terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Ainda Hoje...


"Então um dos malfeitores que estavam pendurados, blasfemava dele, dizendo: Não és tu o Cristo? salva-te a ti mesmo e a nós.
Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Nem ao menos temes a Deus, estando na mesma condenação?
E nós, na verdade, com justiça; porque recebemos o que os nossos feitos merecem; mas este nenhum mal fez.
Então disse: Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino.
Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso."


Lucas, capítulo 23



Que consequência produz o arrependimento no estado corporal?

"Fazer que, já na vida atual, o Espírito progrida, se tiver tempo de reparar suas faltas.
Quando a consciência o censura e lhe mostra uma imperfeição, o homem pode sempre melhorar-se."

O Livro dos Espíritos
Questão 992
Paris, 1857




Ladrão se arrepende e devolve dinheiro roubado de vítima: 'Peço que me perdoe'

Publicado por Ylena Luna - 23 horas atrás

"Quem me protege não dorme". A frase no final do relato feito no Facebook do carioca Eduardo Goldenberg, 42 anos, é o resumo que ele dá para uma curiosa história ocorrida no réveillon, em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Depois de ter a carteira furtada no trajeto para a festa de ano-novo na casa de amigos, o advogado foi surpreendido, na terça-feira com um envelope branco, com quase todo o dinheiro que estava no objeto subtraído e uma carta com pedido de desculpas do ladrão.

Ele contou que saiu da casa onde mora, na Tijuca, na Zona Norte do Rio, para as tradicionais comemorações do ano-novo. Mas fugiu da regra de levar apenas a chave de casa, dinheiro e um documento de identificação. "Nesse último réveillon, sem qualquer razão aparente, saí de casa com a carteira que uso no meu dia-a-dia: cheia de documentos, carteira da OAB, cartões de banco, da seguradora, carteira do plano de saúde, do programa de sócio-torcedor do Flamengo, meus cartões de visita, tudo. E R$ 1.017,00 em dinheiro", relatou na internet.

Ao chegar à estação Siqueira Campos, em Copacabana, ele sentiu quando alguém colocou a mão no bolso esquerdo da bermuda e levou o item de valor. Não houve tempo para reação, por conta da rapidez do criminoso. "Nada disso importa, é 31 de dezembro, que façam bom uso do dinheiro, dos documentos eu peço a segunda via e vamos pra festa que é o que interessa", pensou.

No primeiro dia de 2016, ele recebeu uma mensagem pelo Facebook de uma pessoa que afirmava ter encontrado a carteira dele nas proximidades de onde o advogado havia passado o réveillon. Eduardo Goldenberg conseguiu então recuperar a carteira com os documentos, mas sem o dinheiro e os cartões de visita.

Envelope branco

A surpresa veio na terça-feira, já que ele não havia ido trabalhar na segunda-feira. Segundo o relato dele no Facebook, ao chegar ao escritório, ele se deparou com um envelope branco fechado, sem nada escrito nem na frente e nem no verso, com considerável volume dentro. "Senti que era dinheiro, só no tato. Entrei, já aflito. Tranquei a porta. Acendi as luzes, sentei-me, pus os óculos, abri com cuidado o envelope e contei, atônito, R$ 967,00 em dinheiro".

O ladrão que havia furtado os pertences do advogado ainda deixou um bilhete manuscrito, contando sobre o arrependimento pelo crime. "Dr. Eduardo estou devolvendo seu dinheiro que eu peguei da sua carteira no dia 31 em Copacabana. Não dormi arrependido e peço que me perdoe. Feliz Ano Novo. Só tirei cinquenta reais pra comprar uma champanhe pra minha mãe. Fábio".

"Soco no estômago"

O empresário contou que o espanto maior foi com a "possibilidade de encontrar pessoas que ainda tem consciência". "Nós todos somos massacrados o tempo inteiro e temos profunda desesperança na sociedade. Então, uma coisa dessas acontecer é como se fosse um soco no estômago", relatou.

