quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Desastres e Calamidades 3...

 


Queridos amigos, bom dia.

Venho novamente aqui para tentar esclarecer alguns aspectos deste tema tão controvertido e que está causando tanta preocupação e sido tema de alguns emails que recebemos.

Muitas pessoas, inclusive pessoas que se dizem espíritas, tem falado de "fim do mundo", "2012", "profecias maias", "planeta X / nibiru", "terremotos", "tsunamis" e tantas outras coisas, mas pouco se tem observado, principalmente os espíritas, as informações da Espiritualidade Superior e a Codificação Espírita.

Este fenômeno da mídia em torno deste tema é natural e também muito bem compreensível: nós sentimos uma natural atração pelo que nos amedronta e damos maior destaque aos fatos ruins que aos bons. É uma das características que temos como seres humanos.


Isto posto, quero colocar aqui também uma opinião pessoal: Não estamos falando de "fim do mundo" estamos falando de fim de uma era - o que é bem diferente. O mundo(planeta) como nós conhecemos vem se desenvolvendo há bilhões de anos e vai continuar assim por outros tantos... as condições de clima e vida vem sofrendo alterações e continuarão sendo modificadas sempre... as formas de vida vem e vão de acordo com a necessidade reencarnatória ou com as consequencias de seus atos; por isso já tivemos tantas eras geológicas, biológicas, sociais e políticas.

Precisamos lembrar que Kardec já nos falava de tudo isso que está acontecendo quando nos orientou sobre as migrações planetárias e sobre a passagem da Terra de um mundo de "provas e expiações" para um mundo de "regeneração".

Todos que estudamos um pouco de Codificação Espírita sabemos que este processo já se iniciou e que, como aconteceu em Capela há cerca de 30 mil anos, está acontecendo na terra uma limpeza energética - os espíritos que não se encaixam mais no teor vibratório da Terra estão sendo gradativamente retirados dela (uma ótima indicação de leitura é "Os exilados de capela" ou "A caminho da Luz" - baixe aqui: www.biblioteca.radiobomespirito.com ou aqui http://www.bomespirito.com/search/label/Exilados).

Será que algum de nós já imaginou uma "limpeza" sem tirar a poeira? É exatamente isto que está acontecendo hoje: é necessário que hajam estes desastres e tragédias(aos nossos olhos) porque fazem parte da programação de regeneração da Terra.

Muitos destes espíritos que estão desencarnando hoje haviam passado vários anos em locais de maldade e sofrimento nas zonas espirituais inferiores e estão por graça divina recebendo uma última oportunidade de se "regenerarem" aqui na terra, para que "se quiserem" não necessitem ser retirados da psicosfera da Terra, e por seu próprio esforço e merecimento permaneçam entre os que ficarem.

Mas para os que forem exilados em outro orbe isto não representa um castigo - representa uma oportunidade de contribuirem positivamente para o desenvolvimento do orbe onde estiverem, pois lá será o local mais adequado para eles neste estágio de sua evolução.

Aos que permanecerem na Terra não estão reservados simplesmente glórias e descanso eterno não. As comoções físicas do globo irão gerar muito trabalho e serviço de reconstrução (lembram da Lei de Destruição - LE 728 a 741 ?). E aí se inicia realmente a regeneração do planeta: através de muito esforço dos remanescentes na reconstrução de uma nova sociedade com melhores valores.

Para nos orientar neste novo processo também estão encarnado espíritos muito evangelizados, alguns vindos de um sistema estelar chamado Alcione, que serão os líderes e orientadores desta "nova" humanidade.

Temos muito esforço pela frente - seja em nós mesmos para nos melhorarmos sempre mais ou em nossa sociedade para sermos exemplos e ferramentas de trabalho.

Acho muito semelhante á parábola do "festim de bodas", contada por Jesus, "Muitos serão chamados mas poucos serão escolhidos"; e estes que forem escolhidos terão sido pelo seu esforço e merecimento próprio no bem e no amor. Aos que não estiverem utilizando as vestes nupciais estará reservado outro local, mais primitivo que a Terra, onde permanecerão até evangelizarem-se mais. Esta é a "prisão" onde ficaremos até "que tenhamos pago o último ceitil".

Resumindo tudo que quero dizer neste post, é o seguinte: Tudo que está acontecendo hoje e mais tarde na Terra faz parte de uma programação espiritual muito antiga e é necessário para nossa evolução como seres eternos. Pelo nosso atual estágio não temos ainda a condição de encarar a morte como um fato natural e assim cresce o medo dentro de nós. O Medo permite que surja especulação em torno de temas relacionados a Destruição e morte, gerando assim esta pandemia de preocupações que vemos hoje.

Tomo a liberdade de reproduzir abaixo alguns textos de Kardec, constantes na Codificação Espírita.

A Gênese

Capítulo 11, pontos 36 e 37

"36.Em certas épocas, determinadas pela sabedoria divina, essas
emigrações e imigrações se operam por massas mais ou menos consideráveis,
em virtude das grandes revoluções que lhes ocasionam a partida simultânea em
quantidades enormes, logo substituídas por equivalentes quantidades de
encarnações. Os flagelos destruidores e os cataclismos devem, portanto,
considerar-se como ocasiões de chegadas e partidas coletivas, meios
providenciais de renovamento da população corporal do globo, de ela se
retemperar pela introdução de novos elementos espirituais mais depurados. Na
destruição, que por essas catástrofes se verifica, de grande número de corpos,
nada mais há do que rompimento de vestiduras; nenhum Espírito perece; eles
apenas mudam de planos; em vez de partirem isoladamente, partem em
bandos, essa a única diferença, visto que, ou por uma causa ou por outra,
fatalmente têm que partir, cedo ou tarde.
As renovações rápidas, quase instantâneas, que se produzem no
elemento espiritual da população, por efeito dos flagelos destruidores, apressam
o progresso social; sem as emigrações e imigrações que de tempos a tempos
lhe vêm dar violento impulso, só com extrema lentidão esse progresso se
realizaria.
É de notar-se que todas as grandes calamidades que dizimam as
populações são sempre seguidas de uma era de progresso de ordem física,
intelectual, ou moral e, por conseguinte, no estado social das nações que as
experimentam. É que elas têm por fim operar uma remodelação
na população espiritual, que é a população normal e ativa do globo.
37. - Essa transfusão, que se efetua entre a população encarnada e
desencarnada de um planeta, igualmente se efetua entre os mundos, quer
individualmente, nas condições normais, quer por massas, em circunstâncias
especiais. Há, pois, emigrações e imigrações coletivas de um mundo para outro,
donde resulta a introdução, na população de um deles, de elementos
inteiramente novos. Novas raças de Espíritos, vindo misturar-se às existentes,
constituem novas raças de homens. Ora, como os Espíritos nunca mais perdem
o que adquiriram, consigo trazem eles sempre a inteligência e a intuição dos
conhecimentos que possuem, o que faz que imprimam o caráter que lhes é
peculiar à raça corpórea que venham animar. Para isso, só necessitam de que
novos corpos sejam criados para serem por eles usados. Uma vez que a
espécie corporal existe, eles encontram sempre corpos prontos para os receber.
Não são mais, portanto, do que novos habitantes. Em chegando à Terra,
integram-lhe, a princípio, a população espiritual; depois, encarnam, como os
outros."

Capítulo 9, pontos 11, 13 e 14
"11. - As grandes comoções telúricas se têm produzido nas épocas em
que a crosta sólida da Terra, pela sua fraca espessura, quase nenhuma
resistência oferecia à efervescência das matérias em ignição no seu interior.
Tais comoções foram diminuindo, à proporção que aquela
crosta se consolidava. Numerosos vulcões já se acham extintos, outros os
terrenos de formação posterior soterraram.
Ainda, certamente, poderão produzir-se perturbações locais, por efeito de
erupções vulcânicas, da eclosão de alguns vulcões novos, de inundações
repentinas de algumas regiões; poderão do mar surgir ilhas e outras ser por ele
tragadas; mas, passou o tempo dos cataclismos gerais, como os que
assinalaram os grandes períodos geológicos. A Terra adquiriu uma estabilidade
que, sem ser absolutamente invariável, coloca doravante o gênero humano ao
abrigo de perturbações gerais, a menos que intervenham causas
desconhecidas, a ela estranhas e que de modo nenhum se possam prever.
13. - Deve-se igualmente lançar ao rol das hipóteses quiméricas a
possibilidade do encontro da Terra com outro planeta. A regularidade e a
invariabilidade das leis que presidem aos movimentos dos corpos celestes
tornam carente de toda probabilidade semelhante encontro.
A Terra, no entanto, terá um fim. Como? Isso ainda permanece no
domínio das conjeturas; mas, visto estar ela ainda longe da perfeição que pode
alcançar e da vetustez que lhe indicaria o declínio, seus habitantes atuais
pedem estar certos de que tal não se dará ao tempo deles. (Cap. VI, nos 48 e
seguintes.)
14. - Fisicamente, a Terra teve as convulsões da sua infância; entrou
agora num período de relativa estabilidade: na do progresso pacífico, que se
efetua pelo regular retorno dos mesmos fenômenos físicos e pelo concurso
inteligente do homem. Está, porém, ainda, em pleno trabalho de gestação do
progresso moral. Aí residirá a causa das suas maiores comoções. Até que a
Humanidade se haja avantajado suficientemente em perfeição, pela inteligência
e pela observância das leis divinas, as maiores perturbações ainda serão
causadas pelos homens, mais do que pela Natureza, isto é, serão antes morais
e sociais do que físicas.

O Livro dos espíritos

728. É lei da Natureza a destruição?
"Preciso é que tudo se destrua para renascer e se regenerar. Porque, o que chamais
destruição não passa de uma transformação, que tem por fim a renovação e melhoria dos
seres vivos."

732. Será idêntica, em todos os mundos, a necessidade de destruição?
"Guarda proporções com o estado mais ou menos material dos mundos. Cessa,
quando o físico e o moral se acham mais depurados. Muito diversas são as condições de
existência nos mundos mais adiantados do que o vosso."

733. Entre os homens da Terra existirá sempre a necessidade da destruição?
"Essa necessidade se enfraquece no homem, à medida que o Espírito sobrepuja a
matéria. Assim é que,como podeis observar, o horror à destruição cresce com o desenvolvimento intelectual e moral."

737. Com que fim fere Deus a Humanidade por meio de flagelos destruidores?
"Para fazê-la progredir mais depressa. Já não dissemos ser a destruição uma
necessidade para a regeneração moral dos Espíritos, que, em cada nova existência, sobem um degrau na escala do aperfeiçoamento? Preciso é que se veja o objetivo, para que os resultados possam ser apreciados. Somente do vosso
ponto de vista pessoal os apreciais; daí vem que os qualificais de flagelos, por efeito do prejuízo que vos causam. Essas subversões, porém, são freqüentemente necessárias para que mais pronto se dê o advento de uma melhor ordem de coisas e para que se realize em alguns anos o que teria exigido muitos séculos."

