem minha  senhora, para não ter que ficar com dois bebês de uma vez, em tão  curto espaço de tempo, vamos matar este que está em seus braços.  Assim, a senhora poderá descansar para ter o outro, terá um período  de descanso até o outro nascer. Se vamos matar, não há diferença  entre um e outro. Até porque sacrificar este que a senhora tem nos  braços é mais fácil, pois a senhora não correrá nenhum risco...

A  mulher apavorou-se e disse:

-Não doutor! Que horror! Matar um criança  é um crime.

-Também acho minha senhora, mas me pareceu tão convencida  disso, que por um momento pensei em ajudá-la.

O médico  sorriu e, depois de algumas considerações, viu que a sua lição surtira efeito. Convenceu a mãe que não há menor diferença entre  matar a criança que nasceu e matar uma ainda por nascer, mas já viva  no seio materno.

O CRIME É EXATAMENTE O MESMO!!!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Eutanásia: por que não?

Homem esteve consciente nos 23 anos de "coma"
24/11/2009 - 13:11

Médico belga descobriu que Rom Houben entendia o que acontecia ao seu redor desde o acidente de trânsito nos anos 1980
 


Os médicos pensavam que era um estado vegetativo, mas estavam enganados. A mãe de homem doente diz que seu filho estava plenamente consciente durante os 23 anos que os médicos permaneceram com o diagnóstico errado. Ele não podia responder porque estava paralisado.
 
Rom Houben, 46, teve um acidente de carro na década de 1980 e os médicos pensavam que ele havia afundado em um coma. Sua família continuou a acreditar: o filho estava consciente. Por isso, procuraram outro médico.
 
O professor Steven Laureys, do Grupo Científico Belga sobre o Coma, percebeu que o diagnóstico estava errado e ensinou Houben como se comunicar através de um teclado especial, disse o Dr. Audrey Vanhaudenhuyse, que está na equipe de Laureys.
 
Rom utilizou um dispositivo controlado pelo dedão do pé - único movimento que possui - para dizer a um repórter da revista alemã "Der Spiegel": "Eu gritei, mas não havia nada para ouvir."
 
Coma é um estado de inconsciência em que os olhos estão fechados e o paciente não pode ser despertado, como se estivesse simplesmente dormindo. O estado vegetativo é uma condição na qual os olhos estão abertos e podem mover-se, e o paciente tem períodos de sono e períodos de vigília, mas permanece inconsciente e inconsciente de si mesmo ou dos outros. O paciente não pode pensar, raciocinar, reagir, fazer alguma coisa de propósito, mastigar ou engolir.
 
Mas os pais de Rom não aceitavam nem o coma e nem o estado vegetativo como resposta.
 
Sua mãe, Fina Houben, disse em uma entrevista por telefone que levaram Rom cinco vezes aos Estados Unidos para testes. Anos depois, ela entrou em contato com Laureys, que descobriu que o filho estava consciente. A família e os médicos começaram então a tentar estabelecer uma forma de comunicação.
 
O caso veio à tona após Laureys publicar um estudo na revista "BMC Neurology" deste ano. O trabalho mostra que cerca de quatro em cada dez pacientes com transtornos de consciência são erroneamente diagnosticados como estado vegetativo. Houben, embora não especificamente mencionado, fazia parte do estudo.
 
Agora, com a ajuda de uma tela de computador sensível ao toque e uma cadeira de rodas com controle remoto, Houben está escrevendo um livro sobre suas experiências.
 
Fonte: Abril

sábado, 21 de novembro de 2009

CARTAS DO ALÉM

"Como posso fazer par receber notícias de minha mãe? Ela faleceu dia 14 de dezembro de 2008. O nome dela é ANITA MARGARIDA DA FONTOURA JARDIM. Por favor, mandem me dizer algo. Fico agradecida. SUELI DE ALEGRETE."
 

 
Olá, Sueli!

Entendo sua ansiedade e a saudade que sente de sua mãe. Mas você precisa estar ciente de que esta comunicação não é tão simples como gostaríamos.

Chico Xavier costumava dizer que "o telefone só toca de lá pra cá". Ou seja, na grande maioria dos casos, são as pessoas queridas que nos procuram (quando podem) depois da partida.

Quando somos nós que as chamamos, elas quase sempre nos ouvem, mas nem sempre podem responder como esperamos, pois as barreiras de comunicação (ainda) não são tão simples de se transpor.

Observe também que sua ansiedade em obter alguma mensagem pode inclusive torná-la alvo fácil de golpes e fraudes, inclusive pela internet. Pessoas mal intencionadas podem perceber este seu desejo e passar a simular uma comunicação, fazendo apelos emocionais simplórios, que você, em sua saudade, poderia não identificar imediatamente.

Saiba que as pessoas que amamos anseiam tanto quanto nós por retomar o contato mais próximo, mas quase sempre são recebidas do outro lado por pessoas também queridas, que partiram há mais tempo, e que as orientam a esperar o momento certo para isso.

A oração é o canal mais seguro de enviar nossa mensagem para estas pessoas, que sempre as recebem e muitas vezes respondem por meios mais sutis, que embora não possamos ver nem ouvir, conseguimos sentir.

Outro momento em que costumam ocorrer muitos encontros nossos com as pessoas que partiram é durante o sono, quando entramos em contato direto com elas, embora nem sempre lembremos dos detalhes, porque o cérebro físico é incapaz de reter todas as memórias de nossas experiências espirituais.

Portanto, ore, especialmente à noite, antes de dormir, acalentando as melhores lembranças, e tenha a CERTEZA de que será ouvida e possivelmente atendida em seu pedido de reencontrar a pessoa querida, momentos dos quais você guardará doces impressões na manhã seguinte.

Se puder, leia O Livro dos Espíritos, que você encontra por menos de dez reais em muitas livrarias, pois nele você obterá respostas para estas e muitas outras dúvidas que certamente sempre se questionou e nunca havia encontrado respostas.
Você também pode qualquer parte deste e muitos outros livros na Radio Bom Espirito.

Permaneço à sua disposição para outros esclarecimentos.

Um forte abraço.

Ramon de Andrade
raesa@ig.com.br
Palmares-PE

sábado, 14 de novembro de 2009

ALÔ, ALÔ MARCIANO...

Duvidar está se tornando mais estranho do que acreditar...
 
Ramon de Andrade
raesa@ig.com.br
Palmares-PE
 

 
Vaticano discute vida alienígena
Paula Rothman, de INFO Online
Terça-feira, 10 de novembro de 2009 - 11h39
 
Desde sexta-feira, a cidade do Vaticano é sede da Semana de Estudos de Astrobiologia, um evento organizado pela Pontifícia Academia das Ciências.

No catálogo de apresentação do evento há um questionamento: se planetas são tão comuns em estrelas na Via Láctea, não poderia a vida ser também?

