segunda-feira, 28 de maio de 2012

Fé Libertadora

"A hora vem, em que nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. (...)
hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade;
porque o Pai procura a tais que assim o adorem.
Deus é Espírito, e é necessário que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade."
Jesus (João, capítulo 4)
 


Fé Libertadora

Assuero Gomes

Quando você se sentir oprimido por causa do peso da estrutura religiosa à qual você pertence, quando se sentir culpado, de tal maneira que o ar fique pesado para entrar e sair dos seus pulmões e o peso da culpa que fizeram recair sobre você ficar insuportável, quando você não conseguir cumprir com todas as obrigações impostas, quando a igreja for muito grande e você se sentir muito pequeno, lembre-se de algumas verdades:

 

Jesus não veio condenar ninguém, Jesus não fundou nenhuma religião, Jesus não pediu que lhe construíssem nenhum templo, não escolheu nenhuma cidade nem lugar como sagrado, não discriminou ninguém, não aceitou oferendas nem as pediu.

 

Lembre-se sempre do que Ele ensinou, dentre muitas coisas: o verdadeiro lugar de adoração é o seu coração, o verdadeiro culto agradável ao Pai é atender ao necessitado, o Templo que Ele construiu foi seu próprio corpo ressuscitado, todos são filhos de Deus, sem exceção, nunca chame ninguém de mestre, pois só um é o Mestre, não chame ninguém de senhor, pois o próprio Deus é chamado de Pai.

 

Os homens e as mulheres constroem seus sistemas religiosos institucionais de tal maneira que você pensa que é a vontade de Deus e, assim pensando, você é oprimido muitas vezes por esse sistema e ainda assim é você quem o sustenta tanto psicológica, espiritual e financeiramente. O sistema é construído à imagem e semelhança dos que governam esse mundo, mas no modelo que Jesus nos ensinou é o inverso que deve acontecer, quem é o maior, que seja o menor, quem quer ser servido que sirva, os últimos serão os primeiros, os mansos e humildes herdarão a Terra, os famintos serão saciados e os ricos despedidos de mãos vazias.

 

Liberte-se, pois só assim poderá acompanhar Jesus lado a lado e sentir a verdadeira grandeza de um Deus que caminha na poeira dos pés dos deserdados, que se admira com a veste dos lírios do campo e se alegra com o partir do pão. Uma grandeza resplandecente na humildade.

 

Transforme a instituição que você frequenta em comunidade fraterna de vivência de fé. Nunca tema autoridade nenhuma, pois os filhos são herdeiros e uma vez incorporados na partilha do pão, já são uma só carne e um só sangue.

 

Lembre-se que quanto mais você se tornar obediente aos ditames do mundo, quanto mais complacente com as injustiças do mundo, quanto mais enquadrado na imutável hierarquia dos sistemas, mais preso estará e assim, mais distante de Jesus, do caminhar livre.

 

As igrejas tentam aprisionar Jesus e assim aprisionam você. Libertar Jesus das igrejas, na verdade é libertar você das igrejas.

 

Quando você conseguir caminhar livre, e só assim, você poderá libertar sua igreja.

 

A igreja liberta será então a morada da comunidade verdadeira, sem amarras, sem ritos rotos, sem interditos, sem pecados nem mesuras devidas a ninguém, então a sua opressão não mais existirá, então o ar poderá assear livremente nos seus pulmões e na natureza exterior, e você se sentirá leve, tão leve, que pousará suave aos pés dos pés do necessitado, ali, onde caminha nosso irmão, Jesus.

 

Assuero Gomes é Cristão católico leigo da Arquidiocese de Olinda e Recife

 

assuerogomes@terra.com.br

domingo, 6 de maio de 2012

O que Deus uniu

"Aproximaram-se dele alguns fariseus que o experimentavam, dizendo: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo? Respondeu-lhe Jesus: Não tendes lido que o Criador os fez desde o princípio homem e mulher, e que ordenou: 'Por isso deixará o homem pai e mãe, e unir-se-á a sua mulher; e serão os dois uma só carne?' Assim já não são mais dois, mas um só carne. Portanto o que Deus ajuntou, não o separe o homem. Responderam-lhe: Então por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la? Disse-lhes ele: Pela dureza de vossos corações Moisés vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas não foi assim desde o princípio. Eu vos digo porém, que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de infidelidade, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério. Disseram-lhe os discípulos: Se tal é a condição do homem relativamente à mulher, não convém casar. Ele, porém, lhes disse: Nem todos podem aceitar esta palavra, mas somente aqueles a quem é dado. Porque há eunucos que nasceram assim; e há eunucos que pelos homens foram feitos assim; e outros há que a si mesmos se fizeram eunucos por causa do reino dos céus. Quem pode aceitar isso, aceite-o."

Mateus, capítulo 19
 

 
Um famoso professor se  encontrou com um grupo de jovens que falava contra o  casamento.

Argumentavam que o que  mantém um casal é o romantismo e que é preferível acabar com a relação quando  este se apaga, em vez de se submeter à triste monotonia do  matrimônio.

O mestre disse que  respeitava sua opinião, mas lhes contou a seguinte história:

Meus pais viveram 55 anos casados. Numa manhã minha mãe descia a escada para preparar o café e  sofreu um enfarto.

