quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Para melhor compreender Jesus - parte 8

8) Porque Jesus morreu?
 

Jesus representava uma mudança muito grande na vida social do povo judeu, acostumado a guerra e violência, vivendo uma religião de aparências, Jesus trouxe uma nova lei onde o mais forte não prejudica o mais fraco, dá suporte. Onde o ofendido não se vinga do ofensor, da a outra face. Onde os mais sábios não utilizam sua inteligência para governar, mas para ensinar. Onde o rei, que é o maior de todos, se torna o servidor de todos.

 

Esta nova visão estava ainda muito acima da capacidade de entendimento da maioria das pessoas daquela época, e por isso Jesus dizia: ouçam aqueles que tiverem ouvidos de ouvir. E que eram poucos, como ainda hoje, que realmente compreendiam e executavam os ensinamentos de Jesus.

 

A maioria, acostumada a violência e a brutalidade, sem discernimento sobre suas escolhas, foi manipulada, como ainda hoje acontece, pelos lideres religiosos da época, que temiam Jesus.

 

Temiam e tinham inveja, porque ele representava uma nova escolha, a consciência e libertação do individuo das mãos dos religiosos, liberdade esta que o espiritismo vem nos ensinar hoje, e que Jesus disse: dia virá em que Deus será adorado não no templo ou no monte garizin, mas em espírito e verdade.

 

Por representar esta liberdade e esperança para a população mais humilde, e a provável perda de poder dos religiosos, Jesus foi caçado e morto.

 

Muito embora houvesse a profecia, dizendo que Jesus deveria morrer, acaso os homens tivessem se modificado internamente com sua mensagem de amor, e utilizado seu direito de escolha, o livre arbítrio, Jesus poderia não ter sido caçado e morto, e hoje a terra provavelmente estaria em outro nível moral e intelectual.

 
João Batista Sobrinho

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Para melhor compreender Jesus - Parte 7


7) Porque Jesus viveu?
 

Vamos encontrar no início do evangelho de João a afirmação "e o verbo se fez carne" que, mais que uma afirmação que Jesus se fez homem, é a síntese de seu papel no mundo.

 

O "verbo" de Deus – aquele que veio trazer a palavra e os conhecimentos divinos para a humanidade, a qual atingia naquele momento o nível intelectual e moral necessário para  iniciar a caminhada rumo ao Pai.

 

Jesus, como responsável pela humanidade terrena, se fez presente entre nós para preparar as bases do que seria, mais tarde, a maior revolução moral jamais vista em toda história. Com os ensinamentos profundos e renovadores que trouxe ele mudou a face de Deus de um ser vingativo e emotivo para um pai amoroso e gentil.

 

Mesmo sendo incompreendido em sua época, o que é extremamente natural, Ele plantou a árvore que frutifica ainda hoje, milhares de anos depois, em nossos corações quando atingimos, internamente, o patamar evolutivo e de consciência para iniciar o nosso aprendizado pessoal.

 

Todo verbo é ação e Jesus não foi diferente, tudo que ele ensinava através de suas palavras era praticado por suas mãos e mostrado por seus sentimentos: a compreensão, o perdão, o amor e muito mais.

 

Jesus se fez homem entre nós para nos ensinar na prática como agir para buscarmos a vida futura. O choque de valores entre os da sociedade e os que ele pregava era tão grande que muitos estudiosos dizem que, até para os dias de hoje, ele está além de nossa capacidade moral e espiritual. E é verdade.

 

Mesmo nós que tentamos estudar os ensinamentos Dele nos surpreendemos com suas atitudes perante a violência, o preconceito, a traição e a morte; mostrando claramente o quanto ainda temos que caminhar.

 

Jesus nos exorta a seguir o seu caminho quando orienta "pega tua cruz e segue-me", nos ensina a praticar o bem quando diz "ama o teu inimigo", nos prepara para conseguir auxílio superior quando declara "orai e vigiai para não cairdes em tentação" e nos ensina que receberemos de nosso Pai, mas esclarece que para isso precisamos dar a nossa contribuição, "Pedi e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á", mostrando o verbo sempre presente em nossas vidas.