A programação foi organizada em oito módulos: A Origem da Vida (como as moléculas se organizaram para que a vida começasse); Habitabilidade Através do Tempo (como a Terra manteve a vida ao longo de sua história geológica); Ambiente e Genomas (como a vida e o ambiente interagiram no tempo geológico); Detectando Vida em Outros Lugares (perspectivas e técnicas para encontrar vida em ambientes fora do Sistema Solar). Estratégias de Busca para Planetas Exosolares (explica as técnicas usadas para encontrar planetas ao redor de outras estrelas e determinar suas propriedades); Formação de Planetas Exosolares (como os planetas se formam como parte do processo de formação das estrelas); Propriedades dos Planetas Exosolares (modelos de computador, dados astronômicos e alguma especulação sobre as propriedades desses planetas); e Inteligência em Outros Locais e Vida Sombria (existência de formas de vida inteligente e também baseadas em uma bioquímica diferente da terrestre).

A existência de vida fora da Terra é um assunto delicado para a Igreja Católica, uma vez que levanta muitas dúvidas a respeito de como as explicações bíblicas se encaixariam para outros mundos.

No passado, a Igreja já condenou à morte aqueles que afirmaram a existência de vida fora da Terra. Caso do italiano Giordano Bruno, acusado de heresia e queimado na fogueira em 1600.

Agora, assim como deixou de negar a teoria da evolução de Charles Darwin (o Papa João Paulo II afirmou que a evolução é "mais do que uma hipótese" e este ano a Igreja realizou uma conferência em homenagem aos 150 anos do lançamento de "A Origem das Espécies") e as idéias de Galileu, o Vaticano já admite a existência de formas de vida fora do nosso planeta. Da mesma maneira que fez com as outras teorias científicas, a Igreja afirma que as explicações não contradizem a Bíblia.

No ano passado, por exemplo, o jornal oficial do Vaticano trazia um artigo com o título "Aliens São Irmãos", que dizia que buscar formas de vida extraterrestres não contradiz a crença em Deus.

A conferência teve início na sexta-feira e acaba hoje.
 
Fonte: Info
 

 
Obama está perto de revelar vida extraterrestre!
23/10/2009 às 23:50
 
Em uma entrevista do Projeto Camelot, Dr. Peterson revelou que "Obama está planejando revelar a realidade de contatos com ET's no fim do ano; a maioria, mas não todos os ET's são amigáveis."

Um anúncio oficial da administração Obama revelando a veracidade da vida extraterrestre é iminente. Durante vários meses, oficiais do alto escalão da administração tem discutido em segredo o quanto revelar ao mundo acerca de vida extraterrestre. O descontentamento entre poderosas instituições como a Marinha americana ao longo das décadas e as enfadonhas políticas de acobertamento tem impulsionado os esforços a fim de revelar a realidade da vida e da tecnologia extraterreste.
 
O anúncio iminente obedece a um cronograma de abertura gradual dos fatos sobre a vida extraterrestre. Durante o período de 12 a 14 fevereiro de 2008, as Nações Unidas realizaram debates a portas fechadas, onde cerca de 30 nações concordaram secretamente com uma nova política de revelação sobre a existência de OVNI's e vida extraterrestre, em 2009. A política de abertura foi implementada, mas nunca anunciada publicamente. A iniciativa de diversos países de abrir seus arquivos militares sobre investigações de fenômenos ufológicos faria parte desta política de divulgação gradativa.
 
O discurso de Obama, em 24 de Setembro de 2009, presidindo a reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre não-prorifelação e desarmamento de armas nucleares, sinalizou a ascenção de seu papel de liderança no combate aos maiores problemas mundiais, como armas nucleares. O Prêmio Nobel da Paz foi um passo importante para dar legitimidade global para o presidente Obama em fazer uma revelação sobre vida extra-terrestre. Obama está, portanto, preparado para desempenhar um papel proeminente na crescente necessária política de governo global que será necessária após um anúncio de vidda extra-terrestre. O momento certo do anúncio provavelmente seria logo após seu discurso de recebimento do Pêmio Nobel da Paz, em 10 de Dezembro de 2009 em Oslo, Noruega.
 
Muitas fontes tem revelado debates em andamento para fazer um anúncio acerca da existência de vida extraterrestre no final de 2009. Dentre essas fontes, Dr. Pete Peterson, que emergiu recentemente com uma denúncia revelando que discussões de alto escalão tem acontecido considerando anúnciar a existência de vida extraterrestre. Em uma entrevista do Projeto Camelot, Dr. Peterson revelou que "Obama está planejando revelar a realidade de contatos com ET's no fim do ano; a maioria, mas não todos os ET's são amigáveis."
 
Outra fonte é David Wilcock, um proeminente pesquisador de paradigams científicos emergentes. Wilcock contou que revelações sobre extraterrestres terão lugar no final de 2009 por fontes extras independentes. Ele disse em uma entrevista a um famoso programa de rádio AM de "costa a costa" (dos Estados Unidos) que "um especial de TV de 2 horas já foi agendado o qual irá apresentar uma espécie alien, similar com humanos, ao mundo".
 
Acrescentando, Richard Hoagland, popular pesquisador espacial e da NASA, veio a público para revelar que a missão de "bombardear" a lua - LCROSS - em outubro de 2009, descobriu uma antiga base no polo sul da Lua. Revisando os dados científicos da missão arquivados pela NASA, Hoagland concluiu (em entrevista ao mesmo programa de rádio) que "a missão de impacto LCROSS é parte de uma campanha contruída cuidadosamente para preparar a população para uma revelação iminente. O Presidente dos Estados Unidos ira anunciar em breve que cientistas decobriram ruínas na Lua", ele acrescenta. "Ninguém viu os sinais de poeira do LCROSS porque a sonda atingiu uma construção que 'engoliu' os efeitos da explosão."
 
Para finalizar, duas fontes independentes e confidenciais revelaram que encontros face a face ocorreram recentemente entre Oficiais Militares americandos e um ou mais grupos de visitantes extraterrestres. Estes encontros conduziram a laços de confiança que estão sendo construídos para futuras cooperações com os extraterrestres, o que será anunciado formalmente ao público entre o final de 2009 e o início de 2010.
 
Concluíndo, um número diversos de fontes e eventos apontam para alguma forma de revelação extraterrestre a ser feita no final de 2009 ou início de 2010. Revelações oficiais irão emergir em um desses dois cenários. Um é que o Presidente Obama irá anunciar a existencia de visitantes extraterrestres e descrever um ou mais destes visitantes ao mundo. Este cenário é apoiado por Peterson, Wilcock e pelas minhas próprias fontes. O segundo cenário é que um anúncio será feito a respeito da descoberta de estruturas artificiais no Polo Sul da Lua, reveladas pela missão LCROSS. Este cenário é apoiado por Hoagland.
 
Qualquer que seja o cenário acima que será usado para anunciar a existência de vida ou tecnologia extraterrestre, o fato é que o Presidente Obama será uma figura proeminente. Nos bastidores, insituições poderosas estão garantido que nada saia dos trilhos em relação ao planejado anúncio revelador.
 
