sábado, 29 de setembro de 2012

Paciência NÃO tem limite

"Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. Eu, porém, vos digo que não resistais ao mau; mas a qualquer que te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; e ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa; e, se qualquer te obrigar a caminhar mil passos, vai com ele dois mil. Dá a quem te pedir, e não voltes as costas ao que quiser que lhe emprestes."
Jesus (Mateus, Capítulo 5)
 

 
Autocontrole não é um recurso limitado, ele pode ser treinado
Redação do Diário da Saúde
20/09/2012

O que é autocontrole?
 
O autocontrole sempre foi visto como um arsenal limitado: você aguenta durante um tempo, mas se o problema for insistente, chega um ponto em que você explode.
 
Isso funcionaria assim também em episódios mais benignos, como recusar o segundo pedaço de bolo de chocolate, passar sem parar à frente da vitrine com os últimos modelos de quinquilharias eletrônicas ou deixar de assistir TV para preencher seu imposto de renda logo nos primeiros dias.
 
É o autocontrole que nos permite manter hábitos saudáveis e fazer as coisas importantes, mesmo que nem sempre sejam as mais agradáveis.
 
Mas o que é realmente o autocontrole? Como ele funciona?
 
Visão científica do autocontrole
 
Michael Inzlicht (Universidade de Toronto) e Brandon Schmeichel (Universidade do Texas) acreditam que essas questões se colocam mais do que nunca.
 
Isto porque, para eles, o modelo do autocontrole mais usado pelos cientistas está errado.
 
De acordo com este modelo, o autocontrole é um recurso limitado - por exemplo, se você usar um monte de autocontrole para recusar uma segunda fatia de bolo, poderá não tê-lo em quantidade suficiente no final do dia para ir caminhar, em vez de ficar assistindo TV.
 
Em vez de ser um recurso limitado, que se esgota rapidamente, Inzlicht e Schmeichel argumentam que o autocontrole pode na verdade se parecer mais como uma motivação, um processo guiado pela atenção consciente.
 
Segundo eles, o novo modelo já encontra fundamentação em centenas de artigos científicos relatando pesquisas sobre o autocontrole nos últimos anos.
 
Esses estudos mostram que incentivos, percepções individuais da dificuldade das tarefas, crenças pessoais sobre força de vontade, feedback sobre o próprio desempenho e mudanças no humor, todos estes fatores influenciam nossa capacidade de exercer o autocontrole.
 
Isso não ocorreria se o autocontrole fosse simplesmente um recurso limitado, que se esgota pelo uso, e depois deve se acumular novamente.
 
Produzindo mais autocontrole
 
"Autocontrolar-se é, por definição, um trabalho difícil; envolve vontade explícita, atenção e vigilância", escrevem os dois pesquisadores em seu artigo, publicado na revista Perspectives on Psychological Science.
 
Assim, eventos sucessivos podem ser simplesmente encarados com níveis de atenção diferentes.
 
A diferença é fundamental, porque isso abre a possibilidade de criar mecanismos para desenvolver, aprimorar e reforçar o autocontrole, uma vez que não se terá mais a "desculpa" de que o autocontrole simplesmente acabou.
 
"A ideia de que o autocontrole é um recurso é uma possibilidade, mas há possibilidades alternativas que acomodam uma quantidade maior dos dados acumulados [pelos estudos científicos]", afirmam.
 
Importância do autocontrole
 
Identificar os mecanismos que estão na base do autocontrole pode ajudar a compreender comportamentos relacionados a uma ampla gama de problemas importantes, incluindo a obesidade, gastos impulsivos, vícios em jogos de azar e abuso de drogas.
 
Inzlicht e Schmeichel afirmam esperar que, usando melhores teorias, os cientistas possam usar os conhecimentos para projetar métodos mais eficazes para melhorar o autocontrole e evitar esses e outros problemas.
 

sábado, 15 de setembro de 2012

No Ventre de Deus

No ventre de uma mulher grávida estavam dois bebês. O primeiro pergunta ao outro:
 
- Você acredita na vida após o útero?
 
- Certamente. Algo tem de haver após o nascimento. Talvez estejamos aqui principalmente porque nós precisamos nos preparar para o que seremos mais tarde.
 
- Bobagem, não há vida após o útero. Como seria essa vida?
 
- Eu não sei exatamente, mas certamente haverá mais luz do que aqui. Talvez caminhemos com nossos próprios pés e comeremos com a boca.
 
- Isso é um absurdo! Caminhar é impossível. E comer com a boca? É totalmente ridículo! O cordão umbilical nos alimenta. Só sei de uma coisa: A vida após o útero é um absurdo – o cordão umbilical é muito curto.
 
- Na verdade, certamente há algo. Talvez seja apenas um pouco diferente do que estamos habituados a ter aqui.
 
- Mas ninguém nunca voltou de lá de fora pra contar. O parto apenas encerra a vida. E afinal de contas, a vida é nada mais do que esta angústia prolongada na escuridão.
 
- Bem, eu não sei exatamente como será depois do nascimento, mas com certeza veremos a mamãe e ela cuidará de nós.
 
- Mamãe? Você acredita na mamãe? E onde ela está?
 
- Onde? Em tudo à nossa volta! Nela e através dela nós vivemos. Sem ela tudo isso não existiria.
 
- Eu não acredito! Eu nunca vi nenhuma mamãe, por isso é claro que não existe nenhuma.
 
- Bem, mas às vezes quando estamos em silêncio, você pode ouvi-la cantando, ou sente, como ela afaga nosso mundo. Saiba, eu penso que só então a vida real nos espera e agora apenas estamos nos preparando para ela…

Quem não acredita em vida após a morte, pode começar acreditando na Vida.