 

João Batista Sobrinho 


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segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

DIA NACIONAL DO ESPIRITISMO

DIA 18 DE ABRIL - DIA NACIONAL DO ESPIRITISMO

Câmara aprovou, no dia 6 de Dezembro, em caráter conclusivo, o Projeto de Lei 291/07, da deputada Gorete Pereira (PR-CE), que institui 18 de abril como o Dia Nacional do Espiritismo. A proposta foi aprovada com parecer favorável relator do texto na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, deputado Wladimir Costa (PMDB-PA).

A autora do projeto lembra que o Brasil é a maior nação espírita da atualidade e que os praticantes brasileiros têm realizado "obras extraordinárias no campo da assistência social", como define a doutrina espírita. Gorete Pereira também destaca a figura do médium Chico Xavier, segundo ela fundamental para a difusão do espiritismo no Brasil.

A data escolhida é uma homenagem ao dia em que Allan Kardec lançou, em 1857, na França, O Livro dos Espíritos, marco inicial da doutrina espírita. "A instituição do Dia Nacional do Espiritismo é homenagem justa a um dos mais importantes grupos religiosos do país, cuja atuação tem sido indispensável para a construção de uma sociedade mais justa e fraterna entre nós", argumenta Gorete Pereira.
 

sábado, 24 de janeiro de 2009

Aborto: a realidade dos consultórios

 
24 de janeiro de 2009

VEJA traz na capa nesta semana uma reportagem sobre o aborto em que os fatos falam mais alto do que as considerações e ponderações envolvidas na questão. A reportagem é sobre o aborto no Brasil e como mais médicos estão aceitando a vontade de suas pacientes, encaminhando-as para clínicas clandestinas e, em seguida, tratando-as dos eventuais problemas de saúde que possam apresentar depois da interrupção cirúrgica da gravidez.
 
Na reportagem, pela primeira vez na imprensa brasileira, médicos aparecem contando abertamente suas experiências de "redução de dano", o nome que eles dão à prática de orientar as pacientes dispostas a tudo para interromper uma gravidez indesejada. Esses médicos acreditam que o compromisso com a saúde das pacientes deve prevalecer sobre os dilemas éticos, religiosos e científicos envolvidos na questão.

A reportagem alerta para o fato de que a prática do aborto será sempre controversa: "Ser simples, acessível, seguro e legal não torna o aborto mais aceitável para as pessoas que o rejeitam. Ao contrário, torna-o ainda mais monstruoso ao juízo delas. Prova disso é o fato de que as discussões nos países onde a prática foi liberada nunca serenam - a cada dia elas são mais violentas. Coloque-se na pele de uma pessoa que acha o aborto, em qualquer fase da gestação e por qualquer motivo, igual a matar alguém, e uma visão do abismo que separa as convicções opostas nesse assunto começará a se abrir sob seus pés".
 

Eurípedes Alcântara
Diretor de Redação

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

LEVANTA-TE E ANDA...

PLANTÃO INFO 01/2009 Ciência
 
FDA libera tratamento com células tronco
Felipe Zmoginski, de INFO Online
Sexta-feira, 23 de janeiro de 2009 - 13h52
 
SÃO PAULO - Dez voluntários paralíticos serão os primeiros humanos no mundo a receber tratamentos com células-tronco.
 
Nesta sexta-feira (23) a FDA (Food and Drugs Administration), órgão que regula o consumo de alimentos, remédios e tratamentos médicos nos Estados Unidos autorizou a companhia Geron Corp a iniciar tratamentos em humanos com células-tronco.
 
O primeiro grupo a se submeter à terapia é formado voluntários que sofrem diversos tipos de paralisia da cintura para baixo. Entre os pacientes, oito são totalmente paraplégicos e dois conseguem apenas movimentos mínimos nos membros inferiores.
 
Pesquisa privada
 
As células-tronco são estruturas não especializadas encontradas em embriões com poucos dias de formação. Em geral, os grupos de células mais promissores são retirados de embriões com entre 4 e 6 dias de formação. As células-tronco serão aplicadas sobre os tecidos danificados da coluna vertebral dos pacientes.
 
A expectativa é que elas se desenvolvam e criem um tecido nervoso no local que possa servir de comunicação entre o cérebro e os membros inferiores. O potencial das células-troco é enorme e os pesquisadores acreditam que, no futuro, poderão curar pacientes com lesões atualmente irreversíveis em vários órgãos do corpo humano.
 
No caso da Geron Corp, serão usadas células retiradas de embriões que seriam descartados por clínicas de fertilização humana. A companhia, que usa apenas recursos privados em suas pesquisas, vai monitorar os voluntários por pelo menos 12 meses para observar se eles voltaram a ter algum tipo de movimento.
 
