terça-feira, 30 de abril de 2013

Felicidade Interna Bruta

"Acautelai-vos e guardai-vos de toda espécie de cobiça; porque
a vida do homem não consiste na abundância das coisas que possui."
Jesus (Lucas, capítulo 12)


Criando novas necessidades, a civilização não constitui uma fonte de novas aflições?
 
"Os males deste mundo estão na razão das necessidades factícias que vos criais. A muitos desenganos se poupa nesta vida aquele que sabe restringir seus desejos e olha sem inveja para o que esteja acima de si. O que menos necessidades tem, esse o mais rico."
 
Livro dos Espíritos
Questão 926
Paris, 1857
 

 
Cresce interesse da ciência pela felicidade, diz antropóloga
Lúcia Nórcio - Agência Brasil
23/11/2009

FIB - Felicidade Interna Bruta
 
"Somente nos últimos seis meses, foram divulgados 27.335 estudos e artigos publicados em revistas científicas abordando de aspectos bioquímicos até aspectos psicológicos sobre felicidade", afirmou a antropóloga e psicóloga Susan Andrews.
 
Susan, que é responsável pela implantação no Brasil de programas baseados no conceito da Felicidade Interna Bruta (FIB), disse que o interesse da ciência pela felicidade é crescente.
 
Efeitos da felicidade sobre a saúde
 
Com base nesses estudos, Susan afirmou que pessoas mais felizes têm sistemas imunológicos mais fortes, têm melhor desempenho no trabalho, adoecem menos, vivem mais e têm casamentos mais sólidos.
 
"A depressão se tornou uma das principais doenças da sociedade contemporânea. São esses os principais fatores que têm motivado a investigação científica, uma vez que um maior conhecimento sobre o que constitui a felicidade e como medi-la permitirá construir políticas mais eficientes com reflexos positivos sobre a saúde pública", disse.
 
Sai o PIB, entra a FIB
 
A antropóloga participa, em Foz do Iguaçu, da 5ª Conferência Internacional sobre Felicidade Interna Bruta (FIB), que discute até hoje (23) o conceito que surgiu no Butão, na Ásia, de medir o bem-estar de forma mais ampla do que o Produto Interno Bruto (PIB), comumente utilizado para mensurar o progresso material de um país.
 
A ideia tem a adesão de vários países, que se utilizam de alguns indicadores para orientar a elaboração de políticas públicas.
 
Bioquímica do corpo humano
 
Susan explicou que, na bioquímica do corpo humano, uma das substâncias associadas à felicidade é o hormônio cortisol, produzido pelas glândulas suprarrenais.
 
Pessoas felizes tendem a ter 32% menos cortisol. Em contrapartida, o hormônio é encontrado em abundância em pessoas com alto nível de estresse.
 
"É preciso ter consciência de que quando uma pessoa está infeliz, seu fígado está infeliz, seu estômago está infeliz, sua pele está infeliz. Os reflexos negativos se espalham pelo corpo inteiro".
 
 

 
É possível criar uma alternativa sustentável para o PIB?
Com informações da BBC
19/06/2012

O valor do PIB
 
Um tema em discussão já há bastante tempo por diversos economistas, o uso do PIB (Produto Interno Bruto) como principal indicador econômico está no topo da agenda da Rio+20.
 
A qualquer aumento do PIB, por menor que seja, espera-se que todos comemorem - a economia está crescendo e tudo vai bem no mundo. Se ele cai, a economia está encolhendo, e os sinos da ruína começam a badalar.
 
Mas diversos economistas há muito questionam se o PIB mede algo significativo.
 
E, em anos recentes, esses questionamentos foram ouvidos por um número suficiente de governos para que o assunto entrasse em pauta.
 
Sugestão
 
O texto base de um acordo - que poderá ser aprovado ou não, obviamente - diz: "Nós reconhecemos as limitações do PIB como uma medida de bem-estar e desenvolvimento sustentável".
 
"Como complemento do PIB, nós resolvemos desenvolver métodos rigorosos e com base científica para medir desenvolvimento sustentável, riqueza natural e bem-estar social, incluindo a identificação de indicadores apropriados para medir progresso (...) e usá-los de maneira eficaz nos nossos sistemas nacionais de tomada de decisões, para melhor informar sobre decisões e políticas".
 
Problemas do indicador PIB
 
Mas o que há de errado com esse simples conceito cuja ascensão e queda veio a dominar nossas manchetes?
 
"O PIB é simplesmente uma medida de todo o dinheiro que nós gastamos em todas as coisas que nós compramos - cada transação financeira, tudo isso acrescenta crescimento", diz Andrew Simms, da New Economics Foundation, autor de vários livros sobre o tema.
 
E é na natureza indiscriminada do PIB que ele vê um problema.
 
"Digamos que você tenha uma onda de criminalidade, e todos se sintam inseguros e corram para comprar mais cadeados e trancas para suas portas e janelas. Isso apareceria como positivo no balanço, mas não contaria a história de que algo ruim está ocorrendo na sociedade."
 
No mundo do PIB, uma sociedade cuja população anda de carro é mais rica do que uma que anda de bicicleta, já que gasta mais dinheiro.
 
Quanto mais rápido telefones celulares forem trocados por modelos mais novos, mais ricos nós somos. Derrubar uma floresta é um acréscimo para a economia nacional. Quanto mais álcool, cigarros e petróleo são vendidos, melhor nós estamos.
 
