quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Paradoxo de Easterlin

"Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus."
Jesus (Mateus, 4:4)
 
FELICIDADE E INFELICIDADE RELATIVAS

Pode o homem gozar de completa felicidade na Terra?
"Não, por isso que a vida lhe foi dada como prova ou expiação. Dele, porém, depende a suavização de seus males e o ser tão feliz quanto possível na Terra."
 
(...) Haverá, contudo, alguma soma de felicidade acessível a todos os homens?
"Com relação à vida material, é a posse do necessário. Com relação à vida moral, a consciência tranqüila e a fé no futuro."
 
"O homem criterioso, a fim de ser feliz, olha sempre para baixo e não para cima, a não ser para elevar sua alma ao infinito. (...) a riqueza é, de ordinário, prova mais perigosa do que a miséria. (...) A muitos desenganos se poupa nesta vida aquele que sabe restringir seus desejos e olha sem inveja para o que esteja acima de si. O que menos necessidades tem, esse o mais rico. (...) Aquele que só vê felicidade na satisfação do orgulho e dos apetites grosseiros é infeliz, desde que não os pode satisfazer, ao passo que aquele que nada pede ao supérfluo é feliz com os que outros consideram calamidades. (...) Verdadeiramente infeliz o homem só o é quando sofre da falta do necessário à vida e à saúde do corpo. Todavia, pode acontecer que essa privação seja de sua culpa. Então, só tem que se queixar de si mesmo. (...) o que julgais ser a felicidade muitas vezes oculta pungentes aflições. O sofrimento está por toda parte. (...) as classes a que chamas sofredoras são mais numerosas, por ser a Terra lugar de expiação. Quando a houver transformado em morada do bem e de Espíritos bons, o homem deixará de ser infeliz aí e ela lhe será o paraíso terrestre."

Livro dos Espíritos
Perguntas 920 e seguintes
 



Não adianta insistir: dinheiro não traz felicidade
Redação do Diário da Saúde
20/12/2010

Felicidade a longo prazo
 
Uma nova pesquisa, realizada em 37 países, ricos e pobres, ex-comunistas e capitalistas, mostrou resultados incrivelmente consistentes: o aumento da renda não garante a felicidade a longo prazo.
 
Richard Easterlin é considerado o fundador das pesquisas sobre a ligação entre felicidade e renda. Ao longo de vários anos, pesquisas com variadas metodologias e em múltiplos países têm mostrado sempre o mesmo resultado.
 
Isso levou à criação do termo "Paradoxo de Easterlin", referindo-se à dissociação entre renda e bem-estar no longo prazo.
 
Paradoxo da felicidade x renda
 
O novo estudo, que será publicado no exemplar de Dezembro da revista Proceedings of the National Academy of Sciences, analisou a relação entre a felicidade e a renda em cada país por 22 anos em média.
 
"Este artigo refuta afirmações recentes de que haveria uma relação positiva de longo prazo entre a felicidade e a renda, quando, na verdade, a relação é nula," garante Easterlin.
 
"Em termos simples, o paradoxo da felicidade-renda é isso: em um ponto no tempo, tanto entre países quanto dentro deles, a felicidade e a renda estão positivamente correlacionados. Mas, ao longo do tempo, a felicidade não aumenta com o aumento da renda de um país," explica o pesquisador.
 
Três Cs
 
"Com a renda aumentando tão rapidamente em alguns países, parece extraordinário que nenhuma pesquisa registre uma melhoria acentuada no bem-estar subjetivo que os economistas e formuladores de políticas em todo o mundo esperam encontrar," disse Easterlin.
 
Ele cita os casos do Chile, China e Coreia do Sul, três países onde a renda per capita dobrou em menos de 20 anos.
 
No entanto, durante esse período, a China e o Chile tiveram até um pequeno declínio no bem-estar subjetivo relatado pela população.
 
A Coreia do Sul inicialmente mostrou um leve aumento da felicidade no início da década de 1980. Mas em quatro pesquisas realizadas entre 1990 e 2005, a satisfação com a vida diminuiu ligeiramente.
 
O caminho para a felicidade
 
"Onde é que isto vai nos levar? Se o crescimento econômico não é o principal caminho para uma maior felicidade, então qual é esse caminho?" pergunta Easterlin.
 
"Pode ser que precisemos focar mais diretamente sobre os interesses pessoais urgentes, relacionados a coisas como a saúde e a vida familiar, em vez de sobre o mero acúmulo de bens materiais," propõe ele.

Fonte:
DiarioDaSaude

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