quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

PACIÊNCIA

PACIÊNCIA
Deraldo Neville

Não percas a paciência
Nas mágoas em que te cortas,
Deus escreve tudo certo,
Às vezes, por linhas tortas.

Livro Agenda de Luz
Francisco Cândido Xavier
 

SERÁ?

Prezado Ramon,
 
Assino embaixo de todas as suas observações, principalmente da sétima.
 
Acredito, sim, que se trate de alguém, talvez até desencarnado mesmo, desejando se passar por Emmanuel e que teve a infeliz oportunidade de distribuir na internet a sua mensagem.
 
Embora seja uma mensagem oportuna e bastante orientadora, dentro de um ponto de vista específico, não deixa de ter opiniões pessoais de um cunho até contraditório com o de um espírito do quilate de Emmanuel. É importante notar, inclusive, que ela se encontra deveras espalhada pelos sites da internet, o que denota pouca, ou nenhuma, atenção para o real conteúdo das palavras que estamos colocando no ar.
 
Allan Kardec, "o bom senso encarnado", nos advertiu que é melhor  negar dez verdades do que deixar passar uma mentira, infelizmente nós ainda temos muito que aprender com a codificação, pena que quase nenhum de nós a Estude.
 
Abraços
 
João Batista Sobrinho
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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

SERÁ?

Olá, amigo João!
 
Recebi  por e-mail esta mensagem atribuída a Emmanuel e pensei em colocá-la no blog. Mas, além de uma leve diferença de estilo, achei também algumas expressões um pouco borradas para a austeridade equilibrada que caracteriza as mensagens de espíritos esclarecidos como ele. Já estamos bem habituados ao seu modo firme, porém gentil de se referir aos problemas e limitações terrenas, consciente que é de que se trata de uma situação temporária em nosso desenvolvimento esperiritual. Nunca li em seus textos referências ácidas e excludentes como as que destaquei em seguida, comentando-as no final. Tudo isso além do fato de a mensagem não haver sido retirada de nenhum de seus livros.

Claro que a pessoa que repassou a mensagem teve a boa intenção de advertir para os perigos que se acercam nesta época conturbada do ano, em que de fato precisamos redobrar a vigilância. Por outro lado, também precisamos ficar atentos ao que recebemos como autêntico, pois na internet os limites são apenas os da imaginação. Já recebi até mensagens de Sócrates usando gírias :-D Esta vigilância também é necessária, além de um bom exercício de reflexão.

Acho que em matéria de comunicações apócrifas, Kardec ficaria impressionado se conhecesse a Internet :-D

Dê uma olhada e me diga o que acha.

Ramonde Andrade
raesa@ig.com.br
Palmares-PE


 
SOBRE O CARNAVAL

Nenhum espírito equilibrado em face do bom senso, que deve presidir a existência das criaturas, pode fazer a apologia da loucura generalizada (1) que adormece as consciências, nas festas carnavalescas.

É lamentável que, na época atual, quando os conhecimentos novos felicitam a mentalidade humana, fornecendo-lhe a chave maravilhosa dos seus elevados destinos, descerrando-lhe as belezas e os objetivos sagrados da Vida, se verifiquem excessos dessa natureza entre as sociedades que se pavoneiam com o título de civilização (2).

Enquanto os trabalhos e as dores abençoadas, geralmente incompreendidos pelos homens, lhes burilam o caráter e os sentimentos, prodigalizando-lhes os benefícios inapreciáveis do progresso espiritual, a licenciosidade desses dias prejudiciais opera, nas almas indecisas e necessitadas do amparo moral dos outros espíritos mais esclarecidos, a revivescência de animalidades que só os longos aprendizados fazem desaparecer.

Há nesses momentos de indisciplina sentimental o largo acesso das forças da treva nos corações e, às vezes, toda uma existência não basta para realizar os reparos precisos de uma hora de insânia e de esquecimento do dever.

Enquanto há miseráveis que estendem as mãos súplices, cheios de necessidade e de fome, sobram as fartas contribuições para que os salões se enfeitem e se intensifiquem o olvido de obrigações sagradas por parte das almas cuja evolução depende do cumprimento austero dos deveres sociais e divinos.

Ação altamente meritória seria a de empregar todas as verbas (3) consumidas em semelhantes festejos, na assistência social aos necessitados de um pão e de um carinho.

Ao lado dos mascarados da pseudo-alegria, passam os leprosos, os cegos, as crianças abandonadas, as mães aflitas e sofredoras. Por que protelar essa ação necessária das forças conjuntas dos que se preocupam com os problemas nobres da vida, a fim de que se transforme o supérfluo na migalha abençoada de pão e de carinho que será a esperança dos que choram e sofrem? Que os nossos irmãos espíritas (4) compreendam semelhantes objetivos de nossas despretenciosas opiniões (5), colaborando conosco, dentro das suas possibilidades, para que possamos reconstruir e reedificar os costumes para o bem de todas as almas.

É incontestável que a sociedade pode, com o seu livre-arbítrio coletivo, exibir superfluidades e luxos nababescos, mas, enquanto houver um mendigo abandonado junto de seu fastígio e de sua grandeza, ela só poderá fornecer com isso um eloqüente atestado de sua miséria moral (6).

Emmanuel
Psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier em Julho de 1939 (7).
(Encartado também na Revista Internacional de Espiritismo, exemplar de Janeiro de 2001 páginas 565 e 566 - Editora O Clarim).
 

 
(1) apologia da loucura generalizada: tom de protesto e indignação, nada usual em sua obra
(2) sociedades que se pavoneiam com o título de civilização: expressão excludente, também atípica
(3) empregar todas as verbas: generalização, radicaismo
(4) nossos irmãos espíritas: reducionismo. Ele preferia se dirigir a todos os cristãos.
(5) nossas despretenciosas opiniões: isca comum em mensagens apócrifas
(6) eloqüente atestado de sua miséria moral: generalização em tom ofensivo, que seria evitada até por nós, formiguinhas. Chico sempre evitava expressões extremas como esta.
(7) Julho de 1939: Essa é a pior de todas as derrapadas. Em 39 os bailes de carnaval mais pareciam matinês. Se aquilo já era miséria moral, nós hoje estamos definitivamente perdidos. :-O

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

CASAR PRA QUÊ?

Eis uma daquelas mensagens que não devemos desistir de ler na terceira linha, como eu quase ia fazendo. É preciso ir até o fim pra perceber que valeu a pena. Romântica sim, mas não exagerada. Muito verdadeira.
 
Ramonde Andrade
raesa@ig.com.br
Palmares-PE
 

 
O SENTIDO DO MATRIMÔNIO

O café da manhã que mamãe preparava era maravilhoso! Embora fôssemos uma família humilde, minha mãe sempre preparava com muito carinho a primeira refeição do dia. Era ovo frito com pão, lingüiça com pão.... Tudo feito com simplicidade.