A revelação vem em seguida a um ano de grande abertura por parte do governo em se tratando de OVNI's e está em acordo com a política secreta desenvolvida pelas Nações Unidas. Se a revelação ocorrer no final de 2009 ou no início de 2010, Presidente Obama irá liderar um esforço sem precedentes para promover um governo global, através das ONU. A administração Obama e seus aliadaos se posicionam em dar um audacioso passo a frente ajudando nosso planeta a se tornar uma cultura interplanetária que lidará abertamente com os desafios impostos pela vida extraterrestre.

ESPÍRITO E MATÉRIA [2]

"(...) a matéria existe em estados que ignorais. Pode ser, por exemplo, tão etérea e sutil, que  nenhuma impressão vos cause aos sentidos. Contudo, é sempre matéria. Para vós, porém, não o seria."

 

"(...) ao  elemento material se tem que juntar o fluido universal, que desempenha o papel de intermediário entre o espírito e a matéria propriamente dita, (...) ele se distingue deste por propriedades especiais. (...). Está colocado entre o espírito e a matéria; (...) Esse fluido universal (...) é o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá."

 

"Não há o vácuo. O que te parece vazio está ocupado por matéria que te escapa aos sentidos e aos instrumentos."

 

ESPÍRITO E MATÉRIA Itens 22, 27 e 36 O Livro dos Espíritos Allan Kardec Paris, 1857

 


 

Enquanto Isso, no Universo

Daniel Soler

 

Pois é, caro leitor... Matéria Escura... você já tinha ouvido falar nisso? Não...? Bom, pode ficar tranquilo, porque você não está sozinho...! Apesar de haver indícios de existência dessa tal Matéria Escura (ME) já há mais de 70 anos, este assunto é bem pouco popular, comparado a outros assuntos, talvez pelo fato de até hoje não se saber exatamente o que ela possa ser. Em outras palavras,  é uma questão em aberto dentro da comunidade científica.

 

Só para tentar dar uma ideia do que estamos falando, de forma muito simples e resumida, podemos dizer que a ME é alguma coisa, algum tipo de matéria, que não se pode ver (não emite nem reflete luz, não interage portanto com a luz - daí o nome Escura!), mas que pode ser notada porque ela interage gravitacionalmente com a matéria comum que conseguimos ver, aquela de que somos feitos. Interagir gravitacionalmente significa que ela atrai e é atraída por corpos que possuem massa (que são feitos de matéria), como estrelas, nuvens de gás e poeira, galáxias, ou mesmo coisas pequenas como a Terra, eu e você...

 

Mas o que é afinal matéria? Esta, na verdade, é uma questão bem difícil de responder, até porque hoje temos muitas informações a respeito da matéria, de seus constituintes, de maneira que é um assunto relativamente complexo. Difícil, portanto, de se sintetizar em poucas palavras.

 

Eu poderia arriscar dizendo que a matéria, juntamente com a radiação (luz visível, raios-X, raios ultravioleta e infravermelho, ondas de rádio, raios gama, etc), forma o par de constituintes básicos do Universo conhecido, ou seja, de tudo o temos certeza de que existe. Mas esta seria uma "saída pela tangente", eu não estaria explicando realmente o que ela é, ou melhor ainda, do que ela é feita, apesar de se estar falando de uma propriedade fundamental e muito importante.

 

Eu poderia também dizer que matéria é tudo aquilo que é constituído por partículas elementares. Mas e o que são então partículas elementares? Átomos? Um dia foram os átomos, achávamos que eles eram indivisíveis, mas hoje sabemos que os átomos são feitos de outras coisas menores... Você já ouviu falar em bósons e férmions? Quarks e léptons?  Bários e mésons? E anti-partículas então? Nomes estranhos, não é? =)

 

Bom, o importante aqui é saber que os cientistas estão já há décadas construindo um modelo - chamado Modelo Padrão - onde existem um monte de partículas que, juntas, formam tudo aquilo que a gente conhece. Ou acha que conhece, mas enfim...

 

A matéria da qual somos feitos é muitas vezes chamada de Bariônica, porque boa parte dela é feita de dois bárions que acho que você já ouviu falar: o próton e o nêutron. Pois bem, eu, você, este computador na sua frente, o chão, as plantas, o ar, as estrelas que vemos a noite, tudo é feito de Matéria Bariônica (MB)!

 

Bom, mas há uns 80 anos mais ou menos, várias observações do céu começaram a sugerir a existência de um tipo de matéria exótica, não visível diretamente. O primeiro a deduzir a presença da ME foi o astrofísico suíço Fritz Zwicky, em 1933, observando um conjunto grande de galáxias, chamado aglomerado de galáxias Coma.

 

Ele estimou a massa total do aglomerado, baseado nos movimentos de galáxias contidas em suas periferias, e depois a comparou com a estimativa baseada no número de galáxias existentes dentro dele e no seu brilho total. O resultado foi o de que a quantidade de massa que interagia gravitacionalmente correspondia a cerca de 400 vezes mais do que a matéria observada!

 

De lá para cá, várias outras observações trouxeram indicativos fortes da existência da ME. A mais clássica de todas as evidências são os movimentos de translação de estrelas e de gás de galáxias espirais ao redor dos centros dessas galáxias. Como elas têm uma grande concentração de matéria – gases e estrelas – no seu bojo central, mais ou menos como é o caso do Sol no sistema solar, as estrelas e o gás mais afastados do centro deveriam  se movimentar de forma parecida com os planetas do sistema solar.

 

Quem está próximo da região central (Mercúrio, por exemplo), deveria completar muito mais voltas do que quem está nas periferias (Saturno, por exemplo), não só por ter um caminho menor pra percorrer, mas principalmente porque tem uma velocidade maior (algumas informações sobre os movimentos dos planetas você pode encontrar aqui).

 

Só que, o que se observa, é que as estrelas e o gás na periferia de uma galáxia espiral tendem a possuir uma velocidade quase tão alta quanto os que estão próximos do bojo central. Como seus movimentos, a princípio, só dependem da massa da galáxia, o que se deduz  é que tem que existir mais massa dentro dela. Só que essa massa toda a mais não é visível...

 

Curva de rotação de uma galáxia espiral típica: prevista (A) e observada (B). A matéria escura pode explicar a aparência "achatada" da curva de rotação para grandes distâncias do centro

 

Em 2007, eu noticei, no site dos Planetários de São Paulo, a descoberta da primeira galáxia feita quase que totalmente de ME! Tal galáxia se encontra próxima à galáxia espiral M89, já conhecida a dezenas de anos, que é uma galáxia assimétrica: seus braços se distribuem de forma um pouco diferente do comum, o que seria um indicativo de que ela teria sofrido uma colisão com uma outra galáxia. Só que não existe nenhuma galáxia visível perto dela! Astrônomos então descobriram a localização de uma galáxia feita praticamente só de ME, que deve ter colido com M89 há milhões de anos atrás, deixando-a então do jeito que a vemos hoje.

