sábado, 24 de agosto de 2013

Face-a-Face

"O homem tem que progredir. Insulado, não lhe é isso possível, por não dispor de todas as faculdades. Falta-lhe o contacto com os outros homens. No insulamento, ele se embrutece e estiola."

"Homem nenhum possui faculdades completas. Mediante a união social é que elas umas às outras se completam, para lhe assegurarem o bem-estar e o progresso. Por isso é que, precisando uns dos outros, os homens foram feitos para viver em sociedade e não insulados."

O Livro dos Espíritos
Questão 768
Paris, 1857
 

 
Facebook torna pessoas menos felizes, diz estudo
Baseado em artigo de Diane Swanbrow - Umich
15/08/2013



O Facebook ajuda as pessoas a se sentirem mais conectadas, mas isso não significa necessariamente torná-los mais felizes.
 
Na verdade, o uso do Facebook prediz um declínio no bem-estar do usuário, segundo o primeiro estudo publicado a examinar a influência do Facebook sobre a felicidade e a satisfação das pessoas - o que já havia sido mostrado é que, quanto mais amigos no Facebook, maior é o estresse.
 
Os cientistas da Universidade de Michigan (EUA) publicaram seus resultados na revista científica PLoS ONE.
 
"Na aparência, o Facebook fornece um recurso inestimável para preencher a necessidade humana básica de conexão social", disse Ethan Kross, autor principal do artigo. "Mas, ao invés de melhorar o bem-estar, descobrimos que o uso de Facebook prevê o resultado oposto - ele mina o bem-estar."
 
"Este é um resultado de extrema importância porque vai ao cerne da influência que as redes sociais podem ter na vida das pessoas", disse John Jonides, outro autor do estudo.
 
Facebook e felicidade
 
Os pesquisadores avaliaram adultos jovens, que são o principal público do Facebook. Todos tinham contas no Facebook e podiam acessá-lo por seus telefones inteligentes.
 
Eles usaram o Método da Amostragem da Experiência (MAE) - uma das técnicas mais confiáveis para medir como as pessoas pensam, sentem e se comportam de momento a momento em suas vidas diárias - para avaliar o seu bem-estar subjetivo ao postar mensagens na rede social em momentos aleatórios, cinco vezes por dia, durante duas semanas.
 
A principal conclusão é que, quanto mais as pessoas usaram o Facebook durante um período de tempo, pior elas se sentiam posteriormente.
 
Os autores também pediram aos voluntários para avaliar o seu nível de satisfação com a vida no início e no final do estudo.
 
Eles descobriram que, quanto mais os participantes usaram o Facebook durante o período de estudo de duas semanas, mais seus níveis de satisfação com a vida diminuíram no mesmo período.
 
Interação face-a-face aumenta felicidade
 
É importante ressaltar que os pesquisadores não encontraram nenhuma evidência de que interagir diretamente com outras pessoas via telefone ou face-a-face tenham influenciado negativamente o bem-estar.
 
Em vez disso, eles descobriram que as interações diretas com outras pessoas levaram os voluntários a se sentirem melhor ao longo do tempo.
 
Os pesquisadores também não encontraram nenhuma evidência para duas possíveis explicações alternativas para a constatação de que o Facebook mina a felicidade.
 
A primeira é que as pessoas não eram mais propensas a usar o Facebook quando estavam se sentindo mal.
 
A segunda é que, embora as pessoas se mostrassem mais propensas a usar o Facebook quando estavam sós, a solidão e o uso do Facebook funcionaram como preditores independentes de quanto os participantes posteriormente se sentiam felizes, ou seja, as duas coisas não apontavam para os mesmos resultados.
 

 
Quanto mais amigos no Facebook, maior é o estresse
Redação do Diário da Saúde
04/01/2013

Gente demais
 
Ter um grande número de amigos no Facebook pode inchar o seu ego.
 
Mas pode inflar ainda mais o seu estresse.
 
Um relatório compilado por pesquisadores da Universidade de Edimburgo (Escócia) mostra que, quanto maior é o grupo de amigos de um usuário do Facebook, maior é o estresse da pessoa.
 
Em particular, ter pessoas de idades muito diferentes em sua lista de amigos aumenta a possibilidade de estresse.
 
