sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Vácuo Quântico 2

O vácuo absoluto existe em alguma parte no Espaço universal?
"Não, não há o vácuo. O que te parece vazio está ocupado por matéria que te escapa aos sentidos e aos instrumentos."

"(...) a matéria existe em estados que ignorais. Pode ser, por exemplo, tão etérea e sutil, que nenhuma impressão vos cause aos sentidos. Contudo, é sempre matéria. Para vós, porém, não o seria. (...) coisa nenhuma é o nada e o nada não existe."

Livro dos Espírito
Questões 22, 23-a e 36
Paris, 1857
 

Energia
Super laser poderá criar matéria do nada
 
Moisés de Freitas - 20/08/2010
 
Cientistas acreditam que o projeto ELI será suficiente para gerar 1026 Watts por centímetro quadrado, o suficiente para tornais reais as partículas virtuais.
 

Vácuo quântico
 
Você decididamente não encontrará um cientista querendo falar sobre "energia extraída do nada".
 
Mas alguns já estão dispostos a falar sobre extrair matéria do nada. Ou, pelo menos, do espaço "aparentemente" vazio.
 
Se o feito pode se assemelhar a alguma espécie de "criação" é coisa que ficará para os filósofos discutirem.
 
De qualquer forma, como parece ser bem adequado ao tema, é necessário começar do começo.
 
O princípio de incerteza de Heisenberg, um dos pilares da mecânica quântica, implica que nenhum espaço pode estar verdadeira e inteiramente vazio. De fato, e para desespero final dos materialistas, a ciência já demonstrou que a matéria é resultado das flutuações do vácuo quântico.
 
Em termos absolutamente singelos, vácuo quântico é o "nada" visto por um físico. "Visto" pode parecer força de expressão, mas não é: na verdade, os físicos já conseguiram capturar e armazenar o seu "nada".
 
É desse vazio que nunca é vazio que emerge a matéria. Flutuações aleatórias do vácuo quântico geram constantemente uma multiplicidade de partículas, as chamadas partículas virtuais, entre elas elétrons e pósitrons.
 
Assim, caso ainda não estivesse a par, saiba que a física quântica, a meros cento e poucos anos, decretou que o nada é uma impossibilidade. "Não há nada" passou a ser uma proposição intransitiva, que não exige complemento.
 
Antimatéria
 
Elétrons são bem conhecidos, deram nome à eletrônica. Os pósitrons também já estão sendo úteis na maioria dos laboratórios clínicos e hospitais, nos famosos exames de tomografia por emissão de pósitrons, PET-Scan para os "sigla-maníacos".
 
Menos sabido é que os pósitrons são partículas de antimatéria - mais especificamente, são antielétrons. Como elétrons e pósitrons surgem aleatoriamente do vácuo quântico, eles se encontram e se aniquilam quase com a mesma rapidez com que surgem. E esse equilíbrio de matéria e antimatéria garante que não fique jorrando matéria do nada o tempo todo.
 
O que os físicos querem fazer agora é tornar reais essas partículas virtuais, fazê-las romper o limiar de sua vida efêmera e trazê-las à existência real.
 
A possibilidade de que isso aconteça foi prevista por Fritz Sauter, em 1931. Segundo ele, um campo elétrico forte o suficiente pode transformar as partículas virtuais em partículas reais de tal forma que possam ser detectadas.
 
A dificuldade sempre esteve justamente nesse "campo elétrico forte o suficiente".
 
Super laser
 
Alexander Fedotov e seus colegas da Rússia, França e Alemanha, acreditam que o experimento, finalmente, começará ser viabilizado por volta de 2015, quando será inaugurada a primeira etapa do Extreme Light Infrastructure (ELI).
 
O ELI, um projeto conjunto de 13 países europeus, será o laser de maior potência já construído, cerca de seis vezes mais forte do que os mais fortes atualmente. Ele deverá gerar pulsos ultra curtos de radiação de alta energia - cerca de 100 GeV - suficientes para fazer com que partículas acelerem até próximo da velocidade da luz.
 
Fedotov e seus colegas acreditam que o ELI será suficiente para gerar 1026 Watts por centímetro quadrado. Segundo seus cálculos, isso será o bastante para dar vida às partículas virtuais.
 
Em 1997, uma equipe do acelerador SLAC, da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, conseguiu criar pares de elétrons-pósitrons. Mas a potência do ELI poderá permitir uma reação em cadeia, criando os pares aos milhões.
 
Segundo Fedotov e seus colegas, o primeiro par de elétron-pósitron criado será acelerado pelo laser, gerando luz. Estes fótons, juntamente com os demais fótons do laser, vão criar mais pares, que gerarão mais fótons para se juntar ao laser, e assim por diante, fazendo finalmente a matéria jorrar do nada. Ou melhor, jorrar do vácuo quântico.
 
Impensável
 
Enquanto esperam até que os engenheiros façam o seu trabalho, o físicos continuarão procurando pela quarta propriedade do elétron, que também poderá lançar alguns fótons sobre o paradeiro de toda a antimatéria que teria sido criada no Big Bang.
 
Ou sonhando com o super colisor de partículas linear, que deverá ser o sucessor do LHC, e que promete não apenas responder a algumas dessas questões eterealmente imateriais, como lançar outras exponencialmente mais impensáveis.
 

Vácuo Quântico

O vácuo absoluto existe em alguma parte no Espaço universal?
"Não, não há o vácuo. O que te parece vazio está ocupado por matéria que te escapa aos sentidos e aos instrumentos."

"(...) a matéria existe em estados que ignorais. Pode ser, por exemplo, tão etérea e sutil, que nenhuma impressão vos cause aos sentidos. Contudo, é sempre matéria. Para vós, porém, não o seria. (...) coisa nenhuma é o nada e o nada não existe."

Livro dos Espírito
Questões 22, 23-a e 36
 

 
Espaço
Matéria e antimatéria podem ser criadas do nada
 
Redação do Site Inovação Tecnológica - 22/12/2010
 
"A questão básica do que é o vácuo, o que não é o nada, vai além da ciência."

Sob as condições adequadas - que incluem um feixe de laser de ultra-alta intensidade e um acelerador de partículas de dois quilômetros de extensão - pode ser possível criar algo do nada.
 
É o que garante Igor Sokolov e seus colegas da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.
 
O grupo desenvolveu novas equações que descrevem como um feixe de elétrons de alta energia, combinado com um intenso pulso de laser, pode rasgar o vácuo, liberando seus componentes fundamentais de matéria e antimatéria, e desencadear uma cascata de eventos que gera pares adicionais detectáveis de partículas e antipartículas.
 
Criar matéria do nada
 
Não é a primeira vez que cientistas afirmam que um super laser pode criar matéria do nada. De um nada que não é exatamente ausência de tudo, mas uma sopa fervilhante de ondas e campos de todos os tipos, onde partículas virtuais surgem e desaparecem o tempo todo.
 
Em 2008, um artigo publicado na revista Science descreveu como a matéria se origina de flutuações do vácuo quântico.
 
"Agora nós pudemos calcular como, a partir de um único elétron, podem ser produzidas várias centenas de partículas. Acreditamos que isso acontece na natureza, perto de pulsares e estrelas de nêutrons," afirma Igor Sokolov, um dos autores do estudo.
 
Foi um grupo de brasileiros que demonstrou recentemente que uma estrela de nêutrons pode acordar o vácuo quântico.
 
O que é o nada?
 
Na base de todos estes trabalhos está a idéia de que o vácuo quântico não é exatamente o nada.
 