Alternativas ao PIB
 
Entre as críticas ao PIB, estão a de que mede as coisas "ruins" assim como as "boas"; que é um balanço de curto prazo que não leva em conta fatores de longo prazo, como acumulação de dívida; não leva em conta o "capital natural", ou seja, bens e serviços que a natureza oferece de graça; e também não leva em conta fatores sociais, como o quanto as pessoas são felizes.
 
Defensores do status quo observam que o PIB nunca teve o objetivo de medir bem-estar social ou ambiental.
 
Mas de tanto ser medido e mencionado constantemente por políticos, líderes empresariais, editores de jornais, há quem argumente que o PIB se tornou praticamente o único número em uso diário que pode ser citado como evidência de que as coisas estão ficando melhores ou piores.
 
Organizações como a New Economics Foundation desenvolveram indicadores que acreditam ser mais abrangentes e mais válidos.
 
A Comissão Europeia criou um compêndio que relaciona e explica conceitos como o Indicador de Progresso Genuíno, Índice Ambiental de Rendimento Nacional Sustentável e Índice Planeta Feliz.
 
O pequeno país do Butão usa o famoso Índice de Felicidade Interna Bruta, que combina aspectos como saúde infantil e nível de educação com medidas de proteção ambiental, valores culturais e boa governança.
 
Mas muitos outros países começam a trilhar o mesmo caminho.
 
Capital natural
 
O economista Dieter Helm, da Universidade de Oxford, acaba de ser indicado para comandar o Natural Capital Committee da Grã-Bretanha, uma comissão que tem o objetivo de oferecer aconselhamento especializado independente ao governo sobre o Estado do capital natural britânico.
 
Seu papel será avaliar o valor financeiro presente em árvores, água limpa, todo o reino ecológico, e apresentar isso ao Tesouro - que deverá, então, estar melhor informado para tomar decisões.
 
Vale a pena lembrar que o projeto Economia dos Ecossistemas e Biodiversidade (TEEB, na sigla em inglês), apoiado pela ONU, calculou o valor das perdas florestais ao redor do mundo em entre US$ 2 trilhões e US$ 5 trilhões (aproximadamente entre R$ 4,14 trilhões e R$ 10,36 trilhões) por ano.
 
Mas o professor Helm também espera lançar luz sobre outras questões.
 
"Se você perguntar o quanto temos cuidado dos nossos ativos na economia britânica, em vez de apenas perguntar se o PIB subiu ou caiu um pouco, nós teremos que responder a algumas questões difíceis".
 
"Por que nós usamos todo o (rendimento de) petróleo e gás do Mar do Norte para beneficiar apenas uma geração? Por que não guardamos nada para gerações futuras? Por que não temos mantido nossas estradas e linhas férreas de maneira apropriada?", pergunta.
 
Além do PIB
 
A implicação é que um indicador mais sofisticado que o PIB deveria abordar essas questões.
 
Nem todos, porém, estão convencidos dos argumentos para avançar "além do PIB".
 
"Todos sabem que os números do PIB não são perfeitos", diz Lord Lawson, ministro britânico das Finanças no governo de Margaret Thatcher.
 
"Eles são, contudo, extremamente úteis, e quem quer que tente fingir que eles não são úteis será alvo de piadas."
 
Sobre o capital natural, ele diz que "não há como introduzir objetividade nele" e "é usado apenas para campanhas políticas de um tipo ou de outro".
 
Até agora, a maioria dos governos está com Lord Lawson. O PIB continua sendo o indicador econômico que faz os leitores ficarem felizes quando sobe meio ponto percentual e sombrios quando cai. O Butão está em minoria.
 
Mas os ministros reunidos no Rio serão lembrados das palavras de Simon Kuznets, o economista que inventou o PNB (Produto Nacional Bruto) 80 anos atrás: "o bem-estar de uma nação dificilmente pode ser inferido a partir de uma medida de renda nacional".

Fonte: DiarioDaSaude

terça-feira, 23 de abril de 2013

Levantando o Véu...

"Na casa de meu Pai há muitas moradas;
se não fosse assim, eu vo-lo teria dito.
Mas nada há encoberto, que não haja de ser descoberto;
nem oculto, que não haja de ser conhecido.
Porquanto tudo o que em trevas dissestes, à luz será ouvido;
e o que falaste ao ouvido no gabinete, dos telhados será apregoado."
Jesus (João, 14 / Lucas, 12)
 

 
Ministério da Defesa recebe ufólogos em reunião inédita sobre óvnis
Com informações da Agência Brasil - 22/04/2013

Devido ao grande número de pedidos sobre arquivos envolvendo óvnis - objetos voadores não identificados - apresentados com base na Lei de Acesso à Informação, o Ministério da Defesa abriu um canal direto de comunicação com estudiosos sobre o assunto - os ufólogos.
 
A primeira reunião, ocorrida em Brasília, foi comemorada pelos ufólogos como um momento histórico.
 
"Foi uma reunião histórica e inédita, não só no Brasil como em todo o mundo. Nunca um Ministério da Defesa recebeu ufólogos para debater o tema", disse o editor da revista UFO, Ademar José Gevaerd.
 
