domingo, 12 de junho de 2016

O Evangelho Segundo Chico Xavier: Desapropriação


"Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me.
Pois quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas quem perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, salvá-la-á."
Jesus (Marcos, capítulo 8)

"Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos."
Jesus (João, capítulo 15)
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Chico chegara, afinal,  aos cem livros psicografados. Porém, ao dizer ao seu guia espiritual, Emmanuel, que desejava "diminuir o ritmo" de trabalho, suas expectativas receberam mais um balde de água fria, como já havia acontecido antes.

Segundo Chico Xavier, a resposta do seu mentor foi: "Estou na obrigação de dizer a você que os mentores da vida superior que nos orientam expediram uma instrução. Ela determina que sua atual encarnação seja desapropriada em benefício da divulgação dos princípios espíritas-cristãos. Sua existência, do ponto de vista físico, fica à disposição das entidades espirituais que possam colaborar na execução das mensagens e livros, enquanto seu corpo se mostre apto para nossas atividades".

Inconformado, Chico voltou a perguntar: "Devo trabalhar na recepção de mensagens e livros até o fim da minha vida atual?".

"Sim", disse Emmanuel. "E se eu não quiser? A doutrina espírita ensina que somos portadores do livre-arbítrio para decidir sobre nossos próprios caminhos", insurgiu-se o médium.

E Emmanuel então explicou: "A instrução a quem me refiro é semelhante a um decreto de desapropriação quando lançado por uma autoridade na Terra. Se você recusar o serviço a que me reporto, os orientadores dessa obra de nos dedicarmos ao cristianismo redivivo terão autoridade bastante para retirar você de seu atual corpo físico".

O dialogo terminou por aí.

Chico Xavier: um doce olhar para o além
Sebastião Aguiar
Editora Globo
São Paulo, 2010.

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