738. Para conseguir a melhora da Humanidade, não podia Deus empregar outros
meios que não os flagelos destruidores?
"Pode e os emprega todos os dias, pois que deu a cada um os meios de progredir
pelo conhecimento do bem e do mal. O homem, porém, não se aproveita desses meios.
Necessário, portanto, se torna que seja castigado no seu orgulho e que se lhe faça sentir a
sua fraqueza."

738 a) - Mas, nesses flagelos, tanto sucumbe o homem de bem como o perverso. Será
justo isso?
"Durante a vida, o homem tudo refere ao seu corpo; entretanto, de maneira diversa
pensa depois da morte. Ora, conforme temos dito, a vida do corpo bem pouca coisa é. Um século no vosso mundo não passa de um relâmpago na eternidade. Logo, nada são os
sofrimentos de alguns dias ou de alguns meses, de que tanto vos queixais. Representam um ensino que se vos dá e que vos servirá no futuro. Os Espíritos, que preexistem e sobrevivem a tudo, formam o mundo real (85). Esses os filhos de Deus e o objeto de toda a Sua solicitude. Os corpos são meros disfarces com que eles aparecem no mundo. Por ocasião das grandes calamidades que dizimam os homens, o espetáculo é semelhante ao de um exército cujos soldados, durante a guerra, ficassem com seus uniformes estragados, rotos, ou perdidos. O general se preocupa mais com seus soldados do que com os uniformes deles."

738 b) - Mas, nem por isso as vítimas desses flagelos deixam de o ser
"Se considerásseis a vida qual ela é e quão pouca coisa representa com relação ao
infinito, menos importância lhe daríeis. Em outra vida, essas vítimas acharão ampla
compensação aos seus sofrimentos, se souberem suportá-los sem murmurar."
Venha por um flagelo a morte, ou por uma causa comum, ninguém deixa por isso de
morrer, desde que haja soado a hora da partida. A única diferença, em caso de flagelo, é que maior número parte ao mesmo tempo.
Se, pelo pensamento, pudéssemos elevar-nos de maneira a dominar a Humanidade e
abrangê-la em seu conjunto, esses tão terríveis flagelos não nos pareceriam mais do que passageiras tempestades no destino do mundo.

739. Têm os flagelos destruidores utilidade, do ponto de vista físico, não obstante
os males que ocasionam?
"Têm. Muitas vezes mudam as condições de uma região. Mas, o bem que deles
resulta só as gerações vindouras o experimentam."

740. Não serão os flagelos, igualmente, provas morais para o homem, por poremno
a braços com as mais aflitivas necessidades?
"Os flagelos são provas que dão ao homem ocasião de exercitar a sua inteligência,
de demonstrar sua paciência e resignação ante a vontade de Deus e que lhe oferecem ensejo de manifestar seus sentimentos de abnegação, de desinteresse e de amor ao próximo, se o não domina o egoísmo."

Espero assim poder contribuir para esclarecer um pouco as dúvidas que porventura alguns de nós tenhamos.

Paz com todos.


--
          João Batista Sobrinho
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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Novidades - Biblioteca online

 


Queridos amigos, bom dia.

Estamos de volta das férias as quais foram espetaculares. Durante este período realizei algums estudos e palestras, me diverti com a família e amigos, conhecemos locais e pessoas novas...

Mas no período de férias, como disse um amigo de Maceió antes de minha palestra lá, o espírita trabalha mais que os outros. Então aproveitei para finalizar um projeto de Biblioteca online, que pode finalmente ser acessada através do endereço:

http://www.biblioteca.radiobomespirito.com/




Nesta biblioteca poderão ser encontrados mais de 150 livros espíritas,
em diversos assuntos e classificados por autores e segmentos, entre eles:
Obras da Codificação;
Obras Complementares
(Emmanuel e André Luiz);
Estudo do espiritismo;
Romances (diversos autores);
Passes;
Mediunidade;
Evangelho;
Casa Espírita;
Infantis;
Bibliografias,
e muito mais.


Tenho certeza que será bastante útil para tantos quantos acessarem; além de contar com a disponibilidade de leitura online ou download do material.

Espero que todos apreciem e utilizem em suas pesquisas e estudos.

Paz com todos.


--
   João Batista Sobrinho
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      Visite e divulgue:


quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

NOSSOS IRMÃOS EXTRATERRESTRES



Vaticano conclui seminário sobre vida extraterrestre
quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Jesuíta diz que a possibilidade de vida alienígena levanta "muitas implicações filosóficas e teológicas"

VATICANO - Quatrocentos anos depois de encarcerar Galileu por desafiar a ideia de que a Terra era o centro do Universo, o Vaticano convocou especialistas para discutir a possibilidade de vida extraterrestre e suas implicações para a Igreja Católica.  

"As questões da origem da vida e de se vida existe em outras partes do universo são muito adequadas e merecem consideração séria", disse o padre José Gabriel Funes, astrônomo e diretor do Observatório do Vaticano.

Funes, um jesuíta, apresentou na terça-feira, 10, os resultados dos cinco dias da conferência, que reuniu astrônomos, físicos, biólogos e outros especialistas para discutir o campo florescente da astrobiologia - o estudo da origem da vida e de sua presença no cosmo.

Funes disse que a possibilidade de vida alienígena levanta "muitas implicações filosóficas e teológicas", mas acrescentou que a reunião teve como foco principal a perspectiva científica e como diferentes disciplinas podem ser usadas para explorar o problema.

O astrônomo americano Chris Impey disse que é apropriado o Vaticano patrocinar esse tipo de encontro.

"Tanto a ciência quanto a religião apresentam a vida como um resultado especial em um universo vasto e amplamente hostil", disse ele. "Existe um rico campo médio de diálogo entre os praticantes da astrobiologia e as pessoas que buscam compreender o significado da existência num universo biológico".

Trinta cientistas, incluindo não-católicos, dos EUA, França, Reino Unido, Suíça, Itália e Chile tomaram parte na conferência, convocada para explorar, entre outras questões, "se formas de vida sensciente existem em outros mundos".

Funes abriu caminho para a conferência no ano passado, quando discutiu a possibilidade de vida alienígena em uma entrevsita publicada com destaque no jornal do Vaticano.

O ponto de vista da Igreja romana mudou radicalmente nos séculos que transcorreram desde que o filósofo Giordano Bruno foi queimado na estaca como herege e, 1600 por especular, entre outras coisas, que outros mundos poderiam ser habitados.

Fonte: Estadao

MORTES PREMATURAS

"Caro Ramon, gostaria de saber se doutrina tem alguma explicaçao pra viuvez precoce. Pois minha irmã ficou viuva com 43 anos. Seu marido sem vicio nenhum deu um infarto fulminante aos 42 anos. Ah foi em 26/11/07, sabe com passar do tempo a saudade só aumenta e os porquês também!! Quem sabe você pode nos explicar algo ou indicar alguma obra a respeito. Meu e-mail e alefranzini@uol.com.br"
 


Olá,
 
Este tema é bastante analisado na doutrina espírita, sob o título de mortes prematuras. Exsitem inúmeras obras a respeito, mas é sempre aconselhável começar pelo início, a partir das obras básicas, que contém seguros esclarecimentos para este e muitos outros temas relacionados, que despertam nossa curiosodade quando nos deparamos com a perda de pessoas queridas e sentimos o forte anseio de compreender como e onde elas podem estar vivendo agora.

As pessoas costumam achar difícil enfrentar um grande volume de páginas para encontrar as respostas que procuram. Então, sugiro que você vá foleando as obras básicas, percorrendo seus índices e procurando os temas que mais chamem sua atenção. Não haverá problema em você fazer uma leitura salteada, de acordo com sua curiosodade, pois o conteúdo será sempre compreensível e irá se complementando gradualmente, atraindo sua atenção para outros temas relacionados. Assim, a leitura lhe parecerá mais leve e mais interessante, como consultar uma encoclopédia ou um dicionário.
 
As obras básicas são O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns (que não se destina apenas aos médiuns!), o Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese. Esta é a ordem cronológica em que foram escritos. Eles costumam ser estudados também nesta ordem, pois Allan Kardec utilizou uma sequencia lógica para publicá-los. Mas, como disse, você não encontrará nenhuma dificuldade em lê-los na ordem que preferir, indo direto aos temas que achar mais interessantes.

Estes livros podem ser facilmente encontrados na internet, gratuitamente. Os exemplares à venda também são bastante acessíveis, vendidos a menos de dez reais em qualquer livraria. Também podem ser ouvidos pela internet, em sites como o www.bomespirito.com. Em anexo, coloquei um atalho para a Rádio Boa Nova, que também oferece excelente conteúdo a respeito.
 
Pessoalmente, acredito que pouca coisa nesta vida pode ser mais interessante que nos informarmos a respeito de nossa situação futura, uma vez que estamos numa breve passagem por esta vida material. Quando nós temos uma viagem marcada para um país desconhecido, imediatamente surge o desejo natural de obter mais informações sobre este país, e nos lançamos à pesquisa. Pois é justamente isso que ocorre na Terra. Todos estamos com a viagem marcada para um mundo bem mais rico em experiências e possibilidades, embora não saibamos a data exata desta viagem. Sendo assim, é de nosso interesse sabermos o que nos espera. A tranquilidade que este conhecimento traz ao nosso coração é algo que não pode ser traduzido em palavras, mas que é facilmente compreendido quando começamos a nos conscientizar sobre o real sentido da vida.

Como já faz alguns anos que esta pessoa querida partiu, acredito que seja o momento oportuno para o esclarecimento, pois a saudade que permanece irá guiá-la suavemente pelos temas que mais interessem ao seu coração, sem a inconformação dos primeiros dias da partida.

Abaixo, trancrevo um texto precisamente sobre este tema, extraído de O Evangelho Segundo o Espiritismo. Embora consolador, espero que não se contente com ele, pois há muito mais a conhecer sobre o rico universo que nos aguarda.

Permaneço à disposição para outros esclarecimentos.

Um forte abraço

Ramon de Andrade
raesa@ig.com.br
Palmares-PE

 
O Evangelho Segundo o Espiritismo
ALLAN KARDEC
Tradução de José Herculano Pires

IV – Perda de Pessoas Amadas e Mortes Prematuras
 
SANSÃO
Antigo membro da Sociedade  Espírita de Paris, 1863
 
21 – Quando a morte vem ceifar em vossas famílias, levando sem consideração os jovens em lugar dos velhos, dizeis freqüentemente: "Deus não é justo, pois sacrifica o que está forte e com o futuro pela frente, para conservar os que já viveram longos anos, carregados de decepções: leva os que são úteis e deixa os que não servem para nada mais; fere um coração de mãe, privando-o da inocente criatura que era toda a sua alegria".
 