Terapia controversa
 
Pesquisas com células-tronco são autorizadas desde 2001, por decisão do então presidente George Bush após longo e controverso debate ético sobre o direito dos pesquisadores destruírem embriões humanos.
 
No Brasil, o tema também gera forte polêmica, em especial entre grupos religiosos que veem no embrião uma forma de vida humana que não pode ser descartada. O tema está sob análise do Supremo Tribunal Federal, que ainda não concluiu sua análise em torno da legalidade ou não deste tipo de pesquisa no país.
 
Fonte: Infonews

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Pernicioso Sentimento

Conta-se que um monge eremita viajava através das aldeias, ensinando o bem.

Chegando a noite e estando nas montanhas, sentiu muito frio. Buscou um lugar para se abrigar. Um discípulo jovem ofereceu-lhe a própria caverna. Cedeu-lhe a cama pobre, onde uma pele de animal estava estendida.

O monge aceitou e repousou. No dia seguinte, quando o sol estava radiante e ele deveria prosseguir a sua peregrinação, desejou agradecer ao jovem pela hospitalidade.

Então, apontou o seu indicador para uma pequena pedra que estava próxima e ela se transformou em uma pepita de ouro.

Sem palavras, o velho procurou fazer que o rapaz entendesse que aquela era a sua doação, um agradecimento a ele. Contudo, o rapaz se manteve triste.

Então, o religioso pensou um pouco. Depois, num gesto inesperado, apontou uma enorme montanha e ela se transformou inteiramente em ouro.

O mensageiro, num gesto significativo, fez o rapaz entender que ele estava lhe dando aquela montanha de ouro em gratidão.

Porém, o jovem continuava triste. O velho não pôde se conter e perguntou:

Meu filho, afinal, o que você quer de mim? Estou lhe dando uma montanha inteira de ouro.

O rapaz apressado respondeu: Eu quero o vosso dedo.

A inveja é um sentimento destruidor e que nos impede de crescer.

Invejamos a cultura de alguém, mas não nos dispomos a permanecer horas e horas estudando, pesquisando. Simplesmente invejamos.

Invejamos a capacidade que alguns têm de falar em público com desenvoltura e graça. Contudo, não nos dispomos a exercitar a voz e a postura, na tentativa de sermos semelhantes a eles.

Invejamos aqueles que produzem textos bem elaborados, que merecem destaque em publicações especializadas. No entanto, não nos dispomos ao estudo da gramática, muito menos a longas leituras que melhoram o vocabulário e ensinam construção de frases e imagens poéticas.

Enfim, somos tão afoitos quanto o jovem da história que desejava o dedo do monge para dispor de todo o ouro do mundo, sem se dar conta de que era a mente que fazia as transformações.

Pensar é construir. Pensar é semear. Pensar é produzir.

Vejamos bem o que semeamos, o que produzimos, nas construções de nossas vidas, com as nossas ondas mentais.

No lugar da inveja, manifestemos a nossa vontade de lutar para crescer, com a certeza de que cada um de nós é inigualável. O que equivale a dizer que somos únicos e que ninguém poderá ser igual ao outro.

Cada um tem seus tesouros íntimos a explorar, descobrir e mostrar ao mundo.

Quando pensamos, projetamos o que somos. Pensemos melhor. Pensamento é vida.
 


Redação do Momento Espírita, com base no cap. 2 do livro Rosângela, pelo Espírito Rosângela, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter e história tibetana extraída do livro Elucidações espíritas, entrevista 5, de Divaldo Pereira Franco, ed. S.E. Joanna de Angelis. Extraído do endereço: http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=2089&stat=0.
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quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

O mordomo infiel - parte 2

Amigo Ramon, bom dia.

 

Como estão você, Susana e Lucio? Espero que bem. Já faz algum tempo que não nos encontramos, não é?

 

Agradeço a sua menção de estudante assíduo, mas me encontro ainda na condição de leitor ocasional, tentando me esforçar por realmente estudar o evangelho, pois, tenho certeza que a solução para todos os problemas do nosso mundo se encontram ali. Nós é que não nos esforçamos por aprender a lição.

