A felicidade neste mundo é relativa à posição de cada um. O que basta para a felicidade de um, constitui a desgraça de outro. Haverá, contudo, alguma medida de felicidade comum a todos os homens?
"Com relação à vida material, é a posse do necessário. Com relação à vida moral, a consciência tranqüila e a fé no futuro."
"Com relação à vida material, é a posse do necessário. Com relação à vida moral, a consciência tranqüila e a fé no futuro."
(...) não há pessoas que se vêem na impossibilidade de prover às suas necessidades, em conseqüência de (...) causas independentes da sua vontade?
"Numa sociedade organizada segundo a lei do Cristo ninguém deve morrer de fome."
"Numa sociedade organizada segundo a lei do Cristo ninguém deve morrer de fome."
Com uma organização social criteriosa e previdente, ao homem só por culpa sua pode faltar o necessário. Porém, suas próprias faltas são freqüentemente resultado do meio onde se acha colocado. Quando praticar a lei de Deus, terá uma ordem social fundada na justiça e na solidariedade e ele próprio também será melhor.
O Livro dos Espíritos
Questões 922 e 930
Paris, 1857
Pobres ficam sem recursos mentais para sair da pobreza
Redação do Diário da Saúde
13/09/2013
Redação do Diário da Saúde
13/09/2013
Quem não tem o suficiente para viver não dispõe de reservas mentais para tentar sair de sua situação.
A pobreza e as preocupações que a acompanham consomem tanta energia mental que os pobres têm pouco espaço em seus cérebros para qualquer outra coisa.
Como resultado, as pessoas com condições econômicas limitadas são mais propensas a cometer erros e tomar decisões erradas que podem ser amplificadas por seus problemas financeiros - o que ajuda a perpetuar esses problemas.
A conclusão é que ser pobre pode impedir que as pessoas se concentrem em caminhos que poderiam tirá-las da pobreza.
Sem recursos mentais
A função cognitiva decai com o esforço constante, e o esforço para lidar com os efeitos imediatos de ter pouco dinheiro - como arranjar dinheiro para pagar as contas e encontrar formas de cortar despesas - consome toda a "energia cognitiva".
Assim, a pessoa fica com menos "recursos mentais" para se concentrar em assuntos complicados, mas indiretamente relacionados, como a educação, a formação profissional e a gestão do seu tempo.
"Essas pressões criam uma preocupação fundamental na mente, drenando recursos mentais do problema em si. Isso significa que ficamos incapazes de nos concentrar em outras coisas na vida que precisam da nossa atenção", explica Jiaying Zhao, da Universidade da Colúmbia Britânica (Canadá), que acaba de se debruçar sobre o tema.
"Visões anteriores da pobreza costumam atribuir a pobreza a falhas pessoais ou a um ambiente que não é propício para o sucesso. Estamos argumentando que a própria falta de recursos financeiros pode levar a uma função cognitiva deficiente. A própria condição de não ter o suficiente pode realmente ser uma causa da pobreza", diz ele.
Pobreza é mais do que estresse
O custo mental que a pobreza impõe sobre o cérebro é diferente do estresse, defende Eldar Shafir, coautor da análise.
O estresse é a resposta de uma pessoa a várias pressões externas.
Vários estudos indicam que um nível aceitável de estresse de fato pode melhorar o desempenho de uma pessoa.
"O estresse em si não prevê que as pessoas não possam sair-se bem - elas podem sair-se melhor até certo ponto", explica Shafir.
Mas a coisa é muito diferente quando a pessoa não tem os meios materiais necessários para se manter.
"Uma pessoa em situação de pobreza pode estar na parte alta da curva de desempenho quando se trata de uma tarefa específica e, na verdade, nós mostramos que ela sai-se bem na solução do problema que tem à mão.
"Mas ela não tem largura de banda de sobra para se dedicar a outras tarefas. Os pobres são muitas vezes altamente eficazes em focar e lidar com problemas urgentes. É nas outras tarefas que eles se saem mal", conclui o pesquisador.
Fonte: DiarioDaSaude
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