"As autoridades deixaram claro que o ministro [da Defesa] Celso Amorim respeita a ufologia e o trabalho dos ufólogos, e que vão levar adiante a ideia de estabelecer, com a Comissão Brasileira de Ufólogos, um canal de comunicação para alcançarmos, sem obstáculos ou desvios, as três Forças Armadas, sempre que precisarmos de informações sobre o assunto", disse Gevaerd.
 
Segundo o coronel da Aeronáutica Alexandre Emílio Spengler, responsável pelo Serviço de Informações ao Cidadão do Ministério da Defesa, o tema é, disparado, o mais buscado entre os cidadãos que fazem uso da Lei de Acesso à Informação para pedidos dirigidos à área militar - foram 107 pedidos até o momento, 65 deles a Aeronáutica.
 
De acordo com o Ministério da Defesa, dos 107 pedidos de informação relacionados a óvnis, 26 foram deferidos e resultaram na entrega de algum tipo de documento ao solicitante. Os demais foram negados.
 
"Todos os [pedidos] negados, até o momento, foram por não termos a informação ou por ela ainda estar sob sigilo", explicou Spengler. Segundo ele, há a possibilidade de o sigilo estar justificado pelo fato de envolver "assuntos relacionados à segurança nacional". Alguns deles, classificados como secretos ou ultrassecretos.
 
O Comando da Aeronáutica já entregou os documentos não sigilosos relativos a óvnis ao Arquivo Nacional, por determinação de uma portaria. Há, segundo o Ministério da Defesa, alguns documentos do Exército que não foram entregues porque foram extraviados.
 
"O Exército já admitiu que parte dos documentos pode ter sido destruída, o que de fato era permitido por um decreto de 1977 [Decreto 79.099], que permitia a destruição de documentos sigilosos, bem como de eventuais termos pedindo a destruição", informou Spengler. Segundo ele, não há estimativas sobre o número de documentos destruídos sob respaldo do decreto.
 
Entre os documentos mais solicitados pelos ufólogos, mas ainda sem resposta, está o da Operação Prato, ocorrida no município de Colares (PA), na década de 70, em que militares da Aeronáutica fizeram uma operação tendo por base relatos de cidadãos da região sobre avistamentos de objetos luminosos.
 
Segundo os ufólogos, durante o episódio, médicos atenderam diversas vítimas de queimaduras causadas pelos óvnis.
 

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Falsos Profetas

"Então falou Jesus às multidões e aos seus discípulos, dizendo: Na cadeira de Moisés se assentam os escribas e fariseus. Portanto, tudo o que vos disserem, isso fazei e observai; mas não façais conforme as suas obras; porque dizem e não praticam. Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; mas eles mesmos nem com o dedo querem movê-los. Todas as suas obras eles fazem a fim de serem vistos pelos homens; pois alargam os seus filactérios*, e aumentam as franjas dos seus mantos; gostam do primeiro lugar nos banquetes, das primeiras cadeiras nas sinagogas, das saudações nas praças, e de serem chamados pelos homens: mestre. Vós, porém, não queirais ser chamados mestre; porque um só é o vosso Mestre, e todos vós sois irmãos. E a ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque um só é o vosso Pai, aquele que está nos céus. Nem queirais ser chamados guias; porque um só é o vosso Guia, que é o Cristo. Mas o maior dentre vós há de ser vosso servo. Qualquer, pois, que a si mesmo se exaltar, será humilhado; e qualquer que a si mesmo se humilhar, será exaltado."
Mateus, capítulo 23
 

 
OS FALSOS PROFETAS

Um homem, indiano, buscava com determinação seu crescimento espiritual. No entanto, pela segunda vez havia caído nas garras dos falsos profetas. Ele acreditou cegamente nos falsos mentores e teve grandes decepções.

Mais uma vez, resolveu procurar um guru a quem diziam ser um mestre autêntico, e não um falso profeta. Procurou este homem, que vivia na beira do rio Ganges, na Índia. Apresentou-se e começou a conversar com ele. Disse que queria muito encontrar um mestre de verdade e não um oportunista ou aproveitador. Então perguntou:

- Mestre, muitos dizem que o senhor tem grande conhecimento a respeito dos homens santos e dos líderes espirituais. Seria possível o senhor me dizer como podemos identificar os chamados falsos profetas?

- Sim, respondeu o mestre. Na maioria das vezes é uma tarefa difícil conseguir identificar os falsos profetas, pois seu discurso pode ser muito semelhante aos mestres autênticos. Porém, existem algumas orientações gerais a esse respeito, que todos deveriam considerar.

- Que orientações são estas, senhor? Perguntou o homem.

- Em primeiro lugar, você jamais deve perder de vista que o único mestre a que devemos seguir com toda nossa dedicação é o nosso mestre interior. O mestre externo nada mais é do que um canal para a expressão do seu mestre interno. O mestre externo funciona tal como um espelho que visa refletir a sabedoria que já existe latente em teu próprio interior.

- Acho que entendi mestre, e o que mais?

- Além desta, existem sete orientações gerais que podem ajudar qualquer pessoa a reconhecer ou identificar um falso profeta.

- A primeira orientação, e talvez a mais importante, é procurar perceber se o mestre ou líder religioso coloca sua própria personalidade em destaque. Os falsos profetas sempre colocam seu ego acima da sabedoria da mensagem que propagam. O mestre autêntico expõe sempre o ensinamento em primeiro plano, e seu ego fica sempre em segundo plano, ou quase não aparece. Os falsos mestres sempre desejam o culto ao ego.

