domingo, 29 de maio de 2011

FATOR OCULTO

"Ramon, (...) Até onde tenho visto, os argumentos contra a descriminalização [das grogas] são mais consistentes. Esse, por exemplo, de evitar o tráfico é o mesmo usado pra legitimar o aborto. 'Liberemos para evitar as mortes ocorridas pelo uso clandestino (do aborto ou da droga)'. Há vários estudos que mostram problemas de saúde oriundos do uso da maconha, que é costumeiramente a porta de entrada para entorpecentes mais pesados e letais. A propósito, com base no mesmo argumento de eliminar o tráfico, liberemos tudo, então. O extasy, o crack, ópio, remédios tarja preta (pra que receita?!). Liberemos o alcool para menores de idade também! E, claro, para que não morram tantas jovens mulheres, liberemos o aborto. Ou façamos como países de '1º mundo': criemos centros de apoio ao uso 'higiênico' e 'saudável' de drogas injetáveis para evitar a disseminação da AIDS, ao invés de criar centros de recuperação. Ou o uso de heroína pode trazer algum bem a alguém? Enfim... O assunto é vasto pra ser debatido rapidamente, mas é muito dificíl a gente ver um argumento a favor da liberação das drogas que possa ser realmente sustentado numa perspectiva mais humana. Aquele abraço!" GM



Olá, camarada!

Suas considerações são interessantes.

Quando acabou o racionamento de energia de 2001, vi num jornal um gráfico bem interessante, que dizia:
 
> Contribuição dos consumidores para o fim do racionamento = 2%
> Contribuição de São Pedro = 98%
 
Ou seja, quem resolveu o problema de verade foi a mãe natureza, mandando chuva para encher os reservatórios das hidrelétricas.

Acredito que ocorra algo semelhante neste problema das drogas: é humanamente impossível resolver. Proibindo, alimentamos o tráfico e toda a cadeia criminosa por trás dele. Liberando, incentivaremos legalmente o abuso e criaremos mais dependentes, pois pessoas que hoje temem as consequências legais se sentiriam à vontade para "experimentar".

Pra mim, só existe um fator oculto capaz de solucionar enigmas deste gênero: as migrações interplanetárias (Capítulos XI e XVIII, da Gênese).

Enquanto houver na Terra mentes dispostas a explorar a miséria e o vício, haverá muitas outras fracas o suficiente para lhes servirem de presa. A maldade continuará se alimentando da fraqueza, até ser banida.

Quando o joio for lançado fora, muitos herdeiros da Terra, aliviados, terão a agradável impressão de que uma grande praga foi debelada subitamente, sem grandes esforços, quase que por encanto.

E dificilmente teremos um gráfico demonstrando a contribuição de Deus para este resultado.

Um abraço!

Ramon de Andrade
Palmares-PE


EMIGRAÇÕES E IMIGRAÇÕES DOS ESPÍRITOS

Essa transfusão, que se efetua entre a população encarnada e desencarnada de um planeta, igualmente se efetua entre os mundos, quer individualmente, nas condições normais, quer por massas, em circunstâncias especiais. Há, pois, emigrações e imigrações coletivas de um mundo para outro, donde resulta a introdução, na população de um deles, de elementos inteiramente novos. Novas raças de Espíritos, vindo misturar-se às existentes, constituem novas raças de homens. Ora, como os Espíritos nunca mais perdem o que adquiriram, consigo trazem eles sempre a inteligência e a intuição dos conhecimentos que possuem, o que faz que imprimam o caráter que lhes é peculiar à raça corpórea que venham animar. Para isso, só necessitam de que novos corpos sejam criados para serem por eles usados. Uma vez que a espécie corporal existe, eles encontram sempre corpos prontos para os receber. Não são mais, portanto, do que novos habitantes. Em chegando à Terra, integram-lhe, a princípio, a população espiritual; depois, encarnam, como os outros.

