domingo, 27 de fevereiro de 2011

Imagens no Céu

"E, indo eles caminhando e conversando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho."
(II Reis, 2:11)
"(...) e eis que a estrela que tinham visto quando no oriente ia adiante deles, até que, chegando, se deteve sobre o lugar onde estava o menino. Ao verem eles a estrela, regozijaram-se com grande alegria. E entrando na casa, viram o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram"
(Mateus, 2:9-11)

"Batizado que foi Jesus, saiu logo da água; e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito Santo de Deus descendo como uma pomba e vindo sobre ele; e eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo."
(Mateus, 3:16-17)



Alguns ufólogos afirmam que muitos fenômenos relatados na Bíblia de imagens vistas no céu eram, na verdade, OVNIs.

Defendem que inteligências bem mais avançadas que a nossa monitoram e interferem no desenvolvimento da raça humana há milhares de anos, como nós também fazemos com as diferentes espécies de animais nas florestas e oceanos.

É razoável admitir que cada civilização registre o que vê de acordo com a cultura da época e do lugar em que vive. O que hoje chamamos de OVNIs e UFOs pode muito bem ter sido interpretado como "carruagens de fogo", "estrelas" e "pombas", na falta de melhor comparação e de acordo com a forma com que se apresentavam.

No que se refere a esta última forma, a de pomba, uma imagem muito semelhante foi recentemente registrada em Israel, na madrugada do dia 28 de janeiro de 2011.

O mesmo objeto foi filmado de três pontos diferentes da cidade de Jerusalém, a chamada Terra Santa, o que reduz bastante a possibilidade de fraude.

Embora a imagem luminosa não apresente penas e asas bem definidas, seria facilmente comparada a uma pomba há dois mil anos atrás.

Confiram no endereço abaixo e tirem suas conclusões.

http://www.divirta-se.uai.com.br/html/sessao_21/2011/02/21/ficha_verpracrer/id_sessao=21&id_noticia=35062/ficha_verpracrer.shtml

Ramon de Andrade
Palmares-PE

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Verdadeira Adoração

"(...) Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e é necessário que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade."

Jesus
(João, 4:22-24)

"Então falou Jesus às multidões e aos seus discípulos, dizendo: Na cadeira de Moisés se assentam os escribas e fariseus. Portanto, tudo o que vos disserem, isso fazei e observai; mas não façais conforme as suas obras; porque dizem e não praticam. Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; mas eles mesmos nem com o dedo querem movê-los.

"Todas as suas obras eles fazem a fim de serem vistos pelos homens; pois alargam os seus filactérios (*), e aumentam as franjas dos seus mantos; gostam do primeiro lugar nos banquetes, das primeiras cadeiras nas sinagogas, das saudações nas praças, e de serem chamados pelos homens: Rabi.

"Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi; porque um só é o vosso Mestre, e todos vós sois irmãos. E a ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque um só é o vosso Pai, aquele que está nos céus. Nem queirais ser chamados guias; porque um só é o vosso Guia, que é o Cristo. Mas o maior dentre vós há de ser vosso servo. Qualquer, pois, que a si mesmo se exaltar, será humilhado; e qualquer que a si mesmo se humilhar, será exaltado.

"Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque fechais aos homens o reino dos céus; pois nem vós entrais, nem aos que entrariam permitis entrar. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque devorais as casas das viúvas e sob pretexto fazeis longas orações; por isso recebereis maior condenação. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o tornais duas vezes mais filho do inferno do que vós.

"Ai de vós, guias cegos! que dizeis: Quem jurar pelo ouro do santuário, esse fica obrigado ao que jurou. Insensatos e cegos! Pois qual é o maior; o ouro, ou o santuário que santifica o ouro? E: Quem jurar pelo altar, isso nada é; mas quem jurar pela oferta que está sobre o altar, esse fica obrigado ao que jurou. Cegos! Pois qual é maior: a oferta, ou o altar que santifica a oferta? Portanto, quem jurar pelo altar jura por ele e por tudo quanto sobre ele está; e quem jurar pelo santuário jura por ele e por aquele que nele habita; e quem jurar pelo céu jura pelo trono de Deus e por aquele que nele está assentado.

"Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes omitido o que há de mais importante na lei, a saber, a justiça, a misericórdia e a fé; estas coisas, porém, devíeis fazer, sem omitir aquelas. Guias cegos! que coais um mosquito, e engulis um camelo.

"Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque limpais o exterior do copo e do prato, mas por dentro estão cheios de rapina e de intemperança. Fariseu cego! limpa primeiro o interior do copo, para que também o exterior se torne limpo.

"Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos e de toda imundícia. Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniquidade."

Jesus
Mateus, capítulo 13

"O servo que soube a vontade do seu senhor, e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites; mas o que não a soube, e fez coisas que mereciam castigo, com poucos açoites será castigado. Daquele a quem muito é dado, muito se lhe requererá; e a quem muito é confiado, mais ainda se lhe pedirá."

Jesus
Lucas, 12:47-48


Tem Deus preferência pelos que o adoram desta ou daquela maneira?

"Deus prefere os que o adoram do fundo do coração, com sinceridade, fazendo o bem e evitando o mal, aos que julgam honrá-lo com cerimônias que os não tornam melhores para com os seus semelhantes.

"Todos os homens são irmãos e filhos de Deus. Ele atrai a si todos os que lhe obedecem às leis, qualquer que seja a forma sob que as exprimam.
 
"É hipócrita aquele cuja piedade se cifra nos atos exteriores. Mau exemplo dá todo aquele cuja adoração é afetada e contradiz o seu procedimento.

"Declaro-vos que somente nos lábios e não na alma tem religião aquele que professa adorar o Cristo, mas que é orgulhoso, invejoso e cioso, duro e implacável para com outrem, ou ambicioso dos bens deste mundo. Deus, que tudo vê, dirá: o que conhece a verdade é cem vezes mais culpado do mal que faz, do que o selvagem ignorante que vive no deserto. E como tal será tratado no dia da justiça. Se um cego, ao passar, vos derriba, perdoá-lo-eis; se for um homem que enxerga perfeitamente bem, queixar-vos-eis e com razão.

"Não pergunteis, pois, se alguma forma de adoração há que mais convenha, porque equivaleria a perguntardes se mais agrada a Deus ser adorado num idioma do que noutro. Ainda uma vez vos digo: até ele não chegam os cânticos, senão quando passam pela porta do coração."

O Livro dos Espíritos
Questão 654


 
Filactérios (Substantivo masculino plural): No judaísmo, par de pequenas caixas de couro usadas ritualmente, amarradas ao braço e à testa por correias, também de couro, e que contêm trechos das Escrituras.

As Sensações nos Espíritos

"Liberto do corpo, o Espírito pode sofrer, mas esse sofrimento não é corporal, embora não seja exclusivamente moral, como o remorso, pois que ele se queixa de frio e calor. Também não sofre mais no inverno do que no verão: temo-los visto atravessar chamas, sem experimentarem qualquer dor. Nenhuma impressão lhes causa, conseguintemente, a temperatura. A dor que sentem não é, pois, uma dor física propriamente dita: é um vago sentimento íntimo, que o próprio Espírito nem sempre compreende bem, precisamente porque a dor não se acha localizada e porque não a produzem agentes exteriores; é mais uma reminiscência do que uma realidade, reminiscência, porém, igualmente penosa.
 
(...)
 
"Vimos que seu sofrer resulta dos laços que ainda o prendem à matéria; que quanto mais livre estiver da influência desta, ou, por outra, quanto mais desmaterializado se achar, menos dolorosas sensações experimentará. Ora, está nas suas mãos libertar-se de tal influência desde a vida atual."
Allan Kardec
O Livro dos Espíritos
Paris, 1957
 


"Quando vivemos no plano terrestre estamos sempre, e por diversas maneiras, sentindo o nosso corpo físico: pelo calor ou pelo frio, pelo desconforto, fadiga, pelas mínimas doenças e por inúmeros outros fatores adversos. Aqui não há tais inconvenientes. Por outro lado, não quero dizer que somos insensíveis, imunes a influências externas; nossas percepções são de ordem mental e o nosso corpo espiritual é impenetrável a tudo quanto seja destrutivo. Sentimos através da mente e não de qualquer órgão físico dos sentidos; nossas reações estão diretamente ligadas aos pensamentos. Se sentimos frio, em qualquer circunstância especial e definida, tal sensação nos vem pela mente, nada sofrendo o corpo espiritual. "
 
Monsenhor Robert Hugh Benson
A Vida nos Mundos Invisíveis
Por Anthony Borgia
Ed. Pensamento,
1960

Religiões no Além

"Vós adorais o que não conheceis; (...) Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e é necessário que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade." Jesus (João, 4:22-24)

"porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos; mas, quando vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, pensava como menino; mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora vemos como por espelho, em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei plenamente, como também sou plenamente conhecido." Paulo (I Coríntios, 9-12)



"Não se deve perder de vista que o Espírito não se transforma subitamente, após a morte do corpo. (...) a morte não o torna imediatamente perfeito. Pode, pois, persistir em seus erros, em suas falsas opiniões, em seus preconceitos, até que se haja esclarecido pelo estudo, pela reflexão e pelo sofrimento."