"É melhor dizer, acompanhando o físico teórico Paul Dirac, que um vácuo, ou um nada, é a combinação de matéria e antimatéria - partículas e antipartículas. Sua densidade é tremenda, mas não podemos perceber nada delas porque seus efeitos observáveis anulam-se completamente," disse Sokolov.
 
Em condições normais, matéria e antimatéria destroem-se mutuamente assim que entram em contato uma com a outra, emitindo raios gama, que já se imaginou aproveitar para construir um laser de raios gama.
 
"Mas sob um forte campo eletromagnético, este aniquilamento, que tipicamente funciona como um ralo de escoamento, pode ser a fonte de novas partículas," explica John Nees, coautor do estudo. "No curso da aniquilação, surgem fótons gama, que podem produzir elétrons e pósitrons adicionais."
 
Um fóton gama é uma partícula de luz de alta energia. Um pósitron é um anti-elétron, uma partícula gêmea do elétron, com as mesmas propriedades, mas com carga positiva.
 
Reação em cadeia
 
Os que os cientistas calculam é que os fótons de raios gama produzirão uma reação em cadeia que poderá gerar partículas de matéria e antimatéria detectáveis.
 
Em um experimento, preveem eles, um campo de laser forte o suficiente irá gerar mais partículas do que as injetadas por meio de um acelerador de partículas.
 
No momento, não existe nenhum laboratório que tenha todas as condições necessárias - um super laser e um acelerador de partículas - para testar a teoria.
 
Mas, para Sokolov, o tema já é fascinante o suficiente do ponto de vista filosófico.
 
"A questão básica do que é o vácuo, o que não é o nada, vai além da ciência," afirma ele. "Ela está profundamente incorporada não apenas nos fundamentos da física teórica, mas também da nossa percepção filosófica de tudo - da realidade, da vida, e até mesmo da questão religiosa sobre se o mundo poderia ter vindo do nada."
 
Recentemente, físicos do LHC conseguiram capturar antimatéria pela primeira vez - veja também CERN dá mais um passo no estudo da antimatéria.
 

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Sucesso Matrimonial

"[O casamento] É um progresso na marcha da Humanidade [e], segundo as vistas de Deus, tem que se fundar na afeição dos seres que se unem."

Livro dos Espíritos
Questões 695 e 701
 


Olá a todos!

Compartilho este artigo sem falso moralismo. Como a maioria, estou no grupo dos "apressadinhos". Mas, talvez por isso mesmo, fiquei impressionado com os resultados desta pesquisa.

A fórmula secreta parece ter sido decoberta, não na religião (graças a Deus!), mas sim no diálogo, quase sempre desprezado (por um ou por ambos) na hora de resolver os problemas. No "tudo ou nada", tudo fica mais complicado e nada tem chance de dar certo.

É a Ciência desvendando antigos valores, já quase esquecidos, possibilitando seu emprego racional e livre das imposições preconceituosas e mal explicadas de nossos ancestrais.

Ramon de Andrade
Palmares-PE


Casais que adiam sexo têm relacionamentos melhores

Redação do Diário da Saúde
29/12/2010

A chave da questão parece estar na capacidade de comunicação que esses casais desenvolvem, reforçando o relacionamento a longo prazo.

Só depois do casamento
 
Embora ainda haja casais que aguardam até terem um nível mais profundo de compromisso antes de ter relações sexuais, hoje é muito mais comum que duas pessoas explorem sua compatibilidade sexual antes de fazer planos a longo prazo em conjunto.
 
Então, dentre essas duas possibilidades, será que alguma leva a casamentos melhores e mais duradouros?
 
A abordagem "à moda antiga" parece ter melhores resultados a longo prazo, segundo um estudo que acaba de ser publicado no Journal of Family Psychology.
 
Benefícios do sexo depois do casamento
 
O estudo envolveu 2.035 indivíduos casados que participaram de uma avaliação online do casamento chamada Relate.
 
A partir do banco de dados da avaliação, os pesquisadores selecionaram uma amostra representativa da população do país como um todo - o estudo foi feito nos Estados Unidos.
 
O extenso questionário inclui a pergunta "Quando você fez sexo neste relacionamento?"
 
Uma análise estatística mostrou os seguintes benefícios usufruídos pelos casais que esperaram até o casamento para fazer sexo, em comparação com aqueles que começaram a ter relações sexuais no início de seu relacionamento:

> a estabilidade das relações teve uma avaliação 22 por cento mais alta;
> a satisfação com o relacionamento teve uma avaliação 20 por cento mais alta;
> a qualidade sexual do relacionamento foi avaliada 15 por cento melhor;
> a comunicação foi avaliada como sendo 12 por cento melhor.

Felicidade com o aspecto sexual
 
Para os casais no meio-termo - aqueles que se envolveram sexualmente mais tarde no relacionamento, mas antes do casamento - os benefícios também foram sentidos, mas com a metade da intensidade.
 
"A maioria das pesquisas sobre este tema é focado nas experiências dos indivíduos e não ao longo do tempo no relacionamento", disse o principal autor do estudo, Dean Busby.
 
"Há mais em um relacionamento do que sexo, mas descobrimos que aqueles que esperaram mais tempo eram mais felizes com o aspecto sexual do seu relacionamento," acrescenta Busby. "Eu acho que é porque eles aprenderam a conversar e desenvolveram as habilidades para trabalhar com as questões que surgem ao longo do tempo."
 
Influência da religião
 
Como a crença religiosa muitas vezes desempenha um papel importante para os casais que optam por adiar o sexo para depois do casamento, Busby e seus colegas controlaram os resultados para estudar a influência do envolvimento religioso em suas análises.
 
"Independentemente da religiosidade, esperar ajudou a formar melhores processos de comunicação no relacionamento, e estes ajudam a melhorar a estabilidade a longo prazo e a satisfação com o relacionamento", disse o pesquisador.

Fonte: DiarioDaSaude

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Paradoxo de Easterlin

"Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus."
Jesus (Mateus, 4:4)
 
FELICIDADE E INFELICIDADE RELATIVAS

Pode o homem gozar de completa felicidade na Terra?
"Não, por isso que a vida lhe foi dada como prova ou expiação. Dele, porém, depende a suavização de seus males e o ser tão feliz quanto possível na Terra."
 
(...) Haverá, contudo, alguma soma de felicidade acessível a todos os homens?
"Com relação à vida material, é a posse do necessário. Com relação à vida moral, a consciência tranqüila e a fé no futuro."
 
"O homem criterioso, a fim de ser feliz, olha sempre para baixo e não para cima, a não ser para elevar sua alma ao infinito. (...) a riqueza é, de ordinário, prova mais perigosa do que a miséria. (...) A muitos desenganos se poupa nesta vida aquele que sabe restringir seus desejos e olha sem inveja para o que esteja acima de si. O que menos necessidades tem, esse o mais rico. (...) Aquele que só vê felicidade na satisfação do orgulho e dos apetites grosseiros é infeliz, desde que não os pode satisfazer, ao passo que aquele que nada pede ao supérfluo é feliz com os que outros consideram calamidades. (...) Verdadeiramente infeliz o homem só o é quando sofre da falta do necessário à vida e à saúde do corpo. Todavia, pode acontecer que essa privação seja de sua culpa. Então, só tem que se queixar de si mesmo. (...) o que julgais ser a felicidade muitas vezes oculta pungentes aflições. O sofrimento está por toda parte. (...) as classes a que chamas sofredoras são mais numerosas, por ser a Terra lugar de expiação. Quando a houver transformado em morada do bem e de Espíritos bons, o homem deixará de ser infeliz aí e ela lhe será o paraíso terrestre."