Ao acordar, naquela manhã, quando retornei da 'lua de mel', para ir ao trabalho, pensei que encontraria a mesa posta, o café da manhã preparado. Como estava acostumado com a casa da mamãe, pensei que acordaria com aquele gostoso cheirinho que vinha sempre da cozinha lá de casa. Olhei para o lado e vi minha esposa, Neusa, dormindo profundamente. Feito um anjinho — de pedra! 
 
Raspei a garganta, fiz barulho tentando acordá-la. Nada! Fui para o trabalho irritado, de barriga vazia.  O local do trabalho ficava a uns cinco minutos do apartamento que alugávamos. Ao me sentar na mesa de trabalho, sentindo a estômago roncar, abri a Bíblia no seguinte trecho: "O que quereis que os homens vos façam, fazei-o também a eles." (Lucas 6:31).
 
Disse pra mim mesmo: "O Senhor não precisa dizer mais nada". Lá pelas nove horas da manhã, hora em que se podia tirar alguns minutos para o café, dei um jeito de ir até o apartamento, não sem antes passar em uma padaria e comprar algumas guloseimas.
 
Preparei o café da manhã e levei na cama para Neusa. Ela acordou com aquele sorriso tão lindo!
 
Estamos para completar Bodas de Prata. Nesses quase vinte e cinco anos de casamento, continuo repetindo esse gesto todos os dias. E com muito amor!

Estou longe de ser um bom marido, mas a cada dia me esforço ao máximo... Tenho muito a melhorar, tenho de ser mais santo, mais paciente, mais carinhoso. Sinto-me ainda longe disso, pois o que estou mirando é em Jesus: "Maridos, continuai a amar as vossas esposas, assim como Cristo amou a sua igreja e se entregou por ela" (Efésios 5:25).

O matrimônio é um desafio, pois a todo o momento temos que perdoar e pedir perdão. A cada dia temos que buscar forças em Deus, pois sem Ele nada podemos fazer.

Quando Paulo se despedia dos cristãos em Éfesios, citou uma bela frase: 'Há mais felicidade em dar do que há em receber' (Atos 20:35).

Quando se descobre isso no matrimônio, se descobre o princípio da felicidade.

Por que muitos casamentos não tem ido adiante? Porque o egoísmo tomou conta do casal. É o 'cada um por si' que vigora. Estamos na sociedade do descartável: copo descartável, prato descartável, etc. Pessoas não são descartáveis e o que não é descartável precisa ser cuidado para ser durável. O mundo precisa do testemunho dos casais de que o matrimônio vale a pena!

E, para que isso aconteça, é necessário um cuidado amoroso e carinhoso por parte do marido e da esposa. Ambos têm o dever de cuidar um do outro com renovados gestos de carinho e perdão diariamente.

É preciso declarar, todos os dias o amor, em gestos e palavras. A primeira palavra que sempre digo para minha esposa ao iniciar o dia é: 'Eu amo você'. Não é fácil dizer isso às vezes, pois muitas vezes acordo de mal comigo mesmo. Faça isso agora também. Declare seu amor!

Aos solteiros e aos que ainda não se casaram, quero dizer o seguinte: "Se você estiver pensando em se casar para ser feliz, não se case! Fique como está, solteiro mesmo. Mas, se sua intenção é se casar para fazer alguém feliz, case-se e você será a pessoa mais feliz do mundo!"

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Cartas do além

Alô amigos.

Não sei se tiveram a oportunidade de ver a revista Istoé da semana passada que traz uma reportagem especial sobre as cartas do além. Muito boa a reportagem e vale a pena ser lida.


Clique no link abaixo e acesse o site da revista para ler na íntegra.
http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2048/artigo125286-1.htm

Abraços

João Batista Sobrinho
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AJUDE A VOCÊ MESMO

AJUDE  A  VOCÊ  MESMO

Não ambicione do seu vizinho senão os dons excelentes que lhe exornam o espírito.
Não permita que os dissabores governem o leme de seu destino.
Não entregue o templo de sua memória às más impressões.
Não retire sua experiência dos fundamentos espirituais.
Não se esqueça de que o ideal superior, objeto de sua admiração, deve corporificar-se em seus caminhos.
Não se prenda ao mal; no entanto, não se desvie das obrigações de fraternidade para com aqueles que foram atingidos pelo mal.
Não apague o archote da fé em seus dias claros, para que não falte luz a você nos dias escuros.
Não fuja às lições da estrada evolutiva, por mais difíceis e dolorosas, a fim de que a vida, mais tarde, lhe abra o santuário da sabedoria.
Não lhe falte tempo para cultivar o que é belo, eterno e bom.
Não olvide que a justiça institui a ordem universal, mas só o amor dilata a obra divina.

Do livro: Agenda Cristã
Autor: André Luiz
Por: Francisco Cândido Xavier

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

A hora do "Orai e Vigiai"

Meus amigos,

Aproxima-se novamente a hora do "orai e vigiai". Estamos às portas de mais uma festividade carnavalesca e, como sempre, estamos todos temerosos pelas consequencias que advirão das atitudes tomadas nesta época.


É importante lembrar que a Doutrina Espírita não condena, nem é contra, nenhum tipo de festividade popular ou demonstração cultural de nenhum tipo. O que a Doutrina nos Adverte é para tomarmos cuidado com os excessos que tendemos a praticar e com as influencias das quais podemos ser vítimas nestes episódios.

Dançar, pular, brincar e se divertir não é contra os princípios da bondade e da fraternidade, pelo contrário, fazem muito bem ao espírito, servindo de tratamento contra a ansiedade e depressão. Isto, porém, quando respeitados os limites do próprio corpo, da moral e dos bons costumes, bem como os limites de respeito e compreensão.

Nestas épocas de Momo um dos maiores problemas que podemos encontrar é a idéia que "tudo está liberado"; esta idéia faz com que nós percamos o senso de certo e errado, nos colocando a mercê de companheiros espirituais que desejam, no mínimo, nos utilizar como ferramentas de sensações físicas, para nos vampirizar.

Sendo a Terra ainda um planeta de provas e expiações é natural que, nos tempos atuais, o mal esteja mais espalhado do que o bem, bem como que a maioria dos espíritos desencarnados, ou encarnados, ainda esteja mais propensa aos valores e sensações materiais.

Esta sintonia nos coloca, muito facilmente, a mercê das influências dos enfermos espirituais, enfermos que somos também, e, assim, inalamos substâncias tóxicas, bebebos álcool em demasia, praticamos sexo desenfreado, temos comportamentos eróticos e desregrados; tudo em nome de um prazer efêmero e passageiro.

A espiritualidade do bem, preocupada conosco, nos avisa e orienta para que evitemos determinados locais, festividades, grupos onde este tipo de atitude esteja sendo tomada, para que não possamos nós também sermos vítimas deste tipo de influência.