- Entendi mestre, respondeu o homem. E a segunda orientação?

- A segunda orientação diz respeito a imposição de dogmas e ao livre pensamento. Um falso mestre sempre dirá que você deve aceitar as verdades que ele ensina de forma cega e total. Seu livre pensamento não é respeitado, e você precisará adotar a fé cega, sem que possa refletir sobre o dogma imposto.

- Verdade mestre, e a terceira orientação?

- A terceira orientação diz respeito ao ensinamento e sua prática. Os falsos mestres sempre ensinam uma coisa, mas na praticam fazem outra coisa. Seus atos não correspondem aos seus ensinamentos. Eles pregam grandes verdades, mas quase não as praticam. Um mestre autêntico ensina mais pelo exemplo, pela sua história de vida, do que meramente por palavras. Uma vida de pureza e virtudes é o melhor tratado de sabedoria que uma pessoa pode "escrever" e deixar registrado para as gerações futuras.

- A quarta orientação aborda sobre o respeito ao livre arbítrio do fiel ou seguidor. Um falso profeta, sempre que puder, dirá ao fiel o que ele deve fazer em sua vida. Um mestre autêntico apenas orienta e deixa o seguidor refletir e ele mesmo escolher como agir. Os falsos profetas gostam muito de controlar os seguidores, e uma das melhores formas para isso é sempre dizer a eles o que fazer e como se comportar. Mas a escolha do seguidor deve sempre ser respeitada, pois o fiel é quem deverá colher os frutos das boas ou más ações que praticar. Embora possam receber orientações e recomendações, cabe apenas a própria pessoa decidir quais serão suas ações no mundo.

O homem ouvia atentamente as palavras do guru. Este continua:

- A quinta orientação diz respeito à dependência e a independência. Os falsos profetas desejam sempre que seus seguidores dependam dele. Nenhum mestre deve criar uma relação de dependência entre ele e seu seguidor. O mestre verdadeiro deseja que o fiel se torne independente do próprio mestre, e num futuro breve possa guiar sozinho a sua vida e seu caminho espiritual. Um motorista jamais aprenderia a dirigir se o professor sempre guiasse o veículo. O mestre ajuda o discípulo para que futuramente o discípulo não mais precise de ajuda. Apenas os falsos mestres querem manter seus discípulos dependentes dele, pois essa é uma excelente forma de dominação.

- A sexta orientação versa sobre a ilusão da exclusividade de um conhecimento. Os falsos profetas sempre dirão aos seguidores que eles (os supostos mestres) são os únicos detentores de uma verdade, e que apenas eles ou a doutrina que eles pregam podem conduzir os fiéis à verdade ou a Deus. Desconfie sempre dos falsos profetas que afirmam serem os únicos canais de um conhecimento, e que aquela sabedoria é exclusividade de uma pessoa ou um grupo.

- E finalmente a sétima e última orientação, que fala sobre a responsabilidade e a culpabilização. Os falsos profetas quase sempre colocam a culpa do sofrimento do fiel em algo externo a ele, sejam demônios, entidades, família, sociedade, etc. O mestre verdadeiro sempre coloca a responsabilidade de tudo o que ocorre com o seguidor nele mesmo. Em última instância, somos responsáveis pelo céu ou o inferno que vivemos, que nada mais é do que uma criação nossa. É verdade que existem milhares de influências neste mundo, mas a forma como nós encaramos ou enfrentamos as adversidades depende de nós mesmos. Portanto, tudo o que nos acontece tem a nossa participação ativa, mesmo que não tenhamos consciência das causas. Estas são as orientações gerais para não se deixar levar pelos falsos profetas. Quem medita nestes pontos, dificilmente será enganado.

Autor:
Hugo Lapa

Contribuição:
João Batista Sobrinho
www.bomespirito.com
 
(*) Filactérios: No judaísmo, par de pequenas caixas de couro usadas ritualmente, amarradas ao braço e à testa por correias, também de couro, e que contêm trechos das Escrituras.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Revolução da Proteína

É um erro alimentar-se o homem com a carne dos irracionais?
 
A ingestão das vísceras dos animais é um erro de enormes conseqüências, do qual derivaram numerosos vícios da nutrição humana. É de lastimar semelhante situação, mesmo porque, se o estado de materialidade da criatura exige a cooperação de determinadas vitaminas, esses valores nutritivos podem ser encontrados nos produtos de origem vegetal, sem a necessidade absoluta dos matadouros e frigoríficos.
 
Temos de considerar, porém, a máquina econômica do interesse e da harmonia coletiva, na qual tantos operários fabricam o seu pão cotidiano. Suas peças não podem ser destruídas de um dia para o outro, sem perigos graves. Consolemo-nos com a visão do porvir, sendo justo trabalharmos, dedicadamente, pelo advento dos tempos novos em que os homens terrestres poderão dispensar da alimentação os despojos sangrentos de seus irmãos inferiores.

 
Emmanuel, por
Francisco Cândido Xavier
em O Consolador, 1942
Pergunta 129
 

 
Estamos caminhando para uma sociedade vegetariana?
Redação do Diário da Saúde
18/01/2011
Consumo de carne no mundo
 
Em países emergentes, como a China e o Brasil, o consumo de carne está aumentando dramaticamente.
 
