É um erro alimentar-se o homem com a carne dos irracionais?
A ingestão das vísceras dos animais é um erro de enormes conseqüências, do qual derivaram numerosos vícios da nutrição humana. É de lastimar semelhante situação, mesmo porque, se o estado de materialidade da criatura exige a cooperação de determinadas vitaminas, esses valores nutritivos podem ser encontrados nos produtos de origem vegetal, sem a necessidade absoluta dos matadouros e frigoríficos.
Temos de considerar, porém, a máquina econômica do interesse e da harmonia coletiva, na qual tantos operários fabricam o seu pão cotidiano. Suas peças não podem ser destruídas de um dia para o outro, sem perigos graves. Consolemo-nos com a visão do porvir, sendo justo trabalharmos, dedicadamente, pelo advento dos tempos novos em que os homens terrestres poderão dispensar da alimentação os despojos sangrentos de seus irmãos inferiores.
Emmanuel, por
Francisco Cândido Xavier
em O Consolador, 1942
Pergunta 129
A ingestão das vísceras dos animais é um erro de enormes conseqüências, do qual derivaram numerosos vícios da nutrição humana. É de lastimar semelhante situação, mesmo porque, se o estado de materialidade da criatura exige a cooperação de determinadas vitaminas, esses valores nutritivos podem ser encontrados nos produtos de origem vegetal, sem a necessidade absoluta dos matadouros e frigoríficos.
Temos de considerar, porém, a máquina econômica do interesse e da harmonia coletiva, na qual tantos operários fabricam o seu pão cotidiano. Suas peças não podem ser destruídas de um dia para o outro, sem perigos graves. Consolemo-nos com a visão do porvir, sendo justo trabalharmos, dedicadamente, pelo advento dos tempos novos em que os homens terrestres poderão dispensar da alimentação os despojos sangrentos de seus irmãos inferiores.
Emmanuel, por
Francisco Cândido Xavier
em O Consolador, 1942
Pergunta 129
Estamos caminhando para uma sociedade vegetariana?
Redação do Diário da Saúde
18/01/2011
Redação do Diário da Saúde
18/01/2011
Consumo de carne no mundo
Em países emergentes, como a China e o Brasil, o consumo de carne está aumentando dramaticamente.
Na verdade, o consumo mundial de carne vermelha quadruplicou desde 1961.
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) espera que o aumento da prosperidade conduza a uma duplicação da produção mundial de carne até o ano de 2050.
A questão é se o nosso planeta, com seus recursos limitados, ainda será capaz de satisfazer todas as nossas necessidades no futuro.
Muitos vegetais para o gado, pouca carne para o homem
"Produzir um quilo de carne consome entre sete e 16 kg de grãos ou soja como ração animal," afirma o Dr. Peter Eisner, do Instituto Fraunhofer, na Alemanha. "Como resultado, nos EUA, cerca de 80 por centos do grãos produzidos vira alimento para o gado."
Comparado à produção de carne, o cultivo de plantas para servirem de alimento para o homem é consideravelmente menos terra-intensivo.
Gasta-se 40 metros quadrados de terras agricultáveis para produzir um quilo de carne, mas o mesmo espaço pode produzir 120 kg de cenouras ou 80 kg de maçãs.
Substituição da carne por vegetais
"As plantas são uma fonte de alimentos de alta qualidade, mas elas também podem fornecer matérias-primas para aplicações tecnológicas - e são uma fonte de energia," salienta o pesquisador.
É o caso das sementes de girassol: até agora elas têm sido usadas para a produção de óleo, e seus resíduos servem como alimento para o gado. Como resultado, uma área de 2 ½ acres de terra gera uma renda de cerca de 950 euros.
Se todos os componentes da semente de girassol fossem processados e convertidos para matérias-primas de alta qualidade para a indústria alimentar, indústria de cosméticos e de combustível, a mesma área de terra geraria para o agricultor uma renda de 1.770,00.