Allan Kardec
O Livro dos Espíritos
Questão 997



É uma reflexão pertinente, especialmente estre os espíritas, a existência ou não de manifestações religiosas no mundo espiritual.

A postura mais comum entre os fiéis das diversas religiões é a de que a morte comprovará a realidade de suas crenças diante dos adeptos das demais denominações. A morte seria então o momento a partir do qual poderíamos dizer aos outros "viu? eu bem que avisei!".

As obras básicas do Espiritismo pouco trazem a respeito, pois trataram especialmente dos aspectos morais da situação da alma após a morte.

A dinâmica do mundo espiritual começou a ser descrita em detalhes a partir do século 20, com as revelações de André Luiz, através de Chico Xavier, além de algumas obras pontuais de outros autores não espíritas.

Continua sendo, então, uma grande surpresa descobrir que, ao menos nos planos adjacentes à Terra, onde se situam a maioria das comunidades espirituais, as manifestações de fé não sofrem quase nenhuma alteração, assim como as demais expressões de nossas mentes, ainda muito ligadas às rotinas do planeta.

Os trechos abaixo, extraídos de uma obra espírita e de outra não espírita, trazem informações concordantes e hamônicas sobre as manifestações religiosas no mundo espiritual imediato à biosfera.

Ramon de Andrade
Palmares-PE


"Nesses tempos imediatos ao post-mortem, repontados de impressões físicas, as quais persistem em algumas entidades anos a fio, a vida é quase cópia da existência da personalidade terrena e foi assim que conheci inúmeros companheiros, que duvidavam dos ensinamentos dos mestres quando se referiam aos pretéritos longínquos; e alguns deles me asseveravam não poderem admitir a multiplicidade das existências da alma. Semelhantes crenças eram o atestado da ignorância de quantos as abrigavam, pois, como nos planos terrestres, ou nas regiões que vos são ainda imponderáveis, a natureza não dá saltos.

"Naquele ambiente misturavam-se os protestantes, os católicos, os professos de outras seitas, inclusive espíritos que militam nas hostes do materialismo mais avançado na superfície da Terra, e se aquelas falanges de almas não eram más, também não eram perfeitas. Não discutiam acaloradamente, mas cada uma preferia guardar os seus pontos de vista em matéria religiosa, acariciados durante a vida inteira pela mais estranha devoção.

"É verdade que nós, os católicos, não encontrávamos o purgatório e os seus instrumentos de suplício depurados, nem o inferno de anjos e virgens. Os protestantes de certas escolas reconheceram-se despertos, sem o sono em que se diz estarem mergulhados os mortos, à espera do juízo final.

"Nós, os religiosos, não acharemos o que nos prometiam as nossas Igrejas, como os ateus não encontrarão o nada em que acreditaram. A posição de todos, porém, nesse assunto, era de expectativa, segundo presumi, e cada qual se escorava nas suas interpretações pessoais, à espera de que os acontecimentos corroborassem às suas desconfianças.

"A ignorância, de que dávamos testemunho com as nossas dúvidas em face daquilo que os pregoeiros da verdade nos vinham ensinar, era oriunda de nossa persistência no atraso espiritual, infensos a toda idéia nova e arraigados em prejuízo do nosso progresso. Essa resistência obstava a necessária amplitude de estado vibratório do nosso espírito para que nele desabrochassem as recordações adormecidas. É assim que justifico a ignorância havida com respeito ao passado.

(...)

"Habituada a acatar incondicionalmente os ensinamentos da Igreja, mantinha também as minhas vacilações quanto à crença nas existências passadas. Por que não me lembrava delas, já que não possuía mais o corpo terreno? Já que a morte me havia arrebatado dos planos materiais, era natural que não tivesse justificativa aquele esquecimento.

"É desse modo que tenho visto aqui muitas extravagâncias de costumes. Por exemplo, na primeira esfera, mais apegada à Terra e às suas ilusões, temos muitas organizações à maneira do planeta.

"São inúmeras as congregações de espíritos que se dedicam à salvaguarda de seus ideais religiosos sobre o orbe terráqueo. A Igreja romana, por exemplo, têm aí organizações, conventos, irmandades, que defendem os seus erros e, assim, de facção em facção, podereis compreender a imensidade de nossa luta, Nas colônias de antigos remanescentes da África vim conhecer costumes esquisitos, como bailados estranhos, ao som de músicas bizarras que me deram a impressão de fandangos, tão da preferência dos escravos no Brasil.

"A luta estabelecida não é pequena. A nossa existência é a continuidade da vida material com todas as suas características.

"Vem daí o nosso contínuo conselho para preparardes uma vida melhor, pela aquisição de virtudes e conhecimento. Assim como tenho visitado outros mundos e outros ambientes, cujas belezas constituem um sagrado estímulo para minha vontade de progredir e aprender, igualmente muita coisa lamentável tenho presenciado, optando sempre pela exortação fraterna, a fim de que saibas aproveitar proficuamente o vosso tempo na face do orbe que atualmente habitais."

Maria João de Deus
Cartas de Uma Morta
Por Chico Xavier



"Meu guia informou-me que de onde estávamos eu poderia ver toda espécie de gente em condições diversas, vivendo em seus lares; pessoas cujos pontos de vista religiosos quando na terra também eram os mais diversos. Disse ainda que uma das grandes características do mundo do espírito era as almas serem exatamente as mesmas de momentos antes da passagem para o mundo espiritual. (...). Os credos, portanto, não formam qualquer parte do mundo espiritual, mas como as pessoas trazem para ele todas as suas próprias características, cada crente continua a praticar a sua religião até o instante em que sua mente se torne espiritualmente esclarecida. Temos aqui — informou-me, e já então eu tinha visto por mim mesmo — comunidades inteiras ainda praticando suas antigas religiões terrenas, com o fanatismo e os preconceitos de seus princípios, não obstante apenas no aspecto religioso. A ninguém prejudicam a não ser a si mesmas, pois confinam-se em suas próprias crenças. Não há contudo qualquer ação no sentido de conversão religiosa.

"Sendo assim, supus então que a minha velha religião aqui também estaria representada. Estava. Os mesmos rituais, cerimônias, velhas crenças, eram conduzidos com idêntico, porém mal-orientado fervor em seus mesmos templos. Os membros dessas comunidades sabiam que tinham morrido mas julgavam que parte de sua recompensa celestial seria a continuação das formas terrenas de culto religioso. Assim prosseguirão até o instante em que despertem espiritualmente. Jamais se exerce pressão sobre essas almas; sua ressurreição mental deve partir delas próprias. Quando isto ocorre, experimentam pela primeira vez o real sentido da liberdade.

(...)

"Após curta caminhada, chegamos à igreja que eu avistara à distância e que alimentava o desejo de visitar. Tratava-se de um templo de construção gótica, de tamanho médio, semelhante às igrejas paroquiais da terra. Estava situado em agradável recanto, que se nos afigurava mais espaçoso em virtude de não existirem grades ou muros demarcadores dos seus limites eclesiásticos. O revestimento de pedra com que o templo foi construído tinha a frescura própria dos prédios novos; mas, na verdade, ele existia há muitos anos terrenos. Sua limpeza exterior estava de acordo com todas as coisas daqui: não há decadência. Não existe também aquele ar enfumaçado que dá ao excursionista uma impressão desoladora. Não havia, é claro, um cemitério anexo. Apesar de muita gente praticar ardorosamente suas religiões prediletas da terra, é evidente que, ao se erigir um templo aqui, é desnecessário e inútil construir também um cemitério.

(...)

"A tabuleta de avisos dava uma lista dos serviços usuais vistos geralmente numa igreja terrena da mesma denominação. Um ou dois itens estavam entretanto visivelmente ausentes, como os comunicados de casamentos e batizados. A primeira omissão podia-se compreender, e a última podia apenas significar que o batismo é desnecessário, visto que o batizado estaria no Céu — onde se presume que esta igreja esteja situada.