Na verdade, o consumo mundial de carne vermelha quadruplicou desde 1961.
 
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) espera que o aumento da prosperidade conduza a uma duplicação da produção mundial de carne até o ano de 2050.
 
A questão é se o nosso planeta, com seus recursos limitados, ainda será capaz de satisfazer todas as nossas necessidades no futuro.
 
Muitos vegetais para o gado, pouca carne para o homem
 
"Produzir um quilo de carne consome entre sete e 16 kg de grãos ou soja como ração animal," afirma o Dr. Peter Eisner, do Instituto Fraunhofer, na Alemanha. "Como resultado, nos EUA, cerca de 80 por centos do grãos produzidos vira alimento para o gado."
 
Comparado à produção de carne, o cultivo de plantas para servirem de alimento para o homem é consideravelmente menos terra-intensivo.
 
Gasta-se 40 metros quadrados de terras agricultáveis para produzir um quilo de carne, mas o mesmo espaço pode produzir 120 kg de cenouras ou 80 kg de maçãs.
 
Substituição da carne por vegetais
 
"As plantas são uma fonte de alimentos de alta qualidade, mas elas também podem fornecer matérias-primas para aplicações tecnológicas - e são uma fonte de energia," salienta o pesquisador.
 
É o caso das sementes de girassol: até agora elas têm sido usadas para a produção de óleo, e seus resíduos servem como alimento para o gado. Como resultado, uma área de 2 ½ acres de terra gera uma renda de cerca de 950 euros.
 
Se todos os componentes da semente de girassol fossem processados e convertidos para matérias-primas de alta qualidade para a indústria alimentar, indústria de cosméticos e de combustível, a mesma área de terra geraria para o agricultor uma renda de €1.770,00.
 
Substituto do leite
 
Eisner acredita que os ingredientes alimentares à base de plantas podem desempenhar um papel particularmente importante como um substituto para os alimentos de origem animal.
 
Como exemplo, ele apresentou um "substituto do leite" feito de proteínas de tremoço, e adequado como base para a preparação de alimentos como sorvete ou queijo.
 
Esse substituto artificial do leite não contém lactose, tem um sabor neutro, é isento de colesterol e rico em ácidos graxos poli-insaturados.
 
As sementes de tremoço também são o ingrediente básico de uma nova proteína vegetal com propriedades parecidas com gordura, que foi desenvolvida pela pesquisadora Daniela Sussmann, do mesmo instituto alemão.
 
Um método especial de produção, aplicado às sementes de tremoço, produz uma suspensão de proteínas com uma consistência muito cremosa, altamente viscosa.
 
"A estrutura microscópica do produto assemelha-se às partículas de gordura em uma salsicha. Então você pode usá-lo para a produção de salsichas com pouca gordura, com um gosto que equivale exatamente ao original," acrescentou a cientista.
 
Proteínas das plantas
 
Em testes sensoriais, Daniela investigou se a adição de proteínas de tremoço poderia melhorar a sensação gustativa de uma receita de linguiça com pouca gordura. Com sucesso: "Com a adição de 10 por cento da proteína que isolamos, fomos capazes de melhorar sensivelmente a impressão de gordura de uma salsicha de baixo teor de gordura."
 
Como as salsichas e produtos similares estão entre os alimentos com os mais altos níveis de gordura, este seria certamente um passo na direção certa para melhorar a qualidade nutricional dos alimentos industrializados.
 
Se uma parte da gordura for substituída com proteínas derivadas das plantas, todos se beneficiariam: o consumidor, ao comer menos gordura, o agricultor, ao obter uma renda maior pela sua produção, e o meio ambiente, porque as plantas podem ser produzidas de forma mais sustentável do que a carne.
 

 
Comer menos carne evita câncer, ataques cardíacos e o aquecimento global
Jacquelline Partarrieu
16/09/2009
O Fundo Mundial para Pesquisas contra o Câncer recomenda que um indivíduo não coma mais do que 500 gramas de carne vermelha por semana para diminuir seus riscos de contrair câncer.
 
Ação pessoal e ação global
 
A Sociedade Europeia de Cardiologia anunciou que é possível trabalhar contra as mudanças climáticas e ainda se defender das doenças cardiovasculares e do câncer, tudo com uma única ação - comendo menos carne vermelha.
 
A criação mundial de rebanhos bovinos responde por 18% de todas as emissões de gases causadores do efeito estufa.
 
Por outro lado, o Fundo Mundial para Pesquisas contra o Câncer recomenda que um indivíduo não coma mais do que 500 gramas de carne vermelha por semana para diminuir seus riscos de contrair câncer. E as conexões entre o consumo excessivo de carne vermelha e as doenças cardiovasculares são bem conhecidas.
 
Ou seja, as doenças cardiovasculares e o câncer são duas das principais enfermidades que assolam a humanidade e que têm conexões com os mesmos fatores que influenciam as mudanças climáticas. Há outros exemplos, como a influenza e a salmonela, ligadas às zoonoses induzidas pelo crescente número de rebanhos animais.
 
Doenças e mudanças climáticas
 
A Organização Mundial da Saúde já está adotando e disseminando políticas de saúde que buscam explorar as inter-relações entre o aquecimento global e diversos tipos de enfermidades.
 
