quarta-feira, 7 de outubro de 2009

CONFIRMAÇÃO

"Caro Ramon, sinceramente, jamais pensei numa coisa dessas.  Lembro que ao assistir ao longa Bezerra de Menezes - Diário de um espírito, as ideias por ele defendidas no começo eram muito mal-vistas, pois o Espiritismo era tido como "religião das almas penadas". Mas se pudermos conciliar religião e ciência, veremos que entre elas até que há uma relação lógica. Mas continuo sem entender o que é essa matéria escura e onde ela se encontra no Universo. Abraços, Angelus Melo."
 

 
Olá, Angelus!
 
Quanto à Ciência e Religião, são duas irmãs que não viviam separadas desde o início. Os sábios da antiguidade, como Sócrates, Platão e Aristóteles se dedicavam a ambas, sem fazer qualquer distinção ou oposição entre as duas. Porém, como não dispunham de nenhum instrumento de pesquisa além da razão, limitavam-se a observar a natureza a olho nu e colecionar afirmações subjetivas sobre Deus, a alma, a matéria e o funcionamento do universo.
 
Muito tempo depois, surgiu Galileu, e com a ajuda de diversos instrumentos já disponíveis na época (alguns aperfeiçoados por ele, como o telescópio), inaugurou o método científico como o conhecemos hoje, baseado na experimentação. Com isso, conseguiu comprovar (e não apenas afirmar, como faziam os sábios da antiguidade) diversos fenômenos da natureza, antes apenas imaginados. Como suas descobertas contrariavam as afirmações da ciência clássica, adotadas há séculos pela Igraja Católica, foi levado a julgamento no Tribunal da Santa Inquisição, onde se viu obrigado a negar suas descobertas para poupar sua vida. Este episódio, conhecido como Processo de Galileu, foi que decretou a separação entre fé e conhecimento, ciência e religião.
 
O Espiritismo é uma filosofia que propõe justamente a re-uinião das duas, para investigar as leis naturais e extrair delas implicações morais para a vida.
 
Porém, a ciência oficial, à medida que avança na compreenção da natureza, vai descobrindo estas mesmas leis e mapeando nosso lugar no contexto do universo. Em outras palavras, é a própria ciência leiga que confirmará, sem pretender, diversos aspectos da fé, que por tanto tempo se esforçou em combater. Assim, a existência de Deus, da alma, da reencarnação e da diversidades de mundos habitados, hoje temas limitados ao conjunto de crenças de várias religiões (não apenas do Espiritismo), deixarão de ser questões de fé para se tornarem fatos científicos comprovados, como a existência do átomo, por exemplo.
 
Quanto a você não "entender o que é essa matéria escura e onde ela se encontra no Universo", não se sinta tão isolado neste sentido, pois nem mesmo o grupo de físicos que iniciou a pequisa sabe ao certo do que se trata, embora não tenha mais dúvidas sobre sua existência, como afirmado por eles próprios no artigo que te enviei.
 
Aquele abraço!
 
Ramon de Andrade
raesa@ig.com.br
Palmares-PE
 

 
Ciência
MIT busca pela misteriosa matéria escura
 
Paula Rothman, de INFO Online
Sexta-feira, 02 de outubro de 2009 - 10h13

Há três anos, a Dra Jocelyn Monroe começou a trabalhar em um projeto para encontrar algo que nem ela sabe dizer ao certo o que é – ou se existe de fato.
 
Em um laboratório do Massachusetts Institute of Technoly (MIT), ela e outros dezesseis colegas criaram um detector de partículas para registrar a existência da misteriosa matéria escura.
 
"Ninguém sabe exatamente o que ela é", explica Jocelyn. "O que sabemos é que ela possui interação gravitacional. Vemos sua influência nas galáxias, portanto sabemos que ela é matéria, mas que não possui luz".
 
A matéria escura explica coisas que não podemos ver mas sabemos que estão lá. As galáxias em espiral, por exemplo, geram tanta força centrípeta que seriam arrebentadas não fosse a gravidade existente nelas. No entanto, elas não possuem matéria visível o suficiente para produzir a gravidade necessária – levando à conclusão de que há algo invisível, mas com massa.
 
(...)
"Esperamos ter algum resultado em um ano", diz Jocelyn. "Sei que parece um conceito complicado – e é – mas pense que a matéria escura ainda é bem mais simples que a energia escura. Além disso, compreendê-la é fundamental para sabermos melhor quem somos", conclui a pesquisadora.
 

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