Livro dos Espíritos
Perguntas 920 e seguintes
 



Não adianta insistir: dinheiro não traz felicidade
Redação do Diário da Saúde
20/12/2010

Felicidade a longo prazo
 
Uma nova pesquisa, realizada em 37 países, ricos e pobres, ex-comunistas e capitalistas, mostrou resultados incrivelmente consistentes: o aumento da renda não garante a felicidade a longo prazo.
 
Richard Easterlin é considerado o fundador das pesquisas sobre a ligação entre felicidade e renda. Ao longo de vários anos, pesquisas com variadas metodologias e em múltiplos países têm mostrado sempre o mesmo resultado.
 
Isso levou à criação do termo "Paradoxo de Easterlin", referindo-se à dissociação entre renda e bem-estar no longo prazo.
 
Paradoxo da felicidade x renda
 
O novo estudo, que será publicado no exemplar de Dezembro da revista Proceedings of the National Academy of Sciences, analisou a relação entre a felicidade e a renda em cada país por 22 anos em média.
 
"Este artigo refuta afirmações recentes de que haveria uma relação positiva de longo prazo entre a felicidade e a renda, quando, na verdade, a relação é nula," garante Easterlin.
 
"Em termos simples, o paradoxo da felicidade-renda é isso: em um ponto no tempo, tanto entre países quanto dentro deles, a felicidade e a renda estão positivamente correlacionados. Mas, ao longo do tempo, a felicidade não aumenta com o aumento da renda de um país," explica o pesquisador.
 
Três Cs
 
"Com a renda aumentando tão rapidamente em alguns países, parece extraordinário que nenhuma pesquisa registre uma melhoria acentuada no bem-estar subjetivo que os economistas e formuladores de políticas em todo o mundo esperam encontrar," disse Easterlin.
 
Ele cita os casos do Chile, China e Coreia do Sul, três países onde a renda per capita dobrou em menos de 20 anos.
 
No entanto, durante esse período, a China e o Chile tiveram até um pequeno declínio no bem-estar subjetivo relatado pela população.
 
A Coreia do Sul inicialmente mostrou um leve aumento da felicidade no início da década de 1980. Mas em quatro pesquisas realizadas entre 1990 e 2005, a satisfação com a vida diminuiu ligeiramente.
 
O caminho para a felicidade
 
"Onde é que isto vai nos levar? Se o crescimento econômico não é o principal caminho para uma maior felicidade, então qual é esse caminho?" pergunta Easterlin.
 
"Pode ser que precisemos focar mais diretamente sobre os interesses pessoais urgentes, relacionados a coisas como a saúde e a vida familiar, em vez de sobre o mero acúmulo de bens materiais," propõe ele.

Fonte:
DiarioDaSaude

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O Papa e o Rabino

"Vós julgais segundo a carne; eu a ninguém julgo."  Jesus (João, 8:15)
 
Esta pequena história ilustra muito bem nossa irremediável incapacidade de julgar corretamente as atitudes dos outros.

Sempre julgamos a partir de nossos padrões e valores, que podem ser completamente inadequados e incompatíveis com realidade de outras pessoas.

Muitas vezes, o que nos parece um sinal inconfudível a respeito de um episódio ou de alguém, não passa de uma conclusão falsa ou incompleta, resultante de nossa deficiência para alcançar todos os detalhes da situação.

Ramon de Andrade
Palmares-PE



O Papa e o Rabino

Há vários séculos, o Papa decretou que todos os judeus deveriam se converter ao catolicismo ou sair da Itália.

Com os protestos dos liberais católicos e a gritaria da comunidade judaica, o Papa propôs um acordo: Ele manteria um debate religioso com o líder da comunidade judaica. Se os judeus ganhassem, poderiam continuar na Itália; se o Papa ganhasse, eles teriam que se converterem ou sairem.

Os judeus escolheram o mais idoso e sábio da comunidade – o Rabino Moishe – para representá-los no debate. Porém, como Moishe não falava italiano nem o Papa falava yiddish, eles concordaram que seria um debate "silencioso".

No dia escolhido, o Papa e o Rabino Moishe sentaram-se um em frente ao outro, com uma plateia ainda mais silenciosa e observadora de cada mínimo detalhe. Um minutos depois de iniciar o debate Silencioso, o Papa levantou a sua mão, mostrando três dedos.

O rabino Moishe, observa os três dedos do Papa com atenção, coça um pouco as sua longa barba e em seguida levanta um dedo.

O Papa passa alguns segundos em silêncio, pensativo… e, em seguida, circula seu dedo indicador em volta da sua cabeça.

Nessas alturas a plateia já não está entendendo nada… Mas, como só entraram com a condição de permaneceram em silêncio, todos continuavam sem pronunciar um único som…

O Rabino Moishe, mais uma vez pensativo, coçando sua longa e branca barba, apontou o chão onde estava sentado.

O Papa, que estava observando atentamento o Rabino, mostra-lhe logo em seguida uma hóstia e um cálice de vinho.

O Rabino Moishe, que desta vez não coçou sua barba, mostrou-lhe uma maçã.

Para surpresa da plateia que continuava sem entender nada o Papa levantou-se e declarou que havia sido derrotado, declarando que o Rabino Moishe era muito sabido e os judeus poderiam ficar na Itália!?

Mais tarde, os cardeais se encontraram com o Papa e perguntaram o que havia acontecido.

O Papa disse: Primeiro, eu levantei três dedos, para representar a Trindade. Ele respondeu "com um dedo", para lembrar-me que, mesmo assim, há apenas um Deus, comum a ambas as nossas crenças. Então, circulei meu dedo indicador em volta de mim mesmo para mostrar-lhe que Deus estava totalmente à nossa volta. Ele respondeu "apontando o dedo para o chão", para mostrar que Deus estava também bem aqui, junto a nós. Eu tirei o vinho e a hóstia para mostrar que Deus nos absolve de todos os nossos pecados. Ele "tirou uma maçã" para lembrar-me do pecado original. Ele me derrotou, e eu não pude continuar.

Nesse meio tempo, a comunidade judaica reuniu-se em volta do Rabino Moishe.

"Como você ganhou o debate?" perguntaram.

- Não tenho a menor idéia, disse Moishe. Primeiro, ele me disse que teríamos "três dias para abandonar a Itália", então eu mostrei-lhe o dedo, representando que isso era mais um ato atisemita, como tantos outros que ocorreu na história. Depois ele disse que "não haveria mais judeus em volta deles, em toda a Itália", e eu lhe disse que Vamos permanecer bem aqui.

E no final, o que aconteceu? perguntou uma mulher.

- Ele tirou a merenda dele, então eu tirei a minha, disse Moishe.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

TUDO SOMADO...

Com que fim fere Deus a Humanidade por meio de flagelos destruidores?

"Para fazê-la progredir mais depressa. (...) Preciso é que se veja o objetivo, para que os resultados possam ser apreciados. Somente do vosso ponto de vista pessoal os apreciais; daí vem que os qualificais de flagelos, por efeito do prejuízo que vos causam. Essas subversões, porém, são freqüentemente necessárias para que mais pronto se dê o advento de uma melhor ordem de coisas e para que se realize em alguns anos o que teria exigido muitos séculos."

Livro dos Espíritos
Pergunta 737
 


"Ramon, (...) Como está Palmares após as chuvas torrenciais? Atenciosamente." Marcus Aurelius


"Ramon, meu amigo! (...) Fiquei sabendo que vocês sairam às pressas de Palmares devido as chuvas. Mas como você bem disse: o maior bem que vocês têm, é a vida de vocês! Graças a Deus que todos estão bem. (...) Abraços!" David Pimentel


"Ramon, não sabia do que tinha acontecido em PE! Vi algumas notícias na internet, mas não sabia da gravidade da situação! Pelo que vi no seu e-mail, vocês já estão em Recife, não é???? Abraço." Anderson Sobral


"Queridos, Já ia ligar p/ a mãe de Suzy. GRAÇAS À DEUS vocês estão bem. Também fiquei muito preocupada quando vi Palmares debaixo d'água. Manda um forte abraço p/ minha amiga Suzy tá? E se precisar de algo, é só falar ok? Por favor. (...) bjs." Sandra Torres.