 

Esta sua colocação me pegou desprevenido. Devo confessar que tenho mais intimidade com o evangelho de Mateus e de João, e deixo muito a desejar em relação aos nossos queridos Marcos e Lucas. Porém não posso me esquivar de fazer uma análise desta passagem, mesmo que despretensiosa e humilde.

 

Mesmo antes de ler a passagem indicada por você (LC 16,1-9) não posso deixar de fazer comigo mesmo as seguintes conjecturas:

1)      Todos os evangelhos foram escritos após a morte de Jesus, entre os anos 65 e 90 da era cristã, desta forma é evidente que não foi o Mestre que os escreveu, sendo fruto das lembranças daqueles homens formidáveis que seguiram-No.

2)      Lucas e Marcos, em especial, não conheceram Jesus; então baseiam seus textos na transmissão oral dos ensinamentos que buscaram em diversas fontes (Pedro, João, Maria, Madalena entre outros) e também nas histórias populares sobre Jesus.

3)      Muitos dos textos originais foram escritos em aramaico, outros em coopta, vários em grego e poucos em latim, desta mistura de línguas ainda advieram diversas traduções no decorrer dos séculos e também as "pequenas" corruptelas ideológicas que a igreja acrescentou ou suprimiu de acordo com suas necessidades.

 

Digo isso porque, em verdade, nunca teremos certeza de estarmos lendo as verdadeiras palavras de Jesus na íntegra, somente no sentido(como disse Kardec); e, como já disse em algumas palestras minhas, existem parábolas que ainda hoje não consigo compreender, quer seja pela minha pequena evangelização ou porque ainda não tenho cultura suficiente para compreendê-las ou, ainda, porque não foram transcritas da maneira como foram ditas por Jesus ou, quem sabe, porque simplesmente não são para serem entendidas tão cedo, necessitando a humanidade de maior crescimento, não é?

 

Independente de qualquer fator que seja, o texto apresentado por você é realmente intrigante. Tomei a liberdade de fazer uma comparação entre o trecho do seu e-mail e outros dois evangelhos que tenho em casa. Notei, certamente, que o sentido é o mesmo, mas que algumas palavras foram traduzidas de forma diferente entre os textos. Isso auxilia na compreensão de alguns trechos, pois temos outros sentidos para interpretar e, assim, tentar arrumar as peças do quebra-cabeça, compreende?

 

Fazendo uma análise crua do texto em si, e com base na minha posição pessoal, posso dizer que:

-         No início do texto aparece a expressão "foi acusado", esta expressão não é bem definida, pois não fica claro se foi uma acusação justa ou injusta. Da mesma forma que não fica expresso que o homem rico tenha realmente notado qualquer irregularidade na gestão dos seus bens por parte do mordomo.

-         Quando lemos a expressão "cavar, não posso" dá-nos a entender que ele não queria trabalhar braçalmente  por vergonha, orgulho ou incapacidade; em outra tradução encontrei "cavar, não tenho forças" o que nos explica que o mordomo era uma pessoa idosa, que não teria possibilidades de iniciar novamente uma vida de trabalho com outro senhor e, com os anos, ganhar sua confiança para adquirir novamente o cargo de gestor; provavelmente ele tinha a certeza que restavam poucos anos de vida para ele.

-         O fato dele ter decrescido as contas dos devedores é muito interessante porque nos abre a porta de muitas conjecturas.Uma é que ele enganou o homem rico para conseguir favores de seus amigos, outra é que ele tenha retirado os "juros" das dívidas para se beneficiar com os amigos, ou ainda que ele possa ter ficado com as diferenças para ele se beneficiar. De qualquer forma ele tem a certeza que quando for destituído do cargo de mordomo será bem recebido por aquelas pessoas que beneficiou, pois criou um laço de gratidão e de ajuda para com elas.

-         Mais abaixo o homem rico louva a atitude do mordomo "por haver procedido prudentemente", ou como encontrei em outra tradução "com sagacidade"; estes são dois sentidos divergentes dados pelas traduções, pois de acordo com o dicionário Aurélio Prudência é 1.Qualidade de quem age com moderação, comedimento, buscando evitar tudo o que acredita ser fonte de erro ou de dano.
2.Cautela, precaução; e sagacidade é 1.Agudeza ou sutileza de espírito; perspicácia.
2.Finura, manha, astúcia, malícia; Assim quando lemos que o  homem achou prudente a atitude do mordomo podemos chegar a algumas conclusões, sendo uma que tudo não passou de um teste e que ele viu que o mordomo não o prejudicou e ainda fez um débito de amizade com os credores; outra que mesmo se sentindo prejudicado o homem não deixou de admirar a inteligência e atitude do mordomo que criou uma saída para sua futura mendicância, ou ainda outras.

