domingo, 6 de maio de 2012

O que Deus uniu

"Aproximaram-se dele alguns fariseus que o experimentavam, dizendo: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo? Respondeu-lhe Jesus: Não tendes lido que o Criador os fez desde o princípio homem e mulher, e que ordenou: 'Por isso deixará o homem pai e mãe, e unir-se-á a sua mulher; e serão os dois uma só carne?' Assim já não são mais dois, mas um só carne. Portanto o que Deus ajuntou, não o separe o homem. Responderam-lhe: Então por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la? Disse-lhes ele: Pela dureza de vossos corações Moisés vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas não foi assim desde o princípio. Eu vos digo porém, que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de infidelidade, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério. Disseram-lhe os discípulos: Se tal é a condição do homem relativamente à mulher, não convém casar. Ele, porém, lhes disse: Nem todos podem aceitar esta palavra, mas somente aqueles a quem é dado. Porque há eunucos que nasceram assim; e há eunucos que pelos homens foram feitos assim; e outros há que a si mesmos se fizeram eunucos por causa do reino dos céus. Quem pode aceitar isso, aceite-o."

Mateus, capítulo 19
 

 
Um famoso professor se  encontrou com um grupo de jovens que falava contra o  casamento.

Argumentavam que o que  mantém um casal é o romantismo e que é preferível acabar com a relação quando  este se apaga, em vez de se submeter à triste monotonia do  matrimônio.

O mestre disse que  respeitava sua opinião, mas lhes contou a seguinte história:

Meus pais viveram 55 anos casados. Numa manhã minha mãe descia a escada para preparar o café e  sofreu um enfarto.

Meu pai correu até ela,  levantou-a como pôde e quase se arrastando, a levou até à  caminhonete. Dirigiu a toda  velocidade até o hospital, mas quando chegou, infelizmente ela já estava  morta.

Durante o Velório, meu  pai não falou. Ficava o tempo todo  olhando para o nada. Quase não chorou. 

Eu e meus irmãos  tentamos, em vão, quebrar a nostalgia recordando momentos  engraçados.

Na hora do  sepultamento, papai, já mais calmo, passou a mão sobre o  caixão e falou com sentida emoção: 

Meus filhos, foram  55 bons anos... Ninguém pode falar do  amor verdadeiro se não tem idéia do que é o compartilhar a vida com alguém por  tanto tempo. 

Fez uma pausa,  enxugou as lágrimas e continuou: 

Ela e eu tivemos juntos muitas crises. Mudei de emprego,  renovamos toda a mobília quando vendemos a casa e mudamos de  cidade.

Compartilhamos a  alegria de ver nossos filhos concluírem a faculdade, choramos um ao lado do  outro quando entes queridos partiam.

Oramos juntos na sala  de espera de alguns hospitais, nos apoiamos na hora da dor, trocamos abraços em  cada Natal, e perdoamos nossos erros...

Filhos, agora ela se  foi e eu estou contente. E vocês sabem por quê?

Porque ela se foi antes  de mim e não teve que viver a agonia e a dor de me enterrar, de ficar só depois  da minha partida. Sou eu que vou passar por essa situação, e agradeço a Deus por isso. Eu a amo tanto que não  gostaria que sofresse assim... 

Quando meu pai  terminou de falar, meus irmão e eu estávamos com os rostos cobertos de lágrimas. Nós o abraçamos e ele nos consolava, dizendo: 

Está tudo bem, meus  filhos, podemos ir para casa.

E por fim o professor  concluiu: 

Naquele dia entendi o que é o verdadeiro amor. Está muito além do romantismo e do erotismo, mas se vincula ao trabalho e ao  cuidado a que se dedicam duas pessoas realmente  comprometidas.

Quando o mestre  terminou de falar, os jovens universitários não puderam argumentar. Pois esse tipo de amor era algo que não conheciam.

O verdadeiro AMOR se  revela nos pequenos gestos, no dia a dia e por  todos os dias.

O verdadeiro AMOR não é  egoísta, nem é presunçoso, nem alimenta o desejo de posse sobre a pessoa amada. 

QUEM CAMINHA SOZINHO PODE  ATÉ CHEGAR MAIS RÁPIDO, MAS AQUELE QUE VAI  ACOMPANHADO, COM CERTEZA, CHEGA MAIS  LONGE.

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