"Entramos e vimos um encantador edifício, de desenho convencional. Havia belíssimos vitrais representando cenas da vida de santos, através dos quais se espargia uma luz, vinda de todos os lados da igreja e produzindo um estranho efeito no ambiente, devido ao seu colorido. Providências para aquecer o prédio eram, é claro, supérfluas. Havia um esplêndido órgão numa das extremidades, e o altar-mor era ricamente trabalhado. Fora isso, havia certa simplicidade, que de maneira alguma afetava a beleza geral da peça de arquitetura. Havia sinais evidentes de cuidadoso trato por toda parte. Sentamo-nos um pouco, gozando a paz e a calma do lugar e, tendo visto tudo que ali havia, retomamos ao ar livre.

"Cada seita, é claro, mantém seus próprios credos e formulários, tal como na terra, com muito pouca diferença, como acabávamos de ver.

"Tal sonolência espiritual não é novidade no reino dos espíritos. O mundo é o culpado disso. As controvérsias religiosas são a base de toda a ignorância e falta de conhecimento que tanta gente traz para o mundo espiritual, e, desde que a mente de tais pessoas é teimosa e realmente incapaz de pensar por si só, então, elas se mantêm acorrentadas a suas estreitas opiniões, julgando-as verdadeiras, até que um dia lhes vem o despertar espiritual. É quando verificam que a escravidão mental as retardava. E é lamentável que a cada um que deixa para sempre essas congregações mal-orientadas, outro substituto apareça — até que chegue a hora de toda a terra conhecer a verdade sobre o mundo do espírito. Evidentemente aqui não prejudicam a ninguém, visto que apenas estão retardando o seu próprio progresso espiritual. Compreendendo o que estão fazendo a si próprios, dão o primeiro passo firme para a frente e sua alegria é ilimitada. Compreenderão então o tempo que aparentemente desperdiçaram."
Monsenhor Robert Hugh Benson
A Vida nos Mundos Invisíveis
Por Anthony Borgia
Ed. Pensamento,
1960

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Arrependimento e Vida Futura

Que deve fazer aquele que, em artigo de morte, reconhece suas faltas, quando já não tem tempo de as reparar? Basta-lhe nesse caso arrepender-se?

"O arrependimento lhe apressa a reabilitação, mas não o absolve. Diante dele não se desdobra o futuro, que jamais se lhe tranca?"
 
Não se deve perder de vista que o Espírito não se transforma subitamente, após a morte do corpo. Se viveu vida condenável, é porque era imperfeito. Ora, a morte não o torna imediatamente perfeito. Pode, pois, persistir em seus erros, em suas falsas opiniões, em seus preconceitos, até que se haja esclarecido pelo estudo, pela reflexão e pelo sofrimento.
 
O Livro dos Espíritos
Perguntas 997 e 1002
 

 
"Meu guia informou-me que de onde estáva-mos eu poderia ver toda espécie de gente em condições diversas, vivendo em seus lares; pessoas cujos pontos de vista religiosos quando na terra também eram os mais diversos. Disse ainda que uma das grandes características do mundo do espírito era as almas serem exatamente as mesmas de momentos antes da passagem para o mundo espiritual. O arrependimento à hora da morte em nada as beneficiava, visto que em sua maior parte tais arrependimentos eram devidos à covardia e ao medo daquilo que estaria por acontecer, o medo do inferno eterno criado pela Teologia — vantajosa arma do arsenal eclesiástico e uma das que mais sofrimentos têm causado, entre outras muitas falsas doutrinas."
 
Anthony Borgia
A Vida nos Mundos Invisíveis
Capítulo I
Ed. Pensamento, 1960

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Felicidade e Expectativas

Assim como, quase sempre, é o homem o causador de seus sofrimentos materiais, também o será de seus sofrimentos morais?

"Mais ainda, porque os sofrimentos materiais algumas vezes independem da vontade; mas, o orgulho ferido, a ambição frustrada, a ansiedade da avareza, a inveja, o ciúme, todas as paixões, numa palavra, são torturas da alma. (...) com as suas paixões, o homem cria para si mesmo suplícios voluntários, tornando-se-lhe a Terra verdadeiro inferno."

"(...) De ordinário, o homem só é infeliz pela importância que liga às coisas deste mundo. (...). Se se colocar fora do círculo acanhado da vida material, se elevar seus pensamentos para o infinito, que é seu destino, mesquinhas e pueris lhe parecerão as vicissitudes da Humanidade, como o são as tristezas da criança que se aflige pela perda de um brinquedo, que resumia a sua felicidade suprema. Aquele que só vê felicidade na satisfação do orgulho e dos apetites grosseiros é infeliz, desde que não os pode satisfazer, ao passo que aquele que nada pede ao supérfluo é feliz com os que outros consideram calamidades."

O Livro dos Espíritos
Questão 933
Paris, 1957 
 


Expectativa do paciente altera sensação de dor
Com informações da BBC
18/02/2011
Os cientistas disseram que a pesquisa levanta dúvidas a respeito de testes clínicos usados para determinar a eficácia de medicamentos, que usam placebos.
 
Sensação de dor
 
Uma pesquisa sugere que as expectativas dos pacientes podem tanto potencializar os efeitos de um analgésico como neutralizá-los por completo.
 
Pesquisadores britânicos e alemães aplicaram calor nos pés de 22 pacientes, que em seguida tiveram de quantificar o grau de dor sentida em uma escala de 0 a 100.
 
Simultaneamente, os pacientes eram submetidos a um escâner cerebral, que exibia as condições das diferentes regiões do cérebro enquanto os testes eram realizados.
 
Após a aplicação do calor, o nível médio de dor sinalizado por eles foi de 66.
 
Os pacientes que estavam também conectados a um dispositivo intravenoso pelo qual poderiam receber doses de medicamentos sem ser informados, recebiam, então, um poderoso analgésico chamado remifentanil.
 
Depois disso, eles passaram a sinalizar 55 como sendo seu índice de dor.
 
Dor psicológica
 
Os pesquisadores informaram-nos, em seguida, que eles estavam sendo medicados com um analgésico, e a nota dada por eles caiu para 39.
 
Então, mantendo a mesma dose, eles foram informados de que a aplicação do analgésico havia sido suspensa e que eles provavelmente sentiriam dor.
 
Com isso, a nota subiu para 64.
 
Portanto, apesar de eles estarem recebendo remifentanil, relataram estar sentindo o mesmo nível de dor indicado quando não estavam recebendo qualquer analgésico.
 
Mente 1 x 0 Analgésico
 
A professora Irene Tracey, da Universidade de Oxford, disse à BBC: "É fenomenal. É um dos melhores analgésicos que temos e a influência do cérebro pode ou aumentar em muito o seu efeito ou removê-lo por completo".
 
O estudo, publicado na revista especializada Science Translational Medicine, foi conduzido em pessoas saudáveis que foram submetidas à dor por um curto período de tempo.
 
De acordo com a pesquisadora, pessoas com condições críticas e que haviam experimentado vários medicamentos ao longo de muitos anos podem ter uma experiência negativa muito maior do que a de outros, o que teria impacto sobre seu tratamento no futuro.
 
Poder das expectativas
 
Escaneamentos cerebrais realizados durante a pesquisa mostraram também quais as regiões do cérebro que foram afetadas.
 
A expectativa de um tratamento positivo foi associada com a atividade nas áreas cíngulo-frontal e subcortical do cérebro, enquanto a expectativa negativa levou ao aumento da atividade no hipocampo e no córtex frontal medial.
 
Os cientistas também disseram que a pesquisa levanta dúvidas a respeito de testes clínicos usados para determinar a eficácia de medicamentos, que usam placebos.
 
Segundo George Lewith, pesquisador da área de saúde da Universidade de Southampton, trata-se de "mais uma prova de que encontramos o que esperamos da vida. A pesquisa faz cair por terra testes clínicos aleatórios, que não levam a expectativa em conta como fator".

Fonte: DiarioDaSaude

Saúde Matrimonial

"Mas desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher.
Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher,
e serão os dois uma só carne; assim já não são mais dois, mas uma só carne.
Porquanto o que Deus ajuntou, não o separe o homem."

Jesus (Marcos, 10:6-9)



Será contrário à lei da Natureza o casamento, isto é, a união permanente de dois seres?

"É um progresso na marcha da Humanidade."

Que efeito teria sobre a sociedade humana a abolição do casamento?

"Seria uma regressão à vida dos animais."

O estado de natureza é o da união livre e fortuita dos sexos. O casamento constitui um dos primeiros atos de progresso nas sociedades humanas, porque estabelece a solidariedade fraterna e se observa entre todos os povos, se bem que em condições diversas. A abolição do casamento seria, pois, regredir à infância da Humanidade e colocaria o homem abaixo mesmo de certos animais que lhe dão o exemplo de uniões constantes.

O Livro dos Espíritos
Questões 695 e 696
Paris, 1957
 


Casamento é bom para saúde física e mental
Redação do Diário da Saúde
17/02/2011
As mulheres em relacionamentos estáveis têm uma melhor saúde mental, enquanto os homens em relações comprometidas têm uma melhor saúde física.
 
