sexta-feira, 9 de outubro de 2009

As Crianças e o Espiritismo...

 


Olá, amigos!

Ultimamente tenho tido algumas conversas por email ou pessoalmente com amigos que nos procuram e, entre outros assuntos, tocamos no tema filhos. E é incrível como, na maioria das vezes nós temos uma perspectiva errônea a respeito de nossas crianças.

O Espiritismo, diferente das religiões cristãs tradicionais, compreende que a criança é mais que um ser pequeno e indefeso, muito mais que uma pessoa que vai aprender com a idade e ainda mais que um reflexo de nós mesmos em forma miniatura.


A Doutrina Espírita nos esclarece que em cada criança está um espírito que já viveu inúmeras existências antes; o espírito que habita o corpo do meu filho, por exemplo, pode ser mais antigo que o meu e também muito mais evoluído.

Temos que tirar da cabeça que somente porque a criança chega ao mundo pequena e indefesa fisicamente ela não tem uma personalidade já formada e definida; muito pelo contrário. Aquele espírito que alí se encontra tem seus valores e seu gênio próprio, e demonstra isso cada vez mais (ela chega pequena e indefesa para que os pais tenham o sentimento de cuidado e carinho ativado pelo instinto de proteção).

Já viram como tem crianças que desde muito pequenas são violentas? ou egoistas? ou gentís? ou inteligentes? Isso não é por acaso; e nem porque, como muita gente fala "puxou ao pai" ou "não roubou, herdou da mãe"...

O livro dos espíritos nos esclarece muitas coisas nas questões 203 a 210 e 379 a 385.

Estudando-o entenderemos que a criança não "herda" nem "puxa" ao pai ou à mãe, ela traz dentro de seu espírito os valores que lhe são próprios; e como a lei de atração é universal, semelhante atrai semelhante - ela encarna em um grupo que tenha o mesmo nível espiritual dela - ou seja: ela tem, no mais das vezes, os mesmos gostos e interesses dos pais porque são espíritos semelhantes em busca de evolução.

Nestas questões teremos orientações espetaculares, principalmente no tocante a responsabildade dos pais junto aos filhos: orientar e educar; perceber as inclinações do espírito que reencarna e tentar eliminar as más e ampliar as boas.

Os pais tem uma participação muito importante na evolução moral do seu filho. Nos esclarece a espiritualidade que entre o nascimento e os 7 anos de idade a criança está mais aberta às influências dos pais, pois o seu espírito está ainda se ajustando a nova fase de encarnado.

É neste período de os pais podem trabalhar com mais sucesso a educação moral que desejam dar ao seu filho (alguém aí já se perguntou como é importante a educação moral de seu filho? Como é importante ensiná-lo a ser caridoso, paciente, humilde, bom, respeitoso?)e isso pode ser conseguido incentivando os bons sentimentos e mostrando que os maus sentimentos são prejudiciais a ele mesmo e ao próximo.

Infelizmente muitos de nós não aproveitamos esta oportunidade e depois nos arrependemos amargamente.

Devido ao corre-corre de hoje em dia temos cada vem menos tempo com os nossos filhos e por isso achamos que estaremos fazendo um mal quando negamos algo a ele ou quando direcionamos seu mau comportamento para um bom comportamento; grande engano o nosso.


Amar não é permitir tudo que o ser amado quer; amar é cuidar para que o ser amado consiga ser feliz; e muitas vezes o amor dos pais passa por momentos de orientação aos filhos, mesmo que nestes momentos existam lágrimas.

Precisamos compreender, afinal, que as crianças são espíritos antigos e que provavelmente já conviveram conosco em outras existencias; que necessitam de nosso amor, carinho e compreensão mas também de nossa orientação séria e segura; que neles podemos plantar as sementes de um futuro melhor, dependendo dos valores que ensinemos a eles.

Agradeço a Deus diariamente por ele ter me enviado uma esposa maravilhosa que me auxiliar a tentar educar nosso filho da melhor maneira possíveo; bem como agradeço também por termos recebido um espírito tão carinhoso e especial como filho; foi um enorme presente que Deus nos entregou para tomarmos conta.


Peço a Deus que tenhamos todos a capacidade necessária para criar um mundo melhor para nossos filhos; mas que também tenhamos a sabedoria de "criar filhos melhores para o nosso mundo".

Um feliz dia das crianças e muita Paz para todos.



   João Batista Sobrinho
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