terça-feira, 17 de maio de 2016

Otimismo, autoconhecimento e evolução


"Não estejais ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer, ou pelo que haveis de beber; nem, quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestuário?(...) Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal." - "a vida do homem não consiste na abundância das coisas que possui." Jesus (Mateus, capítulo 5 - Lucas, capítulo 12)
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"Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?

"Um sábio da antiguidade vo-lo disse:  Conhece-te a ti mesmo."

O Livro dos Espíritos
Questão 919
Paris, 1857
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Os contentes herdarão a Terra, diz nova teoria da evolução

13/05/2016

Nenhuma estratégia egoísta terá sucesso na evolução, dizem os estudos: O gene generoso: Generosidade vence egoísmo na evolução.
 
Evolução do mais firme

A sobrevivência do mais apto fisicamente pode não ser o núcleo central da evolução natural das espécies. Na verdade, tudo pode ser uma questão da sobrevivência daquele que tem uma visão mais otimista da vida.

Pesquisadores da Universidade de Cornell (EUA) afirmam que ter uma atitude positiva e firme mostrou ser o elemento mais vantajoso à sobrevivência da espécie em um modelo computacional que simula a evolução natural da vida.

Os resultados dão suporte científico a insights filosóficos registrados desde a Antiguidade na China, Grécia e Índia, que incentivam a cultivar o contentamento a longo prazo e a satisfação com a vida, em vez de se agarrar à alegria fugaz das gratificações instantâneas, disseram os pesquisadores.

"Em um sentido evolutivo, você tem que avaliar sua vida com base em algo além do que meramente naquilo que está acontecendo agora," afirma Shimon Edelman, que realizou o estudo juntamente com sua colega Yue Gao.

Evolução otimista

Como se trata de um modelo computacional, os seres que interagem, se reproduzem e evoluem são "agentes de software". Esse tipo de modelo permite variar largamente o comportamento dos agentes e realizar uma evolução acelerada, na qual a duração das eras é limitada apenas pela velocidade do computador que roda o programa.

Os agentes que sobreviveram para produzir descendentes foram aqueles que deram mais peso para a felicidade a longo prazo, especialmente quando a comida era escassa. Eles também se "lembraram" da felicidade passada - colheram os efeitos desse comportamento - por um período de tempo mais longo do que seus concorrentes menos bem-sucedidos.

Não importa se o alimento era abundante ou escasso, os agentes que tinham uma visão mais positiva - dar mais importância aos aspectos positivos do que aos negativos em cada situação - também se mostraram mais capacitados à evolução. Seus concorrentes que deram mais atenção à satisfação das necessidades de curto prazo e assumiram uma atitude negativa morreram.

E quando os agentes ficavam comparando seus recursos alimentares com os de seus amigos, eles se saíam pior justamente quando o alimento era mais abundante.

O estudo é baseado em uma estrutura computacional integrativa que ajuda a compreender o sistema cérebro/mente, na qual as mentes são vistas como feixes de processos computacionais implementados pelos cérebros encarnados e fisicamente e socialmente situados.

A estrutura computacional permite aos pesquisadores testar modelos funcionais explícitos de emoções.

Caminho para a felicidade

Mas o que o estudo diz para aqueles que buscam um caminho claro para a felicidade? "Conhece-te a ti mesmo," disse Edelman, repetindo o dito de Sócrates.

"Em vez de confiar cegamente em conselhos de autores de autoajuda sobre como ser feliz, dedique-se a conhecer a si mesmo - como é o seu cérebro/mente, como ele funciona e como interage com o mundo - e você estará em uma melhor posição para decidir por si mesmo," aconselhou Edelman.

O estudo, chamado "Entre o prazer e contentamento: Dinâmica Evolucionária de Alguns Possíveis Parâmetros de Felicidade possível", foi publicado na revista científica PLoS ONE.

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