-         Seguindo o texto encontramos palavras que são atribuídas a Jesus quando diz "e EU vos digo: granjeai amigos com as riquezas da injustiça, para que quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos" – e é curioso ver estas palavras vindas do Mestre, mas em uma leitura mais apurada do texto, no capítulo anterior e nos versículos seguintes, notaremos que estas palavras foram dirigidas diretamente aos fariseus "que eram avarentos". Aí muda a perspectiva da figura do texto. Pois sendo assim Jesus está claramente se referindo a má administração dos recursos do templo(recursos destinados a Deus) por parte dos fariseus. No meu entender ele está demonstrando que Deus(o homem rico) deu aos fariseus(os mordomos) o poder de decisão e uso de seus bens materiais(riquezas do templo e influência social e política) que eles abusaram e utilizaram apenas para seu próprio benefício(pois eram avarentos – do Aurélio: Que tem avareza, que é sórdido e excessivamente apegado ao dinheiro) não utilizando nem para auxiliar a si mesmos no dia da cobrança(dia do juízo) porque se tivessem utilizado estes recursos para fazerem amigos e criar favores entre os homens(como o mordomo da parábola) teriam algumas pessoas que poderiam tentar interceder por eles na hora final, pois os teriam "recebido nos tabernáculos eternos" (tabernáculo – local de maior importância do templo, onde se adorava diretamente a Deus; templo – o verdadeiro tempo é o homem; Jesus nos disse(através da mulher samaritana) que o local onde ainda se adorará a Deus não é no templo nem no monte garizin, e sim no coração de cada um) então o tabernáculo eterno é o coração(sentimento de gratidão e reconhecimento) dos que foram favorecidos/auxiliados pelas riquezas, mesmo que advindas da injustiça, dá para entender?

-         Ainda seguindo o texto encontramos "pois se nas riquezas injustas não fostes fieis, quem vos confiará as verdadeiras" que fica como um aviso para os fariseus e também para nós: se no que não lhe pertence você foi infiel e não tomou o devido cuidado(porque se supõe que nós devamos ter maior cuidado com o que nos é dado emprestado que com nossas próprias coisas, não é?), qual o mérito que você tem para receber a riqueza que é sua de verdade?(Necessitamos ainda crescer e desenvolver-nos espiritual e moralmente para compreender as verdadeiras riquezas que nos estão reservadas no reino dos céus e, então, podermos recebê-las para utilizar com sabedoria)

 

Então, no meu pequeno entender, quando lemos a expressão "porque os filhos deste mundo são mais prudentes para com a sua geração(outra tradução) do que os filhos da luz" acredito que o Mestre se referia ao uso que pode ser feito dos recursos materiais por parte da maioria de nós  para beneficiar a nós e também a outras pessoas que nos cercam, diferentemente do que os fariseus (que se achavam puros e eleitos, portanto filhos da luz) que apenas utilizavam o seu conhecimento e riqueza egoisticamente para si mesmos. Porque, mesmo que em tudo que façamos existam interesses particulares, qualquer benefício que advenha destas riquezas em prol de nosso próximo já é crédito em nosso favor, quando que se apenas nós nos beneficiamos estamos nos afundando cada vez mais em resgates sem o auxílio da gratidão e da oração de ninguém em nosso auxílio.

 

Espero que tenha sido claro na minha colocação (que de tão extensa parece um jornal): esta parábola nos fala sobre o uso do dinheiro, e dos recursos que tenhamos, em nosso benefício e em benefício do nosso próximo;  mas esta ainda é apenas uma interpretação no meio de milhões que podem existir por aí.

 

Muita Paz.
João Batista Sobrinho
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terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O NECESSÁRIO

"Quando a fraternidade reinar entre os povos, como entre as províncias de um mesmo império, o momentâneo supérfluo de um suprirá a momentânea insuficiência do outro; e cada um terá o necessário."

Cap. XXV, item 8.

O NECESSÁRIO

"Quando a fraternidade reinar entre os povos, como entre as províncias de um mesmo império, o momentâneo supérfluo de um suprirá a momentânea insuficiência do outro; e cada um terá o necessário."