Allan Kardec
A Gênese,
Capítulo XI,
Item 37

A GERAÇÃO NOVA

Para que na Terra sejam felizes os homens, preciso é que somente a povoem Espíritos bons, encarnados e desencarnados, que somente ao bem se dediquem. Havendo chegado o tempo, grande emigração se verifica dos que a habitam: a dos que praticam o mal pelo mal,  ainda não tocados pelo sentimento do bem, os quais, já não sendo dignos do planeta transformado, serão excluídos, porque, senão, lhe ocasionariam de novo perturbação e confusão e constituiriam obstáculo ao progresso. Irão expiar o endurecimento de seus corações, uns em mundos inferiores, outros em raças terrestres ainda atrasadas, equivalentes a mundos daquela ordem, aos quais levarão os conhecimentos que hajam adquirido, tendo por missão fazê-las avançar. Substituí-los-ão Espíritos melhores, que farão reinem em seu seio a justiça, a paz e a fraternidade.

(...)

O que, ao contrário, distingue os Espíritos atrasados é, em primeiro lugar, a revolta contra Deus, pelo se negarem a reconhecer qualquer poder superior aos poderes humanos; a propensão  instintiva para as paixões degradantes, para os sentimentos antifraternos de egoísmo, de orgulho, de inveja, de ciúme; enfim, o apego a tudo o que é material: a sensualidade, a cupidez, a avareza.

Desses vícios é que a Terra tem de ser expurgada pelo afastamento dos que se obstinam em não emendar-se; porque são incompatíveis com o reinado da fraternidade e porque o contacto com eles constituirá sempre um sofrimento para os homens de bem. Quando a Terra se achar livre deles, os homens caminharão sem óbices para o futuro melhor que lhes está reservado, mesmo neste mundo, por prêmio de seus esforços e de sua perseverança, enquanto esperem que uma depuração mais completa lhes abra o acesso aos mundos superiores.
 
(...) O estado dos costumes e da sociedade estará, portanto, no seio de um povo, de uma raça, ou do mundo inteiro, em relação com aquela das duas categorias que preponderar.
 
Uma comparação vulgar ainda melhor dará a compreender o que se passa nessa circunstância. Figuremos um regimento composto na sua maioria de homens turbulentos e indisciplinados, os quais ocasionarão nele constantes desordens que a lei penal terá por vezes dificuldades em reprimir. Esses homens são os mais fortes, porque mais numerosos do que os outros. Eles se amparam, animam e estimulam pelo exemplo. Os poucos bons nenhuma influência exercem; seus conselhos são desprezados; sofrem com a companhia dos outros, que os achincalham e maltratam. Não é essa uma imagem da sociedade atual?

Suponhamos que esses homens são retirados um a um, dez a dez, cem a cem, do regimento e substituídos gradativamente por iguais números de bons soldados, mesmo por alguns dos que, já tendo sido expulsos, se corrigiram. Ao cabo de algum tempo, existirá o mesmo regimento, mas transformado. A boa ordem terá sucedido à desordem.
 
As grandes partidas coletivas, entretanto, não têm por único fim ativar as saídas; têm igualmente o de transformar mais rapidamente o espírito da massa, livrando-a das más influências e o de dar maior ascendente às idéias novas.
 
(...)

Quando insulado e individual, esse melhoramento passa despercebido e nenhuma influência ostensiva alcança sobre o mundo. Muito outro é o efeito, quando a melhora se produz simultaneamente sobre grandes massas, porque, então, conforme as proporções que assuma, numa geração, pode modificar profundamente as idéias de um povo ou de uma raça.