"Graças a Deus, Ramon, está tudo bem. Aqui em Moreno (onde moro) e em Vitória (onde trabalho) a chuva tambem invadiu muitas casas, mas comigo tá tudo bem. Porem varios amigos meus foram atingidos e estava prestando ajuda a eles. Por isso ate esqueci de perguntar como voce estava, pois em Palmares a coisa tá feia tambem. Abraços". José Itamar


"Ramon, Susi e Lúcio, É realmente lamentável. Só acreditei hoje quando falei com a Susana. Tenho um tio lá em Belém que diz que somos todos vigias, uns guardam mais coisas que os outros e só. É isso! Bola pra frente. Sucesso no recomeço." Francisco Bezerra (Chico)


"Caro Ramon, todo o ocorrido foi, sem dúvidas, uma lástima! De repente, as chuvas invadem as nossas casas e devastam tudo que lutamos tanto para conseguir. Imagino que não deve ser fácil. Mas você está certíssimo: nada é nosso! Temos e devemos zelar, com o maior cuidado, pelas nossas preciosas vidas. Por isso, não podemos nos abalar ao ponto de esquecermos da nossa capacidade, força e fé de que o necessário para nossa sobrevivência não nos faltará e, em breve, conquistaremos tudo outra vez. Que Deus continue abençoando você e toda a sua família. Qualquer coisa, nós, da 6ª Vara Federal, estamos a sua inteira disposição. Conte conosco! Forte AbraçoNeto.


"Oi, Ramon! Que coisa! No primeiro momento fiquei super triste com o ocorrido, lamentando mesmo. Mas é claro que vc tem total razão na descrição do que é efetivamente prioridade. Mas sabemos que, mesmo com sua altivez, o momento não é dos mais fáceis. Se houver algo que possamos fazer... Abraço e força na luta!" Guilherme Moura


"Ramon, Suzinha e Lucinho, Somos muitos felizes de possuir na família pessoas especiais como vcs!!! Sei que o coração de vcs estão sempre em sintonia com o CRIADOR, nosso DEUS, que através do Nosso Senhor Jesus Cristo, nos trouxe o amor♥ no máximo de nosso entendimento, contudo nunca esqueçam que Deus amam vcs!! Nunca esqueçam que ele está dentro de vcs!! Nunca esqueçam que tem uma família que amam vcs demais!!!!! (EDILSON, ANA LÚCIA, DANIEL, RAQUEL e RAFAEL) Bjão no ♥!!!!!!!!!!!! Sejam felizes hj e sempre!!Ana Lúcia.


"Ramom, nós tb perdemos tudo, só saimos com a roupa do corpo e mesmo assim resgatados por bombeiros com cordas e coletes, ñ tem sido fácil, estamos na casa de amigos onde a aguá não chegou, só nos restou a vida, na nossa rua não chegou nem agua nem luz, estamos aguardando para pder ir limpar a casa, na qual so tem destroços e muita lama até o teto, só nos resta agora confiar em Deus e esperar os próximos momentos. Que Deus nos abençõe a todos que estão nesta mesma situação. Abraços" Jocineide de Oliveira (Joci)


"Olá, Ramon! Desculpa pela demora em responder. (...) saiba que você aqui você tem uma amiga.. Como é que estão as coisas aí em Palmares? Você e a família estão bem? Manda notícias, tá. Um abraço." Claudinery Bezerra


"Ramon, como está vc e sua família, (...) quero saber como esta vc sua esposa e seu filho, diante dessa lamentável enchente em Palmares, (...) espero que todas estejam bem. Há um tempo não nos falamos, (...). Que Deus proteja toda sua família!" José Airton



Amigos,

Mais um ano se encerra... um ano que, na minha vida e na de muitas pessoas ao redor do mundo, não foi "mais um".

Ano de muito aprendizado e grandes reflexões sobre os verdadeiros valores da vida.

Nos bastidores da tragédia, testemunhei uma enchente de solidariedade e pequenos milagres de transformação em mentes e corações, pelo poder fortemente agregador do sofrimento, que nos conscietiza, como nenhum outro, da fragilidade da condição humana.

Como todo aluno que evita o desgaste das lições mais difícies, não quis passar por esta, nem desejo outra. Mas devo reconhecer, honestamente, que amadureci, em minhas contas, uns 30 anos em alguns meses. Não foi nada agradável, mas foi muito enriquecedor.

Agradeço a todos pelas pequenas chamas de solidariedade, acesas nos momentos mais sombrios.

Como na canção, desejo a todos realizações, dinheiro e saúde "no ano que vai nascer"... mas acima de tudo aprendizado, entendimento, compreensão e humildade, aquisições sem as quais a vida se tornaria vazia de sentido.

Forte abraço a todos!

Lúcio, Suzana e Ramon
Palmares-PE

sábado, 18 de dezembro de 2010

Fases da Vida

Sobre a mensagem "A Sabedoria de José de Alencar":
 
"Caro irmão, este mesmo que idolatras já fez também comentários infames, pois certa vez, ao saber que a filha de uma prostituta com quem teria tido um caso, poderia ser filha dele, desprezou e declarou que os filhos desse tipo não tinhão direitos, pois (...) é o risco da profissão."  Mateus Sobral
 

 
Pacheco, não é idolatria. Apenas reconhecimento pelas lições de coragem que ele tem dado ao país, no enfrentamento da doença, justamente pela visibilidade do cargo que ocupa.

Muita gente imagina que, como Vice-Presidente, sendo atendido em hospital de celebridades, fica bem mais fácil. Mas defecar pela barriga depois de passar por 15 cirurgias aos 77 anos de idade não é moleza, não!
 
Claro que tem muita gente passando por coisa pior nos hospitais do SUS, mas o drama vivido pelo Vice-Presidente da República atinge muito mais pessoas, dando a todos a oportunidade de refletir sobre as fragilidades e a capacidade de superação da mente humana.

Todos nós temos um lado obscuro a produzir resultados que tentamos esconder bem, como o gato faz na areia. Quem não tem nada do que se arrepender, simplesmente não viveu. Imagine aos 77 anos, quando houve muito mais tempo de errar.

A própria ideia de santo como "pessoa que nunca errou" é falsa. Todos os santos foram pessoas comuns que cometeram erros, mas encontraram uma saída surpreendente, geralmente pelos caminhos da fé. Seus biógrafos, a maioria devotos ou admiradores, tratam de "editar" bondosamente os fatos mais questionáveis, mas todos os tiveram, em maior ou menor número, como vemos nas biografias de São Francisco e Santo Agostinho.

Imagine os próprios apóstolos de Jesus: Pedro negou, Judas traiu, Tomé duvidou, Paulo perseguiu e Mateus (teu xará) era cobrador de impostos, tão admirado na época quanto um agiota hoje em dia. Mas todos tiveram seu momento de superação, quando a reflexão sobre suas fraquezas deu o impulso que faltava para a grande mudança.

A verdade é que por milhares de anos nossa mente foi condicionada para o reforço negativo, treinada para identificar problemas, o que faz com que os acertos sejam ignorados, mas nenhum erro passe despercebido. É apenas uma obrigação ser honesto, gentil, etc, mas "toda nudez será castigada", "olho por olho, dente por dente", e por aí vamos.