Casamento faz bem
 
Os casados cheios de si e convencidos do acerto do seu casamento podem ter mais uma boa razão para se sentirem satisfeitos consigo mesmos.
 
Especialistas confirmaram que os relacionamentos de longo prazo e grande envolvimento são bons para a saúde física e mental - e os benefícios aumentam ao longo do tempo.
 
Em média, as pessoas casadas vivem mais, concluem David e John Gallacher, da Universidade de Cardiff, em um artigo publicado no British Medical Journal.
 
Corpo e mente sãos
 
Segundo os pesquisadores, as mulheres em relacionamentos estáveis têm uma melhor saúde mental, enquanto os homens em relações comprometidas têm uma melhor saúde física.
 
E eles concluem que, "no geral, provavelmente vale a pena fazer o esforço" de se investir em um relacionamento duradouro.
 
A saúde física dos homens tende a melhorar por causa da influência positiva da sua parceira sobre seu estilo de vida e "a gratificação mental para as mulheres pode ser devida a uma maior ênfase na importância do relacionamento," escrevem eles.
 
Relacionamentos a evitar
 
Mas a jornada do verdadeiro amor nem sempre transcorre suavemente, sustentam os autores, apontando para indícios de que os relacionamentos na adolescência são associados com aumento de sintomas depressivos.
 
E nem todos os relacionamentos são bons para você, acrescentam, referindo-se a indícios de que as pessoas solteiras têm uma saúde mental melhor do que aquelas em relacionamentos conturbados.
 
Eles também confirmam que a separação é algo difícil de se fazer, dizendo que "sair de um relacionamento é doloroso" e que o divórcio pode ter um impacto devastador sobre os indivíduos.
 
Ter vários parceiros também está ligado a um risco mais elevado de morte precoce.
 
Case, mas case bem
 
Os pesquisadores concluem que, apesar dos problemas de relacionamento poderem prejudicar a saúde, isto não é uma razão para evitá-los.
 
Um bom relacionamento vai melhorar a saúde tanto física quanto mental e, talvez, a única coisa a fazer é tentar evitar um relacionamento ruim, e não evitar entrar em um relacionamento.

Fonte: DiarioDaSaude

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Deus não Erra

"qual dentre vós é o homem que, se seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra?
Ou, se lhe pedir peixe, lhe dará uma serpente?
Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos,
quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhas pedirem?"
Jesus (Mateus, 7:9-11)
 


Uma singela parábola que explica com imagens simples uma verdade que se mantem ainda muito acima de nossa rasa compreensão.

Ramon de Andrade
Palmares-PE

 
DEUS NUNCA  ERRA!

Um  rei que não acreditava  na bondade de DEUS.  Tinha um servo que  em todas as situações  lhe dizia: Meu rei,  não desanime porque  tudo que Deus faz  é perfeito , Ele  não erra!

Um  dia eles saíram para  caçar e uma fera  atacou o rei. O  seu servo conseguiu  matar o animal, mas  não pôde evitar que  sua majestade perdesse  um dedo da mão.

Furioso  e sem mostrar gratidão  por ter sido salvo,  o nobre disse:   Deus é bom? Se  Ele fosse bom eu  não teria sido atacado  e perdido o meu  dedo.

O  servo apenas respondeu:  Meu Rei, apesar de  todas essas coisas,  só posso dizer-lhe  que Deus é bom;  e ele sabe o por  que de todas as  coisas

O  que Deus faz é  perfeito. Ele nunca  erra! Indignado com  a resposta, o rei  mandou prender o seu  servo . Tempos depois,  saiu para uma outra  caçada e foi capturado  por selvagens que faziam  sacrifícios humanos.

Já  no altar, prontos para  sacrificar o nobre,  os selvagens perceberam  que a vítima não  tinha um dos dedos  e soltaram-no: ele não  era perfeito para ser  oferecido aos deuses.

Ao  voltar para o palácio,  mandou soltar o seu  servo e recebeu -o  muito afetuosamente.   Meu caro, Deus foi  realmente bom comigo!  Escapei de ser sacrificado  pelos selvagens , justamente  por não ter um  dedo! Mas tenho uma  dúvida: Se Deus é  tão bom, por que  permitiu que você,  que tanto o defende,  fosse preso?

Meu  rei, se eu tivesse  ido com o senhor  nessa caçada, teria  sido sacrificado em  seu lugar, pois não  me falta dedo algum.  Por isso, lembre-se:  tudo o que Deus  faz é perfeito. Ele  nunca erra!

Muitas vezes  nos queixamos da vida  e das coisas aparentemente  ruins que nos acontecem,  esquecendo-nos que nada  é por acaso e  que tudo tem um  propósito.

Todas as  manhãs, ofereça seu  dia ao Senhor. Peça  para Deus inspirar os  seus pensamentos, guiar  os seus atos, apaziguar  os seus sentimentos.

E nada tema, pois  DEUS NUNCA ERRA!!!

Trasmissão do Pensamento

Podem os Espíritos comunicar-se, estando completamente despertos os corpos?

"O Espírito não se acha encerrado no corpo como numa caixa; irradia por todos os lados. Segue-se que pode comunicar-se com outros Espíritos, mesmo em estado de vigília, se bem que mais dificilmente."

Como se explica que duas pessoas, perfeitamente acordadas, tenham instantaneamente a mesma idéia?
 
"São dois Espíritos simpáticos que se comunicam e vêem reciprocamente seus pensamentos respectivos, embora sem estarem adormecidos os corpos."

Há, entre os Espíritos que se encontram, uma comunicação de pensamento, que dá causa a que duas pessoas se vejam e compreendam sem precisarem dos sinais ostensivos da linguagem. Poder-se-ia dizer que falam entre si a linguagem dos Espíritos.
 
O Livro dos Espíritos
Perguntas 420/421
Paris, 1857



Informática

Interface neural monitora ondas cerebrais continuamente
 
Redação do Site Inovação Tecnológica
15/02/2011
 
Fica cada vez mais próximo o dia em que os dedos darão lugar às ondas cerebrais nas interfaces e no controle de computadores e equipamentos.

Interfaces cerebrais
 
interfaces neurais, controle de equipamentos usando os pensamentos, interfaces cérebro-máquina.
 
Assim como os teclados parecem estar dando lugar às telas sensíveis ao toque, a próxima geração de interfaces já está sendo desenhada.
 
À medida que a tecnologia dos sensores avança, juntamente como a compreensão do cérebro humano, fica cada vez mais próximo o dia em que os dedos darão lugar às ondas cerebrais.
 
É isto o que se vê no desenvolvimento mais recente apresentado pelo centro de pesquisas IMEC, da Bélgica.
 
Monitoramento cerebral contínuo
 
O equipamento é um sistema de eletroencefalograma que permite o monitoramento contínuo das ondas cerebrais.
 
Inicialmente desenvolvido para aplicações médicas, o aparelho registra as ondas cerebrais e as transmite via rádio - a chamada conexão wireless - para um receptor localizado a até 10 metros do usuário.
 
A questão é que são exatamente esses sistemas médicos que os pesquisadores estão utilizando em suas interfaces neurais para o controle de computadores, equipamentos eletrônicos, cadeiras de rodas, exoesqueletos e robôs.
 
Toda a eletrônica embarcada do aparelho, incluindo o processador, controlador e radiotransmissor, está acondicionada em um circuito medindo 2,5 x 3,5 x 5 centímetros - cabe em qualquer fone de ouvido ou capacete.
 
O equipamento inteiro consome apenas 3,3 mW (miliwatts) de energia quando transmitindo para apenas 1 canal, e 9,2 mW quando transmitindo para 8 canais - isso se traduz em uma durabilidade de até 4 dias para suas baterias de íons de lítio de 100 mAh.
 
Eletroencefalograma em casa
 
O mais importante para sua aplicação prática, contudo, talvez seja o fato de que o equipamento utiliza eletrodos secos - não é necessário passar o gel normalmente usado para melhorar o contato do eletrodo com o corpo.
 
Apesar disso, são usados sensores de liga de prata, fabricados para uso médico, disponíveis comercialmente. Isso significa que pode haver algum desconforto, já que o conforto não é uma prioridade quando se desenvolve aparelhos para serem usados poucos minutos durante um exame.
 
Do ponto de vista médico, o equipamento permite que os exames de eletroencefalograma hoje feitos em laboratório, exigindo técnicos especializados e colocação de eletrodos com gel, possam ser feitos em casa.
 
O monitoramento contínuo dará aos médicos dados dos pacientes muito mais próximos da realidade do que a amostragem hoje feita durante alguns minutos no laboratório.

