sábado, 24 de setembro de 2011

Psicoscópio

O PISICOSCÓPIO
 
(...)
 
Logo após, muniu-se de pequena pasta e, talvez porque nos percebesse a curiosidade, informou, paciente:

— Temos aqui o nosso psicoscópio, de modo a facilitar-nos exames e estudos, sem o impositivo de acurada concentração mental.

Tomei o enigmático volume, chamando a mim o agradável serviço de transportá-lo, notando, então, que na Terra o minúsculo objeto não pesaria senão alguns gramas.

Espicaçado tanto quanto eu pela curiosidade, Hilário indagou sem preâmbulos:

— Psicoscópio? que novo engenho vem a ser esse?

— É um aparelho a que intuitivamente se referiu ilustre estudioso da fenomenologia espirítica, em fins do século passado. Destina-se à auscultação da alma, com o poder de definir-lhe as vibrações e com capacidade para efetuar diversas observações em torno da matéria — esclareceu Áulus, com leve sorriso. — Esperamos esteja, mais tarde, entre os homens. Funciona à base de eletricidade e magnetismo, utilizando-se de elementos radiantes, análogos na essência aos raios gama. É constituído por óculos de estudo, com recursos disponíveis para a microfotografia.

E, enquanto demandávamos a cidade terrestre, em que nos cabia operar, o mentor continuava, explicando:

—  Em nosso esforço de supervisão, podemos classificar sem dificuldade as perspectivas desse ou daquele agrupamento de serviços psíquicos que aparecem no mundo. Analisando a psicoscopia de uma personalidade ou de uma equipe de trabalhadores, é possível anotar-lhes as possibilidades e categorizar-lhes a situação. Segundo as radiações que projetam, planejamos a
obra que podem realizar no tempo.
Meu colega e eu não conseguíamos sopitar a surpresa.

Entre assombrado e receoso, ousou Hilário inquirir:

— Quer isso dizer que qualquer de nós pode ser submetido a exame dessa espécie?

— Sem dúvida — considerou o nosso interlocutor bem-humorado —; decerto que estamos sujeitos às sondagens dos planos superiores, tanto quanto pesquisamos agora os planos que se nos situam à retaguarda. Se o espectroscópio permite ao homem perquirir a natureza dos elementos químicos, localizados a enormes distâncias, através da onda luminosa que arrojam de si, com muito mais facilidade identificaremos os valores da individualidade humana pelos raios que emite. A moralidade, o sentimento, a educação e o caráter são claramente perceptíveis, através de ligeira inspeção.
 
Nos Domínios da Mediunidade
André Luiz, Por Chico Xavier
Capítulo 2
 

 
Computador recria o que cérebro enxergou

Por Paula Rothman, de INFO Online  
Sexta-feira, 23 de setembro de 2011 - 11h09

Uma pesquisa com incrível potencial de transformar ficção científica em realidade foi publicada ontem na Current Biology: um programa de computador que consegue reconstruir imagens vistas pelo cérebro.

A equipe liderada pelo professor Jack Gallant e seu aluno de pós-doutorado Shinji Nishimoto, da Universidade de Berkley, criou uma tecnologia que mistura ressonância magnética e simulação de computador para decodificar e reconstruir as experiências visuais das pessoas – no caso, assistir a trailers no Youtube.

Por enquanto, a tecnologia só pode reconstruir clipes que as pessoas já viram, mas abre caminho para reprodução de coisas na nossa cabeça que outros nunca veem- como sonhos e memórias. A pesquisa também teria um enorme potencial para auxiliar pessoas com dificuldades de comunicação (por exemplo, aquelas que sofreram um derrame ou que estão em coma).

Tecnologia

Anteriormente, os pesquisadores já haviam gravado a atividade cerebral do córtex visual quando uma pessoa via fotos em preto e branco. Eles então criaram um modelo computacional que permitia prever para qual foto a pessoa estava olhando, baseado nos sinais de seu cérebro.

Desta vez, os pesquisadores deram um passo além e decodificaram os sinais cerebrais gerados por filmes. Para isso, dois dos autores do estudo serviram de cobaia e ficaram parados dentro do scanner MRI por horas, enquanto assistiam a dois conjuntos separados de clipes do YouTube.

No computador, o cérebro foi dividido em pequenos cubos tridimensionais chamados de pixels volumétricos, ou voxels. O programa criou então um modelo para cada voxel que descreve como as informações de forma e de movimento do filme são mapeadas pelo cérebro.

A atividade cerebral gravada enquanto as pessoas assistiam ao primeiro conjunto de clipes foi dada a um programa que aprendeu, segundo a segundo, a associar os padrões visuais nos filmes à atividade cerebral correspondente.

Já a atividade do segundo conjunto de clipes foi usada para testar o algoritmo. Os pesquisadores alimentaram o programa com 18 milhões de segundos de vídeos aleatórios do YouTube para que ele que previsse a atividade cerebral que cada um deles provavelmente traria ao sujeito. Finalmente, o programa comparou a atividade medida com as imagens e reconstruiu 100 clipes que seriam os mais parecidos ao que a pessoa provavelmente havia visto.

A reconstrução das imagens internas do cérebro, embora ainda não perfeita, abre caminho para uma série de possibilidades: descobrir o que se passa na mente de pessoas que não podem se comunicar verbalmente, criar uma interface cérebro máquina para pessoas com paralisia guiarem computadores com a mente ou até mesmo ler a mente à distância – esta última, no entanto, estaria ainda bem longe de acontecer.

Veja o clipe reconstruído pelo computador. À esquerda, as imagens vistas pelas pessoas. À direita, as imagens que o programa associou.
 
Fonte: Info

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