Meu pai correu até ela,  levantou-a como pôde e quase se arrastando, a levou até à  caminhonete. Dirigiu a toda  velocidade até o hospital, mas quando chegou, infelizmente ela já estava  morta.

Durante o Velório, meu  pai não falou. Ficava o tempo todo  olhando para o nada. Quase não chorou. 

Eu e meus irmãos  tentamos, em vão, quebrar a nostalgia recordando momentos  engraçados.

Na hora do  sepultamento, papai, já mais calmo, passou a mão sobre o  caixão e falou com sentida emoção: 

Meus filhos, foram  55 bons anos... Ninguém pode falar do  amor verdadeiro se não tem idéia do que é o compartilhar a vida com alguém por  tanto tempo. 

Fez uma pausa,  enxugou as lágrimas e continuou: 

Ela e eu tivemos juntos muitas crises. Mudei de emprego,  renovamos toda a mobília quando vendemos a casa e mudamos de  cidade.

Compartilhamos a  alegria de ver nossos filhos concluírem a faculdade, choramos um ao lado do  outro quando entes queridos partiam.

Oramos juntos na sala  de espera de alguns hospitais, nos apoiamos na hora da dor, trocamos abraços em  cada Natal, e perdoamos nossos erros...

Filhos, agora ela se  foi e eu estou contente. E vocês sabem por quê?

Porque ela se foi antes  de mim e não teve que viver a agonia e a dor de me enterrar, de ficar só depois  da minha partida. Sou eu que vou passar por essa situação, e agradeço a Deus por isso. Eu a amo tanto que não  gostaria que sofresse assim... 

Quando meu pai  terminou de falar, meus irmão e eu estávamos com os rostos cobertos de lágrimas. Nós o abraçamos e ele nos consolava, dizendo: 

Está tudo bem, meus  filhos, podemos ir para casa.

E por fim o professor  concluiu: 

Naquele dia entendi o que é o verdadeiro amor. Está muito além do romantismo e do erotismo, mas se vincula ao trabalho e ao  cuidado a que se dedicam duas pessoas realmente  comprometidas.

Quando o mestre  terminou de falar, os jovens universitários não puderam argumentar. Pois esse tipo de amor era algo que não conheciam.

O verdadeiro AMOR se  revela nos pequenos gestos, no dia a dia e por  todos os dias.

O verdadeiro AMOR não é  egoísta, nem é presunçoso, nem alimenta o desejo de posse sobre a pessoa amada. 

QUEM CAMINHA SOZINHO PODE  ATÉ CHEGAR MAIS RÁPIDO, MAS AQUELE QUE VAI  ACOMPANHADO, COM CERTEZA, CHEGA MAIS  LONGE.

Do limão à limonada

O homem pode gozar na Terra uma felicidade completa?
 
Não (...), mas dele depende abrandar os seus males e ser tão feliz, quanto se pode ser na Terra. (...) O homem é, na maioria das vezes, o artífice de sua própria infelicidade. Praticando a lei de Deus, ele pode poupar-se a muitos males e gozar de uma felicidade tão grande quanto o comporta a sua existência num plano grosseiro.
 
O Livro dos Espíritos
Questões 920/921
Paris, 1857
 


Felicidade e otimismo reduzem risco de doenças cardíacas
Com informações da BBC
19/04/2012

Pessoas felizes e positivas têm menos ataques cardíacos.

Está tudo no coração

Cientistas acreditam que um senso de bem-estar pode reduzir fatores de risco que induzem a doenças cardíacas, como pressão alta e colesterol elevado.

Levantamento realizado na Universidade de Harvard, envolvendo mais de 200 estudos sobre o assunto, mostrou que as pessoas felizes e otimistas enfrentam menor risco de sofrer doenças cardíacas e derrames.

Mania de negativo

A maior parte dos estudos anteriores sobre humor e doenças cardíacas se centrou em fatores como estresse e ansiedade, mas não em felicidade e otimismo.

Fatores como estresse e depressão já tinham sido relacionados com o agravamento do risco de doenças cardíacas.

Entre as mulheres o risco de doenças do coração é especialmente elevado naquelas que apresentam sinais de desesperança.

O oposto - redução do risco cardíaco - vem sendo extensamente documentado em aspectos como otimismo e satisfação com a vida.

Isto reforça cada vez mais que um coração saudável é muito mais uma questão de estilo de vida do que de genes.

Tudo melhor

Os pesquisadores de Harvard analisaram estudos médicos variados que documentaram associações entre bem-estar psicológico e boa saúde cardiovascular.

O cruzamento de dados revelou que fatores como otimismo, satisfação com a vida e felicidade estão associados com uma redução no risco de doenças cardíacas e circulatórias.

Os resultados independem da idade, status socioeconômico, peso e tabagismo.

O risco de doença cardíaca é 50% menor entre pessoas otimistas.

Mas a pesquisadora Julia Boehm afirma que a pesquisa apenas sugere uma ligação, e não representa uma prova de que fatores ligados ao bem-estar possam atuar para prevenir doenças cardíacas.

Por exemplo, os participantes da pesquisa que se mostraram mais otimistas também seguiam hábitos mais saudáveis, como se exercitar mais e seguir uma dieta balanceada, fatores que podem exercer influência na prevenção de doenças.

Fonte: DiarioDaSaude