sexta-feira, 5 de junho de 2009

O trabalho que nos cabe.

Queridos amigos, bom dia!

Ontem na reunião mediúnica de nossa Casa Espírita um amigo espiritual nos deixou, após falar alguns minutos sobre a necessidade de agirmos em benefício do nosso próximo, estas simples porém profundas palavras:

"Olhem para o céu e verão as estrelas
mas olhem para o chão e verão seu irmão."


Como sou muito criterioso comigo mesmo iniciei fazendo uma auto-análise em certos aspectos:
Estou buscando auxiliar o meu próximo?
Estou dando a mão aos que necessitam?
O que estou fazendo com o meu excesso?
Minhas preocupações estão sendo no "EU" ou no "NÓS"?
O que posso fazer para auxiliar mais?
Estou fazendo tudo que posso para ajudar o que necessita?

E, não tenho vergonha de dizer, a resposta de muitas destas perguntas foi negativa. Mostrando que tenho MUITO a fazer e a me esforçar para poder dizer que levo benefício a alguém.

Normalmente somente achamos que precisa de nosso apoio aquele que é indigente na rua, que não tem comida, casa, roupa etc. Porque é mais fácil nos livrarmos da "consciencia de auxílio" quando damos um prato de comida, uma roupa, uma cesta básica, etc. Esta é a CARIDADE MATERIAL; que não é sem sentido, pelo contrário é por demais importante; uma vez que vivemos em um mundo que apresenta extremos de riqueza e probreza e onde, na maioria das vezes, quem tem mais não quer doar a quem tem menos.

Mas existem situações onde as pessoas que necessitam nem sempre demonstram que estão precisadas de apoio; onde, como disse um amigo espiritual certa vez, "estão caídos mas não estão no chão". É o momento de utilizarmos a nossa percepção e notarmos a carência e fragilidade daqueles que nos cercam e que muitas vezes são orgulhosos demais para admitir ou mostrar sua necessidade. Sentimentos depressivos, revoltas sem sentido, pensamentos negativos, profunda apatia, animação extrema; são sempre sintomas que algo não vai bem em nosso mundo íntimo. São gritos de nosso inconsciente pedindo auxílio. É, então, a hora da caridade moral: um ombro amigo, calar a palavra que fere, escutar a ofensa sem responder, compreender o erro alheio, perdoar, conversar longamente, escutar o desabafo, orar pelo que necessita; entre tantas outras coisas que podemos fazer par auxiliar o que sofre internamente.

O trabalho pelos necessitados nem sempre é o trabalho de arrecadar alimentos, abrigar, doar roupas ou dinheiro; muitas vezes é trabalho também a presença e o carinho que dispensamos aos que necessitam.

É oportuno lembrar também que, não raramente, os que necessitam estão mais perto que imaginamos. Muitas vezes em nossa própria família, nossa casa, nosso trabalho...

O importante, meus amigos, é que busquemos fazer algo. O marasmo e a inatividade em nossas vidas, principalmente quando temos condições de realizar o bem para o próximo, serão as grandes culpas que carregaremos no mundo espiritual, quando lembrarmos quantas oportunidades tivemos e quão poucas aproveitamos.

Nos mostram os amigos espirituais através de tantos livros maravilhosos que o sentimento de culpa, quando no mundo espiritual, dói muito mais que qualquer outra ferida que tenhamos enquanto na carne.

Pensemos em tudo o que temos e quantas pessoas nunca terão e façamos o possível para auxiliar a quem possamos, do modo que possamos. Esta é a nossa missão na terra.

Nos esforcemos para não falhar.

(desculpem se fui grosseiro, mas as vezes é necessário)

Muita Paz
 
João Batista Sobrinho

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