domingo, 22 de dezembro de 2013

Alegria dos Outros

"O homem tem que progredir. Insulado, não lhe é isso possível, por não dispor de todas as faculdades. Falta-lhe o contacto com os outros homens. No insulamento, ele se embrutece e estiola."

"Homem nenhum possui faculdades completas. Mediante a união social é que elas umas às outras se completam, para lhe assegurarem o bem-estar e o progresso. Por isso é que, precisando uns dos outros, os homens foram feitos para viver em sociedade e não insulados."
 
O Livro dos Espíritos
Questão 768
Paris, 1857
 

 
"(...) Um outro senhor se aproximou. Tinha tudo: dinheiro, saúde, família. Mas era triste. Vivia num vazio permanente.

Chico matou a charada: - Falta ao senhor a alegria dos outros."

Marcel Souto Maior
As vidas de Chico Xavier
2ª edição revista e ampliada
São Paulo, Editora Planeta, 2003
 

 
Uso frequente do celular aumenta ansiedade e diminui felicidade de estudantes
Redação do Diário da Saúde
16/12/2013
Quanto mais usam o celular, mais ansiosos e menos felizes os estudantes se sentem.
 
Os telefones celulares dos alunos raramente estão fora do alcance, mesmo quando eles estão na sala de aula, na biblioteca, ou no refeitório.
 
Mas será que o uso do telefone celular está relacionado de alguma forma com indicadores mensuráveis importantes para o sucesso do aluno, tais como as notas, seu nível de ansiedade ou seu estado geral de felicidade?
 
Andrew Lepp, Jacob Barkley e Aryn Karpinski, da Universidade Estadual de Kent (EUA) pesquisaram mais de 500 estudantes universitários em busca de respostas para essa pergunta.
 
Para isso eles registraram o uso diário de telefone celular e submeteram os estudantes a avaliações clínicas de ansiedade e indicadores geralmente usados para indicar a felicidade, ou a satisfação com a própria vida.
 
Finalmente, todos os participantes permitiram aos pesquisadores acessar seus registros universitários oficiais, a fim de verificar suas notas.
 
Avaliação crítica
 
Os resultados da análise mostraram que o uso do telefone celular está negativamente correlacionado com a felicidade e com as notas, e positivamente correlacionado com a ansiedade.
 
Em outras palavras, quanto mais usam o telefone celular, mais ansiosos e menos felizes os estudantes se sentem quando comparados a seus colegas que usam menos o telefone celular, além de tirarem notas mais baixas.
 
No início deste ano, a mesma equipe havia identificado uma correlação negativa entre o uso de telefone celular e a capacidade cardiorrespiratória.
 
Segundo os pesquisadores, tomados em conjunto, estes resultados sugerem que os alunos devem ser encorajados a monitorar o próprio uso do telefone celular, refletindo sobre o hábito de forma crítica para que ele não se torne prejudicial para seu desempenho acadêmico, para sua saúde mental e física e para o seu bem-estar geral - a sua felicidade.
 

domingo, 8 de dezembro de 2013

Fé sem Muros

"Vós adorais o que não conheceis (...) Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e é necessário que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade."
Jesus
(João, capítulo 4)
 
 
"porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos; mas, quando vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, pensava como menino; mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora vemos como por espelho, em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei plenamente, como também sou plenamente conhecido."
Paulo (1ª carta aos Coríntios, capítulo 9)
 


Tem Deus preferência pelos que o adoram desta ou daquela maneira?
 
"Deus prefere os que o adoram do fundo do coração, com sinceridade, fazendo o bem e evitando o mal, em vez daqueles que julgam honrá-lo com cerimônias que os não tornam melhores para com os seus semelhantes. Todos os homens são irmãos e filhos de Deus. Ele atrai a si todos os que lhe obedecem às leis, qualquer que seja a forma sob que as exprimam. É hipócrita aquele cuja piedade se limita aos atos exteriores. Mau exemplo dá todo aquele cuja adoração é afetada e contradiz o seu procedimento. Não pergunteis, pois, se alguma forma de adoração há que mais convenha, porque equivaleria a perguntardes se mais agrada a Deus ser adorado num idioma do que noutro. Ainda uma vez vos digo: até ele não chegam os cânticos, senão quando passam pela porta do coração."
 
O Livros dos Espíritos
Pergunta 654
Paris, 1857
 

 
Misticismo rompe com grilhões das igrejas e das ciências
Redação do Diário da Saúde
06/12/2013
As igrejas estão cada vez mais vazias, e as pessoas têm encontrado suas próprias formas de espiritualidade através das chamadas teologias místicas.
 
Construções do Misticismo
 
Em contraste com os séculos anteriores, as experiências místicas de hoje não são mais exclusivamente ligadas a mosteiros e formas contemplativas de vida em locais afastados.
 
Em vez disso, formas místicas de experiência são cada vez mais buscadas independentemente das instituições.
 
O fenômeno tem chamado a atenção de inúmeros pesquisadores.
 
Tantos que agora eles estão organizando uma conferência internacional na Alemanha, que reunirá especialistas de todo o mundo em um evento chamado "Construções do Misticismo".
 
O objetivo do encontro é analisar, através das fronteiras religiosas, as raízes do misticismo desde a Antiguidade, a redescoberta do misticismo no século 20 e os rumos que essa teologia mística está assumindo no século 21.
 
Fenômenos místicos
 
Segundo os pesquisadores, o fenômeno do misticismo secular aparece na vida de um número inacreditavelmente grande de pessoas.
 
"Na pesquisa Religion Monitor 2013, quase a metade dos alemães do oeste e um terço dos alemães do leste afirmaram ter experiências de unidade e totalidade, ou seja, experiências que estão frequentemente relacionadas com o misticismo," relata a Dra. Annette Wilke, da Universidade de Munique e uma das organizadoras do evento.
 
"Muitas pessoas se sentem em harmonia com a natureza ou com o universo em tais momentos. Nem sempre a crença em Deus está envolvida com essas experiências", acrescenta.
 
"O misticismo atrai muitas pessoas hoje ao oferecer formas intensivas de crença pessoal e uma espiritualidade que é baseada na experiência. Isto está de acordo com a individualização da nossa sociedade", de acordo com a pesquisadora.
 
Também está em linha com o afastamento das pessoas em relação às religiões tradicionais e aos seus dogmas e regras, que pouco oferecem em termos de conexão direta com o "algo maior" em que essas pessoas acreditam, geralmente diferente da crença no Deus pessoal antropomorfizado preconizado pelas religiões.
 
"Isso também explica o apelo de religiões como o budismo e o hinduísmo, que têm a reputação de serem particularmente místicas", reconhece Wilke.
 
Teologia mística
 
Na verdade, mesmo religiões tradicionais, como a Igreja Católica, já se deram conta do fenômeno e possuem grupos de meditação em suas fileiras. Teólogos como John Main e Lawrence Freeman têm uma legião de adeptos no mundo todo, relembrando experiências que remontam a Santa Tereza de Ávila e São João da Cruz.
 
O Islamismo possui sua própria linhagem mística, essa muito mais antiga e disseminada, por meio do sufismo e dos dervishes.
 
Mas o que está chamando mais a atenção dos pesquisadores é o renascimento do misticismo, por assim dizer, "doméstico", em que as pessoas parecem ter descoberto uma maneira de lidar com o mundo moderno sem se tornarem escravas dele.
 
"Por um lado, isto serviu para a libertação dos 'grilhões da Igreja' e, por outro lado, dos grilhões das ciências naturais, como o filósofo Fritz Mauthner disse em 1925", resumiu Wilke.

Fonte: DiarioDaSaude