As associações médicas profissionais, contudo, ainda não estão fazendo o mesmo, e as conexões entre as doenças cardiovasculares e o câncer e as mudanças climáticas são um campo ainda não explorado pelos médicos no esclarecimento e na orientação dada aos seus pacientes.
 
Autoridade dos médicos
 
A Sociedade Europeia de Cardiologia está começando a defender esta prática. Segundo a entidade, é difícil para os políticos fazerem as alterações necessárias nos setores de energia, transporte, agricultura, planejamento urbano e planejamento familiar se eles não contarem com o entendimento público acerca dessas questões.
 
E os médicos e cientistas da área de saúde podem auxiliar na disseminação desse conhecimento na medida que têm a autoridade para endossar os novos comportamentos que podem, ao mesmo tempo, auxiliar seus pacientes a protegerem de fato sua própria saúde, assim como ajudarem a combater os efeitos que o homem está exercendo sobre o clima do planeta.
 
 

 
Carne vermelha muda bactérias intestinais e causa aterosclerose
Redação do Diário da Saúde
09/04/2013

Carnitina
 
Parece que o problema de comer muita carne vermelha não tem a ver apenas com o colesterol.
 
Uma substância abundante nas carnes vermelhas, vendida como suplemento alimentar e adicionada em bebidas energéticas provoca a aterosclerose - o endurecimento ou o entupimento das artérias - e aumenta o risco de outras doenças cardiovasculares.
 
O nome da substância denuncia sua origem: carnitina.
 
As bactérias que vivem no trato gastrointestinal humano metabolizam a carnitina, transformando-a em trimetilamina-N-óxido (TMAO), um metabólito já associado à aterosclerose em seres humanos em estudos anteriores.
 
Além disso, a nova pesquisa constatou que uma dieta rica em carnitina promove o crescimento das bactérias que metabolizam a carnitina, agravando o problema através da produção de mais do "entupidor de artérias" TMAO.
 
O estudo analisou os níveis de carnitina e TMAO em pessoas onívoras (que comem de tudo), vegans e vegetarianos, além dos dados clínicos, de 2.595 pacientes submetidos a avaliações cardíacas preventivas.
 
Os cientistas avaliaram também os efeitos cardíacos de uma dieta reforçada com carnitina em camundongos normais em comparação com camundongos com níveis artificialmente menores de microrganismos do intestino.
 
Nos animais, o TMAO altera o metabolismo do colesterol em múltiplos níveis, explicando como ele aumenta a aterosclerose.
 
Os níveis mais elevados de carnitina nos pacientes humanos funcionou como um indicador fiel do aumento dos riscos das doenças cardiovasculares e grandes eventos cardíacos, como ataque cardíaco, derrame e morte, mas apenas em indivíduos simultaneamente com altos níveis de TMAO.
 
Além disso, os pesquisadores descobriram tipos específicos de bactérias do intestino associados tanto com os nível de TMAO no plasma quanto com os padrões alimentares, e que os níveis basais de TMAO são significativamente menores entre os vegans e vegetarianos do que entre os onívoros.
 
Os vegans e vegetarianos, mesmo após ingerirem uma grande quantidade de carnitina na forma de suplementos não produziram níveis significativos das bactérias associadas ao TMAO, enquanto os onívoros tiveram esse efeito após consumirem a mesma quantidade de carnitina.
 
Nutriente não essencial
 
"As bactérias que vivem em nossos tratos digestivos são determinadas pelos nossos padrões de dieta de longo prazo. Uma dieta rica em carnitina realmente muda a nossa composição microbiana do intestino, beneficiando aquelas que gostam de carnitina, tornando os comedores de carne ainda mais suscetíveis à formação de TMAO e seus efeitos de entupimento das artérias," explica o Dr. Stanley Hazen, da Universidade Case Western (EUA), coordenador do estudo.
 
"Enquanto isso, os vegans e vegetarianos têm uma capacidade significativamente reduzida para sintetizar a TMAO da carnitina, o que pode explicar os benefícios para a saúde cardiovascular dessas dietas."
 
"A carnitina não é um nutriente essencial, o nosso corpo produz naturalmente tudo o que precisamos," prossegue o pesquisador. "Precisamos avaliar a segurança do uso crônico de suplementos de carnitina, já que, como nós mostramos, sob certas condições, eles podem favorecer o crescimento de bactérias que produzem TMAO e potencialmente obstruem as artérias."
 

Vácuo repleto

O vácuo absoluto existe em alguma parte no Espaço universal?

Não, não há o vácuo. O que te parece vazio está ocupado por matéria que te escapa aos sentidos e aos instrumentos.
 
(...) a matéria existe em estados que ignorais. Pode ser, por exemplo, tão etérea e sutil, que nenhuma impressão vos cause aos sentidos. Contudo, é sempre matéria. Para vós, porém, não o seria. (...) coisa nenhuma é o nada e o nada não existe.
 
Livro dos Espírito
Questões 22, 23-a e 36
Paris, 1857
 

 
Vácuo não existe, propõem físicos
 
Com informações do EPJD - 09/04/2013
 
Partículas virtuais pululam do que se convencionou chamar de vácuo - um vácuo que está longe de ser vazio - alterando a velocidade da luz.

Dois artigos publicados no último exemplar do European Physical Journal desafiam a sabedoria convencional sobre a natureza do vácuo.
 