Talvez uma doença tão prolongada no final da vida tenha justamente a finalidade de chamá-lo a reflexão, como ele próprio declara na entrevista:
 
"A doença me ensinou a ser mais humilde. Especialmente, depois da colostomia. A todo momento, peço a Deus para me conceder a graça da humildade. E Ele tem sido generoso comigo. Eu precisava disso em minha vida. Sempre fui um atrevido. (...) a humildade se desenvolve naturalmente no sofrimento. Sou obrigado a me adaptar a uma realidade em que dependo de  outras pessoas para executar ta refas básicas. Pouco adianta eu ficar nervoso com determinadas limitações. Uma das lições da humildade foi perceber que existem pessoas muito mais elevadas do que eu, como os profissionais de saúde que cuidam de mim. Isso vale tanto para os médicos (...) quanto para os enfermeiros e auxiliares de enfermagem anônimos que me assistem. Cheguei à conclusão de que o que eu faço profissionalmente tem menos importância do que o que eles fazem. Isso porque meu trabalho quase não tem efeito direto sobre o próximo. Pensando bem, o sofrimento é enriquecedor."
 
Enfim, Deus (como todo bom pai) não deseja que a gente sofra, e sim que a gente entenda. Quando a gente precisa da dor para compreender, então ele permite que a dor nos alcance.

Aquele abraço e um ano novo sem muitas dores a todos nós!

Ramon de Andrade
Palmares-PE

Caem as Máscaras

"(...) nada há encoberto, que não haja de ser descoberto; nem oculto, que não haja de ser conhecido. Porquanto tudo o que em trevas dissestes, à luz será ouvido; e o que falaste ao ouvido no gabinete, dos telhados será apregoado." Jesus (Lucas, 12:1-3)
 

 
WikiLeaks e a Guerra Cultural

Denis Russo Burgierman
14/12/2010 às 0:53
 
O mundo está vivendo uma guerra entre culturas. De um lado, a cultura da transparência. Do outro, a cultura do segredo. É isso que está em jogo na polêmica do WikiLeaks, que agitou o mundo nas últimas semanas e certamente vai continuar agitando por muito tempo mais.
 
As novas tecnologias da informação criaram a possibilidade de um nível de transparência antes impensável. Se não houvesse computadores ou internet, jamais alguém seria capaz de copiar e distribuir 250.000 documentos, como o Wikileaks acabou de fazer. Agora, informação voa e se reproduz infinitamente a custo zero.
 
Mas, ao mesmo tempo, houve um investimento tremendo em tecnologias de segurança. Pense num aeroporto atual. Pense na quantidade de senhas criptografadas que você precisa conhecer para sacar 10 reais no banco. Pense na quantidade de catracas, sensores e câmeras pelos quais você passa todo dia.
 
Obama fez da transparência um tema fundamental de sua presidência, ao ganhar a eleição baseando sua campanha eleitoral numa plataforma online aberta. Depois de eleito, ele fez circular um memorando endereçado a todos os chefes de departamento e de agências do governo federal. O assunto do memorando era "transparência e governo aberto". Ele determinava que sua administração estava comprometida a "criar um nível sem precedentes de abertura no governo", de forma a "fortalecer nossa democracia e promover eficiência e eficácia."
 
Realmente, mais abertura tende a estimular eficiência e eficácia. Se todas as decisões de todo mundo são registradas e disponibilizadas pela internet, e qualquer cidadão pode saber o que cada servidor público faz, isso tem pelo menos duas consequências. 1) os mal-intencionados tendem a ser desmascarados. Mas, mais importante: 2) os bem-intencionados poderão receber ajuda de fora, de alguém que conhece um jeito melhor de fazer as coisas.
 

Irônico que esse mesmo Obama tenha ido parar no lado oposto do debate, tentando encontrar algum instrumento legal que ajude a fechar o WikiLeaks e talvez até permitindo que seu governo trame com a justiça sueca para prender seu criador com base em acusações no mínimo polêmicas. Certamente decepcionou muita gente.
 
Mas eleger Obama (ou Hillary) como o vilão da história é uma distorção. O fato é que a maior parte das decisões realmente importantes do mundo inteiro ainda é tomada em segredo e mal explicada para as pessoas afetadas. Governos e grandes empresas discutem aquilo que realmente importa atrás de portas fechadas. E, no mundo inteiro, diplomacia envolve necessariamente uma dose altíssima de dissimulação: país nenhum diz em público aquilo que realmente quer (obviamente, uns países são mais confiáveis que outros).
 
O mundo seria melhor se houvesse menos segredo. A maior parte das injustiças do mundo tem em sua base uma assimetria de informação: numa relação entre duas partes, uma sabe mais do que a outra sobre os termos da relação. Isso aumenta a chance de essa parte se dar bem. Aumenta também a chance de sempre os mesmos se darem bem, porque têm mais acesso às salas fechadas.
 
Ou seja, se houvesse completa transparência, em todos os níveis, tudo seria mais justo. Pouca gente discorda disso. Por outro lado, ninguém é bobo de abrir mão de seus segredos unilateralmente. Todo mundo é a favor de transparência, mas ninguém quer começar. Por isso Obama está tão contrariado.
 
Na minha opinião, a guerra entre transparência e segredo é a grande questão do nosso tempo. E está longe de estar resolvida. Teremos cada vez mais transparência no mundo, turbinada por novas tecnologias. E, paradoxalmente, teremos também cada vez mais segredos. O mundo vai investir cada vez mais dinheiro em sistemas de segurança mais eficazes. Haverá uma epidemia de políticos querendo aprovar legislação restritiva, negando acesso a informação.
 
Meu palpite é que, com as tecnologias de informação avançando mais e mais, vai chegar o dia em que as tecnologias de segurança ficarão caras demais. Aí, manter segredo vai se tornar anti-econômico. Com isso, vai valer mais a pena fazer as coisas direito e ser transparente sobre elas. Mas talvez eu esteja só sendo otimista…
Por Denis Russo Burgierman

Fonte:
Veja
 

 
Reformulando

Denis Russo Burgierman
16/12/2010 às 15:35
 
Andei pensando mais no assunto do último post e cheguei à conclusão de que não me fiz claro o suficiente, como comprovam os comentários do Oswaldo e do sinisorsa, que leram no meu texto um monte de coisas que eu não escrevi. Achei que valia falar mais um pouquinho da polêmica do WikiLeaks, para me explicar melhor.
 
Primeiro: no fundo, no fundo, não tem nada de realmente avassalador nos documentos diplomáticos vazados. Embaixadores são seres humanos. Uns são inteligentes, interessantes. Outros são bestas quadradas. Nada daquilo é fato comprovado: são apenas opiniões de gente comum sobre os países do mundo, no geral formadas a partir de uma pesquisa medíocre. Eventualmente tem lá alguma informação interna reveladora, mas a grande maioria do conteúdo não surpreendeu ninguém. Os documentos vazados são apenas comunicações entre diplomatas americanos e Washington. Enfim, fofoca. Chavez é isso, Dilma é aquilo, Afeganistão é isso, China é aquilo. Em parte, isso explica o sucesso: as pessoas adoram fofocas. Virou uma espécie de BBB cujos personagens são os maiores líderes políticos do mundo. Quem não quer saber de uma fofoca sobre esse pessoal? Se envolver o Lula então, aí o povo faz a festa: a turma adora fofocas sobre o Lula (seja a favor ou contra, a audiência sempre dispara). Enfim: o conteúdo que está sendo vazado pelo WikiLeaks não é assim tão fundamentalmente importante, como aliás escreveu o Marcelo Coelho na Folha de ontem.
 