Ele também explica que sentiu piedade pela pessoa, mesmo diante de um crime. "Fiquei mexido, pensando na situação passada por ele, porque não é fácil fazer o que ele fez. Pensei ainda no tipo de pessoa que poderia ser, uma criança talvez, por conta da letra, por citar o presente para a mãe. (...) Não vou saber nunca quem foi, mas fiquei com pena", disse. A situação é totalmente inédita para o advogado, que agora se sente "premiado" por ter sido o alvo de um sentimento de arrependimento de outra pessoa. "É um grande prenúncio de coisas boas para o ano", concluiu.

Fonte: JusBrasil


sábado, 9 de janeiro de 2016

Misericórdia quero...


"Ide, pois, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifícios."

Jesus (Mateus, capítulo 9)
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Desaparecerá algum dia, da legislação humana, a pena de morte?

"Incontestavelmente desaparecerá e a sua supressão assinalará um progresso da Humanidade. Quando os homens estiverem mais esclarecidos, a pena de morte será completamente abolida na Terra. Não mais precisarão os homens de ser julgados pelos homens. Refiro-me a uma época ainda muito distante de vós."

"Assim é que o que pareceu justo, numa época, parece bárbaro em outra. Só as leis divinas são eternas; as humanas mudam com o progresso e continuarão a mudar, até que tenham sido postas de acordo com as de Deus."

O Livro dos Espíritos
Questões 760 e 763
Paris, 1857
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Por que a pena de morte tem sido cada vez menos usada nos EUA?

De acordo com relatório divulgado nesta quarta-feira, dia 16 de dezembro, pelo Death Penalty Information Center (Centro de Informações sobre a Pena de Morte), em 2015 os Estados Unidos registraram um número historicamente baixo de execuções e sentenças de morte.

O relatório do Death Penalty Information Center

Segundo o relatório do Death Penalty Information Center houve uma queda de 20% nas execuções em relação a 2014. As 28 execuções registradas em 2015 também é o menor número desde 1991, quando 14 prisioneiros foram executados.

Neste ano, 14 Estados e o governo federal sentenciaram 49 pessoas à morte. Em 2014, foram 73.

Os Estados do Texas, Missouri e Georgia foram responsáveis por 86% das execuções.

Concentração geográfica

Segundo Robert Dunham, diretor-executivo do Death Penalty Information Center:

"Há cada vez mais evidências de que a pena de morte está não apenas se tornando mais rara, mas também concentrada em um número muito pequeno de Estados e condados", disse.

A pena de morte é adotada em 31 estados americanos e também pelo governo federal. Outros dezoito Estados aboliram a prática.

Razões para o declínio

De acordo com Dunham, diversos fatores explicam o declínio no uso da pena de morte:

"Um dos principais é o fato de que o público americano está cada vez mais preocupado com a possibilidade de que inocentes tenham sido condenados à morte ou executados", argumenta.

156 pessoas no corredor da morte foram exoneradas depois que se comprovou que eram inocentes. Somente neste ano, seis prisioneiros no corredor da morte foram exonerados de todas as acusações.

Dunham ainda aponta para casos em que a sentença se baseou em provas falsas:

"Em cinco dos seis casos de exoneração neste ano houve comprovação de má conduta por parte da acusação", diz.

O alto custo das execuções também explicaria a queda.

Mudança de opinião

Uma pesquisa do Pew Research Center deste ano revelou que apenas 56% dos americanos são favoráveis à pena de morte. Em 1995, esse percentual era de 78%.

"O apoio público à pena de morte na maioria das pesquisas caiu cerca de 20 pontos percentuais na última geração", diz Dunham.

Apesar da tendência de queda, a pena de morte ainda tem muito apoio no país. Um grupo de promotores e familiares de vítimas de assassinato na Califórnia lançou uma campanha para acelerar o processo de apelações em casos de prisioneiros no corredor da morte e reduzir os custos das execuções.

A iniciativa será votada por referendo em novembro de 2016.

Fonte: JusBrasil