Fonte: InovacaoTecnologica

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Escalada

"(...) Quando minha mãe fica calada assim é porque vai explodir comigo a qualquer momento. Ano passado ela deu duas explodidas das quais nunca mais me esqueço, juro, tive vontade de sumir do mundo. Sabe que eu fazia? Andava [quilômetros] até o Parque (...) a pé e ia lá sentar num banco do parque e chorar. (...) andava loucamente para não ficar em casa. O que eu adquiri? Um problema no joelho esquerdo. (...) Perdi dois concursos importantes, poderia estar empregada, mas talvez não ter conseguido queira dizer algo. Não posso pensar que sou azarada, alguma razão deve ter. Afinal, como dizia William Shekespeare: 'Há mais mistérios entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia'. Vou ficando por aqui, escrevi um jornal, não um e-mail. Um abraço a todos, M..."


Oi, M...!

Li cada linha do seu "jornal" e consegui ter uma vaga ideia de suas dificuldades.

Tenho pouco a dizer, fora o que já repito sempre, daqui do conforto da plateia.

Como você já percebeu, pelas mensagens que eu encaminho, sou avesso a radicalismos. Mas acho que nós, que afirmamos crer em Deus, devemos ser radicais numa certeza: Ele não dorme!

Um Deus imperfeito, injusto, distraído ou descuidado, que nos perdesse de vista, não poderia ser nosso Criador, nem mereceria nossa fé.

Se creio no Deus que me criou e, por isso mesmo, conhece minhas necessidades bem melhor do que eu, logo me vejo "obrigado" a crer que este Deus apenas coloca em meu caminho os desafios que eu preciso enfrentar, embora neste momento eu não consiga compreender os motivos.

Quando éramos crianças e só queríamos brincar, tínhamos de enfrentar uma série de coisas que nos aborreciam, como tomar banho, vacinas, ir ao dentista, estudar e, às vezes, até levar umas "boas" palmadas (no meu caso, pelo menos). Só mais tarde, já adultos, é que, olhando pra trás, conseguimos entender a importância de tudo aquilo em nossa vida e até agradecemos a nossos pais por ter criado estas "dificuldades".

Acredito que algo assim acontece conosco, enquanto criaturas de Deus. Temos uma série de necessidades que ainda não identificamos e, por conta desta nossa limitação, precisamos confiar na sabedoria de nosso Criador para enfrentar, sem revolta, as dificuldades que surgem em nosso caminho, com a certeza de que são causadoras de transformações que não podemos avaliar neste momento.

Esta "fé radical" foi muito importante para enfrentarmos o rastro de destruição deixado pela enchente de junho do ano passado. Ser despejado e impedido de entrar em casa por um mar de lama foi muito chocante, mas espiritualmente enriquecedor. Nossa fé passou de flor de lapela a um sentimento vivo em nosso coração.

Por isso, se tivesse o direito de dizer algo a alguém que enfrenta uma dificuldade maior que a minha, eu diria: quando estiver chorando, agradeça a Deus pelas lições cuja finalidade você ainda não pode avaliar. Peça a Deus que lhe dê coragem para mudar o que pode ser mudado, resignação para atravessar o que precisa ser enfrentado e sabedoria para distinguir uma situação da outra.

Quem conhece a Deus melhor que nós, garante: "qual dentre vós é o homem que, se seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, se lhe pedir peixe, lhe dará uma serpente? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhas pedirem?" Jesus (Mateus 7:9-11)

Forte abraço de seus amigos,
 
Lúcio, Suzana e Ramon.
Palmares-PE

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Maturidade Espiritual

"E eu, irmãos não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a criancinhas em Cristo. Leite vos dei por alimento, e não comida sólida, porque não a podíeis suportar; nem ainda agora podeis."
Paulo (I Coríntios 3:1-2)
 
"Sobre isso temos muito que dizer, mas de difícil interpretação, porquanto vos tornastes tardios em ouvir. Porque, desde a infância sabes as sagradas letras, que porém necessitais de que se vos torne a ensinar os princípios elementares dos oráculos de Deus, e vos haveis feito tais que precisais de leite, e não de alimento sólido. Ora, qualquer que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça, pois é criança; mas o alimento sólido é para os adultos, os quais têm, pela prática, as faculdades exercitadas para discernir tanto o bem como o mal."
Paulo (Hebreus 5:11-14)
 


Por que não ensinaram os Espíritos, em todos os tempos, o que ensinam hoje?

"Não ensinais às crianças o que ensinais aos adultos e não dais ao recém-nascido um alimento que ele não possa digerir. Cada coisa tem seu tempo. Eles ensinaram muitas coisas que os homens não compreenderam ou adulteraram, mas que podem compreender agora. Com seus ensinos, embora incompletos, prepararam o terreno para receber a semente que vai frutificar."

O Livro dos Espíritos
Questão 801

Convencimento Sensorial

"Depois disto andava Jesus pela Galiléia; pois não queria andar pela Judéia, porque os judeus procuravam matá-lo. Ora, estava próxima a festa dos judeus, a dos tabernáculos. Disseram-lhe, então, seus irmãos: Retira-te daqui e vai para a Judéia, para que também os teus discípulos vejam as obras que fazes. Porque ninguém faz coisa alguma em oculto, quando procura ser conhecido. Já que fazes estas coisas, manifesta-te ao mundo. Pois nem seus irmãos criam nele. Disse-lhes, então, Jesus: Ainda não é chegado o meu tempo; mas o vosso tempo sempre está presente. O mundo não vos pode odiar; mas ele me odeia a mim, porquanto dele testifico que as suas obras são más. Subi vós à festa; eu não subo ainda a esta festa, porque ainda não é chegado o meu tempo. E, havendo-lhes dito isto, ficou na Galiléia." (João 7:1-9)


Visto que o Espiritismo tem que marcar um progresso da Humanidade, por que não apressam os Espíritos esse progresso, por meio de manifestações tão generalizadas e patentes, que a convicção penetre até nos mais incrédulos?

"Desejaríeis milagres; mas, Deus os espalha a mancheias diante dos vossos passos e, no entanto, ainda há homens que o negam. Conseguiu, porventura, o próprio Cristo convencer os seus contemporâneos, mediante os prodígios que operou? Não conheceis presentemente alguns que negam os fatos mais patentes, ocorridos às suas vistas? Não há os que dizem que não acreditariam, mesmo que vissem? Não; não é por meio de prodígios que Deus quer encaminhar os homens. Em sua bondade, ele lhes deixa o mérito de se convencerem pela razão."

"Conhece bem pouco os homens quem imagine que uma causa qualquer os possa transformar como que por encanto. As idéias só pouco a pouco se modificam, conforme os indivíduos, e preciso é que algumas gerações passem, para que se apaguem totalmente os vestígios dos velhos hábitos. A transformação, pois, somente com o tempo, gradual e progressivamente, se pode operar. Para cada geração uma parte do véu se dissipa. O Espiritismo vem rasgá-lo de alto a baixo. (...)"


O Livro dos Espíritos
Questões 800 e 802

Transição de Gerações

A GERAÇÃO NOVA

A época atual é de transição; confundem-se os elementos das duas gerações. Colocados no ponto intermédio, assistimos à partida de uma e à chegada da outra, já se assinalando cada uma, no mundo, pelos caracteres que lhes são peculiares.

Têm idéias e pontos de vista opostos as duas gerações que se sucedem. Pela natureza das disposições morais, porém, sobretudo das disposições  intuitivas e  inatas, torna-se fácil distinguir a qual das duas pertence cada indivíduo.

Cabendo-lhe fundar a era do progresso moral, a nova geração se distingue por inteligência e razão geralmente precoces, juntas ao sentimento  inato do bem e a crenças espiritualistas, o que constitui sinal indubitável de certo grau de adiantamento anterior. Não se comporá exclusivamente de Espíritos eminentemente superiores, mas dos que, já tendo progredido, se acham predispostos a assimilar todas as idéias progressistas e aptos a secundar o movimento de regeneração.