 

Um outra descoberta recente foi a de que deve existir uma quantidade imensa de ME no Aglomerado Bala de Revólver (Bullet Cluster), nome sugestivo devido ao seu formato. Tal aglomerado é, na verdade, composto pela colisão de outros dois, que ocorreu há muito, muito tempo atrás. O resultado final, que vemos hoje, não pode ser explicado sem a hipótese da ME. Na imagem e no vídeo abaixo, as cores rosa e azul são falsas, servem apenas para indicar onde se concentra a maior parte de MB (em rosa) e  a maior parte da ME (em azul).

 

Como a MB interage de outras formas, além da gravitacional, se movimentou de forma diferente, e se concentrou mais no meio. A ME se movimentou mais, levando ainda consigo diversas galáxias visíveis. Por meio de uma técnica chamada de Lentes Gravitacionais, detectou-se que há muito mais matéria que interage gravitacionalmente nas bordas do aglomerado do que no centro, o que atesta a existência da ME nessa região.

 

Bom, existem várias hipóteses sobre o que possa ser a ME, sobre do que ela pode ser feita. Há aqueles que afirmam que pode ser MB mesmo, só que na forma de matéria inerte, que não emite luz, como estrelas mortas ou mesmo planetas. Há os que acreditam estarmos diante mesmo de algum tipo exótico de matéria, constituído de algo completamente novo que não sabemos como lidar. Há, ainda, alguns que afirmam que talvez não haja nada além do que vemos: o que estaria errado seriam nossas teorias. Que talvez a Teoria da Gravitação esteja incompleta, e seja ainda incapaz de descrever certos fenômenos, como os que descrevemos aqui. Mas estes últimos são minoria.

 

De qualquer forma, se a ME realmente existir, a quantidade dela deve corresponder a cerca de 23% de tudo o que existe no Universo, quase 6 vezes mais do que os 4% da MB (os 73% restantes correspondem à Energia Escura, com certeza um assunto para um outro dia!). Na nossa Galáxia, por exemplo, acredita-se na existência de cerca de 10 vezes mais ME do que MB!

 

Pois é, caro leitor... você achava que somos importantes e especiais? Que somos "a última bolacha do pacote"? Fazemos parte de apenas 4% de tudo o que existe no Universo... e nem fazemos idéia direito o que são exatamente os outros 96%...! Você se sentiu pequeno agora? Um nada? Uma gota de água no oceano Atlântico? Um grão de areia na praia de Copacabana? Bom, eu pelo menos me sinto assim toda vez que penso na Matéria Escura, na Energia Escura... no Universo inteiro que ainda temos a descobrir...! =)

 

Um grande abraço e até a próxima!

 

Daniel R. Soler é Físico Habilitado em Astronomia

e Mestrando em Ensino de Ciências pela Universidade de São Paulo.

 

Fonte: IGeducacao

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Apresentar a Rádio Fraternidade

Olá, gostaríamos de apresentar o projeto que iniciamos em fevereiro deste ano.
Inclusive fomos tema de uma matéria feita pela Revista O CONSOLADOR
 
 


Seguem nossas vibrações de paz e amor....
Que Jesus possa iluminar você hoje e sempre!

Fraternalmente,

Rubens de Castro - Jornalista
Rádio Fraternidade
Uberlândia-MG
faleconosco@radiofraternidade.com.br

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Para cientista do Vaticano, pode existir vida extraterrestre

"Extraterrestres poderiam existir, mas não há fortes evidências de que de fato existam", ponderou o principal astrônomo do Vaticano, o padre Gabriel Funes, por ocasião do fim de uma conferência sobre vida extraterrena. O evento, organizado pela Pontifícia Academia de Ciências Sociais do Vaticano, reuniu atraiu cientistas, químicos, astrônomos, biólogos e clérigos de todo o mundo durante os dias 6 e 11 de novembro para discutir as origens e a evolução da vida.

Funes considera válida para a Igreja Católica a pesquisa sobre as chances de vida alienígena. "Embora a astrobiologia seja um campo ainda novo e em desenvolvimento, questões concernentes às origens da vida e da presença de seres vivo fora da Terra são legítimas e merecem consideração. Faz sentido buscar por formas de vida que existam além da Terra, mas, até o momento, não há prova de que tais existam", considerou.

A conclusão da conferência é de que há, "plausivelmente", milhões de planetas habitáveis somente na Via Láctea, que é apenas uma entre as bilhões de galáxias estimadas no nosso universo.

Esta não é a primeira fez em que Funes, também diretor do Observatório do Vaticano, conjetura sobre a chance de vida extraterrestre. Em 2008, o padre concedeu uma entrevista ao jornal oficial do vaticano, o Osservatore Romano.

A entrevista foi entitulada "Os aliens são meus irmãos". Nela, Funes avaliou: "Isso (a chance de vida extraterrena) não entra em conflito com nossa fé, pois não pode-se delimitar a criativide criadora de Deus", acrescentando que os alienígenas talvez não precisassem ser "salvos" para entrar no Paraíso, especialmente se fossem "mais evoluídos" que humanos.

O fato de o Vaticano discutir a possibilidade de vida extraterrestre é considerado por muitos como uma forte mudança na sua posição em relação à ciência e à própria religão. Há cerca de quatro séculos, por exemplo, o astrônomo Galileu Galilei foi preso, acusado de heresia, ao propor que a Terra não se localizava no centro do universo. Também no início da idade moderna, o filósofo Giordano Bruno foi queimado por especular, justamente, que outros mundos poderiam ser habitados
 
Parece que cada vez mais a ciência (e ainda mais a ciência católica) encontra-se com as afirmações da Doutrina Espírita - ver o Livro dos Espíritos Questões 55 a 58 e 172 a 188.
 
Bom saber que Deus agora "está autorizado" pelo vaticano a ter filhos em outros planetas, mesmo que estes não possa ainda ser salvos pela comunhão e pela extrema unção... mas já é uma luz no fim do túnel de dogmas e preconceitos.
 
Lembrando bem nem precisava tudo isso; afinal o Cristo já havia dito "na casa de meu pai há muitas moradas" e também "ainda tenho outras ovelhas que não são deste rebalho"... O Mestre sabia do que estava falando... :-)
 
Paz com todos.
 