Criaturas humanas, são nisto que tendes necessidades de vos elevar, para compreender que o bem está muitas vezes onde pensais ver a cega fatalidade. Por que medir a justiça divina pela medida da vossa? Podeis pensar que o Senhor dos Mundos queira, por um simples capricho, infligir-vos penas cruéis? Nada se faz sem uma finalidade inteligente, e tudo o que acontece tem a sua razão de ser. Se perscrutásseis melhor todas as dores que vos atingem, sempre encontraria nela a razão divina, razão regeneradora, e vossos miseráveis interesses representariam umas considerações secundárias, que relegaríeis ao último plano.
 
Acreditai no que vos digo: a morte é preferível, mesmo numa encarnação de vinte anos, a esses desregramentos vergonhosos que desolam as famílias respeitáveis, ferem um coração de mãe, e fazem branquear antes do tempo os cabelos dos pais. A morte prematura é quase sempre um grande benefício, que Deus concede ao que se vai, sendo assim preservado das misérias da vida, ou das seduções que poderiam arrastá-lo à perdição. Aquele que morre na flor da idade não é uma vítima da fatalidade, pois Deus julga que não lhe será útil permanecer maior tempo na Terra.
 
É uma terrível desgraça, dizeis, que uma vida tão cheia de esperanças seja cortada tão cedo! Mas de que esperanças querem falar? Das esperanças da Terra onde aquele que se foi poderia brilhar, fazer sua carreira e sua fortuna? Sempre essa visão estreita, que não consegue elevar-se acima da matéria! Sabeis qual teria sido a sorte dessa vida tão cheia de esperanças, segundo entendeis? Quem vos diz que ela não poderia estar carregada de amarguras? Considerais como nada as esperanças da vida futura, preferindo as da vida efêmera que arrastais pela Terra? Pensais, então, que mais vale um lugar entre os homens que entre os Espíritos bem-aventurados?
 
Regozijai-vos em vez de chorar, quando apraz a Deus retirar um de seus filhos deste vale de misérias. Não é egoísmo desejar que ele fique, para sofrer convosco? Ah! essa dor se concebe entre os que não tem fé, e que vêem na morte a separação eterna. Mas vós, espíritas, sabeis que a alma vive melhor quando livre de seu invólucro corporal. Mães, vós sabeis que vossos filhos bem-aventurados estão perto de vós; sim, eles estão bem perto: seus corpos fluídicos vos envolvem, seus pensamentos vos protegem, vossa lembrança os inebria de contentamento; mas também as vossas dores sem razão os afligem, porque revela uma falta de fé e constituem uma revolta contra a vontade de Deus.
 
Vós que compreendeis a vida espiritual, escutai as pulsações de vosso coração, chamando esses entes queridos. E se pedirdes a Deus para os abençoar, sentireis em vós mesmas a consolação poderosa que faz secarem as lágrimas, e essas aspirações sedutoras, que vos mostram o futuro prometido pelo soberano Senhor.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

ROTINA

O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos. Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem portas ou janelas, sem relógio... você começará a perder a noção do tempo.

 

Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reações internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos, ciclos de sono, fome, sede e pressão sanguínea.

 

Isso acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento dos objetos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr do sol.

 

Compreendido este ponto, há outra coisa que você tem que considerar:

 

Nosso cérebro é extremamente otimizado. Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho. Um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia. Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar conscientemente tal quantidade.

 

Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada e não aparece no índice de eventos do dia e portanto, quando você vive uma experiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que está acontecendo.

 

É quando você se sente mais vivo.

 

Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai simplesmente colocando suas reações no modo automático e 'apagando' as experiências duplicadas. Se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender porque parece que o tempo acelera, quando ficamos mais velhos e porque os Natais chegam cada vez mais rapidamente.

 

Quando começamos a dirigir automóveis, tudo parece muito complicado, nossa atenção parece ser requisitada ao máximo.

 

Então, um dia dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos, lendo os sinais ou até falando ao celular ao mesmo tempo.

 

Como acontece? Simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas (você não lê com os olhos, mas com a imagem anterior, na mente); O cérebro já sabe qual marcha trocar (ele simplesmente pega suas experiências passadas e usa , no lugar de repetir realmente a experiência).

 

Ou seja, você não vivenciou aquela experiência, pelo menos para a mente. Aqueles críticos segundos de troca de marcha, leitura de placa são apagados de sua noção de passagem do tempo.

 

Quando você começa a repetir algo exatamente igual, a mente apaga a experiência repetida.

 

Conforme envelhecemos as coisas começam a se repetir - as mesmas ruas, pessoas, problemas, desafios, programas de televisão, reclamações, -... enfim... as experiências novas (aquelas que fazem a mente parar e pensar de verdade, fazendo com que seu dia pareça ter sido longo e cheio de novidades), vão diminuindo.

 

Até que tanta coisa se repete que fica difícil dizer o que tivemos de novidade na semana, no ano ou, para algumas pessoas, na década.

 

Em outras palavras, o que faz o tempo parecer que acelera é a...

 

ROTINA

 

 

A rotina é essencial para a vida e otimiza muita coisa, mas a maioria das pessoas ama tanto a rotina que, ao longo da vida, seu diário acaba sendo um livro de um só capítulo, repetido todos os anos.

 

Felizmente há um antídoto para a aceleração do tempo: M & M ( Mude e Marque ).

 

Mude, fazendo algo diferente e marque, fazendo um ritual, uma festa ou registros com fotos.

 

Mude de paisagem, tire férias com a família (sugiro que você tire férias sempre e, preferencialmente, para um lugar quente, um ano, e frio no seguinte) e marque com fotos, cartões postais e cartas.

 

Tenha filhos (eles destroem a rotina) e sempre faça festas de aniversário para eles, e para você (marcando o evento e diferenciando o dia).

 

Use e abuse dos rituais para tornar momentos especiais diferentes de momentos usuais.

 

Faça festas de noivado, casamento, 15 anos, bodas disso ou daquilo, bota-foras, participe do aniversário de formatura de sua turma, visite parentes distantes, entre na universidade com 60 anos, troque a cor do cabelo, deixe a barba, tire a barba, compre enfeites diferentes no Natal, vá a shows, cozinhe uma receita nova, tirada de um livro novo.

 

Escolha roupas diferentes, não pinte a casa da mesma cor, faça diferente.

 

Beije diferente sua paixão e viva com ela momentos diferentes.

 

Vá a mercados diferentes, leia livros diferentes, busque experiências diferentes.

 

Seja diferente.

 

Se você tiver dinheiro, especialmente se já estiver aposentado, vá com seu marido, esposa ou amigos para outras cidades ou países, veja outras culturas, visite museus estranhos, deguste pratos esquisitos..... em outras palavras...... V-I-V-A. !!!

 

Porque se você viver intensamente as diferenças, o tempo vai parecer mais longo.

 

E se tiver a sorte de estar casado(a) com alguém disposto(a) a viver e buscar coisas diferentes, seu livro será muito mais longo, muito mais interessante e muito mais v-i-v-o... do que a maioria dos livros da vida que existem por aí.

 

Cerque-se de amigos.

 

Amigos com gostos diferentes, vindos de lugares diferentes, com religiões diferentes e que gostam de comidas diferentes.

 

Enfim, acho que você já entendeu o recado, não é?

 

Boa sorte em suas experiências para expandir seu tempo, com qualidade, emoção, rituais e vida.

domingo, 10 de janeiro de 2010

O CRISTO HISTÓRICO



Religião
Jesus: os mistérios alimentam a fé no filho de Deus
sábado, 19 de dezembro de 2009 | 17:41

De uma forma ou de outra, a história de Jesus Cristo chegou a todos os cristãos que vivem no mundo hoje. Pode não haver relíquias suficientes nem evidências incontestáveis que comprovem quem foi e o que realmente fez o profeta de Nazaré. Mas são justamente os mistérios em torno do filho de Deus que alimentam a fé de milhões de pessoas em todo o mundo. Há, contudo, os que buscam preencher as lacunas deixadas na história do messias. O resultado são milhares de pesquisas que buscam responder às perguntas: quem foi e o que realmente fez Jesus Cristo?

A bibliografia sobre o messias é extensa. A começar pelo mais famoso livro do mundo - a Bíblia. Ainda assim, as evidências a respeito do que narra o Livro Sagrado são escassas. E as conclusões a respeito dos estudos, praticamente nulas. Os estudos buscam o Jesus histórico, não o teológico, a divindade. Não o Cristo dos altares, o Jesus de cada um, nascido do recôndito da intimidade onde brota - ou não - a fé. Esse, a ciência e história jamais alcançarão explicar.

O que até agora se sabe, é que o Jesus humano viveu na Palestina em determinado período histórico. É possível afirmar com quase absoluta precisão que foi batizado por João Batista no Rio Jordão, escolheu doze discípulos, pregou pela Galiléia e morreu crucificado. No entanto, a transformação de um humilde e obscuro profeta na peça central da fé que tem mais adeptos em todo o planeta vem da originalidade absoluta de sua proposição básica: a paz e o amor ao próximo.
 
"Operando curas, sentando-se à mesa com pessoas: assim Jesus desconcertou a Galiléia", descreve uma reportagem de VEJA em 23 de dezembro de 1992. A essência da mensagem de Jesus para seus contemporâneos - e, portanto, para todos aqueles que ajudaram a construir e disseminar o cristianismo - está nos milagres operados e na comensalidade praticada.
 
No primeiro quesito, Jesus quebrou o monopólio religioso da época de que só o divino operava milagres e realizava curas. Ele mostrou que também na Terra se curavam os doentes e se ressuscitavam os mortos. Mais ainda, caso se queira introduzir um elemento mercantil na equação, Jesus operava de graça, enquanto o templo cobrava por serviços, tanto assim que tinha trocadores de moeda à sua entrada, os mesmos que Jesus expulsou em sua mais famosa explosão de fúria.
 
Já a respeito da comensalidade, Jesus pregava a mais absoluta caridade e misericórdia e desafiava as normas de comportamento e de organização social. Ele se portava como igual, dividindo a mesa com homens e mulheres, pobres e ricos, gentios ou judeus, poderosos ou párias. Por isso atraiu a admiração dos que o cercavam e fúria dos que estavam no poder. E assim foi traído, preso e crucificado.
 
Se essa história instiga os estudiosos e fortalece a fé daqueles que creem, alimenta ainda mais a criatividade dos artistas. Hoje, o cinema e a literatura apresentam suas próprias versões da vida de Jesus. Entre os títulos mais famosos está O Evangelho Segundo Jesus Cristo. No longa de 1991, o escritor português José Saramago oferece ao leitor uma interpretação muito pessoal, iconoclasta e anticanônica da vida do redentor. Mais recentemente, em 2004, O Código Da Vinci, primeiro fenômeno de vendas de Dan Brown, mostra um Vaticano que deseja esconder a verdade sobre Maria Madalena: ela teria se unido a Jesus e gerado filhos dele.
 
