"como podeis vós falar coisas boas, sendo maus? pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca.
O homem bom, do seu bom tesouro tira coisas boas, e o homem mau do mau tesouro tira coisas más.
Digo-vos, pois, que de toda palavra fútil que os homens disserem, hão de dar conta no dia do juízo.
Porque pelas tuas palavras serás justificado, e pelas tuas palavras serás condenado."
Jesus (Mateus, 12:34-37)
Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus?
"Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas."
O homem bom, do seu bom tesouro tira coisas boas, e o homem mau do mau tesouro tira coisas más.
Digo-vos, pois, que de toda palavra fútil que os homens disserem, hão de dar conta no dia do juízo.
Porque pelas tuas palavras serás justificado, e pelas tuas palavras serás condenado."
Jesus (Mateus, 12:34-37)
Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus?
"Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas."
O Livro dos Espíritos
Pergunta 886
Em nossa tradição católica, a fofoca costuma ser tratada como pecado venial, pequeno desvio de conduta sem maiores consequências.
No entanto, o tópico abaixo, extraído do Livros dos Méduins, demonstra claramente que este impulso socialmente tolerado (e até estimulado), na verdade, é uma janela aberta para más companhias e aos muitos transtornos delas decorrentes.
Também revela que pouco adianta a "caridade braçal", sem a "indulgência para as imperfeições alheias", prescrita na resposta à questão 886 do Livro dos Espíritos.
Ramon de Andrade
Palmares-PE

Havia umas irmãs que se encontravam, desde alguns anos, vítimas de depredações muito desagradáveis. Suas roupas eram incessantemente espalhadas por todos os cantos da casa e até pelos telhados, cortadas, rasgadas e crivadas de buracos, por mais cuidado que tivessem em guardá-las à chave. Essas senhoras, vivendo numa pequena localidade de província, nunca tinham ouvido falar de Espiritismo. A primeira idéia que lhes veio foi, naturalmente, a de que estavam às voltas com brincalhões de mau gosto. Porém, a persistência e as precauções que tomavam lhes tiraram essa idéia. Só muito tempo depois, por algumas indicações, acharam que deviam procurar-nos, para saberem a causa de tais depredações e lhes darem remédio, se fosse possível. Sobre a causa não havia dúvida; o remédio era mais difícil. O Espírito que se manifestava por semelhantes atos era evidentemente malfazejo. Evocado, mostrou-se de grande perversidade e inacessível a qualquer sentimento bom. A prece, no entanto, pareceu exercer sobre ele uma influência salutar. Mas, após algum tempo de interrupção, recomeçaram as depredações. Eis o conselho que a propósito nos deu um Espírito superior:
"O que essas senhoras têm de melhor a fazer é rogar aos Espíritos seus protetores que não as abandonem. Nenhum conselho melhor lhes posso dar do que o de dizer-lhes que desçam ao fundo de suas consciências, para se confessarem a si mesmas e verificarem se sempre praticaram o amor do próximo e a caridade. Não falo da caridade que consiste em dar e distribuir, mas da caridade da língua; pois, infelizmente, elas não sabem conter as suas e não demonstram, por atos de piedade, o desejo que têm de se livrarem daquele que as atormenta. Gostam muito de maldizer do próximo e o Espírito que as obsidia toma sua desforra, porquanto, em vida, foi para elas um burro de carga. Pesquisem na memória e logo descobrirão quem ele é.
"Entretanto, se conseguirem melhorar-se, seus anjos guardiães se aproximarão e a simples presença deles bastará para afastar o mau Espírito, que não se agarrou a uma delas em particular, senão porque o seu anjo guardião teve que se afastar, por efeito de atos repreensíveis, ou maus pensamentos. O que precisam é fazer preces fervorosas pelos que sofrem e, principalmente, praticar as virtudes impostas por Deus a cada um, de acordo com a sua condição."
Como ponderássemos que essas palavras pareciam um tanto severas e que talvez fosse conveniente adoçá-las, para serem transmitidas, o Espírito acrescentou:
"Devo dizer o que digo e como digo, porque as pessoas de quem se trata têm o hábito de supor que nenhum mal fazem com a língua, quando o fazem muitíssimo. Por isso, preciso é ferir-lhes o Espírito, de maneira que lhes sirva de advertência séria."
Ressalta do que fica dito um ensinamento de grande alcance: que as imperfeições morais dão azo à ação dos Espíritos obsessores e que o mais seguro meio de a pessoa se livrar deles é atrair os bons pela prática do bem. Sem dúvida, os bons Espíritos têm mais poder do que os maus, e a vontade deles basta para afastar estes últimos; eles, porém, só assistem os que os secundam pelos esforços que fazem por melhorar-se, sem o que se afastam e deixam o campo livre aos maus, que se tornam assim, em certos casos, instrumentos de punição, visto que os bons permitem que ajam para esse fim.
O Livro dos Médiuns
Capítulo XXIII
Capítulo XXIII
Da Obsessão
Item 252
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