Cap. XXV, item 8.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

ZERO CAOS

DADI JANKI, A MENTE MAIS ESTÁVEL DO MUNDO

Uma ioguina indiana, Dadi Janki, de 86 anos, foi considerada pelo Instituto de Pesquisa Médica e Cientifica da Universidade do Texas, como a "mente mais estável do mundo", porque mesmo testada em situações tensas e perigosas, seu eletroencefalograma marcou a presença constante de ondas delta, as ondas mais positivas e lentas produzidas pela atividade cerebral. Ela recebeu da ONU o título, muito raro de ser concedido, de Guardiã do Planeta, por seu trabalho em prol de mentes mais livres e pacíficas.

Quando lhe perguntaram, em sua visita a São Paulo, a receita de uma mente tão tranqüila e sem pesos, ela respondeu:

"Muito amor no coração por todos e nenhum apego por ninguém, tentar não prejudicar pessoa alguma minimamente e eliminar da mente qualquer pensamento negativo, fazendo um exercício diário e ter a certeza de que não estamos aqui à-toa, mas para cumprir o destino da evolução. Que somos caminhantes, sem dependências ou estabilidades. Quem não percebe isso se torna escravo do desnecessário e polui a mente".

Em 1978, Dadi Janki foi submetida a um teste na Universidade do Texas, nos Estados Unidos, quando então se tornou conhecida como "a mente mais estável do mundo" (suas ondas cerebrais não se alteram mesmo em situações extremas). "A maravilha é que, mesmo não entendendo inglês, consegui dar as respostas certas", diz. Hoje, aos 86 anos, 60 deles dedicados ao estudo espiritual e à prática da meditação, Dadi é só tranqüilidade e paz. Co-diretora mundial da Brahma Kumaris - universidade espiritual com sede na Índia e mais de 5 mil centros pelo mundo -, integrante do grupo Guardiões da Sabedoria e criadora da Fundação Janki de Pesquisas para Saúde Global, em Londres, ela nos recebeu vestindo branco por dentro e por fora, sem solenidades, sem as vaidades comuns à maioria das mulheres. Seu discurso encanta pela pureza e ensina que as mudanças possíveis ao mundo começam no coração de cada pessoa.

Por que tanta gente está buscando uma vida simples?
 
Vivemos com muitas demandas de consumo. Eu quero isto, eu quero aquilo, aquilo outro e assim por diante. E todo mundo tem muitas demandas e expectativas. Se vivemos ao sabor das demandas externas, tudo o que conseguimos ver em termos de reconhecimento da personalidade humana é o que aparece na superfície, o que é artificial. E vida simples significa vida real. Algumas pessoas pensam que a necessidade da vida é possuir coisas, quando, na verdade, o que realmente importa é possuir valores espirituais. Portanto, quando reafirmamos nossa vida em propósitos de paz, felicidade e amor, caminhamos para a felicidade verdadeira. A conquista de uma vida simples permite que a espiritualidade se desenvolva facilmente. E espiritualidade significa eu usar o meu tempo, o meu dinheiro e a minha energia no caminho do bem.

E de que maneira podemos seguir esse caminho na prática, levando em conta as dificuldades do dia-a-dia?

Existem três aspectos importantes para o entendimento do que proponho aqui, do que estamos levando adiante com o conhecimento. O primeiro passo é empreender a busca, porque quando faço isso reconheço os territórios internos, em termos de qualidade dos pensamentos, e entendo o que pode ser feito para mudar. Segundo, tenho de conhecer a Deus, ser capaz de ter um relacionamento com o divino, de maneira a estar pronto para receber de Deus o tesouro da paz. Terceiro, eu também preciso entender os movimentos de calma e de ação, assim como o curso e os efeitos de minhas ações. Se eu puder entender essas três coisas, então certamente terei paz verdadeira.

A senhora vive com pouco?

Posso viver muito bem com três conjuntos de roupas: uma para tudo, outra para alternar na lavagem, uma terceira guardada. Às vezes, quando visito alguém, as pessoas me chamam para mostrar o número de roupas que elas têm, a quantidade de sapatos, as jóias. Eu sinto compaixão por elas, porque seu intelecto certamente está disperso. Todos esses apelos externos nos distraem do real propósito da vida.

Essa desconexão com o real complica também nossos relacionamentos?