Allan Kardec
A Gênese,
Capítulo XVIII
Itens 27-35

terça-feira, 24 de maio de 2011

Egoísmo Reflexo

"Sabeis que os governadores dos gentios os dominam, e os seus grandes exercem autoridades sobre eles. Não será assim entre vós; antes, qualquer que entre vós quiser tornar-se grande, será esse o que vos sirva; e qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, será vosso servo; assim como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.
Jesus (Mateus, 20:25-28)
 

 
"O choque, que o homem experimenta, do egoísmo dos outros é o que muitas vezes o faz egoísta, por sentir a necessidade de colocar-se na defensiva. Notando que os outros pensam em si próprios e não nele, ei-lo levado a ocupar-se consigo, mais do que com os outros. Sirva de base às instituições sociais, às relações legais de povo a povo e de homem a homem o princípio da caridade e da fraternidade e cada um pensará menos na sua pessoa, assim veja que outros nela pensaram. Todos experimentarão a influência moralizadora do exemplo e do contacto. Em face do atual extravasamento de egoísmo, grande virtude é verdadeiramente necessária, para que alguém renuncie à sua personalidade em proveito dos outros, que, de ordinário, absolutamente lhe não agradecem. Principalmente para os que possuem essa virtude, é que o reino dos céus se acha aberto. A esses, sobretudo, é que está reservada a felicidade dos eleitos, pois em verdade vos digo que, no dia da justiça, será posto de lado e sofrerá pelo abandono, em que se há de ver, todo aquele que em si somente houver pensado."
O Livro dos Espíritos
Questão 917
Paris, 1857




Impressão negativa dos outros leva a ações egoístas
Redação do Diário da Saúde
24/05/2011

Primeira impressão
 
As expectativas que as pessoas têm sobre como os outros irão se comportar desempenham um papel essencial em determinar se essas pessoas vão cooperar umas com as outras ou não.
 
E, além disso, a primeira expectativa, ou impressão, é muito difícil de mudar.
 
"Isto é particularmente verdadeiro quando a impressão é negativa", diz Michael Kurschilgen, do Instituto Max Planck, na Alemanha, resumindo as principais conclusões de um estudo no qual ele e seus colegas Christoph Engel e Sebastian Kube examinaram os efeitos dos chamados jogos do bem público.
 
O estudo mostra que as próprias expectativas de uma pessoa transformam-se em uma profecia auto-realizável: aquelas que esperam que as pessoas ajam de modo egoísta, de fato vivenciam comportamentos não-cooperativos dos outros com mais frequência.
 
Comportamento social
 
Usando um tipo de jogo muito utilizado no campo da economia experimental, os pesquisadores queriam descobrir em que extensão as primeiras impressões determinam como as pessoas irão se comportar e até que ponto isso pode ser influenciado por informações seletivas.
 
Os jogos são criados em torno do dilema clássico de auto-interesse e comportamento socialmente consciente.
 
Cada membro de um grupo de quatro jogadores recebe 20 fichas. Eles podem mantê-las para si ou investi-los em um projeto comunitário.
 
Cada jogador recebe 0,4 ficha para cada uma que o grupo investe no projeto comunitário. Se todos os quatro membros do grupo investirem suas 20 fichas, cada um deles receberá 32 fichas - ou seja, 12 a mais do que se todas guardarem seu dinheiro para si próprias.
 
Mas se apenas três deles investirem seu dinheiro na comunidade, o jogador egoísta recebe 44 fichas. Assim, mesmo o jogador egoísta ganha com o investimento no fundo comunitário.
 
Dilema social
 
"O jogo do bem público, portanto, cria um dilema social", explica Kurschilgen.
 
Isto porque seria melhor para a comunidade se todos investissem no bem coletivo.
 
No entanto, em nível individual, o egoísta tira o melhor proveito da situação, recebendo o bônus sem ter feito o investimento.
 
Surpreendentemente, houve diferenças significativas na disposição de investir no bem comum quando o experimento foi realizado em Londres, na Inglaterra, e em Bonn, na Alemanha.
 
Os londrinos investiram apenas 43 por cento, em média, no bem comum. Em Bonn, por outro lado, o índice chegou a 82 por cento.
 
"Isto provavelmente se deve às diferentes expectativas do que constitui um comportamento normal", postula Kurschilgen.
 
Egoísmo e altruísmo
 
Os indivíduos que assumem que os outros agirão de modo egoísta muito dificilmente são propensos a tomar atitudes altruístas.
 