 
   João Batista Sobrinho
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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

CIÊNCIA E FÉ

"E foi com ele, e seguia-o uma grande multidão, que o apertava. E certa mulher que, havia doze anos, tinha um fluxo de sangue, E que havia padecido muito com muitos médicos, e despendido tudo quanto tinha, nada lhe aproveitando isso, antes indo a pior; Ouvindo falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou na sua veste. Porque dizia: Se tão-somente tocar nas suas vestes, sararei. E logo se lhe secou a fonte do seu sangue; e sentiu no seu corpo estar já curada daquele mal. E logo Jesus, conhecendo que a virtude de si mesmo saíra, voltou-se para a multidão, e disse: Quem tocou nas minhas vestes? E disseram-lhe os seus discípulos: Vês que a multidão te aperta, e dizes: Quem me tocou? E ele olhava em redor, para ver a que isto fizera. Então a mulher, que sabia o que lhe tinha acontecido, temendo e tremendo, aproximou-se, e prostrou-se diante dele, e disse-lhe toda a verdade. E ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai em paz, e sê curada deste teu mal." (Marcos 5:24-34)
 
"Depois, foram para Jericó. E, saindo ele de Jericó com seus discípulos e uma grande multidão, Bartimeu, o cego, filho de Timeu, estava assentado junto do caminho, mendigando. E, ouvindo que era Jesus de Nazaré, começou a clamar, e a dizer: Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de mim. E muitos o repreendiam, para que se calasse; mas ele clamava cada vez mais: Filho de Davi! tem misericórdia de mim. E Jesus, parando, disse que o chamassem; e chamaram o cego, dizendo-lhe: Tem bom ânimo; levanta-te, que ele te chama. E ele, lançando de si a sua capa, levantou-se, e foi ter com Jesus. E Jesus, falando, disse-lhe: Que queres que te faça? E o cego lhe disse: Mestre, que eu tenha vista. E Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. E logo viu, e seguiu a Jesus pelo caminho." (Marcos 10:46-52)
 
"E, partindo dali, chegou à sua pátria, e os seus discípulos o seguiram. E, chegando o sábado, começou a ensinar na sinagoga; e muitos, ouvindo-o, se admiravam, dizendo: De onde lhe vêm estas coisas? e que sabedoria é esta que lhe foi dada? e como se fazem tais maravilhas por suas mãos? Não é este o carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, e de José, e de Judas e de Simão? e não estão aqui conosco suas irmãs? E escandalizavam-se nele. E Jesus lhes dizia: Não há profeta sem honra senão na sua pátria, entre os seus parentes, e na sua casa. E não podia fazer ali obras maravilhosas; somente curou alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos. E estava admirado da incredulidade deles." (Marcos 61:2-6)
 

 
Efeito placebo realmente funciona
Paula Rothman, de INFO Online
Quarta-feira, 04 de novembro de 2009 - 15h23

Pesquisa comprova que acreditar em um medicamento inócuo tem efeitos físicos – e não só psicológico.

Testes provaram que os placebos realmente inibem os sinais da dor - e mostram a importância do fator psicológico no processamento dessa sensação em seus estágios iniciais no sistema nervoso.

Os placebos são utilizados em diversas pesquisas como forma de controle. Ao testar uma nova droga, cientistas separam uma amostra de voluntários que acreditam receber um medicamento de verdade, mas ganham uma versão ineficaz, sem efeito algum.

Isso é feito para controlar se os resultados observados são realmente devido ao princípio ativo do medicamento ou se podem ser simplesmente causados pela crença do paciente na veracidade do tratamento – seja ele a cura de alguma enfermidade ou de dores crônicas.

Os efeitos do placebo são conhecidos, mas até pouco tempo acreditava-se que ele era simplesmente psicológico: o paciente acreditava que estava sendo medicado e não sentia mais a manifestação física da sensação.

Mas pesquisadores do University Medical Centre, em Hamburgo, queriam testar se os efeitos iam além: será que o placebo realmente influenciaria a dor física? O objetivo era descobrir se os analgésicos de placebo resultam em diminuição dos sinais da dor na espinha dorsal.

Eles usaram calor para causar dor em braços de voluntários, dizendo a alguns deles que haviam recebido um medicamento anti-dor. Em seguida, utilizaram ressonância magnética para avaliar a espinha dorsal de todos: daqueles que acreditavam ter usado o medicamento (um placebo) e daqueles que não receberam nada.

O resultado? Os receptores de dor eram menos ativos naqueles que achavam que tinham tomado o medicamento, provando que não só as pessoas acreditavam como fisicamente estavam sentindo menos dor.

O estudo, publicado na Science, mostra como os placebos são um ótimo exemplo do impacto de fatores psicológicos em receptores de dor. As descobertas podem auxiliar futuros tratamentos de dor crônica, uma vez que a redução da dor não foi apenas fruto da imaginação.
 
Fonte: Info

sábado, 31 de outubro de 2009

O Medo da Morte só se Justifica na Juventude

O Medo da Morte só se Justifica na Juventude
 
Algumas pessoas idosas vivem obcecadas com o medo da morte. Este sentimento só se justifica na juventude. Os jovens que receiam, com razão, morrer na guerra, podem legitimamente sentir a amargura do pensamento de terem sido defraudados do melhor que a vida lhes podia oferecer. Mas num velho que conheceu já as alegrias e dores humanas e que cumpriu a sua missão, qualquer que fosse, o receio da morte é algo de abjecto e ignóbil. O melhor meio de o vencer - pelo menos quanto a mim - é aumentar gradualmente as nossas preocupações, torná-las cada vez mais impessoais, até ao momento em que, a pouco e pouco, os limites da nossa personalidade recuem e a nossa vida mergulhe mais ainda na vida universal.
 
O homem que na velhice pode ver a sua vida desta maneira, não receará a morte, pois as coisas que o interessavam continuam. E se, com o declínio da vitalidade, a fadiga aumenta, o pensamento do que subsiste não será desagradável. O homem inteligente deve desejar morrer enquanto trabalha ainda, sabendo que os outros continuarão a sua missão interrompida, e contente por pensar ter feito o que lhe era possível fazer.
 
Bertrand Russell em
A Última Oportunidade do Homem

O FIM QUE NÃO TEM FIM

Especial
O fim do mundo em 2012
Os planetas, as estrelas, o calendário maia e, é claro, uma superprodução de Hollywood reavivam a ideia aterrorizante do apocalipse e levantam uma questão: por que continuamos a acreditar em profecias finalistas apesar de todas elas terem fracassado redondamente?

O escritor Patrick Geryl tem 54 anos, escreveu uma dezena de livros, nunca se casou, não tem filhos e atualmente anda muito ocupado preparando-se para o fim do mundo. Na semana passada, esteve em Sierra Nevada, no sul da Espanha, acompanhando uma equipe de televisão do Canadá, numa vistoria às habitações que estão sendo construídas ali. São ocas de cimento capazes de resistir ao cataclismo que, acredita Geryl, destruirá o planeta Terra no dia 21 de dezembro de 2012. "Queremos um lugar a uns 2 000 metros acima do nível do mar", explica. Ele e seu grupo pretendem levar 5 000 pessoas para um local que resistirá aos horrores do apocalipse. Será o último dia do resto da humanidade, acredita Geryl, um dia para o qual ele se prepara desde a adolescência, quando, aos 14 anos, na histórica cidade belga de Antuérpia, começou a se interessar pelo assunto lendo livros de astronomia. Ao voltar da Espanha, Geryl ocupou-se em relacionar os itens que devem ser levados para o bunker antiapocalipse. Na lista coletiva, havia 348, faltando ainda incluir os medicamentos. Na de uso individual, 86.
 