Nas telas do cinema, as polêmicas ficaram também por conta do musical Jesus Cristo Superstar, de 1973, protagonizado por um Jesus hippie, uma Maria Madalena havaiana e um Judas negro que se perguntam: por que o filho de Deus não escolheu a época atual para fazer sua pregação? Na sequência, em 1988, a Última Tentação de Cristo mostra Jesus crucificado se questionando como seria sua vida se, ao invés de assumir o peso da salvação dos homens, escolhesse viver uma vida comum, com esposa, filhos e um dia-a-dia normal.
 
Pode-se considerar equivocada qualquer tentativa de contar a história de Jesus pondo de lado a confissão de que ele é o filho de Deus - e o próprio Deus também. Seria desprezar o fator que confere a ele sua importância absoluta e insuperável. Fato é que nas suas narrativas da vida e dos feitos de Jesus, os quatro evangelistas lhe atribuíram vários ditos. A maioria aparece em meio a diálogos e carece de sentido se retirada do contexto bíblico.
 
Em outros momentos, Cristo fala por meio de parábolas e uma leitura ao pé da letra, evidentemente, pode levar a interpretações equivocadas. Muitas frases dos Evangelhos, no entanto, têm a força de aforismos que condensam os temas centrais da pregação de Jesus. Elas tratam, sobretudo, da necessidade de perdoar o próximo e de levar uma vida pautada pelo desapego material e pelo amor a Deus.
 
Fonte: Veja

sábado, 9 de janeiro de 2010

CETICISMO SUPERADO



O Além é simplesmente o que não alcançam os nossos sentidos, que, como se sabe, são muito pobres, não nos permitindo, por isso, perceber senão as formas mais grosseiras da vida universal.

As formas sutis lhes escapam absolutamente. Que é que a Humanidade, durante longo tempo, soube do Universo? Quase nada! O telescópio e o microscópio alargaram em sentidos opostos o campo de suas percepções. Àquele que, antes de inventado o microscópio, falasse dos infusórios, dessa vida exuberante que desabrocha em miríades de seres nos ares e nas águas, houveram certamente respondido com um encolher de ombros.

Eis que, porém, novas perspectivas se descerram e ignorados domínios da Natureza se revelam. Pode-se dizer que a infância do século XX assinala uma nova fase do pensamento e da ciência. Esta se afasta cada vez mais das linhas acanhadas em que esteve encerrada por tão largo tempo, a fim de levantar o vôo, de desenvolver seus meios de investigação e de apreciação e explorar os vastos horizontes do desconhecido. A psicologia, notadamente, enveredou por outros caminhos. O estudo do eu, da personalidade humana, passou do terreno da metafísica para o da observação e da experiência. Entre as ciências nascidas deste movimento figura o espiritualismo experimental.

[...] Não é isto bastante singular? Nunca talvez se vira um conjunto de fatos, considerados a princípio como impossíveis, que não despertavam, no pensamento da maioria dos homens, senão antipatia, desconfiança, desdém; que eram alvo da hostilidade de muitas instituições seculares, acabar por se impor à atenção e mesmo à convicção de eminentes cientistas, de sábios competentes, cheios de autoridade por suas funções e seus caracteres! Esses homens, anteriormente cépticos, chegaram, por via de estudos, de pesquisas, de experiências, a reconhecer e a afirmar a realidade da maior parte dos fenômenos espíritas.

Sir William Crookes, o mais notável físico dos tempos modernos, depois de ter observado, durante três anos, as materializações do Espírito de Katie King e de as haver fotografado, declarou:

"Não digo: isto é possível; digo: isto é real."

Pretendeu-se que W. Crookes se retratara. Ora, à semelhante insinuação ele próprio respondeu no discurso que proferiu por ocasião da abertura do Congresso de Bristol, como presidente da Associação Britânica para o Adiantamento das Ciências. Falando dos fenômenos que descrevera, acrescentou:

"Nada vejo de que me deva retratar; mantenho minhas declarações já publicadas. Poderia mesmo aditar-lhes muita coisa."

Russel Wallace, da Academia Real de Londres, na obra intitulada: O Milagre e o Moderno Espiritualismo, descreve:

"Eu era um materialista tão completo e experimentado que não podia, nesse tempo, achar lugar no meu pensamento para a concepção de uma existência espiritual... Os fatos, entretanto, são obstinados: os fatos me convenceram."

O professor Hyslop, da Universidade de Colúmbia, Nova Iorque, em seu relatório sobre a mediunidade de Mrs. Piper, médium de transe, disse:

"A julgar pelo que eu próprio vi, não sei como poderia furtar-me à conclusão de que a existência de uma vida futura está absolutamente demonstrada."

F. Myers, professor em Cambridge, na bela obra: A Personalidade Humana, chega à conclusão de que "vozes e mensagens nos vêm de além-túmulo".

Falando de Mrs. Thompson, acrescenta:

"Creio que a maioria dessas mensagens parte de Espíritos que se servem temporariamente do organismo dos médiuns, para no-las transmitir."

Richard Hodgson, presidente da Sociedade Americana de Pesquisas Psíquicas, escrevia nos Proceedings of Society Psychical Research:

"Acredito, sem a menor sombra de dúvida, que os Espíritos que se comunicam são de fato as personalidades que dizem ser; que sobreviveram à mutação conhecida pelo nome de morte e que se comunicaram diretamente conosco, pretensos vivas, por intermédio do organismo de Mrs. Piper adormecida."


O mesmo Richard Hodgson, falecido em dezembro de 1906, se comunicou depois com seu amigo James Hyslop, entrando em minúcias acerca das experiências e dos trabalhos da Sociedade de Pesquisas Psíquicas. Explica como, para ficar absolutamente provada a sua identidade, deviam as experiências ser conduzidas.[i]

Essas comunicações são feitas por diferentes médiuns que não se conhecem reciprocamente e umas confirmam as outras. Notam-se as palavras e as frases familiares, em vida, aos que se comunicam depois de mortos.

Sir Oliver Lodge, reitor da Universidade de Birmingham e membro da Academia Real, escreveu em The Hilbert Journal o seguinte, que o Light de 8 de julho de 1911 reproduziu:

"Falando por conta própria e com pleno sentimento de minha responsabilidade, dou testemunho de que, como resultado das investigações que fiz no terreno do psiquismo, adquiri por fim, mas de modo inteiramente gradual, a convicção em que me mantenho após vinte anos de estudo, não só de que a continuação da existência pessoal é um fato, como também de que uma comunicação pode ocasionalmente, embora com dificuldade e em condições especiais, chegar-nos através do espaço."

E na conclusão do seu recente livro A Sobrevivência Humana,[ii] acrescentou:

"Não vimos anunciar uma verdade extraordinária; nenhum novo meio de comunicação trazemos, mas apenas uma coleção de provas de identidade cuidadosamente colhidas, por métodos desenvolvidos, ainda que antigos, mais exatos e mais vizinhos da perfeição talvez do que os empregados até hoje. Digo 'provas cuidadosamente colhidas', pois que os estratagemas empregados para a sua obtenção foram postos em prática de um e de outro lado da barreira que separa o mundo visível do invisível; houve distintamente cooperação dos que vivem na matéria e dos que já se libertaram dela."

O professor W. Barrett, da Universidade de Dublin, declara (Anais das Ciências Psíquicas, novembro e dezembro de 1911):

"Sem dúvida, por nossa parte acreditamos haver alguma inteligência ativa operando por detrás do automatismo (escrita mecânica, transe e incorporação) e fora deste, uma inteligência que mais provavelmente é a pessoa morta que a mesma inteligência afirma ser do que qualquer outra coisa que possamos imaginar... Dificilmente se encontrará solução para o problema dessas mensagens e das 'correspondências' de cooperação inteligente entre certos Espíritos desencarnados e os nossos."

O célebre Lombroso, professor da Universidade de Turim, escrevia na Lettura:

"Sinto-me forçado a externar a convicção de que os fenômenos espíritas são de uma importância enorme e que é dever da Ciência dirigir sem mais demora sua atenção para essas manifestações."

Mr. Boutroux, membro do Instituto e professor da Faculdade de Letras de Paris, se exprime assim no Matin de 14 de março de 1908:

"Um estudo amplo, completo do psiquismo não comporta unicamente um interesse de curiosidade, mesmo científica; interessa também muito diretamente à vida e ao destino do indivíduo e da Humanidade."

O sábio Duclaux, diretor do Instituto Pasteur, em uma conferência que fez no Instituto Geral Psicológico, há alguns anos, dizia:

"Não sei se sois como eu, mas esse mundo povoado de influências que experimentamos sem as conhecermos, penetrado desse quid divinum que adivinhamos sem lhe apreendermos as minúcias, ah! esse mundo do psiquismo é mais interessante do que este outro em que até agora se encarcerou o nosso pensamento. Tratemos de abri-lo às nossas pesquisas. Há nele, por se fazerem, imensas descobertas que aproveitarão à Humanidade."

[i]    Ver os "Proceedings of Society Psychical Research.
[ii]    A Sobrevivência Humana, por Sir Oliver Lodge, traduzida do inglês pelo Dr. Bourbon, Paris, 1912. Félix Alcan, editor.

Extraído do Livro O Além e a Sobrevivência do Ser, Léon Denis.

Contribuição de
Carlos Eduardo Cennerelli
cennerelli@terra.com.br

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

A ERA DA LUZ

O sistema solar gira em torno de Alcione, estrela central da constelação de Plêiades.
 


Esta foi a conclusão dos astrônomos Freidrich Wilhelm Bessel, Paul Otto Hesse, José Comas Solá e Edmund Halley, depois de estudos e cálculos minuciosos.
 
Nosso Sol é, portanto, a oitava estrela da constelação - localizada a aproximadamente 28 graus de Touro - , e leva 26 mil anos para completar uma órbita ao redor de Alcione, movimento terrestre também conhecido como Precessão dos Equinócios.
 
A divisão desta órbita por doze resulta em 2.160, tempo de duração de cada era "astrológica" (Era de Peixes, de Aquário, etc).
 
Descobriu-se também que Alcione tem à sua volta um gigantesco anel, ou disco de radiação, em posição transversal ao plano das órbitas de seus sistemas (incluindo o nosso), que foi chamado de Cinturão de Fótons.
 
Um fóton consiste na decomposição ou divisão do elétron, sendo a mais ínfima partícula de energia eletromagnética, algo que ainda se desconhece na Terra.
 
Detectado pela primeira vez em 1961, através de satélites, a descoberta do cinturão de fótons marca o início de uma expansão de consciência além da terceira dimensão.
 
A ida do homem à Lua nos anos 60 simbolizou esta expansão, já que antes das viagens interplanetárias era impossível perceber o cinturão.
 