Muitos autores espirituais tem trazido informações que demonstram, principalmente nestas épocas, a quantidade de desencarnes violentos, intoxicações e comas por tóxicos, problemas de resgate cármicos e, mais adiante, abortos inconsequentes aumenta assustadoramente; o que faz com que os nossos bons amigos preparem uma verdadeira "campanha de guerra" para tentar nos auxiliar.

Utilizo aqui a palavra "tentar" porque por mais que os amigos se esforcem nada poderão fazer se nós não dermos a nossa colaboração. O nosso livre arbítrio é a ferramente principal que podemos utilizar para combater estas influencias maléficas sobre nós.

Assim, somos nós os verdadeiros responsáveis pela nossa ascensão ou queda, depende de como nos decidirmos por agir.

No intuito de auxiliar aos queridos amigos espirituais podemos nós, encarnados, enviar vibrações de amor e paz, conscientizar os amigos encarnados, orar dando forças para os desencanrados, bucar dar o exemplo em nós mesmos.


A escolha no bem não impede que tenhamos momentos de alegria, brincadeira e prazer; apenas coloca o senso de responsabildade para que busquemos formas sadias e corretas de nos divertirmos, em locais com boa ambiência, pessoas alegres e famílias felizes, evitando excessos e atitudes irrefletidas que poderão, nos séculos do porvir, trazer consequencias muito desastrosas.

Muita paz para todos.

João Batista Sobrinho

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domingo, 15 de fevereiro de 2009

ALGUMAS DEFINIÇÕES

ALGUMAS DEFINIÇÕES

Benfeitor - é o que ajuda e passa.
Amigo - é o que ampara em silêncio.
Companheiro - é o que colabora sem constranger.
Renovador - é o que se renova para o bem.
Forte - é o que sabe esperar no trabalho pacífico.
Esclarecido - é o que se conhece.
Corajoso - é o que nada teme de si mesmo.
Defensor - é o que coopera sem pertubar.
Eficiente - é o que age em benefício de todos.
Vencedor - é o que vence a si mesmo.
Francisco Cândido  Xavier
Do livro Agenda Cristã
Ditado por André Luiz

Caminhão de lixo

Lei do Caminhão de Lixo

Um dia peguei um taxi e fomos direto para o aeroporto.

Estávamos rodando na faixa certa quando, de repente, um carro preto saiu do estacionamento na nossa frente.

O motorista do taxi pisou no freio, deslizou e escapou do outro carro por um triz!

O motorista do outro carro sacudiu a cabeça e começou a gritar para nós.

O motorista do táxi apenas sorriu e acenou para o cara.

E eu quero dizer que ele o fez bastante amigavelmente.

Assim eu perguntei: "Porque você fez isto? Este cara quase arruína o seu carro e nos manda para o hospital!"
Foi quando o motorista do táxi me ensinou o que eu agora chamo "A Lei do Caminhão de Lixo".

Ele explicou que muitas pessoas são como caminhões de lixo. Andam por ai carregadas de lixo, cheias de frustrações, cheias de raiva, e de desapontamento. A medida que suas pilhas de lixo crescem, elas precisam de um lugar para descarregar, e às vezes descarregam sobre a gente. Não tome isso pessoalmente.

Apenas sorria, acene, deseje-lhes bem, e vá em frente. Não pegue o lixo delas e espalhe sobre outras pessoas no trabalho, em casa, ou nas ruas.

O princípio disso é que pessoas bem sucedidas não deixam sua carga estragarem o seu dia. A vida é muito curta para levantar de manhã cedo com mau humor, assim... Ame as pessoas que te tratam bem. Ore pelas que não o fazem.

A vida é dez por cento o que você faz dela e noventa por cento a maneira como você a recebe!

Tenha um bom dia, livre de lixo!

sábado, 14 de fevereiro de 2009

RBN via FM

"Caro amigo, que a paz de DEUS esteja com você. Procurando na internet uma maneira de repetir o sinal da RBN, encontrei um postulado seu a este respeito e gostaria, caso tenha descoberto como legalizar a mesma, do seu parecer. Magno Cesar Gonçalves"
 

 
Olá, Magno!
 
Você, como eu, é um daqueles gratos ouvintes que não se contenta em apenas ouvir e deseja espalhar o sinal da RBN por toda cidade, não é mesmo! Bom saber que não estamos sozinhos!
 
A tecnologia tem facilitado cada dia mais as coisas e hoje é possível irradiar um sinal FM de boa qualidade e alcance razoável (20 a 30 km, dependendo da região) a um custo relativamente baixo (algo em torno de R$ 5.000, no total).
 
O problema, meu amigo, é que "guardando a princesa" (nossa sonhada repetidora FM), existe um dragão faminto chamado burocracia!
 
Em minhas pesquisas e conversas com pessoas da área, descobri que é tão fácil regularizar uma rádio no Brasil quanto em Cuba ou na China!
 
A licença para funcionamento de uma rádio sai direto da mesa do Presidente (ele mesmo, o Lula!), depois de ser aprovada por lei no congresso nacional! Até parece piada, né! Mas é a triste realidade. Isso sem contar que, após obtida a licença, é necessário pagar uma taxa de aproximadamente R$ 10.000 por ano, caso a rádio seja registrada como comercial!
 
Para obter isenção dessa taxa, há duas opções: ou registrar como rádio comunitária, com alcance limitado a 1 km e proibida de veicular conteúdo religioso; ou registrá-la como pertencente a uma fundação, o que exige o registro da entidade em cartório, etc. Daí por que a Rádio Boa Nova e a TV Mundo Maior são emissoras pertencentes à Fundação Espírita André Luiz, entende?
 
Essa última alternativa é a mais viável, pois além de não limitar o alcance do sinal, como na rádio comunitária, permite a veiculação de coneúdo livre, além da isenção da taxa anual, caso se comprove não haver fins lucrativos.
 
Mesmo assim, ainda é muito complicado conseguir a autorização de funcionamento, que exigiria no mínimo um representante em Brasília cuidando diretamente do processo. Exceto o caso da Rádio Boa Nova (que já tem mais de 40 anos e deve ter feito tudo do jeito mais difícil mesmo), todo o processo costuma ser mais fácil para quem tem influência política no congresso. Por isso, a maior parte das licenças são concedidas a políticos e seus agraciados, como sempre ocorreu com a distribuição dos "privilégios", desde o Brasil colonial. Não importa em que pequena cidade distante sua rádio irá funcionar, tem de passar por toda essa maratona, que na verdade não passa de um meio de perpetuar a concentração do poder, pois comunicação é poder em qualquer parte do mundo.
 