Consequentemente, a decisão de uma pessoa se comportar de forma cooperativa ou não depende fortemente de como essa pessoa pensa que as outras pessoas irão se comportar.

Fonte: DiarioDaSaude

domingo, 1 de maio de 2011

Corpo Mental

"Não temais os que matam o corpo (1), e não podem matar a alma (2); temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo (3)."
Jesus (Mateus, 10:28)
 

 
Há no homem alguma outra coisa além da alma e do corpo?
"Há o laço que liga a alma ao corpo."

De que natureza é esse laço?
"Semimaterial, isto é, de natureza intermédia entre o Espírito e o corpo. É preciso que seja assim para que os dois se possam comunicar um com o outro. Por meio desse laço é que o Espírito atua sobre a matéria e reciprocamente."

O homem é, portanto, formado de três partes essenciais: 1) o corpo ou ser material, análogo ao dos animais e animado pelo mesmo princípio vital; 2) a alma, Espírito encarnado que tem no corpo a sua habitação; 3) o princípio intermediário, ou perispírito, substância semimaterial que serve de primeiro envoltório ao Espírito e liga a alma ao corpo. Tal, num fruto, o gérmen, o perisperma e a casca.
 
O Livro dos Espíritos
Questão 135
Paris, 1857




É possível deixar o próprio corpo e até assumir outro
Redação do Diário da Saúde
22/02/2011

Experiências fora do corpo
 
Deixe o seu corpo, aperte sua própria mão ou até mesmo mude para um corpo robótico por um tempo.
 
O neurocientista sueco Henrik Ehrsson chefia uma das equipes que está demonstrando que tudo isso é possível porque a imagem que o cérebro tem do corpo é, por assim, dizer, negociável.
 
Ele foi um dos apresentadores de uma seção sobre o assunto na reunião da Sociedade Americana para o Progresso da Ciência, que está acontecendo nos Estados Unidos nesta semana.
 
O desenvolvimento desse campo de pesquisas deverá permitir desde o desenvolvimento de novas próteses sensíveis ao toque e próteses comandadas pelo pensamento, até melhores robôs e mundos virtuais mais convincentes.
 
Percepção do próprio corpo
 
As descobertas vêm do estudo de questões aparentemente simples: Como o cérebro realmente identifica o corpo a que pertence? E por que nós sentimos o centro da nossa consciência como estando localizado dentro de um corpo físico?
 
Em uma série de experimentos realizados no Instituto Karolinska, Ehrsson e seus colegas demonstraram que a percepção que o cérebro tem do corpo no qual ele está embarcado pode alterar-se consideravelmente.
 
Manipulando os diferentes sentidos de forma coordenada, os pesquisadores fizeram com que os voluntários sentissem que seu corpo repentinamente incluía membros artificiais e até mesmo que haviam saído inteiramente do seu corpo e entrado em outro.
 
"Ao esclarecer como o cérebro normal produz um sentimento de posse do corpo, podemos aprender a projetar essa propriedade em organismos artificiais e organismos virtuais simulados, e até mesmo fazer duas pessoas experimentarem a troca de corpos entre si," disse Ehrsson em sua apresentação.
 
Relação entre corpo e mente
 
A pesquisa aborda questões fundamentais sobre a relação entre mente e corpo, que têm sido tema de discussões teológicas, filosóficas e psicológicas ao longo de séculos, mas que só recentemente começaram a ser objeto de estudos experimentais acadêmicos.
 
A chave para resolver o problema, segundo os pesquisadores, é identificar os mecanismos multissensoriais através dos quais o sistema nervoso central distingue entre os sinais sensoriais do próprio corpo e os sinais do meio ambiente.
 
A pesquisa pode ter implicações importantes em múltiplas áreas, como o desenvolvimento de próteses de mão com sensações mais próximas das mãos reais e uma nova geração de aplicações de realidade virtual, onde o sentido do self é projetado sobre "corpos virtuais" gerados por computador.
 
Teletransporte do self
 
Os cientistas estão agora estudando que tipo de corpo o cérebro pode ser levado a perceber como sendo o seu próprio.
 