A cada dez mil anos o Sistema Solar penetra por dois mil anos no anel de fótons, ficando mais próximo de Alcione.
 
A última vez que a Terra passou por ele foi durante a "Era de Leão", há cerca de doze mil anos.
 
Na Era de Aquário, que está se iniciando, ficaremos outros dois mil anos dentro deste disco de radiação.
 
Todas as moléculas e átomos de nosso planeta passam por uma transformação sob a influência dos fótons, precisando se readaptar a novos parâmetros.
 
A excitação molecular cria um tipo de luz constante, permanente, que não é quente, uma luz sem temperatura, que não produz sombra ou escuridão.
 
Talvez por isso os hinduístas chamem de "Era da Luz" os tempos que estão por vir.
 
Desde 1972, o Sistema Solar vem entrando no cinturão de fótons e em 1998 a sua metade já estará dentro dele.
 
A Terra começou a penetrá-lo em 1987 e está gradativamente avançando, até 2.012, quando vai estar totalmente imersa em sua luz.
 
De acordo com as cosmologias maia e asteca, 2.012 é o final de um ciclo de 104 mil anos, composto de quatro grandes ciclos maias e de quatro grandes eras astecas.
 
Humbatz Men, autor de origem maia, fala em "Los Calendários" sobre a vindoura "Idade Luz".
 
Bárbara Marciniak, autora de "Mensageiros do Amanhecer", da Ground e "Earth", da The Bear and Company e a astróloga Bárbara Hand Clow, que escreveu "A Agenda Pleiadiana", da editora Madras, receberam várias canalizações de seres pleiadianos.
 
Essas revelações falam sobre as transformações que estão ocorrendo em nosso planeta e nas preparações tanto física quanto psíquicas que precisamos nos submeter para realizarmos uma mudança dimensional.
 
Segundo as canalizações, as respostas sobre a vida e a morte não estão mais sendo encontradas na terceira dimensão.
 
Um novo campo de percepção está disponível para aqueles que aprenderem a ver as coisas de uma outra forma.
 
Desde a década de oitenta, quando a Terra começou a entrar no Cinturão de Fótons, estamos nos sintonizando com a quarta dimensão e nos preparando para receber a radiação de Alcione, estrela de quinta dimensão.
 
Zona arquetípica de sentimentos e sonhos, onde é possível o contato com planos mais elevados, a quarta dimensão é emocional e não física.
 
As idéias nela geradas influenciam e detonam os acontecimentos na terceira dimensão, plano da materialização.
 
Segundo as canalizações, a esfera quadri-dimensional é regida pelas energias planetárias de nosso sistema solar, daí um trânsito de Marte, por exemplo, causar sentimentos de poder e ira.
 
Para realizar esta expansão de consciência é preciso fazer uma limpeza, tanto no corpo físico como no emocional, e transmutar os elementais da segunda dimensão a nós agregados, chamados de miasmas.
 
Responsáveis pelas doenças em nosso organismo, os miasmas são compostos de massas etéricas que carregam memórias genéticas ou de vidas passadas, memórias de doenças que ficaram encruadas e impregnadas devido a antibióticos, poluição, química ou radioatividade.
 
Segundo as canalizações, esses miasmas estão sendo intensamente ativados pelo Cinturão de Fótons.
 
Os pensamentos negativos e os estados de turbulência, como o da raiva, também geram miasmas, que provocam bloqueios energéticos em nosso organismo.
 
Trabalhar o corpo emocional através de diversos métodos terapêuticos - psicológicos, astrológicos ou corporais - ajuda a liberar as energias bloqueadas.
 
A massagem, acupuntura, homeopatia, florais, meditação, yoga, o tai-chi, algumas danças, etc, são também técnicas de grande efetividade, pois mexem com o corpo sutil e abrem os canais de comunicação com outros planos universais.
 
As conexões interdimensionais são feitas através de ressonância e para sobrevivermos na radiação fotônica temos que nos afinar a um novo campo vibratório.
 
Ter uma alimentação natural isenta de elementos químicos, viver junto à natureza, longe da poluição e da radiatividade, liberar as emoções bloqueadas e reprimidas, contribuem para a transição.
 
Ter boas intenções é essencial, assim como estar em estado de alerta para perceber as sincronicidades e captar os sinais vindos de outras esferas.
 
Segundo a Agenda Pleiadiana, de Bárbara Hand Clow, o Cinturão de Fótons emana do Centro Galáctico.
 
Alcione, o Sol Central das Plêiades, localiza-se eternamente dentro do Cinturão de Fótons, ativando sua luz espiralada por todo o Universo.
 
Mas afinal e nós nisso tudo? Nós somos os mais beneficiados com tudo isso.
 
Todos nós, os seres encarnados na Terra estamos passando por um processo de iniciação coletiva e escolhemos estar aqui nessa difícil época de transição de nosso planeta, que atingirá todo o Universo.
 
Os fótons funcionam como purificadores da raça humana e através de suas partículas de luz, às quais estamos expostos nos raios solares, dentro em breve estaremos imersos nesta "Era de Luz", depois de 11 mil anos dentro da Noite Galáctica ou Idade das Trevas, como os hindus se referiam a Kali Yuga.
 
Como um sistema de reciclagem do Universo, o Cinturão de Fótons inicia a Era da Luz.
 
Existem diversas formas da humanidade intensificar sua evolução, desenvolvendo um trabalho de limpeza dos corpos emocionais, com o uso de terapias alternativas, como florais, Yoga, Sahaja Maithuna, musicoterapia, cromoterapia entre muitos outros.
 
São terapias e práticas que trabalham com a cura dos corpos sutis, evitando que muitas doenças sejam desenvolvidas antes mesmo de alcançar o corpo físico, além de curar outras já instaladas.
 
Cada partícula vai se alojando em todos os cantinhos de nosso planeta trazendo a consciência (Luz), a Verdade, a Integridade e o Amor Mútuo.
 
Cada um de nós tem um trabalho individual para desenvolver aliado ao trabalho de conscientização da humanidade.
 
Os corpos que não refinarem suas energias não conseguirão ficar encarnados dentro da terceira dimensão, pois a quarta dimensão estará instalada.
 
E todos nós redescobriremos a nossa multidimensionalidade e ativaremos nossas capacidades adormecidas dentro da Noite Galáctica.
 
A inteligência da Terra será catalizada para toda a Via Láctea.
 
Todos estes acontecimentos foram registrados no Grande Calendário Maia, que tem 26 mil anos de duração e termina no solstício de inverno, no dia 21 de dezembro de 2012 dC, que marca a entrada definitiva da Terra dentro do Cinturão de Fótons por 2000 anos ininterruptos.
 
Consciência é Luz.
 
Luz é Informação.
 
Informação é Amor.
 
Amor é Criatividade.
 
Paz, Amor e Luz Divinos! 

TRANSIÇÃO

Ascendente espiritual na Terra

Weimar Muniz de Oliveira
Presidente do Lar de Jesus, vice-presidente da Associação Brasileira dos Magistrados Espíritas e diretor da Feego

Os tempos são chegados Não é difícil de perceber a ascendência do princípio espiritual sobre o princípio material. A Filosofia e a Religião, ao lado da pesquisa científica, demonstram que o mundo espiritual prevalece sobre o mundo material. E mais: o primeiro governa o segundo, ditando-lhe as normas, os fenômenos e os fatos históricos mais evidentes, que nem sempre são registrados com fidelidade pelos anais terrenos.

O homem, filho de Deus, é espírito, em essência. Enverga e tem envergado, ao longo se sua trajetória, um corpo carnal, com vistas à sua evolução espiritual e à sua integração com as leis da natureza: leis divinas.

Na sua caminhada infinita, rumo à perfeição, tem necessidade da luta ingente na matéria densa, a fim de aprender e experimentar, adquirindo, com o tempo, maior sensibilidade e saber, na continuidade de sua jornada, em demanda a planos cada vez mais sutis da vida, até atingir o estágio que o habilite a conhecer-se a si mesmo e impor-se sobre a matéria.

Para isso atingir, com o passar das eras, a partir do princípio de sua razão e livre-arbítrio bruxuleantes, tem ele que se submeter à dor e aos embates persistentes das formas mais grosseiras.

Filho de Deus que é, caminhará cada vez mais resoluto em busca do abstrato, através do intelecto e do sentimento, eis que nada é mais abstrato, nada é mais intelecto e amor do que Deus, o seu Criador e Pai, Causa das Causas. O homem, diamante ainda bruto, de tríplice aspecto, átimo de luz da Gema Central, errará por vales e montes, até que, um dia, brilhe em toda a sua capacidade e vigor, depois que o tempo, lapidário insubstituível, o devolver, garboso e ofuscante, ao seu "habitat", ao convívio do seu Divino Autor.

Enquanto persistir o seu transladar pelos ambientes densos da crosta, guiar-se-á com as forças intrínsecas de si mesmo, sem embargo da presença constante de seu guardião, que o acompanhará sempre, à conta do Altíssimo. Mas, em essência, é a luz, vacilante ainda, destacada do foco Central, com amor. Por isso mesmo, essa luz, ou ele próprio, o homem é o que pensa, ordena comanda, acionando a vontade. A luz, o EU, ordena, o perispírito transmite a ordem ao corpo e este a executa.

Nessa tríade – espírito, perispírito e corpo físico – consubstancia-se o homem, enquanto em experiência no corpo denso, até que, um dia, na sua plenitude espiritual, não mais terá de se sujeitar à roda trepidante e repetitiva das experiências planetárias.

Há, pois, uma ascendência natural do espírito sobre a matéria, submetendo-a e governando-a. Do mesmo modo, o mundo espiritual exerce irresistível influência e governo sobre os mundos físicos. Frise-se, aliás, que os mundos físicos existem em função do espírito, em razão da necessidade que tem o espírito de experimentar e evolver. O físico pressupõe a existência do espiritual, assim como a sombra reconfortante pressupõe a existência da árvore frondosa.

O governo do planeta Terra Não constitui novidade para os espiritistas que Jesus é o Governador de nosso planeta, um dos nove da família solar.

Conta-se, nos Anais da Espiritualidade Superior, segundo informações de Emmanuel ("A caminho da luz", psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier, FEB, 18ª edição, Cap. I, Pág. 17) que a Comunidade de Espíritos Puros e Eleitos pelo Senhor Supremo do Universo, da qual Jesus é um dos membros divinos, reuniu-se por duas vezes já, nas vizinhanças da Terra, para deliberar a respeito dos problemas relacionados com o planeta. A primeira dessas reuniões deu-se quando se decidiu da criação da Terra como mais um dos membros do sistema solar, o qual, na forma de nebulosa ignescente, destacou-se do foco central, há bilhões de anos, chegando ao que é atualmente, conforme deduções da própria ciência oficial.