Sim, as demandas externas distanciam as pessoas do que entendemos como qualidade em um relacionamento. É o que deteriora a família, as amizades, e consagra o egoísmo no lugar da verdade. Quando, enfim, complicamos muito a vida, fica difícil tomarmos conta de nós mesmos e, mais ainda, não há como cuidar devidamente de nossos relacionamentos. Bem, eu posso mostrar, com a minha vida, de que maneira é possível alcançar a felicidade e, assim, os outros têm uma referência de como conseguir isso também. Com uma vida simples, posso dar atenção aos outros, cooperar com os outros, porque quando meu coração é honesto, ele se torna grande, generoso.

É possível manter-se centrado mesmo com o turbilhão de informações produzido por jornais, revistas e televisão?

Eu prefiro viver longe desse fluxo. Porque, se sabe, isso acaba virando um vício. As pessoas acreditam que, lendo jornais ou assistindo TV, estejam apenas buscando informações sobre o que acontece no mundo. Mas, na verdade, tudo isso produz uma grande quantidade de distrações. O cinema, da mesma forma, difunde muitos e muitos maus hábitos. Assim, fica muito difícil, por exemplo, manter uma vida mais contemplativa, pautada na prática da meditação. A natureza humana é muito suscetível. Somos freqüentemente afetados pelo mal. E quase sempre a influência do mal ocorre de maneira muito rápida. Se eu, de fato, quiser me tornar um ser humano em sua plenitude, se esse é meu propósito, devo procurar caminhos diferentes, que não me façam perder tempo e energia.

Idéias assim são sempre muito inspiradoras. Mas parece um tanto difícil conseguir isso.

A verdade é que há muitos males no mundo de hoje e creio que é mesmo hora de pararmos com isso. Eu tenho o alegre objetivo de, primeiro, fazer da minha vida uma boa vida e manter a mim mesma livre de todas as influências de negatividade do mundo. E há muitas pessoas criando uma vida boa como esta. Gente do mundo todo está reconhecendo que é por meio da espiritualidade que se pode alcançar uma vida plena.
Vivemos tempos um tanto incertos. Podemos acreditar num bom destino para a humanidade?
Sim, eu acredito que o futuro será bom. Há pessoas buscando uma vida sensata, uma vida simples, e elas servirão de inspiração para os outros, em favor do mundo. E tudo o que é exigido é uma transformação interna, de maneira que possamos ter bons sentimentos, sem nos colocarmos negativamente contra quem quer que seja. Basta que não tenhamos maus sentimentos, que exercitemos a aceitação dos outros, disseminando paz e felicidade.

É preciso tornar-se um iogue para incorporar essa atitude?

Não necessariamente. Todos aqueles que, através da observação contínua de si mesmos, e através da meditação, experienciam um relacionamento autêntico com Deus, podem se tornar as estrelas brilhantes que iluminam o mundo. Eu acredito que se todos seguirmos juntos assim, poderemos criar o céu aqui na Terra. Mas, primeiro, teremos de criar o céu em nossas mentes. Porque tudo o que acontece neste mundo começa antes no coração dos homens.

Fonte: Holosgaia

O MORDOMO INFIEL

Olá, amigo João!

Tenho acompanhado seus artigos e percebo que você é um estudante assíduo do evengelho.

Também costumo ler um capítulo por dia e esta semana me deparei novamente com uma das mais intrigantes parábolas de Jeses, a do Mordomo Infiel. Ainda não entendi o que Jesus quis dizer com ela, especialmente nos versículos 8 e 9.

O que você diria a respeito?

Fico na escuta.

Aquele abraço e até breve!

Ramonde Andrade
raesa@ig.com.br
Palmares-PE



Lucas 16

1 E dizia também aos seus discípulos: Havia um certo homem rico, o qual tinha um mordomo; e este foi acusado perante ele de dissipar os seus bens.
2 E ele, chamando-o, disse-lhe: Que é isto que ouço de ti? Dá contas da tua mordomia, porque já não poderás ser mais meu mordomo.
3 E o mordomo disse consigo: Que farei, pois que o meu senhor me tira a mordomia? Cavar, não posso; de mendigar, tenho vergonha.
4 Eu sei o que hei de fazer, para que, quando for desapossado da mordomia, me recebam em suas casas.
5 E, chamando a si cada um dos devedores do seu senhor, disse ao primeiro: Quanto deves ao meu senhor?
6 E ele respondeu: Cem medidas de azeite. E disse-lhe: Toma a tua obrigação, e assentando-te já, escreve cinqüenta.
7 Disse depois a outro: E tu, quanto deves? E ele respondeu: Cem alqueires de trigo. E disse-lhe: Toma a tua obrigação, e escreve oitenta.
8 E louvou aquele senhor o injusto mordomo por haver procedido prudentemente, porque os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz (???).
9 E eu vos digo: Granjeai amigos com as riquezas da injustiça (???); para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos.