Substituto do leite
Eisner acredita que os ingredientes alimentares à base de plantas podem desempenhar um papel particularmente importante como um substituto para os alimentos de origem animal.
Como exemplo, ele apresentou um "substituto do leite" feito de proteínas de tremoço, e adequado como base para a preparação de alimentos como sorvete ou queijo.
Esse substituto artificial do leite não contém lactose, tem um sabor neutro, é isento de colesterol e rico em ácidos graxos poli-insaturados.
As sementes de tremoço também são o ingrediente básico de uma nova proteína vegetal com propriedades parecidas com gordura, que foi desenvolvida pela pesquisadora Daniela Sussmann, do mesmo instituto alemão.
Um método especial de produção, aplicado às sementes de tremoço, produz uma suspensão de proteínas com uma consistência muito cremosa, altamente viscosa.
"A estrutura microscópica do produto assemelha-se às partículas de gordura em uma salsicha. Então você pode usá-lo para a produção de salsichas com pouca gordura, com um gosto que equivale exatamente ao original," acrescentou a cientista.
Proteínas das plantas
Em testes sensoriais, Daniela investigou se a adição de proteínas de tremoço poderia melhorar a sensação gustativa de uma receita de linguiça com pouca gordura. Com sucesso: "Com a adição de 10 por cento da proteína que isolamos, fomos capazes de melhorar sensivelmente a impressão de gordura de uma salsicha de baixo teor de gordura."
Como as salsichas e produtos similares estão entre os alimentos com os mais altos níveis de gordura, este seria certamente um passo na direção certa para melhorar a qualidade nutricional dos alimentos industrializados.
Se uma parte da gordura for substituída com proteínas derivadas das plantas, todos se beneficiariam: o consumidor, ao comer menos gordura, o agricultor, ao obter uma renda maior pela sua produção, e o meio ambiente, porque as plantas podem ser produzidas de forma mais sustentável do que a carne.
Fonte: DiarioDaSaude
Comer menos carne evita câncer, ataques cardíacos e o aquecimento global
Jacquelline Partarrieu
16/09/2009
Jacquelline Partarrieu
16/09/2009
O Fundo Mundial para Pesquisas contra o Câncer recomenda que um indivíduo não coma mais do que 500 gramas de carne vermelha por semana para diminuir seus riscos de contrair câncer.
Ação pessoal e ação global
A Sociedade Europeia de Cardiologia anunciou que é possível trabalhar contra as mudanças climáticas e ainda se defender das doenças cardiovasculares e do câncer, tudo com uma única ação - comendo menos carne vermelha.
A criação mundial de rebanhos bovinos responde por 18% de todas as emissões de gases causadores do efeito estufa.
Por outro lado, o Fundo Mundial para Pesquisas contra o Câncer recomenda que um indivíduo não coma mais do que 500 gramas de carne vermelha por semana para diminuir seus riscos de contrair câncer. E as conexões entre o consumo excessivo de carne vermelha e as doenças cardiovasculares são bem conhecidas.
Ou seja, as doenças cardiovasculares e o câncer são duas das principais enfermidades que assolam a humanidade e que têm conexões com os mesmos fatores que influenciam as mudanças climáticas. Há outros exemplos, como a influenza e a salmonela, ligadas às zoonoses induzidas pelo crescente número de rebanhos animais.
Doenças e mudanças climáticas
A Organização Mundial da Saúde já está adotando e disseminando políticas de saúde que buscam explorar as inter-relações entre o aquecimento global e diversos tipos de enfermidades.
As associações médicas profissionais, contudo, ainda não estão fazendo o mesmo, e as conexões entre as doenças cardiovasculares e o câncer e as mudanças climáticas são um campo ainda não explorado pelos médicos no esclarecimento e na orientação dada aos seus pacientes.
Autoridade dos médicos
A Sociedade Europeia de Cardiologia está começando a defender esta prática. Segundo a entidade, é difícil para os políticos fazerem as alterações necessárias nos setores de energia, transporte, agricultura, planejamento urbano e planejamento familiar se eles não contarem com o entendimento público acerca dessas questões.