Segundo: o que é importante sim é o fato disso estar sendo vazado. Nascemos em um mundo acostumado às salas fechadas. É universalmente aceito o fato de que os diplomatas circulam numa esfera distante das vistas da população. Eles lidam com questões importantes, logo é de se esperar que o que eles discutem nas reuniões não tenham que ir parar nos ouvidos do mundo. É assim, sempre foi assim, espera-se que seja sempre assim. De repente uma tonelada dessas informações secretas vaza. Isso de repente muda dramaticamente as expectativas da população mundial. De uma hora para a outra, eu e você começamos a nos perguntar: "e se não fosse assim?". E se os debates fossem públicos? E se houvesse menos assimetria de informação? E se o cidadão da China, do Afeganistão, do Brasil ou da Suécia fossem claramente informados das opiniões dos Estados Unidos e vice-versa? Não seria melhor? Afinal, se não tem nenhuma grande surpresa nos documentos, se aquilo é assim tão banal, porque então classificar como "secreto"? Por que não abrir tudo? É essa a discussão que se coloca. (E vale dizer: acho sim que há argumentos legítimos contra a transparência em certas ocasiões, como muito bem escreveu o pesquisador de Harvard Lawrence Lessig num artigo clássico no ano passado – veja na página 26 desta revista digital.)
 
Terceiro: não estou defendendo o Assange nem atacando os Estados Unidos. Não defendo ditadores nem justifico a existência de hackers. Caramba, é incrível como a ideologia do esquerdo-direitismo (ou direito-esquerdismo, é a mesma coisa), aquele pensamento dos anos 80 que diz que o mundo é dividido entre bons e maus, está entranhada em qualquer debate. Não tenho menor interesse em defender ou atacar ninguém. Nem conheço esse pessoal. Só quero discutir os sistemas, as ideias, as mudanças que estão acontecendo no mundo. Isso sim é interessante.

Fonte: Veja

Mãos Amigas

O espetáculo dos sofrimentos dos Espíritos inferiores não constitui, para os bons, uma causa de aflição e, nesse caso, que fica sendo a felicidade deles, se é assim turbada?

"Não constitui motivo de aflição, pois que sabem que o mal terá fim. Auxiliam os outros a se melhorarem e lhes estendem as mãos. Essa a ocupação deles, ocupação que lhes proporciona gozo quando são bem-sucedidos."

O Livro dos Espíritos
Pergunta 976.

A ESCADA DE LUZ

Da esfera em que me encontro, percebo perfeitamente que existe uma escada de luz atravessando os abismos ligando as esferas umas às outras. A região imediatamente vizinha da Terra abriga muitos sofredores e muitos desesperados. Aí, freqüentemente, descemos para buscar irmãos nossos que suplicam e choram, implorando o socorro e o auxílio de Deus.

(...)

Ultimamente, estivemos reunidos em extraordinários movimentos, junto à ponte a que já me referi, e que atravessa a distância incomensurável que separa o vosso orbe da primeira esfera que lhe é concêntrica. São inúmeros os espíritos que se debatem do lado oposto àquele em que nos encontramos, esforçando-se para realizarem a difícil travessia.

ESPÍRITOS ALUCINADOS

Dolorosos são os espetáculos que vimos presenciando porque essas almas perturbadas e sofredoras estão constituindo uma turba imensa de alucinados e de loucos. Muitos dos nossos companheiros corajosamente atravessam o abismo (em certas ocasiões esses movimentos oferecem perigos para os espíritos inexperientes de minha esfera, perigos esses de natureza fluídica, condizentes portanto, com os elementos de nossa matéria e organização) mas são frustrados os seus esforços no sentido de consolar essas criaturas amotinadas.

Figurai alguém sob o império de um sofrimento indescritível; a dor lhe impressiona de tal maneira, desorganizando-lhe a faculdade sensorial, que semelhante criatura é incapaz de ouvir o consolo fraterno ou a amiga exortação.

É talvez devido a esse estado de extrema perturbação que as almas aflitas, em cujo socorro estamos ocupados, não nos ouvem, entregando-se às mais dolorosas imprecações. Súplicas, brados angustiosos, soluços, gemidos, repercutem junto de nós e temos procurado, no refúgio da prece a Deus, os recursos necessários para essas coletividades espirituais, egressa do planeta nestes últimos dias. São muito raras as individualidades que conseguem ouvir o nosso chamado ou aprender as nossas observações.

A TAREFA DA SALVAÇÃO

Temos aqui instrumentos semelhantes a barcos salvadores, onde alguns espíritos conseguem se transportar para o nosso meio, para se entregarem a tratamento e a repouso que lhes são necessários, porém, as condições psíquicas dessas almas são muito lamentáveis. Demasiado comovedores são os gritos maternos, as preces fervorosas e angustiadas que temos ouvido, filhas do gemer opresso de mães infelizes. A todos buscamos oferecer o concurso de nossa assistência, todavia é difícil lograrmos um resultado imediato e efetivo.


Não obstante a incompreensão, com a qual somos geralmente recebidos, ainda conseguimos evitar muitos males e afastar muitos infortúnios, dentro das possibilidades de nossa influência indireta.

Cartas de Uma Morta
Maria João de Deus
Por Chico Xavier


Isto se concebe da parte de Espíritos estranhos ou indiferentes. Mas o espetáculo das tristezas e dos sofrimentos daqueles a quem amaram na Terra não lhes perturba a felicidade?

"Se não vissem esses sofrimentos, é que eles vos seriam estranhos depois da morte. Ora, a religião vos diz que as almas vos vêem. Mas, eles consideram de outro ponto de vista os vossos sofrimentos. Sabem que estes são úteis ao vosso progresso, se os suportardes com resignação. Afligem-se, portanto, muito mais com a falta de ânimo que vos retarda, do que com os sofrimentos considerados em si mesmos, todos passageiros."
 
O Livro dos Espíritos
Pergunta 976-a


UM ADEUS

Possivelmente, meu filho, mais tarde prosseguirei escrevendo algo de novo; contudo, enquanto se cale a minha voz, continua desempenhando a tarefa que se foi confiada, fazendo jus ao salário do bom trabalhador.

Nós sabemos o quanto tens sofrido no cumprimento dos teus deveres mediúnicos.

Sacrifícios, dificuldades e provações, inclusive os espinhos aguçados, que polvilham as tuas estradas, tudo isso representa o meio de redenção que a magnanimidade do Senhor nos oferece na Terra, para o nosso resgate espiritual.

Suporta pois corajosamente, com serenidade cristã, os revezes da tua existência.

Exerce o teu ministério, confiando na Providência Divina.

(...)

Não encares a tua mediunidade como um dom.

O dom é uma dádiva e ainda não mereces favores do Altíssimo dentro da tua imperfeição.

Refleti que, se a Verdade tem exigido muito de ti, é que o teu débito é enorme diante da Lei Divina.

Considera tudo isso e não te desvies da humildade.

Nos tormentos transitórios da tua tarefa, lembra-te que és assistido pelo carinho dos teus Guias intangíveis.

Nas noites silenciosas e tristes, quando elevas ao Ilimitado a tua oração, nós, estamos velando por ti e suplicamos a Deus que te conceda fortaleza e resignação.

A vida terrena é amarga, mas é passageira.

 
Adeus, meu filho!... Dentro de todas as hesitações e incertezas do teu viver, recorda-te que tens neste outro mundo, para onde voltarás, uma irmã devotada que se esforça para ter junto dos filhos, que deixou na Terra, o mesmo coração, extravasante de sacrifício e amor.
 