O ano de 2012 tornou-se o centro de gravidade do fim do mundo por uma confluência de achados proféticos. Primeiro, surgiu a tese de que a Terra será destruída com a volta do planeta Nibiru em 2012. Depois, veio à tona que o calendário dos maias, uma das esplêndidas civilizações da América Central pré-colombiana, acaba em 21 dezembro de 2012, sugerindo que se os maias, tão entendidos em astronomia, encerraram as contas dos dias e das noites nessa data é porque depois dela não haverá mais o que contar. Posteriormente, apareceram os eternos intérpretes de Nostradamus e, em seguida, vieram os especialistas em mirabolâncias geológicas e astronômicas com um vasto cardápio de catástrofes: reversão do campo magnético da Terra, mudança no eixo de rotação do planeta, devastadora tempestade solar e derradeiro alinhamento planetário em que a Terra ficará no centro da Via Láctea – tudo em 2012 ou em 21 de dezembro de 2012.
 
Com tantas sugestões, a profecia ganhou as ruas. No dia 13 de novembro, terá lugar a estreia mundial de 2012, uma superprodução de Hollywood que conta a saga dos que tentam desesperadamente sobreviver à catástrofe final. No site da Amazon, há 275 livros sobre 2012. Nos Estados Unidos, já existem lojas vendendo produtos para o apocalipse. Os itens mais comercializados são pastilhas purificadoras de água e potes de magnésio, bons para acender o fogo. É sinal de que os compradores estão preocupados com água e fogo, numa volta ao tempo das cavernas. Na Universidade Cornell, que mantém um site sobre curiosidades do público a respeito de astronomia, disparou o número de perguntas sobre 2012. Há os que se divertem, pois não acreditam na profecia. Entre os que acreditam, os sentimentos vão da tensa preocupação, como é o caso de Patrick Geryl, autor de três livros sobre 2012, todos publicados no Brasil, até o pavor incontrolável. O fim do mundo é uma ideia que nos aterroriza – e, nesse formidável paradoxo que somos nós, também pode ser a ideia que mais nos consola. Por isso é que ela existe.
 
No inventário dos fracassos humanos, talvez não haja aposta tão malsucedida quanto a de marcar data para o fim do mundo. Falhou 100% das vezes, mas continua a se espalhar, resistindo ao tempo, à razão e à ciência. As tentativas de explicar esse fenômeno são uma viagem fascinante pela alma, pela psique, pelo cérebro humano. Uma das explicações está no fato de que o nosso cérebro é uma máquina programada para extrair sentido do mundo. Assim, somos levados a atribuir ordem e significado às coisas, mesmo onde tudo é casual e fortuito. As constelações no céu, por exemplo, são uma criação mental para organizar o caos estelar. Ao enxergarmos as constelações de Órion ou Andrômeda, encontramos ordem e sentido. O dado complicador é que a vida, no céu e na terra, deve muito mais às contingências do acaso do que ao determinismo. O espermatozoide que fecundou o óvulo que gerou Albert Einstein foi um produto do acaso, resultado de uma disputa entre espermatozoides resolvida por milésimos de segundo. Assim como aconteceu, poderia não ter acontecido.
 
Recuando no tempo, a própria humanidade, analisada do ponto de vista científico, é fruto do acaso. Por um acidente, um peixe pré-histórico desenvolveu barbatanas que, à imitação de pernas ou patas, lhe permitiram enfrentar a gravidade da Terra e, assim, por acaso, viabilizou o desenvolvimento de vertebrados fora da água. Bilhões de anos depois, cá estamos nós, bípedes, inteligentes, comendo sorvete de morango, descobrindo a estrela mais antiga e nos deliciando com Elizabeth Taylor deslumbrante como Cleópatra. Tudo por acaso. A preponderância do aleatório sobre o determinado pode dar a sensação de desesperança, de que somos impotentes diante de todas as coisas. Talvez nisso residam a beleza e a complexidade da vida, mas o fato é que o cérebro está mais interessado em ordem do que em belezas complexas. Por isso, quando não vê significado nas coisas naturais, ele salta para o sobrenatural. "Nascemos com o cérebro desenhado para encontrar sentido no mundo", diz o psicólogo Bruce Hood, da Universidade de Bristol, na Inglaterra, autor de Supersense: Why We Believe in the Unbelievable (Supersentido: Por que Acreditamos no Inacreditável). "Esse desenho às vezes nos leva a acreditar em coisas que vão além de qualquer explicação natural."
 
O achado de Hood foi descobrir que as crenças talvez não sejam fruto nem da religião nem da cultura, mas uma expressão de como o cérebro humano trabalha. É o que ele chama de "supersentido". É o supersentido que nos leva a bater na madeira, dar valor afetivo a um objeto ou conversar com Deus. A religião seria uma criação mental através da qual o cérebro atende a sua necessidade por sentido. O apocalipse, nesse caso, é uma saída brilhantemente engenhosa. Explica duas questões que atormentam a humanidade desde sempre: o significado da vida e a inevitabilidade da morte. Somos a única espécie com consciência da própria morte e, no entanto, não sabemos o significado da vida. Afinal, por que estamos aqui? A pergunta, em si, revela nossa busca por sentido, devido à nossa dificuldade de conviver com a possibilidade de que, talvez, não estejamos aqui por alguma razão especial. O apocalipse é uma resposta. Está descrito nos seus mínimos e horripilantes detalhes no Livro do Apocalipse, escrito pelo evangelista João, por volta do ano 90 da era cristã, quando estava preso, perseguido pelo Império Romano.

O começo do fim do mundo, diz João, será anunciado por sinais tenebrosos: um céu negro, uma lua cor de sangue, estrelas desabando sobre a Terra e uma sucessão de desastres varrendo o planeta na forma de terremotos, inundações, incêndios, epidemias. O Anticristo então dominará a Terra por sete anos, ao fim dos quais Jesus Cristo descerá dos céus com um exército de santos e mártires – e vencerá Satã, a besta. Depois de 1 000 anos acorrentado, Satã conseguirá se libertar e forçará Jesus Cristo a travar uma segunda batalha, a terrível batalha do Armagedom. Derrotado Satã, todos nós, vivos e mortos, nos sentaremos no banco dos réus do tribunal divino. Os bons irão para o paraíso celestial. Os maus arderão no fogo eterno. É uma narrativa tão magicamente escatológica que Thomas Jefferson, o terceiro presidente dos Estados Unidos, a chamou de "delírio de um maníaco". Bernard Shaw, o grande teatrólogo irlandês, disse que era o "inventário das visões de um drogado". Delírio ou visões, o Livro do Apocalipse explica tudo. O professor Ralph Piedmont, do Loyola College, em Maryland, especialista em psicologia da religião, afirma: "O Apocalipse de João explica a morte, ao informar que vamos ressuscitar, e dá sentido à vida, ao dizer que é uma provação".
 