Para você ter uma idéia da complexidade do processo, muitas emissoras dão entrada no pedido de concessão do sinal e, não suportando a demora, resolvem colocar a rádio em funcionamento por conta própria, acreditando que estão protegidas, pelo simpes fato de haverem dado entrada no pedido . Resultado: a rádio é denunciada pelas demais rádios, que se acham prejudicadas pela concorrência, e a Poícia Federal é acionada para fechar a estação. Todo o equipamento é apreendido, o responsável é multado e conduzido à delegacia para prestar depoimento, onde quase sempre alega ter tomado essa atitude em razão da demora do processo de concessão do sinal.
 
O Dr. Adão Nonato lançou no ar uma campanha que ele batizou de "FMs repetidoras da Boa Nova por todo o Brasil", para estimular a instalação de repetidoras em cidades do interior, como algumas que já existem em São Paulo. A idéia é muito bonita e bem intencionada, mas ingênua em sua concepção, pois os possíveis grupos interessados não têm a menor idéia de a quem devem recorrer para viabilizar o projeto, na parte técnica (mais simples) e burocrática (a via crucis).
 
Não é apenas uma questão de ter dinheiro para bancar a repetidora, mas de consultoria sobre como proceder, a que a maior parte das cidades do interior do Brasil simplesmente não têm acesso, por serem mais pobres em recursos humanos. Por isso, essa campanha torna-se apenas palavras ao vento, sem possibilidade de sucesso em maior escala. Já esrevi para a rádio diversas vezes, inclusive para o Dr. Adão, pedidndo que eles criassem uma seção no site da RBN para prestar consultoria aos grupos interessados, mas não obtive resposta até o momento.
 
Por isso, o máximo que pude fazer até agora foi montar minha própria emissora FM dentro de casa, com alcance de 30 m, para ouvir a rádio e a TV em qualquer cômodo da casa, utilizando um procedimento que descrevi passo-a-passo em www.midiaespirita.rg3.net, site que montei para compartilhar a solução com quem estiver interessado.
 
Assim como você - e acredito que muitos outros ouvintes agradecidos da Rádio Boa Nova - eu gostaria muito de instalar uma repetidora em minha cidade, com recursos próprios,  para poder compartilhar esse tesouro com as pessoas mais simples de minha região, que não sabem ajustar suas parabólicas para sintonizar a rádio, nem tem acesso à Internet. Mas descobri que boa vontade não basta para superar, sozinho, a muralha burocrática imposta aos pretendentes.
 
Espero ter respondido suas dúvidas. E se em suas pesquisas encontrar algum outro meio mais simples de realizar este projeto de forma legal, não eixe de me avisar, ok!
 
Aquele abraço!
 
Ramon de Andrade
raesa@ig.com.br
Palmares-PE

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

BEM MAIOR

BEM MAIOR
Letícia Thompson

Não existe maior bem do que fazer a felicidade de alguém.

Nem nada menos caro, nem mais fácil, pois que a felicidade é algo que se pode oferecer em gestos, e atenções.

Se olhamos à nossa volta, percebemos que a carência humana está no fato das pessoas terem perdido os valores imateriais a favor dos materiais.

Compra-se quase tudo em nossos dias...mas o bem ninguém compra.

Compra-se até companhia, mas não a sinceridade.

Compra-se conforto, mas não a paz de espírito, não a tranqüilidade, menos ainda a felicidade.

Esta a gente oferece.

Há uma grande diferença entre o dar e o oferecer.

Quando damos, estendemos a mão, mas quando oferecemos... é nosso coração que entregamos junto, é um pedacinho de nós que vai caminhando na direção do outro e o bem que ele provoca retorna ao nosso interior.

Tornamos pessoas felizes quando damos de nós mesmos.

E damos de nós quando oferecemos o que quer que seja de coração escancarado.

O grande mal do mundo consiste no fato das pessoas guardarem coisas para si. Guardam bens, guardam sentimentos, guardam declarações, guardam ressentimentos, falam ou calam na hora errada.

Vivem de aparências com as gavetas da alma repletas de coisas inúteis.

E quando morrem, tornam-se pó, como todo mundo, sem ter aproveitado o tempo para compartilhar, com honestidade, o bem que a vida lhes ofereceu.

A maior herança que podemos deixar à humanidade é o amor que oferecemos de várias formas, são as pequenas felicidades do dia-a-dia que vamos distribuindo aqui e acolá, a compreensão que acalma as almas inquietas e a ternura que abranda os desenganos da vida.

E o que representa a felicidade hoje pode não representar amanhã.

Por isso ela é tão múltipla, tão incompreendida e tão necessária.

Por isso é tão importante distribuir sorrisos, plantar flores, fazer visitas, dar bom dia e boa noite, não se esquecer dos abraços, dos e-mail's e dos te amo imprescindíveis ao coração.

Vende-se tudo

O que é importante é invisível para os olhos...

VENDE-SE TUDO
Por Martha Medeiros

No mural do colégio da minha filha encontrei um cartaz escrito por uma  mãe, avisando que estava vendendo tudo o que ela tinha em casa, pois a família voltaria a morar nos Estados Unidos. O cartaz dava o endereço do bazar e o horário de atendimento. Uma outra mãe, ao meu lado, comentou:

- Que coisa triste ter que vender tudo que se tem.

- Não é não, respondi, já passei por isso e é uma lição de vida.

Morei uma época no Chile e, na hora de voltar ao Brasil, trouxe comigo  apenas umas poucas gravuras, uns livros e uns tapetes. O resto vendi  tudo, e por tudo entenda-se: fogão, camas, louça, liquidificador, sala  de jantar, aparelho de som, tudo o que compõe uma casa.

Como eu não conhecia muita gente na cidade, meu marido anunciou o  bazar no seu local de trabalho e esperamos sentados que alguém aparecesse. Sentados no chão. O sofá foi o primeiro que se foi. Às vezes o interfone tocava às 11 da noite e era alguém que tinha ouvido comentar que ali estava se vendendo uma estante. Eu convidava pra subir e em dez minutos negociávamos um belo desconto. Além disso, eu sempre dava um abridor de vinho ou um saleiro de brinde, e lá se iam meus móveis e minhas bugigangas. Um troço maluco: estranhos entravam na minha casa e desfalcavam o meu lar, que a cada dia ficava mais nu, mais sem alma .

No penúltimo dia, ficamos só com o colchão no chão, a geladeira e a tevê. No último, só com o colchão, que o zelador comprou e, compreensivo, topou esperar a gente ir embora antes de buscar. Ganhou de brinde os travesseiros.

Guardo esses últimos dias no Chile como o momento da minha vida em que aprendi a irrelevância de quase tudo o que é material. Nunca mais me apeguei a nada que não tivesse valor afetivo. Deixei de lado o zelo excessivo por coisas que foram feitas apenas para se usar, e não para se amar. Hoje me desfaço com facilidade de objetos, enquanto que torna-se cada 
vez mais difícil me afastar de pessoas que são ou foram importantes, não importa o tempo que estiveram presentes na minha vida.