Allan Kardec
A Gênese
Capítulo XVIII
Sinais dos Tempos
Item 28
Paris, 1868



N° Edição:  2135 |  08.Out.10 - 21:00

JOSÉ ANTÔNIO REGUFFE
Um homem ficha limpa
 
Dono da maior votação proporcional do País, José Antônio Reguffe chega à Câmara disposto a reduzir o salário dos deputados e o número de parlamentares no Congresso

Adriana Nicacio, Hugo Marques e Sérgio Pardellas
 
Aos 38 anos, o economista José Antônio Reguffe (PDT-DF) foi eleito deputado federal com a maior votação proporcional do País – 18,95% dos votos válidos (266.465 mil) no Distrito Federal. Caiu no gosto do eleitorado graças às posturas éticas adotadas como deputado distrital. Seus futuros colegas na Câmara dos Deputados que se preparem. Na Câmara Legislativa de Brasília, o político desagradou aos próprios pares ao abrir mão dos salários extras, de 14 dos 23 assessores e da verba indenizatória, economizando cerca de R$ 3 milhões em quatro anos. A partir de 2011, Reguffe pretende repetir a dose, mesmo ciente de que seu exemplo saneador vai contrariar a maioria dos 513 deputados federais. Promete não usar um único centavo da cota de passagens, dispensar o 14º e 15º salários, o auxílio-moradia e reduzir de R$ 13 mil para R$ 10 mil a cota de gabinete. "O mau político vai me odiar. Eu sei que é difícil trabalhar num lugar onde a maioria o odeia. Quero provar que é possível exercer o mandato parlamentar desperdiçando menos dinheiro dos cofres públicos", disse em entrevista à ISTOÉ.
 

 
O sr. esperava ter quase 270 mil votos?
 
Nem no meu melhor sonho eu poderia imaginar isso. O resultado foi completamente inesperado. Foi um reconhecimento ao mandato que fiz como deputado distrital. Cumpri todos os meus compromissos de campanha. Enfrentei a maioria e cheguei a votar sozinho na Câmara Legislativa.
 
O que foi diferente na sua campanha para gerar uma votação recorde?
 
A campanha foi muito simples, gastei apenas R$ 143,8 mil. Não teve nenhuma pessoa remunerada, não teve um comitê, carro de som, nenhum centavo de empresários. Posso dizer isso alto e bom som. Foi uma campanha idealista, da forma que acho que deveria ser a política. Perfeito ninguém é. Mas honesta toda pessoa de bem tem a obrigação de ser. Não existe meio-termo nisso. Enfrentei uma campanha muito desigual. Só me elegi pelo trabalho como deputado distrital.

O que o sr. fez como deputado distrital?
 
Abri mão dos salários extras que os deputados recebem, reduzi minha verba de gabinete, eliminei 14 vagas de assessores de gabinete. Por mês, consegui economizar mais de R$ 53 mil aos cofres públicos, um dinheiro que deveria estar na educação, na saúde e na segurança pública. Com as outras economias, que incluem verba indenizatória e cota postal, ao final de quatro anos, a economia foi de R$ 3 milhões. Se todos os 24 deputados distritais fizessem o mesmo, teríamos economia de R$ 72 milhões.

O sr. pretende abrir mão de todos os benefícios também na Câmara Federal?
 
Na campanha, assumi alguns compromissos de redução de gastos. Na Câmara, vou abrir mão dos salários extras de deputados, como o 14º e o 15º, que a população não recebe e não faz sentido um representante dessa população receber. Não vou usar um único centavo da cota de passagens aéreas, porque sou um deputado do DF. Não vou usar um único centavo do auxílio-moradia. É um absurdo um deputado federal de Brasília ter direito ao auxílio-moradia. Vou reduzir a cota interna do gabinete, o "cotão", e não vou gastar mais de R$ 10 mil por mês.

Com essa atitude na Câmara Legislativa, o sr. recebeu uma pressão dos colegas. Não teme sofrer as mesmas pressões na Câmara Federal?
 
É verdade. Eu fui investigado, pressionado. Mas não quero ser mais realista que o rei, sou um ser humano como qualquer outro, erro, falho, mas quero cumprir os compromissos com as pessoas que votaram em mim. Uma pessoa que se propõe a ser representante da população tem que cumprir sua palavra. O mau político vai me odiar. Eu sei que é difícil trabalhar num lugar onde a maioria o odeia. Quero provar que é possível exercer o mandato parlamentar gastando bem menos e desperdiçando menos dinheiro dos cofres públicos.

Quando houve a crise do mensalão do DEM em Brasília o sr. realmente pensou em abandonar a política?
 
Houve alguns momentos em meu mandato que pensei em não ser candidato a nada, por uma decepção muito grande com a classe política. E uma decepção quanto à forma como a sociedade enxerga a política, da sociedade achar que todo político é corrupto.

O sr. já tem projetos para o seu mandato? A reforma política é um deles?
 
Sim. Vou apresentar uma proposta de reforma política em cinco pontos. A população não se considera representada pela classe política e é preciso modificar isso. O primeiro ponto é o fim da reeleição para cargos majoritários, como prefeito e governador, e o limite de uma única reeleição para cargos legislativos. Tem gente que é deputado há 40 anos. Mas a política deve ser um serviço e não uma profissão.

E os outros quatros pontos?
 
Vou propor o fim do voto obrigatório. A eleição do Tiririca, em São Paulo, é o resultado do que ocorre quando se obriga a população a votar. Ela vota em qualquer um. O terceiro ponto é o voto distrital. A quarta proposta é um sistema de revogabilidade de mandato, no qual o eleitor poderia pedir o mandato do candidato eleito, caso ele não cumpra seus compromissos. Por fim, defendo o financiamento público de campanha.

Nos moldes do que tramita no Congresso?
 
Não. Minha proposta é totalmente diferente. Se der dinheiro ao político, ficará pior do que está, porque vai ter gente virando candidato só para ganhar dinheiro. Na minha proposta, a Justiça Eleitoral faria uma licitação e a gráfica que ganhasse imprimiria o panfleto de todos os candidatos, padronizado e em igual quantidade para todos. A pessoa teria que ganhar no conteúdo. O TSE pagaria a gráfica. A produtora que ganhasse gravaria programas na tevê para todos os candidatos. A campanha ficaria mais chata, mas acabaria a promiscuidade entre público e privado.

Como o sr. vê as propostas que aumentam o número de deputados e vereadores?
 
É importante a existência de um Legislativo forte. Mas as casas legislativas no Brasil são muito gordas e deveriam ser bem mais enxutas. A Câmara não precisa de 513 deputados, bastariam 250.

O mesmo vale para o Senado?
 
Deveria ser como era antes, com apenas dois senadores por Estado. Assim sobrará mais dinheiro para a educação, a saúde, a segurança pública e os serviços públicos essenciais. É muito difícil aprovar essa mudança, mas não é por isso que deixarei de lutar por minhas ideias.

Como será seu comportamento diante das propostas do Executivo?
 
Os parlamentares que votam sempre sim ou sempre não, porque são da base do governo ou da oposição, não têm a menor consciência de suas responsabilidades. Eu tenho. Vou agir da mesma forma como agi na Câmara Legislativa, vou analisar o mérito do projeto e algumas vezes votar contra o meu partido. Ideias a gente debate ao extremo, mas a pessoa de bem não pode transigir com princípios. Ceder um milímetro em matéria de princípio é o primeiro passo para ceder um quilômetro.

O sr. não teme se tornar um personagem folclórico ao apresentar propostas que dificilmente terão apoio dos outros 512 deputados?
 
A primeira tentativa é de folclorizar quem enfrenta o sistema, quem luta pelo que pensa e quer sair dessa prática da política convencional. Eu faço a minha parte. Não assumi o compromisso com nenhum eleitor meu de que vou conseguir aprovar os meus projetos. Mas assumi o compromisso com todos os meus eleitores de que vou fazer a minha parte e disso eu não vou arredar um milímetro. As pessoas fazem uma série de confusões na política. Uma delas é acreditar que governabilidade é sinônimo de fisiologismo. É trocar votos por cargos ou por liberação de emendas. É claro que existem outros 512. Se eu for minoria, fui, mas vou votar como acho que é certo.

O PDT hoje tem o Ministério do Trabalho na mão, o sr. concorda com isso? O sr. acha que os partidos devem ter indicações no governo?
 
Como cidadão eu gostaria de ver uma nova forma de fazer política, um novo conceito de administração pública. O partido deveria ter uma atitude de independência. Eu respeito a decisão da maioria. Mas a contribuição à sociedade seria maior se fosse independente, elogiando o que é correto e criticando o que é errado.
 
No primeiro turno, o sr. foi contra o PDT e votou na Marina Silva. E no segundo turno? Vai liberar seus eleitores?
 
Ainda tenho que ouvi-los. Mas, a princípio, sinto que estão muito divididos. Tive votos em todas as cidades do Distrito Federal, nos mais diferentes perfis de escolaridade e renda. Onde eu tive mais votos foi na classe média.

Quais são seus outros projetos?
 
Quero criar a disciplina cidadania nas escolas. Tão importante quanto ensinar matemática e português é ensinar a criança a ser cidadã. O aluno precisa aprender os princípios básicos da Constituição Federal. Uma população que não conhece seus direitos não tem como exigi-los. As pessoas não sabem qual é a função de um deputado. Isso é muito grave. A gente constrói um novo país investindo na educação.

O sr. é a favor da Lei dos Fichas Sujas já nesta eleição?
 
