domingo, 20 de dezembro de 2009

TUDO IGUAL EM COMPENHAGUE

"Ramon, Não sou um cara muito POLITICO de estar opinando estas pautas, mas em uma reportagem em que foi mencionada que este encontro não chegaria a um ponto em comum, fiquei indignado, achei um absurdo. Me senti tão lesado, pois como é que tantos países gastam uma fortuna para se encontra e não chegam a nenhuma conclusão?? (...) Se este negocio de aquecimento global é realmente verdade... e que há medidas necessárias para que haja uma correção atmosférica, vamos fazer esta (...) Se este encontro não levar a nada vai ser pior do que as pizzas políticas Brasileiras, pois já que estes porras (politicos) não fossem para este encontro e direcionassem o dinheiro gasto pelo menos para diminuir a fome em países subdesenvolvidos, pelo menos conseguiriamos resolver problemas ddo agora... Opinião própria: O aquecimento global é uma ferramenta para abafar a crise economica mundial e ta dando certo... Daqui a um pouco vão criar bichinho, ursinho e outras lembrancinhas para verder e agente gardar de lembrança. É realmente um circo. Atc Matheus Sobral"

 
"Grande Ramon, Não sou muito de política, como o amigo pacheco, mas acredito que a improdutividade do encontro vem de um sentimento antigo e muito conhecido de todos nós: o egoísmo. Na minha visão, para que pudesse tentar se resolver este problema ecológico,  os países que mais contribuem para apoluição deveriam, entre outras medidas, baixar o seu nível de consumismo, diminuir sua "qualidade" de vida, criar desemprego fechando alguns pontos de maior preuízo, investir no reaproveitamento de áreas destinadas a condomínios de luxo e lazer, enfim, mudar drasticamente o seu modo de vida luxuoso e sedentário para um modo mais "ecologicamente correto". Esta decisão não agrada às pessoas as quais elas afetam, por este motivo desagradam também aos seus líderes(que desejam continuar líderes), e por este motivo ninguém está disposto a fazer o sacrifício que deve para tentar restaurar um pouco do equilíbrio de nossa tão sofrida Terra; ninguém quer mexer no seu modo confortável e consumista te vida, entende o meu ponto de vista? Por este motivo o Obama tem se mostrado cada vez menos aquela esperança que se achava que ele era e, também por isso, qualquer encontro que se faça nunca vai dar certo: ainda somos egoístas demais para pensarmos nos outros e no futuro. Paz contigo. João."

 
Fala, garoto!
 
De fato, somos tão insensíveis que precisamos do sofrimento e da dor para despertar (lentamente) nossa sensibilidade. As riquezas do mundo são concentradas por poucos e os prejuízos repartidos entre muitos, justamente entre os que não participam da divisão das riquezas.
 
Algumas certezas me conformtam em meio a toda essa indiferença:
 
1. O homem não tem o poder de destruir a Terra. Ele pode destruir a maior parte das formas de vida na Terra, inclusive a sua própria, mas não pode destruir completamente a vida, pois as mais resistentes sobreviveriam, muito menos o planeta todo, que após a extinção da raça humana daria um suspiro aliviado, se recuperaria e retomaria seu curso, como aconteceu cinco vezes na história natural.
 
2. Estamos grudados num grão de poeira flutuante no universo, de tão bonzinhos que somos, e por mais desatinos que cometamos jamais causaremos qualquer incômodo na ordem geral. Em escala universal, os prejuízos são desprezíveis, ficando restritos à nossa própria espécie e a algumas outras mais próximas e dependentes de nosso comportamento. Ou seja, somo micróbios universais capazes de destruir pouco além de a si próprios.
 
Com os avanços dos estudos sobre Marte, surgiu inclusive a hipótese de sermos uma espécie resultante de uma migração biológica de formas de vida que já existiram naquele planeta, que ainda contém água, já teve rios, lagos, atmosfera e talvez até vegetação. Alguns vão um pouco além e falam da extinção de uma civilização marciana predatória e suicida, que exauriu os recursos naturais do plantela, causando sua desertificação completa, deixando-o como o conhecemos hoje. Algumas edificações geométricas encontradas na superfície, impossíveis de serem produzidas pela natureza, reforçam essa tese. A má fama do planeta na cultura universal (o Deus da Guerra, o Pequeno Maligno, invasões marcianas, etc.) também. Então, é até possível que a Terra seja uma segunda chance que a gente não esteja aproveitando muito bem... Seja qual for o fim dessa história, um dia saberemos.
 
Ainda bem que o Universo é bem grande e nosso alcance bem pequeno. Por isso estamos internados aqui: não temos maturidade suficiente para usufruir de mais do que isso. Mas teremos tantas chances em quantos planetas precisarmos para amadurecer. Como respondeu Chico, perguntado o que aconteceria se destruíssemos a vida na Terra numa guerra nuclear: "Deus arruma outro lugar pra gente morar".
 
Aquele abraço!
 
Ramon de Andrade
raesa@ig.com.br
Palmares-PE

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