Nessa augusta assembléia, Jesus fora escolhido o Governador do planeta nascente. Conta-se mais, que a segunda reunião da Colenda Comunidade acontecera quando se decidiu sobre a vinda do próprio Cordeiro Divino à Terra, pra trazer-nos, em pessoa, o seu Evangelho de Amor e Redenção, aqui vivendo a mais brilhante de todas as epopéias.

Foi assim que, sob a supervisão divina e amorável do Grande Mestre, lançaram-se os pródromos das sementes da Terra e sua futura humanidade.

Eis o que nos diz Emmanuel (obra citada, Cap. I, Pág, 21): "Sim, Ele havia vencido todos os pavores das energias desencadeadas; com as suas legiões de trabalhadores divinos, lançou o escopro da sua misericórdia sobre o bloco de matéria informe, que a Sabedoria do Pai deslocara do Sol para as suas mãos augustas e compassivas. Operou a escultura geológica do orbe terreno, talhando a escola abençoada e grandiosa, na qual o seu coração haveria de expandir-se em amor, claridade e justiça. Com os seus exércitos de trabalhadores devotados, estatuiu os regulamentos dos fenômenos físicos da Terra, organizando-lhes o equilíbrio futuro na base dos corpos simples de matéria, cuja unidade substancial os espectroscópios terrenos puderam identificar por toda a parte do universo galáxico. Organizou o cenário da vida, criando, sob as vistas de Deus, o indispensável à existência dos seres do porvir. Fez a pressão atmosférica adequada ao homem, antecipando-se ao seu nascimento no mundo, no curso dos milênios; estabeleceu os grandes centros de força da ionosfera e da estratosfera, onde se harmonizam os fenômenos elétricos da existência planetária, e edificou as usinas de ozone a 40 e a 60 quilômetros de altitude, para que filtrassem convenientemente os raios solares, manipulando-lhes a composição precisa à manutenção da vida organizada no orbe. Definiu todas as linhas de progresso da humanidade futura, engendrando a harmonia de todas as forças físicas que presidem ao ciclo das atividades planetárias."

Época de transição "Uma nuvem de fumo vem-se formando, há muito tempo, nos horizontes da Terra cheia de indústrias de morte e destruição (...)" expressa-se o mentor espiritual de Francisco Cândido Xavier (obra cit., Pág. 110).

É chegado o momento do acerto de contas.

Não resta dúvida de que o momento é de transição e nenhuma transição se opera sem muita dor e sofrimento. É o que tem ensinado a história de todas as civilizações que transitaram na face da Terra. Sobre o momentoso assunto, a profecia é fértil e repetitiva, desde João, no Apocalipse, a não se falar no Velho Testamento. Os vaticínios do que está para acontecer e que desde há algum tempo já vem acontecendo e que se intensificará dia a dia, até o ápice, constam de inúmeros relatos em diversas obras literárias.

Além do Apocalipse (Cap. I a XXII), de Mateus (Cap. 24 e 25), de Nostradamus ("As Centúrias"), de Allan Kardec ("A Gênese" – Cap. XVII e XVIII – "O Evangelho segundo o Espiritismo"), de André Luiz ("No mundo maior" – F. C. Xavier –Cap. 2 –A preleção de Eusébio), tais advertências e predições constam dos seguintes livros do respeitável Emmanuel (psicografia de Chico Xavier), pelo que nos foi dado apurar: 1- "Há dois mil anos"- Alvoradas do Reino do Senhor; 2- "A caminho da luz"- Introdução e contexto; 3- "Emmanuel"- Fim de um ciclo planetário; 4- "Justiça Divina"- Ante os Mundos Superiores; 5- "Servidores no além"- Onde o remédio; 6- "Sentinela da luz"- Nas convulsões do século XX. Em todas essas obras, os relatos proféticos são concordantes nos pontos fundamentais.

No entanto, dada a necessidade de síntese, cingimo-nos apenas às observações de Emmanuel na obra aqui tomada por base de nossas divagações ("A caminho da luz"), com subsídios de duas outras do mesmo autor. Falando sobre o Evangelho e o Futuro (Cap. XXV – Pág. 213, 214 e 215), escreve: "(...)

Se as dolorosas expiações coletivas preludiam a época dos últimos "ais" do Apocalipse, a espiritualidade tem de penetrar as realizações do homem físico, conduzindo-as para o bem de toda a Humanidade.

O Espiritismo, na sua missão de Consolador, é o amparo do mundo neste século de declives da sua História. (...)

São chegados os tempos em que as forças do mal serão compelidas a abandonar as suas derradeiras posições de domínio nos ambientes terrestres, e os seus últimos triunfos são bem o penhor de uma reação temerária e infeliz, apressando a realização dos vaticínios sombrios que pesam sobre o seu império perecível.

Ditadores, exércitos, hegemonias econômicas, massa versáteis e inconscientes, guerras inglórias, organizações seculares, passarão com a vertigem de um pesadelo. A vitória da força é uma claridade de fogos de artifício. Toda a realidade é do Espírito e toda a paz é a do entendimento do Reino de Deus e de sua Justiça. O século que passa efetuará a divisão das ovelhas do imenso rebanho. O cajado do pastor conduzirá o sofrimento na tarefa penosa da escolha e a dor se incumbirá do trabalho – que os homens não aceitaram por amor. Uma tempestade de amarguras varrerá toda a Terra.

Os filhos da Jerusalém de todos os séculos devem chorar, contemplando essas chuvas de lágrimas e de sangue que rebentarão das nuvens pesadas de suas consciências enegrecidas.

Condenada pelas sentenças irrevogáveis de seus erros sociais e políticos, a superioridade européia desaparecerá para sempre, como a do Império Romano, entregando à América o fruto das suas experiências, com vistas à civilização do porvir.

Vive-se agora, na Terra, um crepúsculo, ao qual sucederá profunda noite; e ao século XX compete a missão do desfecho desses acontecimentos espantosos." (Destacamos)

E ainda agora, em recente advertência, através do livro "Sentinelas da luz", que veio a lume em 1990 (Ed. Cultura do Espírito União – 1ª edição –Pag. 46/55), sob o título Nas convulsões do século XX, Emmanuel perora (vide alguns fragmentos):

"(...) Amontoam-se pesadas nuvens nos céus do Oriente e do Ocidente (...) Quem impedirá a tempestade de suor e lágrimas?

Épocas de profundas aflições, dir-se-ia encontrarmos no século XX o fruto de sangue de dezesseis séculos de menosprezo à luz espiritual. (...)

Arraiga-se a injustiça, com a máscara da legalidade, nas organizações dos países mais nobres. (...)

A desconfiança e a discórdia regem as relações internacionais. Racismo tirânico perturba povos avançados. O domicílio dos homens sofrerá terríveis brechas, até que a razão se equilibre nas diretrizes do mundo. A inteligência bestial combaterá ainda a sabedoria divina por longo tempo. Não somos, pois, estranhos à tormenta de lágrimas que cobrirá a fronte dos continentes em dolorosos quadros apocalípticos.

(...) Buscando o Cristo nos templos exteriores e expulsando-O dos corações, fora temeridade espera-lo por salvador gratuito à última hora. (...)

A consciência identificada com o Mestre é o refúgio indispensável." (Destaque nosso)

E para os companheiros do Evangelho assevera: "Irmãos, entrelaçai os braços e uni corações, em torno do Caminho, da Verdade e da Vida!

Tormentas de dor rondam os castelos da vaidade humana e gênios escuros do morticínio acercam-se das moradias sem alicerces.

Os monstros que devoraram as civilizações dos persas e dos assírios, dos egípcios e dos gregos, dos romanos e dos fenícios espreitam a grandeza fantasiosa dos vossos palácios de ilusão! ...
Os oráculos que prognosticaram queda e ruína em Persépolis e Babilônia, Tebas e Atenas, Roma e Cartago prenunciam angustiados vaticínios em vossas cidades poderosas...

Polvos mortíferos do ódio e da ambição desregrada multiplicam-se no oxigênio terrestre, predizendo misérias e desolação. Trazem a fome e a peste em novos aspectos, desorganizando-vos a vida e desintegrando-vos os celeiros...

Todos vivemos tempos dramáticos de prece, espectação e vigília..."

Terceira reunião da Comunidade das Potências Angélicas do Sistema Solar Informa-nos, ainda, o amoroso mentor espiritual (obra cit.-Pag 189) que "Espíritos abnegados e esclarecidos falam-nos de uma nova reunião da Comunidade das Potências Angélicas do Sistema Solar, da qual Jesus é um dos membros divinos", a terceira que se realiza desde a formação do planeta, a fim de deliberar, mais uma vez, sobre os destinos da Terra, neste ocaso do segundo milênio.

 Aproxima-se o instante em que se pode repetir, neste recanto do Universo, o que acontecera alhures, em Capela, ou Cabra, na longínqua constelação do Cocheiro, quando uma leva imensa de capelinos fora degredada para o orbe terráqueo, então quase primitivo, vindo a formar a base de toda a evolução planetária humana, impulsionando-a de alguns séculos ou milênios sob o olhar e proteção amorosos do Nazareno, formando as principais raças-mãe: a civilização egípcia, a Índia védica, a raça hebréia e a Indo-Européia, donde adviram os latinos, os celtas, os gregos, os germanos e os eslavos.

"Que resultará desse conclave de Anjos do Infinito?", pergunta Emmanuel; e responde: "Deus o sabe." "A dor há de vir realizar a obra que não foi possível ao amor edificar por si mesmo" ("Servidores do além"- IDE, 1ª edição, 1989-Pag 20)

O Cristo, porém, é o nosso consolo e o seu grande amor o nosso asilo; suas palavras, que ainda repercutem nos refolhos de nossa alma, a nossa esperança: "Filhas de Jerusalém, não choreis por mim! Chorai por vós mesmas e por vossos filhos, porque virão dias em que se dirá:- Bem-aventurados os ventres que não geraram e os peitos que não amamentaram! Clamareis, então, para os montes:- Caí sobre nós! E rogareis aos outeiros:- Cobri-nos! Porque se ao madeiro verde fazem isso, que não se fará ao lenho seco?"

("Sentinelas da luz", obra cit., Pág 55). Fonte: Vide texto do subtítulo Época de Transição.



NAS  CONVULSÕES DO SÉCULO XX
Emmanuel

Não bastaram as torrentes do infortúnio que as grandes guerras do século lançaram sobre os vales do mundo.

Acordando, estremunhada, de horrível pesadelo, que perdurou por mais de dois mil dias, e embora os lares desertos, os campos talados, as arcas empobrecidas e as prisões repletas, arregimenta-se a coletividade planetária para novos embates de cegueira e destruição.

Amontoam-se pesadas nuvens nos céus do Oriente e do Ocidente...

Quem impedirá a tempestade de suor e lágrimas?!...

Época de profundas aflições, dir-se-ia encontrarmos no século XX o fruto de sangue de dezesseis séculos de menosprezo à luz espiritual.
Desde Constantino, o Cristianismo puro sofre a intromissão egoística de humanos interesses. Sempre a ofensiva das trevas contra a luz, as arremetidas do mal contra o bem.