Sou. Eu sou favorável a tudo que for para moralizar a atividade política.

Mesmo contrariando a Constituição? Dentro do STF há quem diga que a lei não deveria retroagir.
 
A Constituição é que deveria, há muito tempo, vetar pessoas sem estatura moral para representar a sociedade.

A Câmara e o Senado têm um orçamento que ultrapassa R$ 5 bilhões. O sr. tem algum projeto para reduzir esse valor?
 
Tudo aquilo que eu fizer também vou apresentar como proposta. Quero, pelo menos, provocar a discussão.

O País inteiro ficou impressionado com a votação da mulher do Roriz, que conseguiu um terço dos votos. Há quem a chame até de mulher laranja. Como o sr. viu o resultado em Brasília?
 
Estou apoiando o Agnelo. Mas o voto do eleitor a gente tem que respeitar, mesmo quando não gosta desse voto. Eu respeito.

Fonte: IstoE

Fim dos Mistérios

"Mas nada há encoberto, que não haja de ser descoberto; nem oculto, que não haja de ser conhecido."
Jesus (Lucas 12:2)
 


Ciência

Google Earth auxilia descobertas arqueológicas
Cauã Taborda, de INFO Online
Domingo, 06 de fevereiro de 2011 - 13h10
 
O Google Earth possibilitou a descoberta de quase 2 mil sítios arqueológicos na Arábia Saudita, segundo uma reportagem da NewsCientist.

David Kennedy, um pesquisador da universidade Western Australia, foi o responsável pela descoberta no Google Earth, utilizando o "birds-eye", funcionalidade que aproxima bastante as imagens.

"Nunca fui para a Arábia Saudita. Não é um dos países mais fáceis de se visitar", conta Kennedy à NewsCientist. Segundo o pesquisador, fotografias aéreas da Arábia Saudita não estão disponíveis para a maioria dos arqueólogos, e é difícil, se não impossível, conseguir uma autorização para sobrevoar o país.

A confirmação de que a imagem é um sitio arqueológico e não vegetação ou sombras veio de um amigo de Kennedy, que não é arqueólogo, mas mora na Arábia Saudita.  A pedido do pesquisador ele visitou dois dos sítios e os fotografou.

O desafio agora, segundo Kennedy, é visitar as descobertas, já que não é possível determinar a idade das estruturas só pelas imagens.

Fonte: INFO

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Influências e Ocupações dos Espíritos

Influem os Espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos?
"Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem."
 
Atentam os Espíritos em nossos trabalhos de arte e por eles se interessam?
"Atentam no que prove a elevação dos Espíritos e seus progressos."

Costumam os Espíritos imiscuir-se em nossos prazeres e ocupações?
"Os Espíritos vulgares, como dizes, costumam. Esses vos rodeiam constantemente e com freqüência tomam parte muito ativa no que fazeis, de conformidade com suas naturezas. Cumpre assim aconteça, porque, para serem os homens impelidos pelas diversas veredas da vida, necessário é que se lhes excitem ou moderem as paixões."
 
O Livro dos Espíritos
Questões 459, 565 e 567
 


"Assistimos uma noite à representação da ópera Oberon, em companhia de um médium vidente muito bom. Havia na sala grande número de lugares vazios, muitos dos quais, no entanto, estavam ocupados por Espíritos, que pareciam interessar-se pelo espetáculo. Alguns se colocavam junto de certos espectadores, como que a lhes escutar a conversação. Cena diversa se desenrolava no palco: por detrás dos atores muitos Espíritos, de humor jovial, se divertiam em arremedá-los, imitando-lhes os gestos de modo grotesco; outros, mais sérios, pareciam inspirar os cantores e fazer esforços por lhes dar energia. Um deles se conservava sempre junto de uma das principais cantoras. Julgando-o animado de intenções um tanto levianas e tendo-o evocado após a terminação do ato, ele acudiu ao nosso chamado e nos reprochou, com severidade, o temerário juízo: "Não sou o que julgas, disse; sou o seu guia e seu Espírito protetor; sou encarregado de dirigi-la." Depois de alguns minutos de uma palestra muito séria, deixou-nos, dizendo: "Adeus; ela está em seu camarim; é preciso que vá vigiá-la." Em seguida, evocamos o Espírito Weber, autor da ópera, e lhe perguntamos o que pensava da execução da sua obra. "Não de todo má; porém, frouxa; os atores cantam, eis tudo. Não há inspiração. Espera, acrescentou, vou tentar dar-lhes um pouco do fogo sagrado." Foi visto, daí a nada, no palco, pairando acima dos atores. Partindo dele, um como eflúvio se derramava sobre os intérpretes. Houve, então, nestes, visível recrudescência de energia.
 
Outro fato que prova a influência que os Espíritos exercem sobre os homens, à revelia destes: Assistíamos, como nessa noite, a uma representação teatral, com outro médium vidente. Travando conversação com um  Espírito espectador, disse-nos ele: "Vês aquelas duas damas sós, naquele camarote da primeira ordem? Pois bem, estou esforçando-me por fazer que deixem a sala." Dizendo isso, o médium o viu ir colocar-se no camarote em questão e falar às duas. De súbito, estas, que se mostravam muito atentas ao espetáculo, se entreolharam, parecendo consultar-se mutuamente. Depois, vão-se e não mais voltam. O Espírito nos fez então um gesto cômico, querendo significar que cumprira o que dissera. Não o tornamos a ver, para pedir-lhe explicações mais amplas. É assim que muitas vezes fomos testemunha do papel que os Espíritos desempenham entre os vivos. Observamo-los em diversos lugares de reunião, em bailes, concertos, sermões, funerais, casamentos, etc., e por toda parte os encontramos atiçando paixões más, soprando discórdias, provocando rixas e rejubilando-se com suas proezas. Outros, ao contrário, combatiam essas influências perniciosas, porém, raramente eram atendidos.
 
O Livro dos Médiuns
Capítulo XIV
Itens 169 e 170



Oberon é uma da ópera romântica em três atos do compositor alemão Carl Maria von Weber para um libreto de James Robinson Planche, inspirado no poema de Christoph Martin Wieland. Sua estréia ocorreu no Covent Garden, Londres em 12 de abril de 1826. Posteriormente ela foi traduzida para o alemão por Theodore Hell, e é essa versão traduzida a mais frequentemente executada.

Carl Maria Friedrich Ernest von Weber (Eutin, 18 de novembro de 1786 — Londres, 5 de junho de 1826) foi um barão e compositor de Holstein (hoje parte da Alemanha). Conhecido pelo seu sobrenome, Weber, foi um dos primeiros compositores significantes da Era Romântica.
 
Interessado em novas sonoridades e combinações instrumentais, tornou-se um dos maiores compositores do Ocidente. Na transição do Classicismo para o Romantismo, sua obra introduziu a nova estética na Alemanha.
 
Carl Maria von Weber foi um pioneiro do drama musical alemão, e a ele se deve a criação da ópera Der Freischütz (O Franco-Atirador), a primeira ópera romântica alemã. Outras de suas óperas são Das Waldmädchen, Oberon e Euryanthe. Sua música influenciou a inspiração musical de Wagner.
 
Destacou-se como pianista, violinista e teórico do Romantismo. Mais tarde teve predileção pelo clarinete e pela trompa.

Origem: Wikipédia

Evolução e Sociedade

"O homem tem que progredir. Insulado, não lhe é isso possível, por não dispor de todas as faculdades. Falta-lhe o contacto com os outros homens. No insulamento, ele se embrutece e estiola.

Homem nenhum possui faculdades completas. Mediante a união social é que elas umas às outras se completam, para lhe assegurarem o bem-estar e o progresso. Por isso é que, precisando uns dos outros, os homens foram feitos para viver em sociedade e não insulados."

"Necessária é a variedade das aptidões, a fim de que cada um possa concorrer para a execução dos desígnios da Providência, no limite do desenvolvimento de suas forças físicas e intelectuais. O que um não faz, fá-lo outro. Assim é que cada qual tem seu papel útil a desempenhar."

O Livro dos Espíritos
Questões 768, 804
Paris, 1857
 


Redução do cérebro humano, um sinal de civilização, segundo a ciência
 
De Jean-Louis Santini (AFP)
06 de fevereiro de 2011
 
WASHINGTON — O cérebro humano tornou-se menor há 30.000 anos, um fenômeno intrigante para os antropólogos que, em maioria, veem nisto um efeito da evolução para sociedades mais complexas, segundo estudos recentes.
 
No período, o volume médio do cérebro do homem moderno, o Homo sapiens, diminuiu cerca de 10% - de 1.500 a 1.359 centímetros cúbicos -, o equivalente a uma bola de tênis.
 
O cérebro das mulheres, menor que o dos homens, conheceu proporcionalmente a mesma redução.
 