O self pode, por exemplo, ser transferido para um corpo de outro sexo, idade e tamanho, mas não para objetos como blocos ou cadeiras.
 
Um projeto atualmente em curso, com potenciais aplicações em robótica, está analisando se o corpo percebido pode ser reduzido ao tamanho de uma boneca Barbie. Outro está estudando se o cérebro pode aceitar um corpo com membros adicionais.
 
"Isso poderia dar a pessoas paralisadas um terceiro braço protético, que eles perceberiam como sendo real", concluiu Ehrsson.

Fonte: DiarioDaSaude



Cérebro é mais do que uma máquina e se "liberta do corpo", diz cientista
Alex Sander Alcântara - Agência Fapesp
24/08/2009

O cérebro vai aos poucos se libertando do corpo, o "cérebro define a nossa percepção do que é o corpo que o abriga".
 
Nova era nas pesquisas sobre o cérebro
 
"Para entender o cérebro é preciso entender como funciona uma orquestra neural". Com essa imagem, o neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis, da Universidade Duke, nos Estados Unidos, abriu a conferência Just follow the music (Simplesmente siga a música) na 24ª Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE), realizada em Águas de Lindoia, em São Paulo.
 
O neurocientista apresentou ao público as ideias que nortearam suas pesquisas sobre o cérebro, destacando que "não existe a ditadura do neurônio único. O que existe são circuitos". Essa ideia, conta, vem do psicólogo canadense Donald Hebb que, em 1949, publicou Organização do Comportamento, um dos livros "mais citados e menos lidos da neurociência".
 
"Como Hebb não tinha provas experimentais de suas teorias, a publicação não teve impacto imediato. Mas sua contribuição foi imensamente maior. Ele criou uma nova era sem que ninguém percebesse", apontou.
 
O cérebro não é simplesmente uma máquina
 
Segundo Nicolelis, durante mais de 100 anos o ponto de vista da neurociência foi o de mandar uma informação para o cérebro e tentar decodificar o que o cérebro fazia com aquela informação. Ou seja, a idéia era entender o funcionamento do cérebro de fora dele. Mandava-se um sinal (visual ou tático) e tentava-se decodificar o que ocorreu. "Mas esse ponto de vista está incompleto. É preciso entrar na perspectiva do cérebro para entendê-lo".
 
"Sob essa abordagem, o sinal que eu mandei e que para mim não tem significado, para você tem um significado já adquirido antes mesmo de olhar pra ele. Ou seja, o fato de que você sabe que vai olhar ou tocar alguma coisa, como a sua história pregressa dominou ou influenciou a definição da dinâmica do seu cérebro durante toda a sua vida, faz com que esse evento já tenha um significado para você antes mesmo que ele ocorra", explicou.
 
Em outras palavras, "o cérebro não é um agente passivo, não é um decodificador de informação, ele é um modelador de realidade".
 
O cérebro que se liberta do corpo
 
"O que eu estou tentando fazer na minha pesquisa é mudar o ponto de vista da neurofisiologia para dentro do cérebro e ver o mundo de lá para fora, em vez de fora para dentro. E quando fazemos isso, tudo muda, porque quando racionalizamos o cérebro em casinhas, mostramos nossa maneira cartesiana de ver o mundo. Mas o cérebro não evoluiu sobre esses preceitos, ele não evoluiu sobre a lógica das ciências humanas", disse o neurocientista, que se denomina um "relativista do cérebro".
 
Seu trabalho atesta a ideia de que o cérebro vai aos poucos se libertando do corpo, ou seja, a ideia segundo a qual o "cérebro define a nossa percepção do que é o corpo que o abriga".
 
O pesquisador brasileiro exemplifica com estudos feitos em seu laboratório com animais, como a macaca rhesus Aurora, que, posicionada diante de um videogame sem joystick, demonstrou destreza em um jogo mesmo sem usar as mãos, apenas com os impulsos emitidos pelo cérebro que controlaram um braço robótico.
 