É inegável que as instituições terrenas, não obstante constrangidas, revelam apreciáveis características de progresso.  Regressando ao cenário atual, Aristóteles, o oráculo de filósofos e teólogos, não mais aplaudiria o cativeiro, declarando o escravo "propriedade viva"; Ignácio de Loiola, o santo, a pretexto de preservar a fé, não mobilizaria os tribunais da Inquisição.

A influência do Cristianismo determinou enormes transformações na cultura  administrativa. Entretanto, a dignificação da personalidade permanece apenas esboçada.

Os aviltamentos do ódio campeiam em todos os climas. Arraiga-se a injustiça, com a máscara da legalidade, nas organizações dos países mais nobres.

Há desvarios do poder em toda parte.
Baraço e cutelo, metamorfoseados nos mais estranhos aparelhos de tortura e de morte, são ainda recursos da toga.

A desconfiança e a discórdia regem as relações internacionais.

Racismo tirânico perturba povos avançados. Conflitos ideológicos tremendos aguçam o raciocínio a soldo da ciência perversa.
E, coroando o sombrio edifício, instalou-se a guerra entre os homens, à maneira de sorvedouro infernal.

O conceito de civilização flutua ao sabor dos grupos dominantes.  Para alguns, repousa na economia ou na força; para outros, no direito exclusivista ou na liberdade de praticar o mal. E, do que podemos presumir, não está próxima a equação do inquietante problema.

Há sempre volumosos contingentes para ganhar a demanda, mas raros homens se preocupam em ganhar a harmonia.

O domicílio dos homens sofrerá terríveis brechas, até que a razão se equilibre nas diretrizes do mundo.

A inteligência bestial combaterá ainda a sabedoria divina por longo tempo.

Não somos, pois, estranhos à tormenta de lágrimas, que cobrirá a fronte dos continentes em dolorosos quadros apocalípticos.  Constituímos o fruto do que fomos, colhemos na pauta da semeadura.

Nisto não vai estima às predições de Cassandra, nem barateamento às profecias.

Buscando o Cristo nos templos exteriores e expulsando-O dos corações, fora temeridade esperá-lo por salvador gratuito à última hora.

Eis porque, à frente dos atritos formidandos dos dias que passam, apelamos para os seguidores do Evangelho, a fim de que se unam no culto à religião interior.

A consciência identificada com o Mestre é refúgio indispensável.

Se as doutrinas da força somente representam a decadência das nações, por libertarem o vandalismo, restituindo o homem à animalidade primária, é justo reconhecer que a democracia sem orientação cristã não pode conduzir-nos à concórdia desejada.  Realmente, a Revolução Francesa, que inaugurou grandes movimentos libertários do Planeta, filiava-se, no fundo, às plataformas elevadas. 

Objetivava o término das administrações inconscientes, o fim da ociosidade consagrada, a extinção de prerrogativas delituosas, o reajustamento do governo e do sacerdócio, em nome da liberdade, da igualdade e da fraternidade.

 Muitos dos patrocinadores da renovação acreditaram-se movidos pelo messianismo evangélico; no entanto, esqueceram-se de que Jesus advogara a liberdade de obedecer a Deus contra o mal, a igualdade dos deveres para que o mérito marcasse a responsabilidade, e a fraternidade verdadeira, dentro da qual há mais alegria em dar que em receber.

 Conspurcada nos fundamentos, a Revolução, desbordando nos instintos sanguinários, em breve degenerou-se nas lutas napoleônicas, estabelecendo, no mundo, as guerras odiosas de povo a povo.

 Desde então, a Terra, em sua geografia política, é uma colméia desesperada, que só a cristianização da democracia poderá reajustar.

O angustioso enigma prende-se à ordem espiritual. Impraticável o erguimento do edifício sem bases. Impossível a organização de instituições respeitáveis sem sentimentos humanos dignificados.

O homem elevar-se-á com o Cristo para levantar a política até o plano do equilíbrio divino ou a política sem Cristo, seja qual for a bandeira a que se acolhe, precipitará o homem no caos.

Este - o dilema da atualidade, em que a ventania da destruição assopra de novo...

E, não obstante edificados na certeza de que tudo coopera em benefício dos que amam a Deus, das claridade de além-túmulo, repetimos para os companheiros do Evangelho:

- Irmãos, entrelaçai os braços e uni corações, em torno do Caminho, da Verdade e da Vida! Tormentas de dor rondam os castelos da vaidade humana e gênios escuros do morticínio acercam-se das moradias sem alicerces. 

Os monstros que devoraram as civilizações dos persas e dos assírios, dos egípcios e dos gregos, dos romanos e dos fenícios espreitam a grandeza fantasiosa dos vossos palácios de ilusão!... Os oráculos que prognosticaram queda e ruína em Persépolis e Babilônia, Tebas e Atenas, Roma e Cartago pronunciam angustiados vaticínios em vossas cidades poderosas...

Polvos mortíferos do ódio e da ambição desregrada multiplicam-se no oxigênio terrestre, predizendo misérias e desolação.  Trazem a fome e a peste em novos aspectos, desorganizando-vos a vida e desintegrando-vos os celeiros...

Todos vivemos tempos dramáticos de prece, expectação e vigília...

E, enquanto o aquilão da impiedade ruge destruidor, reunamo-nos na Jerusalém do íntimo santuário!...

Sigamos o Senhor na via dolorosa, como quem sabe que Ele prossegue à nossa frente, desvelando-nos o caminho da ressurreição eterna. 

Vejamo-Lo, heróico e divino, em seu apostolado de sublime renúncia, vergado à cruz de nossas fraquezas milenárias...

É natural que nossos olhos espreside aos destinos, ouçamo-Lo a dirigir-se às mulheres piedosas que se lhe ajoelhavam aos pés, na cidade santa: "Filhas de Jerusalém, não chorais por mim! Chorai por vós mesmas e por vossos filhos, porque virão dias em se dirá:

- Bem aventurados os ventres que não geraram e os peitos que não amamentaram!  Clamareis então para os montes: -Caí sobre nós!  E rogareis aos outeiros:

- Cobri-nos!  Porque se ao madeiro verde fazem isto, que se não fará ao lenho seco?"

(De "Sentinelas da Luz", de Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos)



Ante os mundos superiores

Reunião pública de 21-8-61
1ª Parte, cap. III, item 11

Quando nos referirmos aos mundos superiores, recordemos que a Terra, um dia, formará entre eles, por estância divina. Atualmente, no entanto, apesar das magnificências que laureiam a civilização em todos os continentes, não podemos alhear-nos do preço que pagará pela promoção.

Sem dúvida, os campos ideológicos da vida internacional entrarão em conflitos encarniçados pelo domínio. As nuvens de ódio que se avolumam, na psicosfera do Planeta, rebentarão em tormentas arrasadoras sobre as comunidades terrestres. Contudo, as vibrações do sofrimento coletivo funcionarão por radioterapia na esfera da alma, sanando a alienação mental dos povos que sustentam as chagas da miséria, em nome da idéia de Deus, e daqueles outros que pretendem extirpá-las, banindo a idéia de Deus das próprias cogitações. Engenhos de extermínio desintegrarão os quistos raciais e as cadeias que amordaçam o pensamento, remediando as agonias econômicas da Humanidade e dissipando as correntes envenenadas do materialismo, a estender-se por afrodisíaco da irresponsabilidade moral.

*

Enunciando, porém, semelhantes verdades, é forçoso dizer que não somos profetas do belicismo, nem Cassandras do terror.

Examinamos simplesmente o quadro escuro que as nações poderosas organizaram e que lhes atormenta, hoje, os gabinetes de governança, ainda mesmo quando se esforçam por disfarçá-lo nos banquetes políticos e nos votos de paz.

E, ao fazê-lo, desejamos apenas asseverar a nossa fé positiva no grande futuro, quando o homem, superior a todas as contingências, respirar, enfim, livre dos polvos da guerra que lhe sugam as energias e lhe entornam inutilmente o sangue em esgotos de lágrimas.

*

Abrindo as estradas do espírito para essa era de luz, abracemos a charrua do suor, pela vitória do bem, seja qual seja o nosso setor de ação.

Obreiros da imortalidade, contemplaremos os habitantes da Terra a emergirem de todos os escombros com que pretendam sepultar-lhes as esperanças, elevando-se em direitura de outras plagas do Universo! E enquanto nos empenhamos, cada vez mais, em largas dívidas para com a Ciência que nos rasga horizontes e traça caminhos novos, vivamos na retidão de consciência, fiéis ao Cristo, no serviço incessante de burilamento da alma, na certeza de que, se a glorificação chega por fora, a verdadeira felicidade é obra de dentro.



ONDE  O  REMÉDIO?

Emmanuel

Meus amigos, muita paz.

Se a noite é das crianças, eu também quero fazer-me pequenino, dentro da humildade da minha posição espiritual e, de coração genuflexo com o vosso, elevo o pensamento sincero ao Senhor do Trabalho e da Seara, suplicando-Lhe Bênçãos Divinas para o vosso esforço, Bênçãos essas que muito particularmente desejo aos nossos irmãos que vieram de longe, trazendo aos companheiros da causa da Verdade e da Luz, a palavra da fraternidade e do amor.

Enquanto as ruinarias vão povoando o planeta, vítima dos mais sérios desequilíbrios, dentro da crise ideológica e moral que há muito tempo, lhe trabalha o imenso organismo social e político, estais aqui no labor educativo, o caminho primário do reerguimento humano, a estrada primordial da regeneração da vida terrestre, ansiosa de atingir as elevadas finalidades do seu alto destino.
*
Os vossos tempos refletem amargamente a angústia coletiva de todos os povos, em face dessa aluvião de escombros que prenuncia terrível para os anos próximos, como corolário de desvios e de antagonismo irreconciliáveis, tão somente criados pela mentalidade humana, dentro de seu abuso de liberdade.
*
Dores amargas se anunciam nesse paiol de abundância e de super-produção, que a inteligência da humanidade criou para a sua vida. E a verdade é que as facilidades da civilização deveriam constituir um índice soberbo de aproveitamento espiritual, por parte das criaturas, detentoras dos mais notáveis progressos científicos nos tempos modernos.

*

Entretanto, os penosos acontecimentos que se verificam nestes dias de confusão, de angustiosa expectativa, bem demonstram o contrário.
O homem da estratosfera e das profundidades submarinas; o homem da mecânica e da eletricidade, da genética e da biologia, da física e da química, da filosofia e das religiões, em voltando para dentro de si, vem encontrando a sua mentalidade obscura de há dois milênios.

*

É esse fenômeno de antagonismo evidente entre o homem físico e o homem moral, a causa da subversão de todos os valores morais que vindes constatando.