Cartas de Uma Morta
Maria João de Deus
Por Chico Xavier

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Memória da Luz

A HISTÓRIA VIVA DAS COISAS

Depois de nos adaptarmos à vida livre dos espaços, quando o ser não se encontra de baixo de paixões absorventes e a sua consciência se despovoa das lembranças penosas, compreende-se quão sublimes são os atributos das almas, ornamentos luminosos do incomparável dom divino da inteligência.

Uma das faculdades, acerca da qual ouvia maravilhosas dissertações, era a que fornecia ao espírito o poder de penetrar o passado longínquo, não para se examinar individualmente, mas para o estudo de épocas, de costumes, de civilizações, de raças, lendo a história viva da evolução humana. Eu ainda não me aventurara nesse terreno para o qual me julgava balda de forças; todavia, alguns estudiosos sentiam com tamanha intensidade a sede de auscultar o pretérito da humanidade, que solicitavam o auxílio de mestres aptos a coadjuvá-los para isso.

INVESTIGAÇÕES ESPIRITUAIS

Sabendo contudo que, com a ajuda do recolhimento em preces constantes, cada um de per si, paulatinamente, poderia fazer as suas investigações, esperei pacientemente a minha vez. A princípio, quando me entregava a esses exercícios, parecia-me adquirir um segundo estado mental em que os meus pensamentos eram coisas movimentadas, ativas e palpáveis. Nada havia neles de abstrato ou de imaginário, caracterizando-se todos os elementos por traços especiais.

Até hoje não sei se os quadros por mim lobrigados eram um retrospecto de minh'alma às suas próprias existências passadas ou se fui observadora de paisagens, fotografadas para sempre nos raios da luz que nos circundavam em toda a parte.

Maria João de Deus
Minas Gerais, 1936

Cartas De Uma Morta
por Chico Xavier

 
Cientistas transferem informação da matéria para a luz
 
Redação do Site Inovação Tecnológica - 27/10/2004
 
Cientistas deram um passo importante na busca do desenvolvimento de sistemas de computação quântica ao conseguir transferir informação de dois diferentes grupos de átomos para um único fóton. [Imagem: Gary Meek]

Um grupo de cientistas do Instituto de Tecnologia da Geórgia, Estados Unidos, acaba de dar um passo importante na busca do desenvolvimento de sistemas de computação quântica ao conseguir transferir informação de dois diferentes grupos de átomos para um único fóton, o elemento básico da luz.
 
Esta é a primeira vez que se consegue transmitir informação da matéria para a luz.

Leia matéria completa no site InovacaoTecnologica.
 


Memória óptica é lida na forma de um holograma tridimensional
 
Redação do Site Inovação Tecnológica - 29/06/2010
 
As mesmas qualidades de eficiência e precisão tornam a memória altamente promissora para a computação quântica, que tem o potencial para ser muitas vezes mais rápida do que a computação tradicional.

Cientistas australianos e chineses criaram uma memória quântica para a luz tão eficiente que eles já começam a especular sobre "computadores fotônicos super rápidos e novas formas de comunicações seguras."
 
O feito foi possível graças a uma realização anterior da mesma equipe, quando eles desenvolveram uma técnica pioneira para parar e controlar a luz de um laser, manipulando elétrons no interior de um cristal resfriado a -270 graus Celsius - veja Memória óptica armazena e recupera pulsos de luz individuais.
 
Holograma read-once
 
Agora os cientistas alcançaram uma eficiência e uma precisão sem precedentes em sua memória óptica, permitindo que as delicadas propriedades quânticas da luz sejam armazenadas, manipuladas e lidas.

Leia matéria completa no site InovacaoTecnologica.

Pensamento e Vida

ESTAS  DOENTE?
 
"E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará." (Thiago, 5:15)
 
Se te encontras enfermo, não acredites que a ação medicamentosa, através da boca ou dos poros, te possa restaurar integralmente. 

O comprimido ajuda, a injeção melhora, entretanto, nunca te esqueças de que os verdadeiros males procedem do coração.

A mente é fonte criadora. 

A vida, pouco a pouco, plasma em torno de teus passos aquilo que desejas.  

(...)

Por mais doente, meu amigo, acima de qualquer medicação, aprende a orar e a entender, a auxiliar e a preparar o coração para a Grande Mudança.  

(...)

Busca a intimidade com a sabedoria, pelo estudo e pela meditação.  

Guarda lealdade ao ideal superior que te ilumina o coração e permanece convicto de que se cultivas a oração da fé viva, em todos os teus passos, aqui ou além, o Senhor te levantará.
 

Emmanuel
Fonte Viva
Por Chico Xavier


Meditação é tão eficaz quanto antidepressivos contra recaída da depressão
Redação do Diário da Saúde
13/12/2010

Meditação versus antidepressivos
 
Cientistas do Centro de Dependência e Saúde Mental (CAMH), no Canadá, constataram que a terapia cognitiva baseada na meditação da mente alerta oferece o mesmo nível de proteção contra a recaída da depressão que a medicação antidepressiva tradicional.
 
O estudo, publicado na edição atual do Archives of General Psychiatry, comparou a eficácia da farmacoterapia com a meditação da mente alerta, estudando pessoas que foram inicialmente tratadas com antidepressivos e, em seguida, ou pararam de tomar a medicação a fim de praticar a meditação, ou continuaram a tomar medicação por 18 meses.
 
"Os dados disponíveis sugerem que muitos pacientes deprimidos param com a medicação antidepressiva muito cedo, seja por causa dos efeitos colaterais, seja por não quererem ficar tomando o medicamento durante anos," diz o Dr. Zindel Segal, coordenador do estudo.
 
Controle das emoções
 
A terapia cognitiva baseada na meditação é uma abordagem não-farmacológica que ensina habilidades no controle das emoções, de forma que os pacientes possam monitorar possíveis desencadeadores das recaídas, bem como adotar mudanças no estilo de vida que ajudem a manter um humor mais equilibrado.
 
Os participantes do estudo que foram diagnosticados com transtorno depressivo grave foram todos tratados com antidepressivos até a diminuição dos sintomas.
 
Eles foram então aleatoriamente designados para deixar a medicação e começar a aprender a técnica de meditação, deixar a medicação e receber um placebo, ou continuar com a medicação.
 
Essa proposta inovadora de pesquisa permite comparar a eficácia de prosseguir o tratamento farmacológico com um tratamento psicológico, em relação à manutenção do mesmo tratamento - antidepressivos - ao longo do tempo.
 
Os participantes escalados para a terapia com meditação participaram de 8 sessões semanais em grupo e se comprometiam a praticar diariamente em casa - uma espécie de dever de casa.
 
Foram realizadas avaliações clínicas a intervalos regulares em todos os participantes durante um período de 18 meses.
 
Recaída da depressão
 
As taxas de recaída para os pacientes no grupo da meditação foram as mesmas registradas entre os pacientes que continuaram recebendo antidepressivos - ambos na faixa de 30%.
 
Mas os pacientes que receberam placebo recaíram em uma taxa significativamente mais elevada - 70%.
 
"As implicações reais destes resultados é que eles confrontam diretamente a linha de frente dos tratamentos atuais da depressão. Para esse grupo considerável de pacientes que estão relutantes ou incapazes de tolerar o tratamento antidepressivo de manutenção, a meditação oferece o mesmo nível de proteção contra a recaída," disse o Dr. Segal.

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Meditação melhora respostas físicas e emocionais ao estresse
Meditação da mente alerta diminui progressão do HIV

Fonte: DiarioDaSaude

Aborto e depressão

"12. Quais os resultados imediatos do aborto para as mães e pais que o praticam?
 