Desejo para essa mulher que está vendendo suas coisas para voltar aos Estados Unidos a mesma emoção que tive na minha última noite no Chile. Dormimos no mesmo colchão, eu, meu marido e minha filha, que na época tinha 2 anos de idade. As roupas já estavam guardadas nas malas. Fazia muito frio. Ao acordarmos, uma vizinha simpática nos ofereceu o café da manhã, já que não tínhamos nem uma xícara em casa.

Fomos embora carregando apenas o que havíamos vivido, levando as emoções todas: nenhuma recordação foi vendida ou entregue como brinde. Não pagamos excesso de bagagem e chegamos aqui com outro tipo de leveza.

Só possuímos na vida o que dela pudermos levar ao partir.

SINAIS EXTERIORES

"Não peçais ao Espiritismo prodígios, nem milagres, porquanto ele formalmente declara que os não opera. Do mesmo modo que a Física, a Química, a Astronomia, a Geologia revelaram as leis do mundo material, ele revela outras leis desconhecidas, as que regem as relações do mundo corpóreo com o mundo espiritual, leis que, tanto quanto aquelas outras da Ciência, são leis da Natureza."

O Evangelho Segundo o Espiritismo
Cap. XXI, item 7.

OK

"Grande Ramon, (...) Hoje, graças a evolução das leis humanas e da tolerância religiosa, podemos comentar estas passagens, indicando possíveis falhas e incoerências nos textos bíblicos, sem termos medo de sofrer a morte pela fogueira, tão comum nos séculos passados. (...) Muita Paz. João Batista Sobrinho."



Amigo João, é isso mesmo!

Vasculhar os evangelhos na busca da coerência entre os relatos é na verdade uma atitude muito saudável, que nos leva a raciocinar a fé e nos permite crer pelos motivos corretos e não fantasiosos.

O médium mineiro Wanderley Soares conduz um grupo de estudo assim, que ele batizou mineiramente como "miudinho do evangelho", onde eles vasculham todos os recantos dos quatro textos à procura daquelas passagens e detalhes de que ninguém mais lembra, nem cita, muito menos relflete a respeito.

Muito importante essa atitude, especialmente quando se trata de um texto milenar, trancendental e ao mesmo tempo tão atual quanto os evangelhos.

Aquele abraço e até o ESDE!

Ah, não quis comentar lá na hora, mas essa idéia de ESDE só pode ter sito trama sua, hein garoto! :-D

Ramonde Andrade
raesa@ig.com.br
Palmares-PE

Testemunhas Presenciais

Grande Ramon,

 

Antes de tudo desculpe a demora na resposta, mas estive um pouco ocupado nestes últimos dias.

 

Ao meu simples entender um dos grandes problemas da humanidade nestes últimos séculos vem sendo o fato de se acreditar na "infalibilidade" da Bíblia.

 

Não desmerecendo este maravilhoso livro que, diga-se de passagem, é a única fonte histórica de referência que temos ao Mestre e seus ensinamentos, mas, nós humanos, temos que discernir entre o "fato" e o "maravilhoso".

 

Não é de se estranhar que apenas agora, quase 2000 anos depois que o Mestre se foi e quando a humanidade alcança níveis intelectuais muito avançados, tenha podido surgir e se espalhar uma doutrina tão esclarecedora quanto a Espírita.

 

É necessário que o homem, no caminho de sua evolução, se intelectualize primeiro para então evoluir moralmente. Pois sem o intelecto (pensamento) desenvolvido ele não poderá utilizar suas faculdades para raciocinar entre o certo e errado.

 

Digo isto porque é patente, para todos vermos, os séculos que passamos dentro de uma visão limitada e arbitrária do que é sagrado e verdadeiro nos ensinamentos evangélicos.

 

Estivemos, nestes últimos séculos, nas mãos de uns poucos poderosos que direcionaram a fé cristã para onde lhes aprouvia, sem se importar com o verdadeiro sentido das palavras e com a coerência que devia tanger as atividades religiosas, principalmente cristãs.

 

Sem dúvida um grande número de passagens bíblicas podem, e devem, ser analisadas para que tenhamos uma maior compreensão do imenso papel que Jesus representou e representa em nossas vidas.

 

Nos primeiros séculos, principalmente, quando ainda era muito tangível a presença do Mestre, com certeza foram preenchidas "lacunas" encontradas nas passagens evangélicas pela "sabedoria popular"; vale a pena lembrar que o primeiro relato escrito veio de Mateus quase trinta anos após o desencarne de Jesus. Então esta tradição oral foi sendo, muito provavelmente, ajustada e completada com o que as pessoas acharam que Jesus teria dito; muito embora, observando com a ótica da análise, seja possível percebermos "medos" e atitudes tipicamente humanas, que não seriam compatíveis com um espírito da iluminação de Jesus, mas que, no contexto geral, não prejudicam a mensagem.

 

Gosto sempre de lembrar que, dos quatro evangelistas, apenas Mateus e João conheceram diretamente Jesus, enquanto Marcos e Lucas ouviram os relatos de muitos seguidores do Cristo e absorveram uma "sabedoria popular" repleta de situações fantasiadas a respeito de Sua origem, vida, morte e etc (estão aí os evangelhos apócrifos, por exemplo, que contém desde textos maravilhosos até os ridiculamente inventados).

 

Hoje, graças a evolução das leis humanas e da tolerância religiosa, podemos comentar estas passagens, indicando possíveis falhas e incoerências nos textos bíblicos, sem termos medo de sofrer a morte pela fogueira, tão comum nos séculos passados.

 

Muito embora estas análises da Bíblia, pelo menos no meu caso, não diminuam minha fé em Cristo ou em seus ensinamentos. Ao contrário disto, me auxilia a "separar o joio do trigo" e a fortalecer a fé em Deus, no Cristo e na caridade, com a utilização do raciocínio e consciência, lembrando o que nos ensina Kardec:

 

"Fé inabalável é aquela que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da humanidade", sem medo de questionar os dogmas ou mistérios porque sabe que tudo tem sua explicação e que a verdade está sendo descortinada a pouco e pouco para todos aqueles que a busquem.

