sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

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PLANTÃO INFO 01/2009 Ciência
 
FDA libera tratamento com células tronco
Felipe Zmoginski, de INFO Online
Sexta-feira, 23 de janeiro de 2009 - 13h52
 
SÃO PAULO - Dez voluntários paralíticos serão os primeiros humanos no mundo a receber tratamentos com células-tronco.
 
Nesta sexta-feira (23) a FDA (Food and Drugs Administration), órgão que regula o consumo de alimentos, remédios e tratamentos médicos nos Estados Unidos autorizou a companhia Geron Corp a iniciar tratamentos em humanos com células-tronco.
 
O primeiro grupo a se submeter à terapia é formado voluntários que sofrem diversos tipos de paralisia da cintura para baixo. Entre os pacientes, oito são totalmente paraplégicos e dois conseguem apenas movimentos mínimos nos membros inferiores.
 
Pesquisa privada
 
As células-tronco são estruturas não especializadas encontradas em embriões com poucos dias de formação. Em geral, os grupos de células mais promissores são retirados de embriões com entre 4 e 6 dias de formação. As células-tronco serão aplicadas sobre os tecidos danificados da coluna vertebral dos pacientes.
 
A expectativa é que elas se desenvolvam e criem um tecido nervoso no local que possa servir de comunicação entre o cérebro e os membros inferiores. O potencial das células-troco é enorme e os pesquisadores acreditam que, no futuro, poderão curar pacientes com lesões atualmente irreversíveis em vários órgãos do corpo humano.
 
No caso da Geron Corp, serão usadas células retiradas de embriões que seriam descartados por clínicas de fertilização humana. A companhia, que usa apenas recursos privados em suas pesquisas, vai monitorar os voluntários por pelo menos 12 meses para observar se eles voltaram a ter algum tipo de movimento.
 
Terapia controversa
 
Pesquisas com células-tronco são autorizadas desde 2001, por decisão do então presidente George Bush após longo e controverso debate ético sobre o direito dos pesquisadores destruírem embriões humanos.
 
No Brasil, o tema também gera forte polêmica, em especial entre grupos religiosos que veem no embrião uma forma de vida humana que não pode ser descartada. O tema está sob análise do Supremo Tribunal Federal, que ainda não concluiu sua análise em torno da legalidade ou não deste tipo de pesquisa no país.
 
Fonte: Infonews

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