Conflito de gerações
 
O estresse surge quando um usuário apresenta um lado de si mesmo que é inaceitável para alguns de seus amigos online, tais como xingamentos, posturas excessivamente atrevidas ou relatos de beber ou fumar.
 
Isso pode se chocar com as expectativas dos amigos, sobretudo chefes, colegas de trabalho, pais ou outros membros da família.
 
Esses choques aumentam o estresse do usuário, provavelmente por causa das preocupações com o que esses amigos poderão achar de suas "posturas mais audazes".
 
Mantendo o "ex"
 
Os pesquisadores identificaram sete diferentes círculos sociais entre os amigos no Facebook.
 
Os mais comuns são amigos da vida real (97% das pessoas os adicionam como amigos online), seguidos por família (81%), irmãos (80%), amigos de amigos (69%) e colegas (65%).
 
Uma curiosidade inédita é que as pessoas costumam adicionar mais os seus "ex" do que os seus atuais parceiros - somente 56% dos usuários são amigos online dos namorados ou esposa/marido, mas 64% deles têm os "ex" em suas listas de amigos.
 

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Evolução Solidária

"O choque, que o homem experimenta, do egoísmo dos outros é o que muitas vezes o faz egoísta, por sentir a necessidade de colocar-se na defensiva. Notando que os outros pensam em si próprios e não nele, ei-lo levado a ocupar-se consigo, mais do que com os outros. Sirva o princípio da caridade e da fraternidade de base às instituições sociais, às relações legais de povo a povo e de homem a homem, e cada um pensará menos na sua pessoa, assim veja que outros nela pensaram. Todos experimentarão a influência moralizadora do exemplo e do contacto. Em face do atual extravasamento de egoísmo, grande virtude é verdadeiramente necessária, para que alguém renuncie à sua personalidade em proveito dos outros, que, de ordinário, absolutamente lhe não agradecem. Principalmente para os que possuem essa virtude, é que o reino dos céus se acha aberto. A esses, sobretudo, é que está reservada a felicidade dos eleitos; pois em verdade vos digo que, no dia da justiça, será posto de lado e sofrerá pelo abandono, em que se há de ver, todo aquele que somente em si houver pensado."
 
O Livro dos Espíritos
Questão 917
Paris, 1857
 

 
Evolução irá puni-lo se você for egoísta e sovina
Redação do Diário da Saúde
05/08/2013

Outro estudo recente defende a sobrevivência do mais bondoso, em contraste com o "cada um por si" de várias interpretações da teoria da evolução pela seleção natural.
 
Dois biólogos evolucionistas estão anunciando novas evidências de que a evolução natural não favorece indivíduos egoístas.
 
Os dados refutam uma teoria contrária, que chamou a atenção em 2012.
 
"Nós descobrimos que a evolução irá puni-lo se você for egoísta e sovina", afirmam Christoph Adami e Arend Hintze, professores de microbiologia e genética molecular da Universidade do Estado de Michigan (EUA).
 
"Por um curto período de tempo e contra um conjunto específico de adversários, alguns organismos egoístas podem sair na frente. Mas o egoísmo não é evolucionariamente sustentável", garantem eles.
 
Sobrevivência do mais bondoso
 
Grande parte das pesquisas científicas dos últimos 30 anos esteve centrada sobre a forma como a cooperação surgiu entre os seres vivos, uma vez que ela é encontrada na maioria das formas de vida, dos organismos unicelulares até os humanos.

Em 2012, porém, um artigo científico revelou uma estratégia - chamada determinante zero - que permite que competidores egoístas superem os competidores cooperativos.
 
"O artigo causou uma grande celeuma", disse Adami. "O principal resultado parecia ser completamente novo, apesar de 30 anos de pesquisas intensas nesta área."
 
Adami e Hintze tiveram dúvidas sobre se seguir uma estratégia do tipo determinante zero (DZ) poderia realmente eliminar a cooperação e criar um mundo cheio de seres egoístas.
 
Então eles usaram simulações computadorizadas para executar centenas de milhares de "passos evolutivos", imitando o que acontece com os organismos vivos ao longo de milhares de gerações.
 
