domingo, 29 de maio de 2011

FATOR OCULTO

"Ramon, (...) Até onde tenho visto, os argumentos contra a descriminalização [das grogas] são mais consistentes. Esse, por exemplo, de evitar o tráfico é o mesmo usado pra legitimar o aborto. 'Liberemos para evitar as mortes ocorridas pelo uso clandestino (do aborto ou da droga)'. Há vários estudos que mostram problemas de saúde oriundos do uso da maconha, que é costumeiramente a porta de entrada para entorpecentes mais pesados e letais. A propósito, com base no mesmo argumento de eliminar o tráfico, liberemos tudo, então. O extasy, o crack, ópio, remédios tarja preta (pra que receita?!). Liberemos o alcool para menores de idade também! E, claro, para que não morram tantas jovens mulheres, liberemos o aborto. Ou façamos como países de '1º mundo': criemos centros de apoio ao uso 'higiênico' e 'saudável' de drogas injetáveis para evitar a disseminação da AIDS, ao invés de criar centros de recuperação. Ou o uso de heroína pode trazer algum bem a alguém? Enfim... O assunto é vasto pra ser debatido rapidamente, mas é muito dificíl a gente ver um argumento a favor da liberação das drogas que possa ser realmente sustentado numa perspectiva mais humana. Aquele abraço!" GM



Olá, camarada!

Suas considerações são interessantes.

Quando acabou o racionamento de energia de 2001, vi num jornal um gráfico bem interessante, que dizia:
 
> Contribuição dos consumidores para o fim do racionamento = 2%
> Contribuição de São Pedro = 98%
 
Ou seja, quem resolveu o problema de verade foi a mãe natureza, mandando chuva para encher os reservatórios das hidrelétricas.

Acredito que ocorra algo semelhante neste problema das drogas: é humanamente impossível resolver. Proibindo, alimentamos o tráfico e toda a cadeia criminosa por trás dele. Liberando, incentivaremos legalmente o abuso e criaremos mais dependentes, pois pessoas que hoje temem as consequências legais se sentiriam à vontade para "experimentar".

Pra mim, só existe um fator oculto capaz de solucionar enigmas deste gênero: as migrações interplanetárias (Capítulos XI e XVIII, da Gênese).

Enquanto houver na Terra mentes dispostas a explorar a miséria e o vício, haverá muitas outras fracas o suficiente para lhes servirem de presa. A maldade continuará se alimentando da fraqueza, até ser banida.

Quando o joio for lançado fora, muitos herdeiros da Terra, aliviados, terão a agradável impressão de que uma grande praga foi debelada subitamente, sem grandes esforços, quase que por encanto.

E dificilmente teremos um gráfico demonstrando a contribuição de Deus para este resultado.

Um abraço!

Ramon de Andrade
Palmares-PE


EMIGRAÇÕES E IMIGRAÇÕES DOS ESPÍRITOS

Essa transfusão, que se efetua entre a população encarnada e desencarnada de um planeta, igualmente se efetua entre os mundos, quer individualmente, nas condições normais, quer por massas, em circunstâncias especiais. Há, pois, emigrações e imigrações coletivas de um mundo para outro, donde resulta a introdução, na população de um deles, de elementos inteiramente novos. Novas raças de Espíritos, vindo misturar-se às existentes, constituem novas raças de homens. Ora, como os Espíritos nunca mais perdem o que adquiriram, consigo trazem eles sempre a inteligência e a intuição dos conhecimentos que possuem, o que faz que imprimam o caráter que lhes é peculiar à raça corpórea que venham animar. Para isso, só necessitam de que novos corpos sejam criados para serem por eles usados. Uma vez que a espécie corporal existe, eles encontram sempre corpos prontos para os receber. Não são mais, portanto, do que novos habitantes. Em chegando à Terra, integram-lhe, a princípio, a população espiritual; depois, encarnam, como os outros.

Allan Kardec
A Gênese,
Capítulo XI,
Item 37

A GERAÇÃO NOVA

Para que na Terra sejam felizes os homens, preciso é que somente a povoem Espíritos bons, encarnados e desencarnados, que somente ao bem se dediquem. Havendo chegado o tempo, grande emigração se verifica dos que a habitam: a dos que praticam o mal pelo mal,  ainda não tocados pelo sentimento do bem, os quais, já não sendo dignos do planeta transformado, serão excluídos, porque, senão, lhe ocasionariam de novo perturbação e confusão e constituiriam obstáculo ao progresso. Irão expiar o endurecimento de seus corações, uns em mundos inferiores, outros em raças terrestres ainda atrasadas, equivalentes a mundos daquela ordem, aos quais levarão os conhecimentos que hajam adquirido, tendo por missão fazê-las avançar. Substituí-los-ão Espíritos melhores, que farão reinem em seu seio a justiça, a paz e a fraternidade.

(...)

O que, ao contrário, distingue os Espíritos atrasados é, em primeiro lugar, a revolta contra Deus, pelo se negarem a reconhecer qualquer poder superior aos poderes humanos; a propensão  instintiva para as paixões degradantes, para os sentimentos antifraternos de egoísmo, de orgulho, de inveja, de ciúme; enfim, o apego a tudo o que é material: a sensualidade, a cupidez, a avareza.

Desses vícios é que a Terra tem de ser expurgada pelo afastamento dos que se obstinam em não emendar-se; porque são incompatíveis com o reinado da fraternidade e porque o contacto com eles constituirá sempre um sofrimento para os homens de bem. Quando a Terra se achar livre deles, os homens caminharão sem óbices para o futuro melhor que lhes está reservado, mesmo neste mundo, por prêmio de seus esforços e de sua perseverança, enquanto esperem que uma depuração mais completa lhes abra o acesso aos mundos superiores.
 
(...) O estado dos costumes e da sociedade estará, portanto, no seio de um povo, de uma raça, ou do mundo inteiro, em relação com aquela das duas categorias que preponderar.
 
Uma comparação vulgar ainda melhor dará a compreender o que se passa nessa circunstância. Figuremos um regimento composto na sua maioria de homens turbulentos e indisciplinados, os quais ocasionarão nele constantes desordens que a lei penal terá por vezes dificuldades em reprimir. Esses homens são os mais fortes, porque mais numerosos do que os outros. Eles se amparam, animam e estimulam pelo exemplo. Os poucos bons nenhuma influência exercem; seus conselhos são desprezados; sofrem com a companhia dos outros, que os achincalham e maltratam. Não é essa uma imagem da sociedade atual?

Suponhamos que esses homens são retirados um a um, dez a dez, cem a cem, do regimento e substituídos gradativamente por iguais números de bons soldados, mesmo por alguns dos que, já tendo sido expulsos, se corrigiram. Ao cabo de algum tempo, existirá o mesmo regimento, mas transformado. A boa ordem terá sucedido à desordem.
 
As grandes partidas coletivas, entretanto, não têm por único fim ativar as saídas; têm igualmente o de transformar mais rapidamente o espírito da massa, livrando-a das más influências e o de dar maior ascendente às idéias novas.
 
(...)

Quando insulado e individual, esse melhoramento passa despercebido e nenhuma influência ostensiva alcança sobre o mundo. Muito outro é o efeito, quando a melhora se produz simultaneamente sobre grandes massas, porque, então, conforme as proporções que assuma, numa geração, pode modificar profundamente as idéias de um povo ou de uma raça.

Allan Kardec
A Gênese,
Capítulo XVIII
Itens 27-35

Nenhum comentário:

Postar um comentário