 

Muita Paz

 
João Batista Sobrinho
 
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sábado, 7 de fevereiro de 2009

Origens da Origem

Origens da Origem 
De como Charles Darwin concebeu A Origem das Espécies e aprofundou suas teses
Carlos Graieb

 
Embora os gênios costumem ser representados como pessoas "inspiradas", que têm idéias brilhantes a partir do vácuo, o fato é que quase sempre o inverso é verdadeiro. Em vez de ser atingidos por um raio fulminante, homens que entram para a História como luminares trabalham anos e anos em suas teses revolucionárias. O naturalista inglês Charles Darwin (1809-1882) é um ótimo exemplo disso. Ele ficou conhecido como o pai do evolucionismo. Sua teoria diz que as várias espécies de vida não foram criadas já "prontas", mas evoluíram no correr das eras, obedecendo ao princípio da "seleção natural". Quando Darwin é mencionado, é inevitável que logo em seguida surja o nome de sua obra-prima, A Origem das Espécies (1859), em que ele condensou suas idéias pela primeira vez. Mas Darwin não foi autor de um livro só. Ele trabalhou na teoria da evolução por vinte anos, antes de publicá-la. E, nos anos que se seguiram a 1859, continuou apurando seus argumentos. Será que é importante conhecer os textos que vieram antes e depois de A Origem das Espécies? É claro que sim, e uma prova em dose dupla acaba de chegar às livrarias. O Darwin "aprendiz" está em As Cartas de Charles Darwin (tradução de Vera Ribeiro; Unesp/Cambridge; 339 páginas; 32 reais), uma excelente coletânea que cobre os anos de 1825 a 1859. Já o Darwin maduro, que aprofunda suas teses, está em A Expressão das Emoções no Homem e nos Animais (tradução de Leon de Souza Lobo Garcia; Companhia das Letras; 376 páginas; 26 reais), um clássico traduzido pela primeira vez para o português.
 

Por que Darwin ainda tem a chave da vida

Evolução
Por que Darwin ainda tem a chave da vida
170 anos depois da viagem na qual revolucionou a ciência, o naturalista e suas teses continuam atuais

Thereza Venturoli e Okky de Souza


HISTÓRIA DA NATUREZA
Fósseis na exposição de Nova York mostram a evolução do cavalo:
Darwin descobriu como as espécies mudam ao longo do tempo

O Museu Americano de História Natural, em Nova York, inaugurou há uma semana a mais completa exposição já realizada sobre a vida e a obra do naturalista inglês Charles Darwin, o criador da teoria da evolução das espécies. A mostra reúne manuscritos originais, fósseis que ilustram suas teorias e uma coleção de plantas, insetos, lagartos e tartarugas gigantes sobre as quais ele se debruçou em pesquisas até sua morte, em 1882. Depois viajará por outras cidades americanas e pelo Canadá até aportar na Inglaterra, em 2009, quando se comemorarão os 200 anos de nascimento de Darwin. O significado simbólico da exposição é grande. Entre os importantes pensadores que ajudaram a moldar a civilização nos últimos 150 anos, Darwin é aquele cujas idéias exercem a mais consistente influência na formação do pensamento moderno. A psicanálise de Sigmund Freud foi colocada em xeque pelas correntes atuais da psicologia. As teorias econômicas de Karl Marx naufragaram junto com a experiência comunista. A relatividade de Albert Einstein permanece como uma idéia de ponta na física, mas pouca gente entende o significado de suas equações. Darwin transformou radicalmente a concepção humana da natureza e da vida. Sem suas teorias, a biologia não teria chegado às células-tronco e aos alimentos transgênicos e estaríamos longe de decifrar o genoma humano.
 

A evolução, com a bênção do papa

Religião
A evolução, com a bênção do papa
Thomaz Favaro

Discurso criacionista faz a Santa Sé e a Igreja Anglicana defenderem Charles Darwin


METÁFORA CRISTÃ
Afresco de Michelangelo, no teto da Capela Sistina,
é uma representação simbólica da criação de Adão

O reverendo anglicano Michael Reiss cometeu uma heresia. Em discurso na Inglaterra, há duas semanas, ele sugeriu que a teoria da evolução, de Charles Darwin, deveria ceder ao criacionismo parte de seu espaço no currículo escolar básico. O que se seguiu ao pronunciamento foi uma tempestade pública que só amainou com a demissão sumária de Reiss do cargo de diretor de educação da Royal Society, a mais prestigiada sociedade científica da Inglaterra. O episódio deu a oportunidade para duas das mais importantes confissões cristãs reiterarem seu apoio à teoria da evolução de Darwin. O primeiro veio da Igreja Anglicana, na qual o naturalista inglês foi batizado, que pediu perdão pela posição contrária de alguns de seus clérigos – mas não da instituição, que jamais o condenou – em relação a suas idéias: "Duzentos anos após seu nascimento, a Igreja da Inglaterra lhe deve desculpas pelos mal-entendidos". O segundo veio do presidente do Conselho para a Cultura do Vaticano, Gianfranco Ravasi, que reafirmou que não há contradições entre o evolucionismo e as idéias católicas.

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A ciência e a fé já foram unidas

Especial
A ciência e a fé já foram unidas

(...) grandes descobertas científicas foram feitas por gênios que conviveram bem com ideias religiosas e até superstições

O primeiro místico e o primeiro cientista foram uma mesma pessoa, um Homo sapiens qualquer que, olhando para o céu noturno há 30.000 anos, viu a lua cheia e se encheu de devoção e conjecturas. Partes diferentes de seu cérebro processaram à sua maneira a informação visual captada pelos olhos. Uma delas, o lobo temporal, registrou aquela luz pálida emanada de um disco que parecia flutuar no espaço como uma experiência sublime, inexplicável, superior, poderosa, acachapante, religiosa. Ao mesmo tempo, outras regiões do cérebro tentavam avaliar se aquele objeto luminoso oferecia algum perigo, se podia despencar causando danos, se era comestível, se sua aparição na abóbada celeste se repetiria ou se poderia ser relacionada com algum outro fenômeno, como a escassez ou a abundância de caça. Como sugeriu poeticamente o astrônomo francês Guillaume Bigourdan (1851-1932), o último Homo sapiens do planeta será talvez surpreendido pela morte quando entretido com a mesma lua cheia e – por maiores que sejam sua educação e treino científico, mais exata sua noção do tamanho, das distâncias e dos formatos das órbitas – ela lhe parecerá sublime, inexplicável, superior, poderosa, acachapante, religiosa. Disse Bigourdan: "Isso é do homem. Contar lunações, medir órbitas, calcular fre-quências, mas se prostrar extático diante da imensidão do universo".

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A Darwin o que é de Darwin...

Especial
A Darwin o que é de Darwin...
Gabriela Carelli

As ideias revolucionárias do naturalista inglês, que nasceu há 200 anos, são os pilares da biologia e da genética e estão presentes em muitas áreas da ciência moderna. O mistério é por que tanta gente ainda reluta em aceitar que o homem é o resultado da evolução

Charles Darwin é um paradoxo moderno. Não sob a ótica da ciência, área em que seu trabalho é plenamente aceito e celebrado como ponto de partida para um grau de conhecimento sem precedentes sobre os seres vivos. Sem a teoria da evolução, a moderna biologia, incluindo a medicina e a biotecnologia, simplesmente não faria sentido. O enigma reside na relutância, quase um mal-estar, que suas ideias causam entre um vasto contingente de pessoas, algumas delas fervorosamente religiosas, outras nem tanto. Veja o que ocorre nos Estados Unidos. O país dispõe das melhores universidades do mundo, detém metade dos cientistas premiados com o Nobel e registra mais patentes do que todos os seus concorrentes diretos somados. Ainda assim, só um em cada dois americanos acredita que o homem possa ser produto de milhões de anos de evolução. O outro considera razoável que nós, e todas as coisas que nos cercam, estejamos aqui por dádiva da criação divina. Mesmo na Inglaterra, país natal de Darwin, o fato de ele ser festejado como herói nacional não impede que um em cada quatro ingleses duvide de suas ideias ou as veja como pura enganação. Na semana em que se comemora o bicentenário de nascimento de Darwin e, por coincidência, no ano do sesquicentenário da publicação de seu livro mais célebre, A Origem das Espécies, como explicar a persistente má vontade para com suas teorias em países campeões na produção científica?