Para melhor compreender Jesus - Parte 6

Porque Jesus perdoava os pecados?

É muito interessante verificar em várias passagens evangélicas que Jesus se utiliza da expressão "teus pecados estão perdoados", quando maistarde veremos dentro da Doutrina Espírita a orientação que nós mesmos depuramos as nossas faltas através de resgates e reencarnações. Poderíamos então perguntar: Será que Jesus não sabia disso?

 

Com certeza Ele tem o conhecimento disso e muito mais, porém foi necessário a Ele adaptar sua linguagem á época em que viveu, onde as pessoas tinham a limitação intelectual e religiosa, necessitando de um referencial que os aliviasse de suas culpas, como acontece com tantas pessoas hoje.

 

No Mundo Invisível a reencarnação de Jesus foi planejada por milhares de anos e assim inúmeras pessoas reencarnaram de forma a auxiliá-lo no cumprimento de sua missão. Muitas delas já haviam cumprido os resgates referentes àquela reencarnação e não tinham mais o que sofrer no tocante ao mal que haviam praticado, por isso, os pecados já haviam sido perdoados, lavados com as reencarnações anteriores e sofrimento naquela.

 

Estas pessoas eram as que ele curava o corpo, porque a alma não tinha necessidades pendentes de resgates, as quais saíam de sua presença bem fisicamente, porém poderiam retornar a errar dali por diante, e assim cultivar novos resgates. Por este motivo Jesus as advertia: "não tornes a pecar, para que não te aconteça isso ou pior".

 

Outras pessoas não podiam ser curadas do corpo, pois tinham a necessidade de expungir com o sofrimento físico males anteriores, e ele "não veio destruir a lei". A estas Jesus oferecia o conforto de suas palavras e o esclarecimento do papel da dor em nossas vidas, curando-os da alma. E estes saíam de lá muito mais aliviados do que chegaram, mais leves e comprometidos com a vida futura, pois entendiam que o sofrimento é oportunidade de reparação frente ao erro que causamos.



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Para melhor compreender Jesus - Parte 5

Porque fazer "milagres" ?

Os atos que Jesus realizava – curas, limpezas, multiplicação, retorno de mortos, expulsão de espíritos inferiores – e que pareciam impossíveis e sem explicação para as pessoas daquela e de várias outras épocas, hoje recebem através do espiritismo sua explicação lógica e racional; muito embora a quase totalidade de nós ainda seja incapaz de realizar atos, no mínimo, parecidos com aqueles.

 

Kardec nos esclarece que estes feitos são fruto da manipulação dos fluidos cósmicos e vitais, que estão em abundância no universo, e aos quais Jesus conhecia tão bem, pois foram os mesmos que ele recebeu para originar a Terra e a vida em nosso planeta.

 

Conhecedor primeiro de todas as Leis Divinas Jesus utilizava sua vontade (estudemos o livro dos médiuns) e forjava na realidade daqueles que auxiliava as alterações necessárias e merecidas. Muitas vezes agindo sobre o corpo físico, outras sobre o perispírito, e até mesmo sobre ambos.

 

Na sociedade da época – primitiva e materialista – esta foi a maneira que Jesus encontrou de se mostrar e provar "filho de Deus", e então como enviado divino ser ouvido e atendido pela massa, podendo dar continuidade a seu mandato.

 

Inúmeras pessoas foram curadas e auxiliadas por Jesus que, como ele mesmo disse, não destruía a lei apenas utilizava capacidades de leis que não eram conhecidas na época, e muitas ainda não são hoje, mas que ele conhece por completo.

 

Necessário lembrar, porém, que o beneficiado deveria entrar com uma parta muito importante da cura: a fé. A crença e certeza que Ele poderia curá-lo, abrindo assim a brecha psíquica para interagir com a energia fluídica emanada de Jesus, e recebendo o  benefício e a confirmação "tua fé te salvou".



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