"O cérebro tem o potencial de se libertar do corpo e é capaz de condicionar padrões corticais sem contração muscular. Aurora incorporou o braço robótico como uma parte do corpo, o que leva a crer que o cérebro pode simular o desejo motor em uma dinâmica espaço-temporal", afirmou.
 
Interface cérebro-máquina
 
Uma das hipóteses de trabalho considera que as funções do cérebro não são definidas por áreas corticais específicas, mas por interações distribuídas por múltiplas áreas corticais e subcorticais, que definem os comportamentos e as funções.
 
Nicolelis em seu trabalho de pesquisa pretende, além de explicar comportamentos motores e princípios de funcionamento dos circuitos neurais, que em breve essa interface cérebro-máquina possa ser "a base, o coração de algo chamado neuroprótese cortical que sirva para a restauração das funções motoras que sofreram algum tipo de lesão".
 
"Essa é uma possibilidade: restaurar um comportamento motor pela leitura da música cerebral", disse o cientista, que atualmente elabora um livro sobre o assunto para o público em geral.

Fonte: DiarioDaSaude

RÁDIO CÉREBRO

"E alguns dos escribas disseram consigo: Este homem blasfema.
Mas Jesus, conhecendo-lhes os pensamentos, disse:
Por que pensais o mal em vossos corações?"
Jesus (Mateus, 9:3-4)
 

 
Podem os Espíritos comunicar-se, estando completamente despertos os corpos?

"O Espírito não se acha encerrado no corpo como numa caixa; irradia por todos os lados. Segue-se que pode comunicar-se com outros Espíritos, mesmo em estado de vigília, se bem que mais dificilmente."

Como se explica que duas pessoas, perfeitamente acordadas, tenham instantaneamente a mesma idéia?

"São dois Espíritos simpáticos que se comunicam e vêem reciprocamente seus pensamentos respectivos, embora sem estarem adormecidos os corpos."

Há, entre os Espíritos que se encontram, uma comunicação de pensamento, que dá causa a que duas pessoas se vejam e compreendam sem precisarem dos sinais ostensivos da linguagem. Poder-se-ia dizer que falam entre si a linguagem dos Espíritos.
 
O Livro dos Espíritos
Perguntas 420 e 421
Paris, 1857


 

Cérebro possui "estações de rádio" transmitindo em várias frequências
Redação do Diário da Saúde
16/03/2011
Os equipamentos disponíveis permitiram aos cientistas monitorar as "transmissões cerebrais" em frequências de até 500 Hz.
 
Rádio Cérebro
 
Assim como ouvintes ajustam a sintonia de um rádio para captar estações diferentes, cientistas demonstraram que é possível sintonizar frequências precisas emitidas pelo cérebro.
 
Até agora, os cientistas têm focado suas pesquisas sobre as funções cerebrais no "onde" e no "quando" a atividade do cérebro ocorre.
 
"O que nós descobrimos é que o comprimento de onda que a atividade cerebral emite proporciona um terceiro ramo essencial para a compreensão da fisiologia do cérebro", diz o Dr. Eric Leuthardt, da Universidade de Washington, nos Estados Unidos.
 
Eletrodos no cérebro
 
Os pesquisadores usaram a electrocorticografia, uma técnica para monitorar o cérebro com uma grade de eletrodos implantada diretamente na superfície do cérebro, de forma temporária.
 
Os pesquisadores usam essa abordagem para identificar a fonte de ataques epilépticos persistentes e que não respondem aos medicamentos e para mapear regiões do cérebro para a remoção cirúrgica.
 
Com a permissão dos pacientes, os cientistas agora usaram a grade de eletrodos para monitorar experimentalmente um espectro muito maior da atividade cerebral do que é feito normalmente quando se monitora as ondas cerebrais.
 
Frequências do cérebro
 
As ondas cerebrais são produzidas quando muitos neurônios disparam ao mesmo tempo.
 
A frequência desses disparos - quantas vezes eles ocorrem num determinado período de tempo - determina a frequência da atividade cerebral - ou seu comprimento de onda, que é medido em hertz, ou ciclos por segundo.
 