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SELEÇÃO ANTINATURAL II

Especial
Onde Darwin é só mais uma teoria

Nas escolas evangélicas, os alunos aprendem que o evolucionismo existe, mas que a razão está com a Bíblia
Carolina Romanini

As escolas brasileiras ligadas a instituições religiosas sempre ensinaram o criacionismo. Seja nas aulas de religião, seja nos cultos, os alunos aprendem que Deus criou o mundo e todos os seres que o habitam. A triste novidade é que, na maioria das escolas mantidas por confissões evangélicas, o criacionismo passou a ser ensinado também nas aulas de ciências e de biologia, dividindo território com o evolucionismo de Charles Darwin. No fim do ano passado, o Colégio Presbiteriano Mackenzie, de São Paulo, trocou os livros convencionais de ciências do ensino fundamental I por apostilas traduzidas da Associação Internacional das Escolas Cristãs nos Estados Unidos. Com o novo material didático, até a 4ª série os alunos da instituição aprendem apenas a versão criacionista do mundo e da vida. Da 5ª série em diante, Darwin entra em cena. O evolucionismo passa a fazer parte das aulas de biologia, mas informa-se aos alunos que, entre as duas teorias, a escola prefere aquela amparada na Bíblia. "Não viramos criacionistas do dia para a noite. Nossa escola tem 138 anos, e durante todo esse tempo fomos criacionistas", diz a professora Débora Muniz, diretora do Colégio Presbiteriano Mackenzie.

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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

TESTEMUNHAS PRESENCIAIS

"9) 'Porque me abandonaste?' (...) todos os discípulos se afastaram de Jesus na hora da morte, MENOS JOÃO. Ele foi o único que permaneceu a seu lado até o momento final e, por conseqüência, o único que escutou e presenciou todos os acontecimentos no ato de sua crucificação. Os outros discípulos apenas relataram o que ouviram falar de bocas de terceiros, uma vez que nenhum estava lá, desta forma, o relato de João se torna o mais verossímil dentre todos. E neste relato não encontramos o chamado a deus perguntando porque o abandonou."
 

 
Olá, amigo João!
 
Seu comentário a respeito de João haver sido o único evangelista a testemunhar pessoalmente os acontecimentos finais da vida de Jesus me fez lembrar de outras passagens que nem sequer deveriam ter sido narradas, por não haverem sido presenciadas por nenhum de seus discípulos.
 
As tentações no deserto e o diálogo com a samaritana no poço de Jacó são algumas delas, mas sem dúvida a mais impressionante é a prece final de Jesus no Horto das Oliveiras, onde claramente é narrado que os dois únicos discípulos que o acompanhavam dormiram ao pé do monte, havendo sido advertidos diversas vezes por Jesus sobre a necessidade de vigília e oração. Logo em seguida, Jesus é detido e levado à presença das autoridades, sem que tenha havido tempo dele mesmo narrar suas palavras finais pronunciadas na oração derradeira.
 
Como então foram narradas com riqueza de detalhes por mais de um evangelista, se nenhuma testemunha houve deste momento terminal?
 
Claro que nada disso retira ou diminui a beleza daquelas palavras, muito coerentes e dignas de Jesus, especialmente quando coloca a vontade de Deus acima da sua própria.
 
No entanto, esta expressa ausência de testemunhas, coloca em dúvida precisamente um de seus raros momentos de fragilidade e de dúvida, quando pede a Deus que retirasse dele aquele cálice. Este pedido, além de estar em dasacordo com a plena consciência que ele tinha de sua missão, também parace incompatível com a firmeza e sobriedade com que ele recebeu o séquito de Judas que o veio buscar para prendê-lo.
 
A idéia de que até mesmo Jesus tenha experimentado sentimentos puramente humanos, como a dúvida e o medo, certamente nos é muito simpática e favorável, pois o coloca mais próximo de nossa realidade. Mas não podemos deixar de considerar também a possibilidade de que esse trecho da narrativa esteja eivado da imaginação dos narradores, que teriam dramatizado a passagem com palavras que consideraram mais adequadas à tensão daquele momento de aflição.
 
Certamente estes são detalhes cosméticos ante a grandeza de sua doutrina. Mas confesso que não resisti ao exercício de reflexão.
 
Aquele abraço!
 
Ramonde Andrade
raesa@ig.com.br
Palmares-PE

COMPREENDENDO JESUS

"10) Porque retornar dos mortos? (... ) Jesus está ali, na frente deles, VIVO, ele venceu a morte; deixou pra trás o maior medo de todos nós."
 

 
Olá, amigo João!
 
Tenho acompanhado atentamente esta série de artigos. E você não imagina que hoje pela manhã, enquanto caminhava para o trabalho, estava refletindo exatamente sobre esse tema: por que Jesus precisou ser assassinado daquela forma? A responsta veio no vento: pela dureza e incredulidade de nossos corações, como ele próprio havia dito tantas vezes. Mas a complementação da resposta veio através deste seu artigo: de fato, se ele não resurgisse de modo tão marcante, todos os seus ensinamentos provavelmente ficariam sem conseqüências, como aconteceu a diversos outros mensageiros da paz.
 
Estes seus artigos certamente serão reunidos em um novo livro, não é verdade. E será um trabalho muito útil para ajudar a compreender os detalhes e sutilezas de cada fato narrado nos evangelhos sobre a vida da mais divina personagem da história da humanidade.
 
Aquele abraço!
 
Ramonde Andrade
raesa@ig.com.br
Palmares-PE

Para melhor compreender Jesus - parte 10

10) Porque retornar dos mortos?
 

Toda a mensagem de Jesus é pautada no mundo futuro, na glória do mundo de "seu Pai", onde os que sofrem, os que choram, os que tem fome, todos encontrarão alívio e consolação para suas dores.

 

A despeito dos milhares de milagres que tenha realizado ou da consolação que tenha levado ao coração dos homens, estes mesmos homens se voltaram contra Ele, ainda que induzidos pelos fariseus e sacerdotes.

 

Os próprios apóstolos que andavam com o Cristo o abandonaram na hora do calvário, exceto João e Maria de Magdala que permaneceram com ele até o final, acompanhando Maria de Nazaré.