Praticando o aborto, mães e pais cruéis ou irresponsáveis afastam de si mesmos os recursos de reabilitação e felicidade que lhes iluminariam, mais tarde, os caminhos, seja impedindo a reencarnado de Espíritos amigos que lhes garantiriam a segurança e o reconforto ou impedindo o renascimento de antigos desafetos, com os quais poderiam adquirir a própria tranquilidade pela solução de velhas contas.
 
13. O aborto oferece conseqüências dolorosas especiais para as mães?
 
O aborto oferece funestas intercorrências para as mulheres que a ele se submetem, impelindo-as à desencarnação prematura, seja pelo câncer ou por outras moléstias de formação obscura, quando não se anulam os aflitivos processos de obsessão."

Emmanuel
Leis Do Amor
Por Francisco Cândido Xavier



Aborto causa depressão e baixa estima na maioria das mulheres
Rosemeire Soares Talamone - Agência USP
14/12/2010

Efeitos psíquicos do aborto
 
Além dos problemas políticos, religiosos e físicos, o aborto também pode afetar seriamente a saúde psíquica das mulheres.
 
Em pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP com 120 mulheres que passaram por aborto, mais da metade apresentaram algum nível de depressão e a maioria sofria de baixa a média estima pessoal.
 
"Esses resultados indicam que as equipes de saúde precisam buscar cada vez mais políticas públicas para prevenção da gravidez indesejada, levando em consideração as dificuldades ao uso de métodos contraceptivos com visão integral à mulher, ou seja, considerando todo seu contexto", diz a enfermeira Mariana Gondim Mariutti Zeferino, autora do estudo.
 
Humanização
 
Mariana cita como exemplo a violência familiar, o uso de álcool e drogas, a resistência do parceiro ao uso de métodos contraceptivos de barreira, principalmente quando a mulher tem efeitos colaterais ou contra-indicações aos anticoncepcionais hormonais e submissão ao parceiro.
 
"E quando a gravidez indesejada acontece, tendo como consequência o aborto induzido, que a equipe possa oferecer assistência qualificada e humanizada e que estimule os profissionais de enfermagem a reconhecer as necessidades de implementar os cuidados e reforçar aspectos resilientes dessas mulheres", alerta a pesquisadora.
 
O estudo foi realizado entre agosto de 2008 e setembro de 2009, com mulheres internadas em um hospital público do interior do Estado de São Paulo, com diagnóstico de abortamento.
 
Mariana detectou que 57% delas apresentavam sinais indicativos de depressão, sendo que em 33% distimia, ou seja, leve e prolongada, 22% moderada, e em 13% a depressão é grave. Além de depressão, 109 das mulheres apresentaram de média a baixa estima pessoal.
 
Aborto e depressão
 
Segundo a enfermeira, estudos anteriores já mostraram que a situação de abortamento pode ter relação com depressão antes e após a ocorrência, mesmo a longo prazo, com diferenças de acordo com a natureza do aborto.
 
Outros dois dados da pesquisa chamaram a atenção da pesquisadora, o fato desses abortos terem sido provocados em 25% dos casos e ainda de 75% dessas mulheres não ter planejado a gravidez, mas mesmo assim não faziam uso de métodos contraceptivos.
 
A maioria das mulheres do estudo é jovem, solteira e com relacionamento estável, católica, com poucas atividades de lazer, sem fonte de renda própria, sem casa própria, com residência fixa há mais de um ano, não tem problemas de relacionamento e de violência na gravidez.
 
Entretanto, as que tiveram problemas, relataram uso de álcool e drogas na família. Os dados revelaram, ainda, associação entre violência familiar e aborto provocado.
 
Momentos difíceis
 
Entre as que apresentaram sinais de depressão, a maioria declarou-se solteira, trabalham, com mais de 40 anos de idade e tem religião.
 
Mariana diz que o fato de muitas dessas mulheres terem parceiro, trabalho, religião, situação financeira estável e apoio familiar, mostrou-se como um fator de proteção significativo em relação à depressão.
 
"Em relação aos indicativos de resiliência, ou seja, a habilidade de persistir nos momentos difíceis mantendo a esperança e a saúde mental, o estudo mostrou que quando essas mulheres estão felizes ajudam as pessoas, contam mais piadas e sentem-se bem. Mas, muitas delas relataram que quando sentem raiva, se isolam, se calam, choram e até gritam."
 
A pesquisa é resultado do doutorado de Mariana, Associações do abortamento com depressão, autoestima e resiliência, orientada pela professora Antonia Regina Ferreira Furegato, da EERP.
 

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Condicionamentos Mentais

"Tudo quanto ligardes na terra será ligado no céu; e tudo quanto desligardes na terra será desligado no céu." 
"Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração". Jesus (Mateus, 18:8 e 6:21)
 


Vício pode depender do indivíduo, e não da substância
Agência Fapesp
09/12/2010

Vícios e dependência
 
Uma nova descoberta sobre o papel do neurotransmissor dopamina no sistema de recompensa do cérebro poderá ajudar a compreender melhor os problemas de compulsão associados a dependência e a diversos distúrbios psiquiátricos.
 
O estudo, feito por cientistas das universidades de Michigan e de Washington, nos Estados Unidos, concluiu que, ao contrário do que se estimava, diferenças nos tipos de resposta a estímulos ambientais entre indivíduos podem influenciar padrões químicos no cérebro relacionados à recompensa.
 
Segundo os pesquisadores, a maior compreensão dessas diferenças poderá levar ao desenvolvimento de novos tratamentos e de formas de prevenção para o comportamento compulsivo.
 
Os resultados da pesquisa foram publicados nesta quinta-feira no site da Nature e sairão em breve na edição impressa da revista.
 
Função da dopamina
 
"Conseguimos responder a uma antiga dúvida sobre qual é o papel da dopamina no sistema de recompensa", disse Shelly Flagel, da Universidade de Michigan, primeira autora do artigo.
 
Os cientistas usaram uma variação de um experimento clássico, no qual um rato aprende a associar uma alavanca com a obtenção de uma recompensa, no caso, comida.
 
No novo estudo, os animais não precisavam pressionar a alavanca, uma vez que os cientistas estavam testando a importância do mecanismo como sinal do surgimento de comida.
 
O que não se sabia era se dopamina liberada no cérebro dos ratos estava relacionada à alavanca como previsão do surgimento de comida ou se a liberação do transmissor já se daria apenas pela visão da alavanca.
 
Depende do indivíduo
 
A resposta, segundo o estudo, depende do tipo de rato em questão, ou do tipo de indivíduo.
 
"Algumas pessoas veem um cartaz de uma sorveteria e para elas é apenas isso: um simples sinal de que há uma sorveteria por perto. Mas outras têm uma reação forte ao sinal, uma associação tão intensa com os sorvetes que os leva a até mesmo sentir o gosto e, frequentemente, a entrar e consumir o produto", disse Shelly.
 
Os pesquisadores estudaram ratos que foram procriados seletivamente para que tivessem certos traços comportamentais, entre os quais diferentes tendências para drogas viciantes.
 
O grupo inclinado para as drogas direcionou mais a atenção para a alavanca, enquanto os demais se importaram mais com o local em que a comida aparecia.
 
Salto de felicidade
 
Os cientistas mediram as respostas à dopamina no cérebro dos ratos à medida que variavam em frações de segundo.
 
A análise mostrou que o grupo orientado ao uso de drogas teve um "salto de felicidade" apenas com a visão da alavanca, o que não ocorreu com os demais. Além disso, nesse grupo, o desejo pela alavanca continuou mesmo após a recompensa ter sido removida.
 
"O estudo ajuda a entender como, em algumas situações, a dopamina amplifica as mensagens do mundo à nossa volta, assumindo um papel importante no controle de comportamentos", disse Huda Akil, outro autor do estudo.