Estações FM, por exemplo, transmitem em frequências entre 88 e 108 MHz - milhões de ciclos por segundo.
 
Os equipamentos disponíveis permitiram aos cientistas monitorar as "transmissões cerebrais" em frequências de até 500 Hz.
 
"Um eletroencefalograma só pode monitorar as frequências até 40 hertz, mas com a electrocorticografia podemos monitorar as atividades até 500 hertz. Isso realmente nos dá uma oportunidade única para estudar a fisiologia completa da atividade cerebral", diz Leuthardt.
 
Detectando uma faixa de frequências maior, os cientistas conseguiram determinar a origem das transmissões com mais precisão, o que deverá permitir um mapeamento das funções cerebrais com uma resolução inédita.
 
Frequência e função
 
Leuthardt e seus colegas usaram essa sintonia da "Rádio Cérebro" para acompanhar a diminuição da consciência durante a ação da anestesia cirúrgica e o retorno da consciência, quando a anestesia começa a perder o efeito.
 
Eles descobriram que cada frequência dá informações diferentes sobre como diferentes circuitos cerebrais se alteram com a perda da consciência.
 
"Algumas relações entre as frequências altas e baixas da atividade do cérebro não se alteraram, e nós especulamos que isso pode estar relacionado com alguns dos circuitos de memória", conta Leuthardt.
 
Outra descoberta é que o comprimento de onda dos sinais cerebrais em uma determinada região pode ser usado para determinar qual função essa região está realizando naquele momento.
 
"Historicamente nós juntamos as frequências da atividade do cérebro em um fenômeno único, mas nossos resultados mostram que existe uma diversidade real e uma não-uniformidade nessas frequências", conclui o cientista.

Fonte: DiarioDaSaude

Verdadeira Adoração

"Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas."
Jesus
(Mateus, 22:37-40)

"A hora vem, em que nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não conheceis (...) Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e é necessário que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade."
Jesus
(João, 4:21-24)


 
Tem Deus preferência pelos que o adoram desta ou daquela maneira?

"Deus prefere os que o adoram do fundo do coração, com sinceridade, fazendo o bem e evitando o mal, aos que julgam honrá-lo com cerimônias que os não tornam melhores para com os seus semelhantes. Todos os homens são irmãos e filhos de Deus. Ele atrai a si todos os que lhe obedecem às leis, qualquer que seja a forma sob que as exprimam. É hipócrita aquele cuja piedade se cifra nos atos exteriores. Mau exemplo dá todo aquele cuja adoração é afetada e contradiz o seu procedimento. Não pergunteis, pois, se alguma forma de adoração há que mais convenha, porque equivaleria a perguntardes se mais agrada a Deus ser adorado num idioma do que noutro. Ainda uma vez vos digo: até ele não chegam os cânticos, senão quando passam pela porta do coração."


O Livros dos Espíritos
Pergunta 654
Paris, 1857


"Agora, é caso de se perguntar: desde que com a aquisição da verdade e do conhecimento, essas extensões de religiões terrenas ao mundo espiritual são desnecessárias, o que devemos colocar em seu lugar? Isto poderia parecer uma condenação à adoração comunal. Absolutamente. Temos a nossa adoração comunal aqui, mas ela é purificada de todos os traços de credos sem significado, de doutrinas e de dogmas. Adoramos o Grande e Eterno Pai em verdade absoluta. E ninguém é forçado a crer cegamente — ou declarar que o faz — em algo que é completamente incompreensível a qualquer mente. Aqui há muitas e muitas coisas que não compreendemos — e levaria milhões de anos antes de termos a mais leve sombra de entendimento. Mas não nos pedem que compreendamos, mas sim que as aceitemos tal como são. Isso não influi em nada no progresso de nossa alma. Poderemos progredir mais e mais sem necessidade de pensar em compreender."
 
Anthony Borgia
A Vida nos Mundos Invisíveis
Ed. Pensamento, 1960