quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Otimismo Terapêutico

"Não é este o filho do carpinteiro? e não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão, e Judas? E não estão entre nós todas as suas irmãs? Donde lhe vem, pois, tudo isto? E escandalizavam-se dele. Jesus, porém, lhes disse: Um profeta não fica sem honra senão na sua terra e na sua própria casa. E não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles."
 
Mateus, Capítulo 13


 
Pessoas altruístas e otimistas têm mais benefícios do efeito placebo
Redação do Diário da Saúde
24/12/2012
A ativação dos analgésicos naturais secretados pele cérebro é maior em pessoas altruístas e otimistas.
 
"Isso não vai dar certo"
 
Apesar do "poder dos placebos", não existem ainda boas teorias para explicar tanto o efeito placebo quanto o efeito nocebo.
 
Uma das principais questões em aberto é por que o efeito placebo funciona bem para algumas pessoas mas não para outras.
 
Uma equipe de neurocientistas resolveu abordar essa problemática de um ponto de vista mais holístico, e descobriu algumas correlações muito interessantes.
 
Pessoas que experimentam os melhores efeitos ao tomar placebo têm traços de personalidade tipicamente otimistas e altruístas.
 
Geralmente são pessoas que lidam bem com as dificuldades da vida e que ajudam os outros sem esperar recompensas.
 
Por outro lado, pessoas do tipo raivoso ou irritado, que costumam ter atitudes hostis em relação à vida e aos outros, não têm os mesmos benefícios do placebo.
 
Diferença no cérebro
 
Mas será que altruístas e otimistas simplesmente teriam mais força de vontade para influir nos resultados de um tratamento, ainda que fosse um tratamento falso?
 
De fato a questão é muito mais profunda - e resposta para ela está no cérebro.
 
Ao analisar as pessoas de bem com a vida, que usufruem melhor dos efeitos do placebo, os pesquisadores descobriram diferenças fisiológicas no cérebro que podem explicar os diferentes efeitos do medicamento inerte.
 
O cérebro das pessoas possui compostos químicos similares a analgésicos que respondem à dor de forma diferente dependendo do tipo da personalidade.
 
E isso determina os benefícios que poderão ser colhidos do placebo.
 
Convertendo informação em alteração biológica
 
O Dr. Jon-Kar Zubieta, da Universidade de Michigan (EUA), afirma que o estudo envolveu tratamentos para a dor, mas que os resultados também podem ser aplicados a respostas a outras circunstâncias indutoras de estresse.
 
"Nós descobrimos que a maior influência vem de uma série de fatores relacionados com a resiliência individual, a capacidade para enfrentar e superar ocorrências estressantes e situações difíceis. Pessoas com esses fatores têm a maior capacidade para capturar informações ambientais - o placebo - e convertê-las em alterações biológicas," disse ele.
 
O pesquisador acrescenta que a descoberta poderá ter implicações para o relacionamento médico-paciente.
 
Por exemplo, pacientes com determinados traços de personalidade e tendências de resposta ao placebo terão mais facilidade para discutir as opções de tratamento com o médico, discutindo francamente quaisquer preocupações quanto à resposta ao tratamento a ser adotado.
 

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