As medições foram estabelecidas a partir de crânios encontrados na Europa, Oriente Médio e Ásia, conta o antropólogo John Hawks, da Universidade de Michigan (norte dos Estados Unidos).
 
"Diria que foi uma grande redução num curto período evolutivo", declarou, em recente entrevista à revista Discover.
 
Segundo os antropólogos, esta diminuição não é tão surpreendente.
 
O homem de Neandertal, "primo" do homem moderno desaparecido há 30.000 anos por motivos ainda obscuros, era mais corpulento e possuía um cérebro maior. O homem de Cromagnon, que fez as pinturas rupestres da gruta de Lascaux (França) há 17.000 anos, era o Homo sapiens dotado de um cérebro maior. Também era mais forte que seus descendentes atuais.
 
Estes traços eram necessários para sobreviver num meio hostil, explica David Geary, professor de psicologia da Universidade de Missouri e autor de vários trabalhos sobre o desenvolvimento do cérebro humano ao longo da evolução.
 
Partindo desta constatação, o estudioso dedicou-se a pesquisar a evolução do tamanho do crânio no período entre 1,9 milhão de anos e 10.000 anos, à medida que nossos ancestrais foram vivendo num meio social mais complexo.
 
David Geary parte do princípio de que quanto maior é a concentração humana, mais intercâmbio existe entre os grupos, assim como a maior divisão do trabalho traz interações entre os indivíduos mais ricas e variadas.
 
Também constatou que o tamanho do cérebro diminui quando a densidade populacional aumenta.
 
"Com a emergência de sociedades mais complexas, o cérebro humano foi se tornando menor, porque os indivíduos já não necessitavam ser tão inteligentes para sobreviver; os demais os ajudavam", explicou David Geary à AFP.
 
Esta redução não significa, no entanto, que os homens modernos tenham menos capacidade intelectual que seus ancestrais. Desenvolveram, na verdade, formas de inteligência mais sofisticadas, explica por sua vez Brian Hare, professor adjunto de antropologia da Universidade Duke, na Carolina do Norte.
 
Segundo ele, existe um paralelismo similar entre os animais domesticados e os selvagens.
 
Assim, o cão lobo tem um cérebro menor que o do lobo, mas é mais inteligente e sofisticado, porque compreende os gestos de comunicação dos homens - demonstrando que "não há correlação estreita entre o tamanho e o quociente intelectual", definido pela capacidade de induzir e criar, diz Brian Hare.
 
O cientista cita o exemplo dos chimpanzés, agressivos e dominadores, dotados de um cérebro maior que o dos bonobos (Pan paniscus), também chamado chimpanzé pigmeu e menos frequentemente chimpanzé anão ou grácil, considerados mais "civilizados". Estes, por exemplo, recorrem à simulação do ato sexual ou do acasalamento para resolver os conflitos.
 
Com ironia, o cientista diz esperar que "nosso lado bonobo ganhe na evolução, pelo bem de todos".

Fonte: HostedNews

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Fórmula complexa, verdade simples

Alguns acontecimentos em nossa vida nos levaram ao Espiritimso. Mas o que me mantém nele é a confirmação diária de suas máximas por pessoas e fatos completamente alheios ao seu domínio.

O recente estudo, descrito abaixo, chega precisamente à mesma conclusão enunciada na questão 922 do Livro dos Espíritos, 154 anos mais tarde.

Ramon de Andrade
Palmares-PE


 
922. A felicidade terrestre é relativa à posição de cada um. O que basta para a felicidade de um, constitui a desgraça de outro. Haverá, contudo, alguma soma de felicidade comum a todos os homens?

"Com relação à vida material, é a posse do necessário. Com relação à vida moral, a consciência tranqüila e a fé no futuro."
 
O Livro dos Espíritos
Paris, 1857



A tal da felicidade
Thomaz Wood Jr.
4 de fevereiro de 2011 às 11:07h
 
Desde que os antigos gregos se debruçaram à desafiadora, senão fútil, tarefa de dar sentido ao mundo, o conceito de felicidade não saiu mais de nossa agenda. Nas últimas décadas, o tema foi atacado sem constrangimento ou remorso pelos autores de autoajuda. Se acreditarmos no que afirmam, felicidade é algo que se consegue frequentando praias tropicais, fazendo dietas mágicas, exercícios aeróbicos e cirurgia plástica, e, principalmente, comprando, comprando e comprando.
 
Além dos oportunistas, filósofos, teólogos, sociólogos, psicólogos e até mesmo economistas têm se debruçado sobre a questão: o que traz a felicidade? Hoje, existe até um Journal of Happiness Studies, que se declara interdisciplinar e se dedica ao entendimento do estado subjetivo de bem-estar. Como todo bom periódico científico, ele conta com comitê científico, avaliação por pares e toda a parafernália exigida pela ciência. Resultado: pouca poesia e muita estatística.
 
Em um trabalho inédito, comentado recentemente nas páginas da revista The Economist, Daniel W. Sacks, Betsey Stevenson e Justin Wolfers, da Universidade da Pensilvânia, mostram que a variação entre níveis de satisfação com a vida entre países é muito grande e relaciona-se à renda per capita. No topo da escala estão países desenvolvidos, tais como Dinamarca, França e Estados Unidos. Na base, estão países pobres, como muitas nações africanas, e em crise, como o Iraque e o Haiti. De fato, é óbvio: um dinamarquês, que nasceu e vive apoiado por um Estado de Bem-Estar Social, com saúde e educação garantidas, liberdade política e alto poder aquisitivo, terá menos a reclamar do que um haitiano, vitimado por gerações de governos ineptos e desastres naturais.
 
Entretanto, o dinheiro não explica tudo. Em torno da reta de regressão há países mais felizes, ou mais infelizes, do que faria supor sua renda per capita. Hong Kong e Dinamarca têm renda similar, porém, os nórdicos são mais felizes que os asiáticos. Os europeus são homogêneos, exceto pelos depressivos portugueses. O Brasil e a Bulgária têm renda próxima, porém, os brasileiros obtiveram nota 6,5 na escala de felicidade, enquanto os búlgaros ficaram abaixo de 4, tornando-os o povo mais infeliz do mundo, relativamente à sua renda.
 
Um caso singular é o Reino do Butão, com 700 mil habitantes e renda per capita de, aproximadamente, 5 mil dólares. Esse pequeno país asiático mede há anos a Felicidade Nacional Bruta, lá considerada mais importante do que o Produto Interno Bruto.
 
Significativamente, em 2006, a revista norte-americana BusinessWeek indicou o país como o mais feliz da Ásia e o oitavo mais feliz do mundo.
 
Em outro artigo, publicado em edição recente do respeitado Journal of Personality and Social Psychology, Ed Diener, da Universidade de Illinois e do Gallup, Weiting Ng, do Singapure Institute of Management, e James Harter e Raksha Arora, também do Gallup, analisaram uma pesquisa com amostras de habitantes de 132 países. Os autores consideraram duas dimensões da felicidade, ou bem-estar: a avaliação que os indivíduos fazem de sua vida, ou nível geral de satisfação com a vida (também analisado no estudo mencionado acima); e o humor, ou a experiência com sentimentos positivos (prazer e satisfação) e com sentimentos negativos (preocupação e tristeza).
 
Diener e seus colegas confirmaram que a renda (PIB per capita) está relacionada com o bem-estar quanto à primeira dimensão: o nível de satisfação dos indivíduos com sua vida. Eles também concluíram que a renda nacional é mais relevante do que a renda individual, o que significa que os recursos em saúde e educação têm maior impacto sobre o bem-estar do que a capacidade individual de realizar gastos [no dito popular: "ninguém é feliz sozinho"].
 
Por outro lado, a relação entre a renda e os sentimentos positivos e negativos é fraca. Tais sentimentos são mais influenciados pelo nível de atendimento das necessidades sociopsicológicas. Portanto, aumentos na renda melhoram a avaliação que os indivíduos fazem de suas vidas, porém, não afetam muito o seu humor. As sensações de bem-estar são mais afetadas pela existência de boas relações pessoais, liberdade de ação e oportunidades de desenvolvimento. Na conclusão do artigo, os autores declaram: "De forma contrária àqueles que dizem que o dinheiro não é associado com a felicidade e àqueles que dizem que o dinheiro é extremamente importante, nós concluímos que o dinheiro é muito mais relacionado com algumas formas de bem-estar do que com outras".
 
Jean-Jacques Rousseau, o filósofo francês que viveu de 1712 a 1778, havia registrado para a posteridade: a felicidade consiste em um bom saldo bancário, uma boa cozinheira e uma boa digestão. Quase três séculos foram necessários para que a ciência comprovasse sua sabedoria!

Fonte: CartaCapital