E os médicos e cientistas da área de saúde podem auxiliar na disseminação desse conhecimento na medida que têm a autoridade para endossar os novos comportamentos que podem, ao mesmo tempo, auxiliar seus pacientes a protegerem de fato sua própria saúde, assim como ajudarem a combater os efeitos que o homem está exercendo sobre o clima do planeta.
Fonte: DiarioDaSaude
Carne vermelha muda bactérias intestinais e causa aterosclerose
Redação do Diário da Saúde
09/04/2013
Carnitina
Redação do Diário da Saúde
09/04/2013
Carnitina
Parece que o problema de comer muita carne vermelha não tem a ver apenas com o colesterol.
Uma substância abundante nas carnes vermelhas, vendida como suplemento alimentar e adicionada em bebidas energéticas provoca a aterosclerose - o endurecimento ou o entupimento das artérias - e aumenta o risco de outras doenças cardiovasculares.
O nome da substância denuncia sua origem: carnitina.
As bactérias que vivem no trato gastrointestinal humano metabolizam a carnitina, transformando-a em trimetilamina-N-óxido (TMAO), um metabólito já associado à aterosclerose em seres humanos em estudos anteriores.
Além disso, a nova pesquisa constatou que uma dieta rica em carnitina promove o crescimento das bactérias que metabolizam a carnitina, agravando o problema através da produção de mais do "entupidor de artérias" TMAO.
O estudo analisou os níveis de carnitina e TMAO em pessoas onívoras (que comem de tudo), vegans e vegetarianos, além dos dados clínicos, de 2.595 pacientes submetidos a avaliações cardíacas preventivas.
Os cientistas avaliaram também os efeitos cardíacos de uma dieta reforçada com carnitina em camundongos normais em comparação com camundongos com níveis artificialmente menores de microrganismos do intestino.
Nos animais, o TMAO altera o metabolismo do colesterol em múltiplos níveis, explicando como ele aumenta a aterosclerose.
Os níveis mais elevados de carnitina nos pacientes humanos funcionou como um indicador fiel do aumento dos riscos das doenças cardiovasculares e grandes eventos cardíacos, como ataque cardíaco, derrame e morte, mas apenas em indivíduos simultaneamente com altos níveis de TMAO.
Além disso, os pesquisadores descobriram tipos específicos de bactérias do intestino associados tanto com os nível de TMAO no plasma quanto com os padrões alimentares, e que os níveis basais de TMAO são significativamente menores entre os vegans e vegetarianos do que entre os onívoros.
Os vegans e vegetarianos, mesmo após ingerirem uma grande quantidade de carnitina na forma de suplementos não produziram níveis significativos das bactérias associadas ao TMAO, enquanto os onívoros tiveram esse efeito após consumirem a mesma quantidade de carnitina.
Nutriente não essencial
"As bactérias que vivem em nossos tratos digestivos são determinadas pelos nossos padrões de dieta de longo prazo. Uma dieta rica em carnitina realmente muda a nossa composição microbiana do intestino, beneficiando aquelas que gostam de carnitina, tornando os comedores de carne ainda mais suscetíveis à formação de TMAO e seus efeitos de entupimento das artérias," explica o Dr. Stanley Hazen, da Universidade Case Western (EUA), coordenador do estudo.
"Enquanto isso, os vegans e vegetarianos têm uma capacidade significativamente reduzida para sintetizar a TMAO da carnitina, o que pode explicar os benefícios para a saúde cardiovascular dessas dietas."
"A carnitina não é um nutriente essencial, o nosso corpo produz naturalmente tudo o que precisamos," prossegue o pesquisador. "Precisamos avaliar a segurança do uso crônico de suplementos de carnitina, já que, como nós mostramos, sob certas condições, eles podem favorecer o crescimento de bactérias que produzem TMAO e potencialmente obstruem as artérias."
Fonte: DiarioDaSaude
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