Evolução do egoísmo para a cooperação
 
Os resultados mostraram que as estratégias do tipo DZ (determinante zero) nunca emergem como produto da evolução biológica.
 
Embora as estratégias DZ [egoístas] ofereçam vantagens quando são usadas contra oponentes não-DZ [solidários], elas não funcionam bem contra outros adversários DZ. Ou seja, os egoístas eliminam-se mutuamente, e não sabem agir contra os cooperadores.
 
"A única maneira de um estrategista egoísta sobreviver seria se ele pudesse reconhecer os seus adversários egoístas", explica Hintze. "E mesmo se os estrategistas egoístas continuarem ganhando, de forma a restarem apenas estrategistas egoístas, no longo prazo eles teriam que evoluir deixando de ser egoístas e tornando-se mais cooperativos. Então eles não seriam mais egoístas."
 
Se eles não evoluirem, essa pretensa população egoísta é levada à extinção.
 
O estudo, que será publicado na revista Nature Communications, baseou-se na teoria dos jogos, que é usada na biologia, economia, ciência política e outras disciplinas para simular interações difíceis de estudar na vida real.
 

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Resignação Dinâmica

"Meu Pai, se é possível, passa de mim este cálice;
todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres.
(...) se este cálice não pode passar sem que eu o beba,
faça-se a tua vontade."
Jesus (Mateus, capítulo 26)
 


Aceitação é chave para felicidade na velhice
Redação do Diário da Saúde
06/08/2013

Quando os idosos perdem o controle sobre a própria mobilidade e o local onde devem viver, aqueles que se adaptam e aceitam o que não pode ser alterado sentem-se mais felizes.
 
Na verdade, quando se trata da satisfação com a vida, a capacidade de aceitar o que não pode ser alterado é tão importante quanto a sensação de ser capaz de exercer controle sobre a própria vida.
 
Foi o que concluíram Jaclyn Broadbent, Shikkiah de Quadros-Wander e Jane McGillivray, da Universidade Deakin (Austrália).
 
Controle e adaptação
 
Envelhecer com satisfação tem sido associado com a manutenção de um senso de controle sobre a própria vida.
 
Mas o estudo mostrou que não, que é possível ser tão feliz com, quanto sem, controle sobre a própria vida.
 
A chave para isso é a capacidade de aceitar a própria situação.
 
A percepção de controle sobre a própria vida tem dois componentes.
 
O controle primário refere-se à capacidade de fazer alterações no meio ambiente de acordo com seu desejo ou necessidade.
 
O controle secundário descreve a capacidade para fazer alterações cognitivas dentro de si mesmo para se adaptar ao meio ambiente - por exemplo, quando os idosos passam a viver em abrigos.
 
Na verdade, o controle secundário oferece uma margem de manobra para perdas no controle primário, ajudando-nos a aceitar o que não pode ser mudado.
 
Pesos iguais
 
As pesquisadoras avaliaram as diferenças nos níveis de satisfação com a vida e de controle entre 101 pessoas idosas que vivem em lares de idosos e outros 101 que vivem na comunidade.
 
Elas também compararam a forma como os dois tipos de controle podem prever o bem-estar dos idosos. E os resultados foram semelhantes.
 
"A fim de proteger o bem-estar das pessoas idosas, a adaptação envolve tanto a sensação de controle quanto a aceitação ativa do que não pode ser alterado."
 
"A percepção dos controles primário e secundário podem predizer a satisfação dos idosos na mesma intensidade, dependendo da situação da pessoa", dizem as pesquisadoras.

Fonte: DiarioDaSaude

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Ciência e Prosperidade

Indo sempre a população na progressão crescente que vemos, chegará tempo em que seja excessiva na Terra?

"Não, Deus a isso provê e mantém sempre o equilíbrio. Ele coisa alguma inútil faz. O homem, que apenas vê um
canto do quadro da Natureza, não pode julgar da harmonia do conjunto."
 
Será contrário à lei da Natureza o aperfeiçoamento das raças animais e vegetais pela Ciência? Seria mais conforme a essa lei deixar que as coisas seguissem seu curso normal?