Subsidiariamente, o apocalipse atende a outra necessidade humana, a de acreditar num mundo regido por uma ordem moral. Os historiadores atribuem o surgimento da visão apocalíptica ao persa Zoroastro, ou Zaratustra, que viveu uns 1 000, talvez 1 500 anos antes de Cristo. Ele foi o primeiro a falar de uma batalha cósmica entre o bem e o mal, mais tarde aproveitada pelos profetas Ezequiel, Daniel e, principalmente, João. "Num mundo em que, com frequência, os bons sofrem e os maus prosperam, a promessa de um julgamento moral é um consolo profundo", diz Michael Barkun, professor de ciência política da Universidade de Syracuse, que estuda a relação entre violência e religião. Eis por que o fim do mundo aterroriza mas também pode nos consolar. Nem sempre o apocalipse vem numa embalagem religiosa. A profecia de 2012 começou com base em eventos astronômicos e calendários antigos. Só depois recebeu a adesão de seitas espiritualistas e cristãs, mas originalmente 2012 é, digamos, um fim do mundo pagão. Se não é um fim com prêmio aos bons e punição aos maus, então por que acreditamos em profecias que nunca dão certo?
 
A explicação começou a surgir nos anos 50, quando o brilhante psicólogo americano Leon Festinger (1919-1989) resolveu testar uma hipótese revolucionária: a de que, diante de uma profecia fracassada, os fiéis não desistem de sua crença, mas, ao contrário, se aferram ainda mais a ela. Festinger e seus colegas se infiltraram numa seita do fim do mundo e descobriram exatamente o que imaginavam. O grupo era formado por quinze pessoas e liderado por uma dona de casa de Michigan, Marion Keech, que fora informada por extraterrestres de que o mundo acabaria com uma inundação no dia 21 de dezembro – olha a data aí de novo – de 1954. Antes da catástrofe final, Marion e seguidores seriam resgatados pela nave-mãe e levados para um lugar seguro. Na data e hora marcadas, eles se reuniram para esperar o resgate, e não apareceu nave nenhuma. Passou uma hora, e nada. Duas horas, e nada. Eles estavam tensos e preocupados, alguns começando a dar sinais de descrença naquilo tudo, até que, quase cinco horas depois, Marion foi novamente contactada pelos extraterrestres com uma novidade redentora: o grupo ali reunido, com o poder de sua crença, espalhara tanta luz que Deus cancelara a destruição do mundo. Os membros reagiram com entusiasmo. Haviam encontrado um meio de acreditar que a profecia, afinal, estava correta.
 
O caso foi contado no livro When Prophecy Fails (Quando a Profecia Falha) e se tornou um dos fundamentos do que veio a se chamar teoria da dissonância cognitiva. É a inclinação que temos para reduzir o profundo desconforto provocado por duas informações conflitantes – no caso, a crença de que o mundo vai acabar e a evidência incontornável de que o mundo não acabou. Há exemplos mais rotineiros, como o sujeito que sabe que o cigarro pode matar e, no entanto, fuma dois maços por dia. Tem-se uma "dissonância cognitiva", que precisa ser resolvida: ou o sujeito para de fumar ou racionaliza que o cigarro, no fundo, acalma, emagrece, seja o que for. Meio século depois, a tese de Festinger será ainda válida para explicar a crença inabalável em profecias finalistas? "É, ainda, a melhor explicação psicológica", diz Daniel Gilbert, da Universidade Harvard, autor de um trabalho pioneiro sobre como enxergamos o futuro – com lupa, diz ele, sempre dando a sucessos ou fracassos importância muito maior do que efetivamente terão quando (e se) acontecerem.
 
As profecias do apocalipse são um desastre como previsão do futuro, mas excelentes como alegorias do presente. A coleção de afrescos e pinturas clássicas que retratam o Juízo Final, como a obra-prima de Michelangelo na Capela Sistina, reflete o temor do tribunal divino e o domínio da Igreja Católica de então. Depois da II Guerra, os filmes de Hollywood, grandes difusores da catástrofe final, passaram a enfocar o fim do mundo como resultado de uma guerra nuclear ou de um monstro deformado pela radioatividade. Estavam narrando as aflições dos americanos com a bomba de Hiroshima e Nagasaki e a chegada da corrida armamentista com a União Soviética. É o momento em que o apocalipse começa a ter duas fontes – a religião e a ciência. Nos anos 60, com as profundas transformações varrendo os EUA, da Guerra do Vietnã à revolução sexual, do advento do computador ao movimento dos direitos civis, dos Beatles a Woodstock, o apocalipse mudou de lugar. "O livro da revelação deixou o gueto cristão e entrou no coração da política americana e da cultura popular", escreve Jonathan Kirsch em A History of the End of the World (Uma História do Fim do Mundo), um ótimo inventário do apocalipse.
Desde os anos 50, cada década tem pelo menos uma dúzia de filmes apocalípticos dignos de nota, de Godzilla a Apocalypto, de O Planeta dos Macacos a Matrix, de O Bebê de Rosemary a Presságio. Eles sempre narram algo do seu tempo. Há estudiosos que acreditam que mesmo o Livro do Apocalipse teria sido uma resposta às perseguições que os cristãos sofriam no Império Romano – e a besta, o Anticristo, o Satã seriam Nero, o imperador que tocou fogo em Roma. Como os apocalipses tomam a forma de sua época, o Anticristo se atualiza. Na II Guerra, era Adolf Hitler. Hoje, é Osama bin Laden. Isso é claro nos EUA, cuja condição de potência acaba por difundir suas neuroses e seus achados para o mundo todo. O apocalipse na cultura? Antes, eram os hippies com sua percepção extrassensorial e drogas alucinógenas. Depois, no ano 2000, foi o tecnoapocalipse, na forma do bug do milênio. O apocalipse na política? Antes, era o Exército Vermelho. Agora, é o terrorismo islâmico. Como disse Eric Hoffer (1902-1983), que passou a vida como estivador e filósofo: "Movimentos de massa podem surgir e se espalhar sem a crença num deus, mas nunca sem a crença num diabo".
 