Em um deles, Marcel Urban e seus colegas da Universidade de Paris-Sud, na França, identificaram um mecanismo de nível quântico para interpretar o vácuo como sendo preenchido com pares de partículas virtuais com valores de energia flutuantes.
 
Vácuo não existe
 
O vácuo é um dos conceitos mais intrigantes da física.
 
Quando observado no nível quântico, o vácuo a rigor não existe, ou, pelo menos, ele não é vazio.
 
O que é chamado de vácuo está cheio de partículas virtuais continuamente aparecendo e desaparecendo - como pares de elétrons e pósitrons ou quarks-antiquarks.
 
Essas partículas efêmeras são partículas reais, conforme já se demonstrou em experimentos que geraram luz a partir delas - o único detalhe é que seus tempos de vida são extremamente curtos.
 
Fonte: InovacaoTecnologica (editado)

domingo, 7 de abril de 2013

NÃO LOCALIDADE

Os Espíritos gastam algum tempo para percorrer o espaço?

"Sim, mas fazem-no com a rapidez do pensamento. (...)
Quando o pensamento está em alguma parte, a alma também aí está (...)"

O Espírito que se transporta de um lugar a outro tem consciência da distância que percorre e dos espaços que atravessa, ou é subitamente transportado ao lugar onde quer ir?

"Dá-se uma e outra coisa. O Espírito pode perfeitamente, se o quiser, inteirar-se da distância que percorre, mas também essa distância pode desaparecer completamente, dependendo isso da sua vontade, bem como da sua natureza mais ou menos depurada."

O Livro dos Espíritos
Questões 89/90
Paris, 1857
 


Espaço

Ação fantasmagórica à distância é 10.000 vezes mais rápida que a luz
 
Redação do Site Inovação Tecnológica - 02/04/2013
 
Para fazer a medição, os físicos criaram feixes de fótons entrelaçados e os separaram a uma distância de 15 quilômetros.

Difícil até para Einstein
 
O conceito de entrelaçamento quântico - ou emaranhamento - deixou desgrenhado ninguém menos do que Albert Einstein.
 
Quando ouviu falar que duas partículas quânticas podiam se entrelaçar, de forma que o que acontecesse com uma afetaria imediatamente a outra, não importando se ambas estivessem em extremos opostos da galáxia, o gênio da física chamou isto de "ação fantasmagórica à distância".
 
As teorias de Einstein estabelecem um limite máximo de velocidade universal, a velocidade da luz - nada pode superar a velocidade da luz, segundo o paradigma da física atual.
 
Porém, no caso do entrelaçamento, conforme propõe a mecânica quântica, não se trata nem mesmo de velocidade, mas de instantaneidade.
 
Embora o entrelaçamento quântico venha sendo demonstrado experimentalmente à exaustão, inclusive em uma versão tripla, poucos se arriscam a especular como é que uma partícula "sabe" o que deve fazer quando sua irmã gêmea sofre uma alteração.
 
A proposta mais recente fala em influências escondidas, que existiriam além do espaço-tempo.
 
Velocidade do entrelaçamento quântico
 
Uma equipe de físicos chineses agora tentou uma abordagem mais experimental.
 
Eles queriam medir a velocidade com que a ação fantasmagórica à distância é passada de uma partícula para a outra.
 
E o resultado foi: pelo menos quatro ordens de magnitude mais rápido do que a velocidade da luz.
 
Uma ordem de magnitude equivale a 101 - assim, a velocidade medida foi de 104, ou seja, 10.000 vezes mais rápido do que a velocidade da luz.
 
Na verdade, não se trata de que alguma coisa esteja realmente viajando a uma velocidade maior do que a velocidade da luz - no entrelaçamento quântico não há troca de informações entre as partículas, ou seja, nada realmente "viaja" de um ponto a outro, as partículas apenas parecem "saber" quando a outra foi afetada.
 
O que os físicos chineses mediram foi o tempo que separa uma alteração na primeira partícula e a alteração na sua partícula entrelaçada - fazendo as contas, isso equivaleria a uma informação hipotética que viajasse a 10.000 vezes a velocidade da luz entre as duas partículas, se houvesse transmissão de informação.
 
Ou seja, o experimento nada tem a ver com o fiasco dos neutrinos que não superaram a velocidade da luz, ainda que alguns físicos defendam que superar a velocidade da luz de fato é matematicamente possível.
 
Os pesquisadores também são cuidadosos em afirmar que esta velocidade está no limite do que o experimento consegue medir com confiabilidade - ou seja, a velocidade é provavelmente muito maior.
 
Todos com razão
 
Para fazer a medição, os físicos criaram feixes de fótons entrelaçados e os separaram a uma distância de 15 quilômetros.
 
São necessários muitos fótons porque a precisão envolvida no experimento é tamanha que até mesmo a rotação da Terra desloca os fótons em distâncias que são significativas nessas escalas temporais.
 
Para contrabalançar essas influências, os físicos separaram as duas partículas no sentido leste-oeste, e fizeram o experimento continuamente durante 12 horas.
 
A equipe de Juan Yin, da Universidade de Ciência e Tecnologia da China, é a mesma que recentemente bateu o recorde de distância do teletransporte - em Setembro do ano passado, seu recorde foi superado por uma equipe europeia

Em resumo, apesar de um resultado capaz de fritar neurônios, o experimento não se contrapõe nem à teoria da relatividade de Einstein - porque não há troca de informações entre as duas partículas -, e nem à mecânica quântica.
 