"Tudo se deve fazer para chegar à perfeição e o próprio homem é um instrumento de que Deus se serve para atingir seus fins. Sendo a perfeição a meta para que tende a Natureza, favorecer essa perfeição é corresponder às vistas de Deus."
 
O Livro dos Espíritos
Questões 687 e 692



Revolução agrícola: Tecnologia pode dispensar fertilizantes na agricultura
 
Redação do Site Inovação Tecnológica - 30/07/2013
 
O professor Edward Cocking garante que as plantas não são geneticamente modificadas, apenas se utilizam de uma relação simbiótica com uma bactéria natural.

Revolução agrícola
 
Um pesquisador da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, garante ter feito uma descoberta que poderá mudar a forma como a humanidade cultiva seus alimentos.
 
Ele desenvolveu plantas que sintetizam o nitrogênio diretamente do ar atmosférico, dispensando o uso de fertilizantes na agricultura.
 
A adoção da agricultura é vista como um divisor de águas na história da humanidade, quando o homem deixou para trás as práticas de caça e coleta, modos de subsistência típicas dos demais animais.
 
A segunda revolução veio no início do século passado, com o desenvolvimento do processo Haber-Bosch, que permitiu a fabricação de fertilizantes sintéticos, impulsionando a agricultura e permitindo que a humanidade passasse de 1,6 milhão de habitantes em 1900 para os cerca de 7 bilhões atuais.
 
O problema é que, se os fertilizantes são bons para as culturas humanas, eles estão longe de serem benignos para o meio ambiente. A poluição causada pelo nitrogênio é uma das grandes preocupações dos ambientalistas, incluindo os danos causados pelos nitratos, pela amônia e pelos óxidos de nitrogênio.
 
Fixação do nitrogênio
 
Agora, o Dr. Edward Cocking garante ter descoberto uma tecnologia que permite que todas as culturas de grãos do mundo capturem o nitrogênio do ar, acabando com a dependência dos fertilizantes e potencialmente iniciando uma terceira revolução agrícola.
 
A fixação do nitrogênio, o processo pelo qual o nitrogênio é convertido em amônia, é vital para que as plantas sobrevivam e cresçam.
 
No entanto, apenas um número muito pequeno de plantas, a maioria leguminosas (como ervilha, feijão e lentilha) têm a capacidade de fixar o nitrogênio a partir da atmosfera, com a ajuda de bactérias fixadoras de nitrogênio.
 
A grande maioria das plantas precisa obter o nitrogênio a partir do solo, o que significa que a as culturas comerciais em todo o mundo dependem dos fertilizantes nitrogenados sintéticos - para isso, o homem usa o processo Haber-Bosch para sintetizar a amônia e fabricar os fertilizantes.
 
Sem modificação genética
 
Agora, o professor Cocking desenvolveu uma técnica para inserir bactérias fixadoras de nitrogênio nas células das raízes das plantas.
 
Seu ovo de Colombro ficou de pé quando ele descobriu uma cepa específica de bactérias fixadoras de nitrogênio na cana-de-açúcar capaz de colonizar intracelularmente todas as principais plantas cultivadas comercialmente.
 
Em seus experimentos, ele verificou que a fixação da bactéria nas raízes dá a praticamente todas as plantas a capacidade de fixação do nitrogênio a partir do ar.
 
Segundo o pesquisador, a técnica não é nem modificação genética e nem bioengenharia, já que usa tão somente uma bactéria natural, que tem a capacidade de fixar o nitrogênio a partir do ar.
 
Inserida no interior das células das plantas através da semente, a bactéria dá a cada célula a capacidade de fixar nitrogênio diretamente da atmosfera.
 
Segundo Cocking, que batizou sua tecnologia de N-Fix, as sementes da planta são revestidas com estas bactérias a fim de criar uma relação simbiótica - mutuamente benéfica - e produzir nitrogênio naturalmente.
 
Testes de campo
 
Tudo foi testado em laboratório, e pareceu funcionar como esperado. Agora é só esperar os testes de campo.
 
A Universidade já licenciou a tecnologia para a empresa Azotic Technologies, que vai tentar obter autorização para o uso do N-Fix em vários países, incluindo o Brasil.

Fonte: InovacaoTecnologica