Nenhuma das hipóteses do fim do mundo em 2012 mencionadas nesta reportagem faz sentido. O planeta Nibiru nem existe. A civilização maia, cujo auge se deu entre 300 e 900 da era cristã, tinha três calendários: o divino, o civil e o de longa contagem, que termina em 2012. "Mas os maias nunca afirmaram que isso era o fim do mundo", diz David Stuart, da Universidade do Texas, considerado um dos maiores especialistas em epigrafia maia. Uma mudança no eixo de rotação da Terra é impossível. "Nunca aconteceu e nunca acontecerá", garante David Morrison, cientista da Nasa, agência espacial americana. Reversão do campo magnético da Terra? Acontece de vez em quando, de 400 000 em 400 000 anos, e não causa nenhum mal à vida na Terra. Tempestade solar? Também acontece e em nada nos afeta. Derradeiro alinhamento planetário em que a Terra ficará no centro da galáxia? Não haverá nenhum alinhamento planetário em 2012, e, bem, quem souber onde fica "o centro" da nossa galáxia ganha uma viagem interplanetária. Mas Patrick Geryl, que se prepara para o fim do mundo, está certo de que tudo termina em 2012. E se não terminar? Geryl pensa, olha para o alto e responde: "Não existe essa hipótese". Ele e seu grupo encontrarão uma boa explicação quando o dia raiar em 22 de dezembro de 2012. Afinal, é preciso se preparar para um novo fim do mundo.
 
Os dez dias que sumiram
 
O calendário maia, dizem os apocalípticos, prevê o fim do mundo para o dia 21 de dezembro de 2012. Calendários, no entanto, são excelentes instrumentos para orientar sobre o compromisso da próxima quarta-feira, mas são um embuste para prever o futuro. As diversas civilizações – não só os maias, mas os egípcios, os chineses – criaram os próprios calendários, uns com base no Sol, outros com base na Lua, uns mais longos, outros mais curtos, mas todos sempre foram expressão da inclinação humana de atribuir ordem ao caos. Com o calendário, criamos a sensação de ordenar os dias, os meses e os anos num sistema cronológico racional e matematicamente preciso. Só que a natureza não é assim. Num delicioso livro lançado às vésperas do ano 2000, O Milênio em Questão, no qual se baseia este texto, o grande paleontólogo americano Stephen Jay Gould (1941-2002) escreveu: "A natureza, aparentemente, pode fazer um esplêndido hexágono, mas não um ano com um belo número par de dias ou rotações lunares". E, com o humor que lhe era peculiar, acrescentou: "A natureza se recusa teimosamente a trabalhar com relações numéricas simples justamente naquilo em que sua regularidade seria mais útil para nós".
 
Ou seja: os ciclos naturais dos dias, meses e anos não são redondos, pares perfeitos. São frações, números quebrados, e aí começa um problemão. Um ano – tempo que a Terra leva para dar uma volta completa em torno do Sol – não dura 365 dias. Dura 365 dias e algumas horas. Para facilitar a conta, arbitramos que um ano dura 365 dias e seis horas, ou um quarto de dia. Mas, como não podemos ter um quarto de dia, a cada quatro anos temos o ano bissexto, com 366 dias, o que recoloca nosso calendário em sintonia com o ano solar. Porém, a natureza, na sua magistral indiferença para com nossos números inteiros, na realidade não faz um ano de 365 dias e seis horas. São 365 dias e 5 horas, 48 minutos e 45,97 segundos! Isso quer dizer que o acréscimo do 366° dia cobre o descompasso ocorrido em cada quatro anos, mas imprecisamente. Como o tal descompasso não era de exatas 24 horas – era de 23 horas, 15 minutos e 3,88 segundos –, o ajuste feito pelo ano bissexto ainda nos deixa com um pequeno atraso em relação à natureza: um atraso de 44 minutos e 56,12 segundos a cada quatro anos. É pequeno, mas aumenta com o tempo. Em vinte anos, o atraso soma quase quatro horas. É tolerável. Em 100 anos, passa de dezoito horas. Começa a complicar. À medida que vai avançando, passa a embaralhar as estações do ano, a época certa para plantar, para colher, para pescar. Vira um, digamos, apocalipse.
 
Em 1582, o calendário da época, que vinha desde os tempos do Império Romano, já acumulava um atraso de dez dias em relação ao ano solar. Era demais, inadmissível. O papa Gregório XIII convocou então uma comissão de matemáticos para dar uma solução ao problema. Chegou-se a uma saída formidável. Com seu poder incontrastável sobre o destino da humanidade e do universo, o papa decretou o sumiço dos dez dias. Simples assim. Riscou fora. A humanidade foi dormir em 4 de outubro e acordou em 15 de outubro. O período de 5 a 14 de outubro de 1582 não existiu, jogando algumas dúvidas para as calendas gregas. O que aconteceu com quem fazia aniversário no período suprimido? E quem tinha conta para pagar num dia que sumiu? Pagou juros? Queixou-se ao papa? Resolvida a diferença de dez dias, a comissão achou outras soluções criativas. Para evitar que o descompasso dos anos bissextos voltasse a se alargar a longo prazo, estabeleceu que a cada século múltiplo de 100 – 1800, 1900, 2000, por exemplo – não haveria ano bissexto. Excelente. Mas a retirada do 366° dia seria provisoriamente excelente porque criaria um desequilíbrio lá adiante. Então, inventou-se outra compensação: de quatro em quatro séculos, o ano bissexto volta.
 
Parece confuso, mas é assim que funciona até hoje: de 100 em 100 anos, cai o ano bissexto; de 400 em 400, reinstala-se o ano bissexto. Com esses avanços e recuos, somas e diminuições, nosso calendário consegue dançar num movimento parecido com o balé irregular dos ciclos naturais. (Não é idêntico porque o calendário gregoriano ainda se distancia do ano solar em 25,96 segundos. É irrisório, leva mais ou menos 2 800 anos para chegar a um dia inteiro, mas perfeito é que não é.) Diante de tantos ajustes, a velha e boa folhinha de parede é um medidor preciso para o compromisso de quarta-feira, mas, com suas imprecisões em relação aos eventos astronômicos, não é exatamente boa para embasar previsões futuras.
 
Para fugir das confusões do ano solar, há quem prefira as previsões com base no mês lunar – tempo que a Lua leva para dar uma volta completa em torno da Terra. Na verdade, não resolve nada. Apenas se troca de problema. Para facilitar nossos cálculos, arbitramos que a Lua leva 29 dias e meio para dar a volta na Terra. Mas, na realidade, a Lua leva, precisamente, 29,53 dias – de novo, a caprichosa fração da natureza. Assim, se um ano tem doze meses e cada mês corresponde a uma lunação, a conclusão matemática é que um ano tem doze lunações. Era para ser, mas não é. As doze lunações, indiferentes à ordem humana, não levam 365 dias para se realizar, mas somente 354 dias, uma debochada diferença de onze dias em relação ao ano solar...! Por isso, é preciso que... Bem, diga-se apenas que é preciso recorrer à inventividade humana para conciliar o calendário e o universo. Fica claro que qualquer profecia anunciada com base em calendários, solares ou lunares, maias ou gregorianos, é mais ou menos uma brincadeira, pois nossas fórmulas numéricas, tão regulares e ordenadas, não traduzem a exata natureza dos eventos astronômicos, tão caóticos e irregulares. É quase como querer tirar a raiz quadrada do mar.