 

Naquela tarde escura toda a esperança que o Cristo representava, toda a consolação e a certeza que Ele era realmente o Messias caíram por terra, a medida que o povo assistia o suplício e a morte de Jesus na cruz.

 

Aquela morte representava, para os fariseus e sacerdotes, o fim  dos problemas causados por Jesus e do desvirtuamento que ele levava ao povo, ensinando coisas que afrontavam os costumes hebreus.

 

Para os discípulos era um golpe ainda mais forte, pois a certeza que tinham que aquele homem era o messias prometido, e que eles fizeram a escolha certa, se transformara em desespero e em decepção. O que fariam a partir dali?

 

Eis que repentinamente chega uma mulher, Maria de Magdala, com a notícia que havia falado com o Mestre e que ele dissera para eles se reunirem, que logo estaria com eles. E assim o fez.

 

Eis que reacende a chama da esperança na vida futura, em vencer os problemas, em esquecer das dores e das doenças. Jesus está ali, na frente deles, VIVO, ele venceu a morte; deixou pra trás o maior medo de todos nós.

 

Provou para todos que tudo que havia dito era verdade, que era realmente o grande vencedor; mesmo com os poderosos querendo enganar a população, pagando para que os soldados mentissem.

 

Após um convívio de 40 dias entre seus amados ele declara que é hora de partir, mas deixa uma última missão para aqueles que o seguem: pede que eles divulguem a "boa nova" – A notícia que a morte não existe.

 

Então, o espiritismo vem comprovando através dos anos a verdade que Jesus nos apresentou; tentando relembrar a todos nós os ensinamentos que podem nos auxiliar a encontrar o caminho da verdade e da vida.



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Para melhor compreender Jesus - parte 9

9) "Porque me abandonaste"?

Muitas pessoas dizem que, apesar de tudo, Jesus haveria fraquejado em sua missão. Que ele haveria, em seus últimos momentos, duvidado da bondade e presença de deus, gritando do alto da cruz: "Eli, Eli, lamá sabactâni" (Mt 27: 46), (Mc, 15-34) - Senhor, Senhor, porque me abandonaste?

 

Do ponto de vista geral e, de acordo com as tradições evangélicas, isto e normalmente aceito. Porém, os melhores teóricos religiosos, hoje admitem duas correntes de pensamento, a saber:

 

A primeira diz que estas palavras teriam sido ditas por Dimas, o bom ladrão, que poucos minutos antes havia tido a confirmação de Jesus que, um dia, estaria com ele no paraíso.

 

E de se esperar que Dimas, ante esta esperança, ficasse terrivelmente desesperado ao ver o corpo físico do cristo, o qual havia sido muito mais supliciado que Dimas, perecer diante de seus olhos, sem levá-lo junto.

 

E, também de se crer, que de acordo com a crença judaica, Dimas também aguardasse que Jesus espetacularmente se libertasse da cruz e rendesse a salvação aos que nele acreditavam.

 

Para seu desespero, ele acompanhou de perto o desencarnar de seu corpo, e como ultimo alento entre a esperança e a desolação grita: senhor, senhor, porque me abandonaste?

 

A segunda corrente propõe que o cristo, conhecedor de todas as profecias a seu respeito, apos verificar que todos os detalhes estavam cumpridos, emitiu a famosa frase: "está tudo consumado". (Jo 19:30)

 

O que correspondia dizer que todas as profecias sobre a vinda do messias estariam cumpridas naquele momento; porém o evangelista Mateus (mt 27:46) apresenta que ele teria falado a frase: deus meu, deus meu, porque me desamparaste?

 

O que equivaleria dizer que Jesus teria perdido a crença em Deus e que estaria renegando o seu destino.

 

Ora, de acordo com as escrituras, inclusive com o próprio evangelho de Mateus, Jesus sabia tudo que iria acontecer, chegando inclusive a brigar com Pedro quando este teve a oportunidade de dizer que ele não deixasse o mal lhe acontecer (a Jesus).

 

Lembrando os evangelhos veremos que todos os discípulos se afastaram de Jesus na hora da morte, MENOS JOÃO. Ele foi o único que permaneceu a seu lado até o momento final e, por conseqüência, o único que escutou e presenciou todos os acontecimentos no ato de sua crucificação. Os outros discípulos apenas relataram o que ouviram falar de bocas de terceiros, uma vez que nenhum estava lá, desta forma, o relato de João se torna o mais verossímil dentre todos. E neste relato não encontramos o chamado a deus perguntando porque o abandonou.

 

Porém, mesmo que tenha havido este chamado, no momento indicado Jesus estava verificando todos os cumprimentos à profecia que o trazia como messias do povo Judeu, e assim, esta corrente diz que ele estaria citando o salmo 22, que inicia exatamente com esta frase: "deus meu, deus meu, porque me desamparaste?" E traz versos mostrando fatos como: "7 Todos os que me vêem zombam de mim, arreganham os beiços e meneiam a cabeça, dizendo:

8 Confiou no Senhor; que ele o livre"; "um ajuntamento de malfeitores me cerca; transpassaram-me as mãos e os pés.

17 Posso contar todos os meus ossos. ";"18 Repartem entre si as minhas vestes, e sobre a minha túnica lançam sortes";

 

Que descrevem com exatidão os últimos momentos de Jesus, e por isso ele teria dito: "Está tudo consumado"; pois tudo que havia sido predito para sua morte em salmos houvera acontecido; e, provavelmente, para que o povo soubesse disso, ele iniciou a recitar o salmo, mas, sem forças e fôlego devido aos maus tratos recebidos, não teve condições físicas de terminar, gerando então este mal entendido que ele teria perdido a confiança em deus.

 

Jesus em nenhum momento teve falta de confiança em deus, e em todos os momentos se mostrou consciente dos acontecimentos como iriam acontecer. Ele, espírito puro que desceu ao nosso orbe, escolheu passar por este sofrimento por amor a nós. Para nos dar o exemplo que o amor e a verdade podem vencer os maiores desafios.

 

E não duvidemos disso.



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domingo, 1 de fevereiro de 2009

SELEÇÃO ANTINATURAL

"É assustador que, às vésperas do bicentenário do nascimento de Charles Darwin, o pai da teoria da evolução, algumas escolas brasileiras estejam ensinando criacionismo nas aulas de ciências. Já se sabia que as escolas adventistas vinham fazendo isso. A novidade é que o negócio está se propagando. Em instituições tradicionais de São Paulo, como o colégio Mackenzie, inventou-se até um método próprio para ensinar o criacionismo em ciências. Não há problema que o criacionismo seja ensinado nas aulas de religião, mas ensiná-lo em aulas de ciências é deseducador. Criacionismo é uma explicação bíblica para a origem da vida. Diz que Deus criou tudo: o planeta, o homem, a mulher, os animais, as plantas, há 6000 anos. Quem estuda religião precisa saber disso. É uma fábula encantadora, mas não é ciência".

André Petry
Veja, 30 de janeiro de 2009