Na verdade, uma velocidade de 10.000 vezes a velocidade da luz como limite mínimo parece mais uma vez dar razão à mecânica quântica, que continua afirmando que a ação fantasmagórica à distância é instantânea.

Fonte: Inovação Tecnologica

Inteligência e Intuição

É acertado dizer que as faculdades instintivas diminuem, a medida que crescem as intelectuais?
 
Não. O instinto existe sempre, mas o homem o negligencia. O instinto pode também conduzir ao bem; ele nos guia quase sempre, e às vezes mais seguramente que a razão; ele nunca se engana.
 
Por que a razão não é sempre um guia infalível?
 
Ela seria infalível se não existisse falseada pela má educação, pelo orgulho e egoísmo. O instinto não raciocina; a razão permite ao homem escolher, dando-lhe o livre-arbítrio.
 
Livro dos Espíritos
Perguntas 75 e 218
Paris, 1857
 

 
Racionalizações podem estragar sua intuição
Redação do Diário da Saúde
19/10/2012

Intuição e julgamentos
 
A maioria das pessoas gosta de pensar que suas decisões são racionais e bem pensadas.
 
Mas os estudos científicos indicam que nossos julgamentos morais são muito frequentemente baseados na intuição.
 
Nossas emoções parecem conduzir nossas intuições, dando-nos algo como uma sensação de que algo está certo ou errado.
 
Em alguns casos, no entanto, parece que somos capazes de deixar para trás essas reações iniciais.
 
Inibindo a intuição
 
Matthew Feinberg e seus colegas da Universidade de Berkeley (EUA) levantaram a hipótese de que essa superação da intuição poderia ser o resultado da racionalização, ou reavaliação, um processo pelo qual amortecemos a intensidade de nossas emoções concentrando-se em uma descrição intelectual de porque estamos experimentando a emoção.
 
Ao longo de vários experimentos, os participantes leram histórias descrevendo dilemas morais envolvendo comportamentos geralmente considerados desagradáveis.
 
Os participantes que reavaliaram, ou racionalizaram, os cenários de forma lógica mostraram-se menos propensos a fazer julgamentos morais baseados na intuição.
 
Isto indica que, apesar de nossas reações emocionais produzirem intuições morais, estas emoções também podem ser reguladas, deixando de lado a intuição.
 
"Dessa forma", escrevem os pesquisadores, "somos simultaneamente senhor e escravo, com a capacidade de sermos controlados por eles, mas podendo também dar forma a nossos processos de julgamento carregados de emoção."
 
Vale a pena abandonar a intuição?
 
A questão que se coloca necessariamente, mas que não foi coberta por este estudo, é: devemos ou não nos esforçar para superar a intuição e tomar uma decisão racionalizada?
 
Parece que não, já que outro estudo, publicado na mesma revista Psychological Science, sugere que a intuição é muito mais eficiente do que o raciocínio lógico.

Outro estudo mais recente demonstrou que pessoas que confiam em seus sentimentos são mais capazes de prever corretamente os resultados futuros de eventos.

Assim, o trabalho que acaba de ser publicado parece servir mais como um alerta do tipo "Não estrague suas intuições racionalizando-as".
 
 

 
Intuição permite melhores decisões em um piscar de olhos
Redação do Diário da Saúde
05/04/2013

Intuição animal
 
Nós sempre tomamos as melhores decisões quando dedicamos mais tempo para pensar a respeito do assunto?
 
Ou há decisões em que mais tempo para pensar não ajuda em nada?
 
Uma série crescente de estudos científicos está ajudando a fundamentar a intuição como um sentido real do ser humano, que, entre outras funções, desempenha um papel cognitivo preciso.
 
Agora, um estudo liderado por Zachary Mainen, da Fundação Champalimaud, publicado na revista científica Neuron, foi buscar mais detalhes sobre a intuição sem deixar que fatores subjetivos dos voluntários envolvidos interferissem na avaliação da intuição.
 
Para isso, eles usaram animais nos experimentos.
 
Quando ratos de laboratório foram postos frente a frente com uma série de problemas de decisão envolvidos com a percepção, seu desempenho foi melhor quando eles decidiram rapidamente do que quando levaram muito mais tempo para responder.
 
Decisão em um piscar de olhos
 
Apesar de serem encorajados a ficarem calmos e fazer mais tentativas para vencer os desafios, os animais alcançaram o seu desempenho máximo em decisões tomadas em menos de 300 milissegundos, o que é tipicamente menos do que um piscar de olhos, que varia entre 300 e 750 milissegundos.
 
"Existem muitos tipos de decisões e, para algumas, ter mais tempo parece não ser de nenhuma ajuda. Nesses casos, é melhor você se basear em sua intuição, e foi isso que nossos participantes fizeram," explica Mainen.
 
Segundo ele, o estudo sugere que ratos podem ser utilizados como modelo animal para investigar o que está acontecendo no cérebro humano quando decisões intuitivas estão sendo tomadas.
 
"O processo de tomada de decisão não é um processo bem compreendido, mas parece ser surpreendentemente similar entre as espécies. Este estudo fornece uma base para começar a desmontar um tipo de decisão e ver como ela realmente funciona", acrescenta o pesquisador.