Onde o remédio? Todos os pensadores se reúnem para comentar a necessidade dos tempos. Os políticos convocam ministérios e gabinetes; os filósofos aventam teorias novas em sociologia, mas a verdade é que os cataclismos caminham no ar, sem que os poderes humanos consigam determinar-lhes a marcha.

*

Todos os corações sentem que existe algo para acontecer; aguardam angustiados uma novidade nos ares, como se sombrios vaticínios pesassem sobre a sua vida de relação e a realidade é que nem os políticos e nem os filósofos, nem os economistas e nem os sociólogos podem dirimir as profecias singulares e dolorosas, impossibilitados de recurso, desconhecendo o remédio necessário à paz coletiva e à prosperidade mundial.

*

Mas uma corrente de lutadores batalha hoje na vanguarda dos tempos. Vive desprotegida de todo amparo oficial da política administrativa, não se veste com as penas de pavão do cientificismo do século.

O tóxico do intelectualismo com todo os seus excessos perniciosos não lhe é familiar.Os trabalhadores são humildes.

Assemelham-se àqueles homens desprezados que construíram com os seus martírios e com as suas lágrimas as bases augustas do Cristianismo na civilização do Ocidente.

*

Não tem títulos, nem prerrogativas e nem sinais particularizados, mas de seus corações e de suas palavras, dimana a lição preciosa d'Aquele que reenvia ao mundo os seus verbos luminosos.

*

São os trabalhadores do Espiritismo que, de fato, começam pelo princípio, isto é, pela educação, único meio eficaz e seguro da realização almejada.
Educação no Evangelho Redivivo, na disseminação de verdades santas que as igrejas sectaristas abafam por mais de um milênio, no silêncio frio de seus calabouços, calando interesses inconfessáveis.

*

É verdade que essa falange de operários não poderá modificar a face do mundo de um dia para o outro. Não poderão esses servos da ultima hora, afastar do espírito coletivo das multidões delinqüentes, o quadro nefasto da guerra e do extermínio, criado pela sua ambição e pelo seu despotismo, longe daquele Reino de Deus que se constitui de Sua Justiça.

*

A dor há de vir realizar a obra que não foi possível ao amor edificar por si mesmo Todavia, o futuro está cheio daquela luz misericordiosa que promana do Alto para todos os corações da nova geração, dentro desse generoso labor do Espiritismo Cristão, na pedagogia renovada à luz do Evangelho do Senhor e dentro dessas edificações novas e sublimes, poder-se-á esperar o homem de amanhã, que, consciente do seu dever e da sua obrigação divina, possuirá a Terra e o Céu com os seus Infinitos Tesouros.

CALAMIDADES

CALAMIDADES

Com freqüência regular a Terra se faz visitada por catástrofes diversas que deixam rastros de sangue, luto e dor, em veemente convite à meditação dos homens.

Conseqüência natural da lei de destruição que enseja a renovação das formas e faculta a evolução dos seres, sempre conseguem produzir impactos, graças à força devastadora de que se revestem.

Cataclismos sísmicos e revoluções geológicas que irrompem voluptuosos em forma de terremotos, maremotos, erupções vulcânicas, obedecem ao impositivo das adaptações, acomodações e estruturação das diversas camadas da Terra; no seu trânsito de "mundo expiatório" para "regenerador" .

Tais desesperadores eventos impõem ao homem invigilante a necessidade da meditação e da submissão à vontade divina, do que resultam transformações morais que o incitam à elevação.

Olhados sob o ponto de vista espiritual esses flagelos destruidores têm objetivos saneadores que removem as pesadas cargas psíquicas existentes na atmosfera, que o homem elimina e aspira, em contínua intoxicação.

Indubitavelmente trazem muitas aflições pelos danos que se demoram após a extinção de vidas, arrebatadas coletivamente, deixando marcas de difícil remoção, que se insculpem no caráter, na mente e nos corpos das criaturas.

Algumas outras calamidades como as pestes, os incêndios, os desastres de alto porte são resultantes do atraso moral e intelectual dos habitantes do planeta, que, no entanto, lhes constituem desafios, que de futuro podem remover ou deles precatar-se. (À véspera havia irrompido, em São Paulo, o incêndio do Edificio Joelma, que arrebatou mais de 170 vidas e revelou alguns heróis. Descrito e analisado no livro Éramos seis)

As endemias e epidemias que varriam o planeta no passado, continuamente, com danos incalculáveis, em grande parte são, hoje, capítulo superado, graças às admiráveis conquistas decorrentes da "revolução tecnológica" e da abnegação de inúmeros cientistas que se sacrificaram para a salvação das coletividades. Muitas outras que ainda constituem verdadeiras catástofres, caminham para oportunas vitórias do engenho e da perseverança humana.

Há, também, aquelas resultantes da imprevidência, da invigilância, por meio das quais o homem irresponsável se autopune, mediante os rigores dos sofrimentos decorrentes das desencarnações precipitadas, através de violentos sinistros e funestas ocorrências ...

Pareceriam desnecessárias as aflições coletivas que arrebatam justos e injustos, bons e maus, se olhados os saldos precipitadamente. Conveniente, todavia, refletir quanto à justeza das leis divinas que recorrem a métodos purificadores e liberativos, de que os infratores e defraudadores das Leis e da Ordem não se podem furtar ou evitar.

Comparsas de hediondas chacinas; grupos de vândalos que se aliciam na desordem e usurpação; maltas de inveterados agressores que se indentificam em matanças e destruições; corsários e marinhagens desvairados em acumpliciamentos para pilhagens criminosas; soldadesca mercenária, impiedosa e avassaladora, que se refestela, brutal, na inocência imolada selvagemente; incendiários contumazes de lares e celeiros, em hordas nefastas e contínuas; bandos bárbaros de exterminadores, que tudo assolam por onde passam; cúmplices e seviciadores de vítimas inermes que lhes padecem as constrições danosas; pesquisadores e cientistas impenitentes, empedernidos pelas incessantes experiências macabras de que se nutrem em agrupamentos frios; legisladores sádicos e injustos que se desforçam nas gerações débeis que esmagam; conquistadores arbitrários, carniceiros, que subjugam cidades nobres, tornando suas vítimas cadáveres insepultos, enquanto se banqueteiam em sangue e estupor; mentes vinculadas entre si por estranhas amarras de ódio, ciúme e inveja que incendeiam paixões, são reunidos novamente em vidas futuras, atravessando os portais da Imortalidade, através de resgates coletivos, como coletivamente espoliaram, destruíram, escarneceram, aniquilaram, venceram os que encontravam à frente e consideravam impedimentos à sua ferocidade e barbaria, vandalismo e estroinice, a fim de que se reajustem, no concerto Cósmico da Vida, servindo também de escarmento para os demais, que, não obstante se comovem ante as desgraças que os surpreendem, cobrando-lhes as graves dívidas, prosseguem, atônitos e desregrados, em atitudes infelizes sem que lhes hajam constituído lições valiosas, capazes de converter-se em motivo de transformação interior.

Construtores gananciosos que se fazem instrumento para cobranças negativas, maquinistas e condutores de veículos displicentes, que favorecem tragédias volumosas, homens que vendem a honradez e sabem que determinadas calamidades têm origem nas suas mentes e mãos, embora ignorados pela Justiça humana não se furtarão à Consciência Divina neles mesmos insculpida, que lhes exigirá retorno ao proscênio em que se fizeram criminosos ignorados para tornarem-se heróis, salvando outros e perecendo, como necessidade purificadora de que se alçarão, depois, à paz.

Não constituem castigos as catástrofes que chocam uns e arrebatam outros, antes significam justiça integral que se realiza.

Enquanto o egoísmo governe os grupos humanos e espalhe suas torpes sementes, em forma de presunção, de ódio, de orgulho, de indiferença à aflição do próximo, a Humanidade provará a ardência dos desesperos coletivos e das coletivas lágrimas, em chamamentos severos à identificação com o bem e o amor, à caridade e ao sacrifício.

Como há podido pela técnica superar e remover vários fatores de calamidades, pelas conquistas morais conseguirá, a pouco e pouco, suplantar as exigências transitórias de tais injunções redentoras.

Não bastassem as legítimas concessões do ajustamento espiritual, as calamidades fazem que os homens recordem o poder indômito de forças superiores que os levam a ajustar-se à sua pequenez e emular-se para o crescimento que lhes acena.

Tocados pelas dores gerais, partícipes das angústias que se abatem sobre os lares vitimados pela fúria da catástrofe, ajudemo-nos e oremos, formando a corrente da fraternidade santificante e, desde logo, estaremos construindo a coletividade harmônica que atravessará o túmulo em paz e esperança, com os júbilos do viajor retomando ditoso à Pátria da ventura.

Joanna de Ângelis



CALAMIDADES E PROVAÇÕES

O homem desejou recursos para mais facilmente abrir estradas e a Divina Providência lhe suscitou a idéia de reunir areia à nitroglicerina, em cuja conjugação despontou a dinamite. A comunidade beneficiou-se da descoberta, no entanto, certa facção organizou com ela a bomba destruidora de existências humanas.

O homem pediu veículos que lhe fizessem vencer o espaço, ganhando tempo, e o Amparo Divino ofereceu-lhe os pensamentos necessários à construção das modernas máquinas de condução e transporte. Essas bênçãos carrearam progresso e renovação para todos os setores das aquisições planetárias, entretanto, apareceram aqueles que desrespeitam as leis do trânsito, criando processos dolorosos de sofrimento e agravando débitos e resgates, nos princípios de causa e efeito.

O homem solicitou apoio contra a solidão psicológica e a Eterna Bondade, através da ciência, lhe concedeu o telégrafo, o rádio e o televisor, aproximando as coletividades e integrando no mesmo clima de aperfeiçoamento e cultura. Apesar disso, junto desses nobres empreendimentos, surgiram aqueles que se valem de tão altos instrumentos de comunicação e solidariedade para a disseminação da discórdia e da guerra.

O homem rogou medidas contra a dor e a Compaixão Divina lhe enviou os anestésicos, favorecendo-lhe o tratamento e o reequilíbrio no campo orgânico. Ao lado dessas concessões, porém, não faltam aqueles que transformam os medicamentos da paz e da misericórdia em tóxicos de deserção e delinqüência.

O homem pediu a desintegração atômica, no intuito de senhorear mais força, a fim de comandar o progresso, e a desintegração atômica está no mundo, ignorando-se que preço pagará o Orbe Terrestre, até que essa conquista seja respeitada fora de qualquer apelo à destruição.

Como é fácil observar, Deus concede sempre ao homem as possibilidades e vantagens que a Inteligência Humana resolve requisitar à Sabedoria Divina. Por isso mesmo, as calamidades que surjam nos caminhos da evolução no mundo, não ocorrem obviamente, sob a responsabilidade de Deus.

André Luiz por
Francisco Cândido Xavier
Livro "Buscas e Acharás"
Editora IDEAL